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História Eu e Minha Loba - Casa do Alpha


Escrita por: Thehxox

Notas do Autor


Boa leitura 😘

Capítulo 4 - Casa do Alpha


Fanfic / Fanfiction Eu e Minha Loba - Casa do Alpha

“Ás vezes as mulheres que parecem as mais frias, são tão–somente as mais tímidas.”

—Jean Pierre Labouisse-Rochefort

 

☽☪☾

Acordei e estava em um lugar estranho, tinha uma luz forte entrando pela grande janela que tinha a minha frente.

 

Estava deitada em uma cama, tentei me levantar, mas não consegui, minha coluna estava doendo... Aí eu lembrei.

— Então aquilo não foi um sonho –murmurei olhando em volta.

"Parece que não… mas… onde estamos?"

— Não faço a mínima ideia. – digo baixo, pois não queria que ninguém me escutasse.

Olhei a minha volta e percebi que estava em um quarto, estava deitada em uma cama que ficava ao lado de uma parede, no lado esquerdo da cama tinha um criado mudo rosa com preto, em cima do mesmo tinha um abajur e um pequeno relógio de madeira - na parede de trás tinha um quadro- , ao lado esquerdo do criado mudo tinha outra cama, na parede em frente a essa cama, tinha uma cômoda preta com rosa escuro e uma janela enorme. Na parede do lado esquerdo do quarto tinha algumas prateleiras com livros e alguns porta-retratos. As paredes desse quarto eram de um marrom rosado, tinha um tapete enorme lilás acinzentado entre as duas camas, ao lado esquerdo da outra cama tinha uma porta que devia dar para saída do quarto. Em frente a minha cama tinha uma porta de vidro que dava para uma varanda, era um quarto bonito.

A maioria dos móveis eram um rosa escuro, mas isso não deixava o quarto todo "princesinha", já que as partes que eram de madeira eram pretas, sendo assim, ficava com um pouco de equilíbrio entre as cores.

Inspirei fundo sentindo o cheiro de árvores, então eu ainda estava na floresta… mas… onde é que eu tô afinal?

"Também não faço a mínima ideia, a única coisa que eu me lembro é que fomos atacadas e depois desmaiamos"

— Merda! – praguejei começando a ficar nervosa – E se a minha teoria estivesse certa sobre aqueles lobos serem iguais a gente… Então – acabei mordendo o lábio inferior por causa do nervosismo – Então a gente estaria na casa deles?

"Aí merda! Se for isso com certeza estaremos ferradas"

— Não me diga o óbvio – estava começando a ficar aflita, nunca vi ninguém igual a mim e na primeira vez que eu vejo eles me atacam, arregalei os olhos com uma ideia que me veio – E se eles resolverem nos matar – digo em um sussurro – No final das contas atacamos eles.

" Primeiro, ninguém vai nos matar no máximo nos castigar, matar seria… seria, muito extremista, segundo aquilo foi alto defesa, eles nos atacaram primeiro... E por último, mas não menos importante, chega desse E SE "

— Ok, ok – digo emburrada.

Senti uma presença se aproximando, resolvi fingir que estava dormindo, depois de um tempo ouvi a porta abrir, alguém tinha entrado no quarto, um lado da cama se afundou, a pessoa devia ter se sentado na cama. Algo naquela presença me incomodava, parecia que eu já tinha sentido aquele cheiro antes, porém eu não lembrava de onde...

"Rebecca"

Meu lado selvagem estava certo, era o cheiro dela, mas... não podia ser ela, certo? O que ela estaria fazendo aqui?

Depois de um tempo resolvi parar o fingimento e abri os olhos devagar, me espantei com o que eu vi, era realmente a Rebecca, quando ela percebeu que eu estava acordada se jogou encima de mim.

— Ahhh, você acordou, estava tão preocupada com você – ela disse numa voz manhosa.

— Aí, minhas costas, assim você vai quebrar o resto – estava começando a ficar sufocada com o peso dela sobre mim.

— Me desculpa, desculpa – quando ela saiu de cima de mim consegui respirar de novo.

— Onde é que eu tô? – tirei um pouco do lençol que me cobria e percebi que estava com uma camisa preta que ficava como um vestido em mim, aquilo com toda certeza era a camisa de um homem – E que roupa é essa?

Ela riu com a minha reação e depois respondeu.

— Você tá na casa principal, também chamada de casa do Alpha – ela me olhou esperando alguma reação minha com o que ela disse, mas aquilo na verdade não me dizia nada – E como você estava machucada resolvi colocar apenas essa camisa para não ter que te mexer muito.

— Hmm – murmurei, casa do Alpha, mas que diabos é isso? Eu olhei para ela e fiz uma cara de E? Pra ver se ela continuava.

