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História Eu estarei aqui (Kakanaru). - Sinceras desculpas.


Escrita por: IkishimaEri

Notas do Autor



Capítulo 14 - Sinceras desculpas.


Fanfic / Fanfiction Eu estarei aqui (Kakanaru). - Sinceras desculpas.

[ Naruto : ON ]


— Você realmente é uma caixinha de surpresas, Naruto. — Kakashi respondeu a minha fala, com um leve sorriso formado nos seus lábios que fazia o contorno em sua máscara.

— E, você está sendo uma caixinha de álcool! Você está fedendo álcool, vai tomar um banho... — Eu disse, me soltando dele e praticamente o empurrando em direção ao banheiro.

— Está tentando se livrar de mim, amor? — Ele respondeu, entre algumas risadas que ecoavam pelo corredor que passávamos naquela altura.

— Não, estou tentando me livrar do seu fedor! — O meu protesto foi feito, enquanto eu fazia ele passar pela porta do banheiro.

— Eu não estou fedendo tanto assim... — Tentando conter as suas risadas, o albino pronunciou de uma maneira arrastada e preguiçosa por conta de eu estar o obrigando a ir tomar banho.

— Está, sim! Não discuta comigo.

Após eu ter dito tais palavras, eu retirei as minhas mãos das costas do Hatake que se virou para mim, com um sorriso escondido pelo tecido da máscara.

— O que foi? Quer que eu te dê o banho também? — A minha pergunta saiu em um tom de voz emburrado, oque combinava perfeitamente com a minha expressão para o homem a minha frente.

— Eu estou esperando você sair para eu fechar a porta, criancinha emburrada... — A resposta veio, na companhia de um selar que foi depositado em uma de minhas bochechas, depois de sua máscara ter sido abaixada.

— Eu já sabia, umphf!

Ao inflar as minhas bochechas, eu virei de costas e caminhei em direção a sala de estar, pouco tempo depois de eu escutar algumas risadas de Kakashi. Como se jogar o meu corpo no sofá tivesse me dado energia para pensar, eu tive uma ideia que imediatamente me fez pegar o meu celular e o desbloquear para abrir a minha conversa com o Sasuke em um aplicativo de mensagens.

— Emo, qual é o nome da cafeteria que a Sakura-chan trabalha mesmo? — Eu enviei uma mensagem, esperei e nenhuma resposta veio.

Após me recordar de que o Uchiha tinha um péssimo hábito de demorar para responder às mensagens que recebia, eu bufei e tive que apelar para enviar mais mensagens, o chamando de todos os apelidos que ele mais odeia para que este aparecesse. Por mais chato que isso seja, pelo menos funcionou porque logo o meu colega de classe se encontrou em linha.

— Dá próxima vez que você fizer isso