— E que você ainda está na floresta se é isso que você quer saber – ri, pois realmente era isso que eu queria saber –Eu vou chamar o Alpha – dito isso ela saiu do quarto. Droga eu ainda queria fazer mais perguntas para ela, como, por que você tá aqui, ou o que é um Alpha.

Tipo assim, eu sei sobre aquele negócio sobre os lobos, o Alpha é o líder da alcateia, será que é isso?

" Eu não sei, mas parece que logo iremos descobrir."

— É… parece sim – eu queria ir embora daqui e voltar para minha casa, só que como eu não conseguia me mexer então não dava para mim fazer isso – Saco! – estava começando a ficar revoltada.

" Acho que nunca deveríamos ter ido naquela floresta."

Meu lado selvagem estava claramente emburrada, assim como eu.

— Se eu soubesse que isso ia acontecer – dei um longo suspiro – Nunca teria ido conhecer aquele floresta.

Estava tão distraída com minha pequena discussão com minha loba, que nem percebi que alguém tinha entrado no quarto.

Era um homem alto, de olhos âmbar - olhos bem raros por sinal -, tinha cabelos chocolate, com um corte curto, porém com um penteado bagunçado, que dava um charme a mais para o cara e uma barba rala, ele estava com uma calça jeans, um tênis preto e uma camiseta polo preta, mas ainda assim dava para ver seus músculos bem definidos.

"Uau... "

Concordo com meu lado selvagem, Uau.

— Você estava falando sozinha? – disse o homem com uma voz grave, porém suave.

— Mas é claro que não – respondi na defensiva, ele arqueou a sobrancelha… Ótimo! Agora ele acha que eu sou louca.

— Então com quem estaria falando? – disse outro homem - que eu nem percebi que estava no quarto - com uma voz de deboche disfarçado.

Se tem um coisa que eu aprendi naquela porcaria de orfanato, é quando alguém esta debochado de mim.

O homem tinha cabelos pretos um pouco compridos, olhos negros e ferozes, ele estava com uma bermuda jeans preta, uma camisa branca e um sapatênis preto. Ele tentou me intimidar com o olhar - coisa que não funcionou nem um pouco.

Agora foi minha vez de falar com deboche.

— Com meu lado selvagem, ué – o cara arregalou os olhos e o outro arqueou as sobrancelhas surpreso.

— Impossível!! – o cara de camisa branca disse levemente alterado pela raiva – Fêmeas não podem falar com seu lado selvagem, isso que você está dizendo não pode ser verdade.

Eu não estava entendendo nada do que ele estava dizendo, como assim mulheres não podem falar com seu lado selvagem.

"Não gosto desse cara"

— Isso por acaso é lei? – olhei séria para o cara e juro que o vi tremer – Não gosto do seu tom comigo – minha voz estava levemente alterada, meu lado selvagem estava falando junto comigo.

Rebecca entra na sala e percebe o clima tenso entre eu e o cara de camisa branca.

— Blake – disse o outro de camiseta polo – Vai se acalmar um pouco lá fora – ele olhou para o cara que devia se chamar Blake de uma forma fria.

O tal de Blake saiu do quarto irritado enquanto Rebecca se aproximava de mim. Ela sentou no canto da cama que eu estava.

— Nossa tava um clima tenso aqui! – olhou para mim como se estivesse dizendo, o que aquele idiota disse – Você tá bem, Liz? – apenas assenti com a cabeça.

— Espera aí, você conhece ela? – disse o cara de camiseta polo para Rebecca.

— É conheço – olhei para ela como se estivesse - perguntando, quem é esse cara? – Esse é o Alpha, ele não se apresentou? – neguei com a cabeça – Que mal educado – ela olhou para ele que bufou em resposta.

— Vamos começar de novo – ele suspirou – Eu sou Dylan Morris, e você?

— Elizabeth... Elizabeth Moore.

— Você é um lobo raro… Creio que já sabe disso – ele se aproximou um pouco mais da cama, mas ainda assim mantendo uma distância segura.

"Um lobo raro como assim?"

Meu lado selvagem estava tão confusa quanto eu.

— Lobo raro? – Rebecca fez a pergunta que eu queria fazer.

— Ela consegue falar com o lado selvagem dela. – ele me olhou de um jeito misterioso.

— Você consegue falar com seu lado selvagem? – Rebecca estava animada, mas por que?

Eu não estava entendendo nada do que estava acontecendo, devia estar com uma cara muito confusa, porque Rebecca suspirou e disse.

— Você não deve tá entendendo nada que tá acontecendo né? – me olhou de forma carinhosa – Deve ser tudo novo para você.

Dylan me olhou confuso.

— Como assim tudo novo para ela? – acho que agora era ele que não estava entendendo nada.

Rebecca olhou para ele e depois para mim, suspirou e então falou.

— Você vai ter que contar para ele sobre tudo – ela então se levantou da cama — Tenha paciência com ela – olhou para o Dylan e saiu do quarto.

Ele olhou para mim, se aproximou e sentou na borda da cama. Eu estava calada, não queria falar sobre o meu passado para um estranho.

Depois de um tempo de silêncio ele falou.

— Deve ser algo haver com seu passado – eu assenti – Vamos fazer assim, você me pergunta o que quiser sobre mim e eu pergunto o que eu quiser sobre você, certo? – ele olhou no fundo dos meus olhos, não sei o por quê... Mas eu sentia que podia confiar nele… depois de um tempo ele olhou para um ponto qualquer do quarto.

— Certo… eu respondo o que você quiser – tentei me levantar, mas não consegui, então ele me ajudou a sentar na cama com muito cuidado.

— Pode começar se quiser – disse com uma voz calma.

Dei um longo suspiro e comecei a falar.

— Você sempre viveu com outros lobos? – ele assentiu com a cabeça – Como é… viver com outros da sua espécie? – ele deu uma pequena risada.

"Ele esta tirando uma com a nossa cara?"

O olhei de forma questionadora querendo saber o por que dele estar rindo.

— Calma, não estou rindo de você – disse tentando me acalmar – É só que… é engraçado, na maioria das vezes as pessoas vem com perguntas ridículas, do tipo, como você virou Alpha, é legal ser Alpha, essas coisas, sabe– deu uma pequena pausa – Respondendo sua pergunta, é normal viver com outros lobos, a diferença é que você não precisa ter medo de descobrirem o que você é. Você nunca viveu com lobos? – perguntou olhando para mim.

— Não – murmurei olhando para minhas mãos.

—Onde você viveu então? – perguntou, mesmo eu não olhando para ele, dava para sentir que ele me olhava.

— Eu… – levantei a cabeça e olhei para ele, quase me perdi naqueles olhos âmbar – Sou órfã, eu morava em um orfanato… sendo assim sempre vivi no meio dos humanos, por isso que eu não sei nada sobre o mundo lupino.

— Entendo – murmurou– Então o que quer saber?

— Por que fêmeas não podem falar com seus lados selvagens?

— Não é que elas não possam… É só que é muito raro uma fêmea conseguir falar com seu lado selvagem.

— Por que? – acho que eu devia parecer uma criança cheia de porquês, mas eu não ligava, eu realmente queria saber.

— Vamos começar pelo início – suspirou – Nosso lado selvagem só se comunica conosco quando somos dominantes e não temos total equilíbrio em nosso interior. A pergunta que ele faz, é o que nós sentimos mas não nos damos conta... Ele fica conosco até resolvermos esse problema interno, pois senão podemos virar lobos descontrolados, e quando ele julga que não precisamos mais da sua ajuda, ele some.

— Deixa eu ver se eu entendi, nosso lado selvagem só está com a gente para nos ajudar com um problema interno e quando não tiver esse problema ele some.

— Sim, basicamente – ele parou um pouco e me olhou, parecia estar ponderando se perguntava algo ou não – Qual foi a sua pergunta?

Eu fiquei surpresa, não esperava que ele me fizesse essa pergunta.

"Responda logo"

Minha loba bufou, então resolvi fazer o que ela disse.

— ‘Por que está sozinha’, essa foi a pergunta – fiquei quieta, será que eu deveria perguntar?

"Pergunte logo ou você vai morrer de curiosidade"

— Qual foi a sua pergunta? – fiquei receosa em perguntar aquilo, mas que se dane, eu queria saber.

Ele deu um pequeno sorriso antes de responder.

— ‘Você se sente só’, foi essa pergunta, parecida com a sua, mas creio que o significado seja diferente... – ele sacudiu a cabeça levemente – Voltando ao outro assunto, é raro ter fêmeas que falam com o seu lado selvagem, porque elas geralmente não são muito dominantes, por mais que tenham conflitos internos não são tão fortes ao ponto de precisarem de ajuda para se controlarem.

— Entendo – disse baixo mas tenho certeza que ele ouviu.

— Eu sinto muito pela sua coluna, não foi minha intenção quebra-la. Aqui na alcateia eu sou o maior lobo, nem meu segundo em comando chega tão próximo do meu tamanho quanto você chegou. Levando em conta que você tinha uma aparência feroz eu pensei que fosse outro macho tentando roubar território.

— Eu entendo, você só estava protegendo seu território. – o olhei compreensiva.

— Também peço desculpas pelo Blake, ele só está bravo porque perdeu para uma fêmea.

— Homens e seu orgulho – ele riu com meu comentário.

— Realmente.


Notas Finais


Tava inspirada... O que acharam do Dylan, ele parece ser legal? E o Blake?


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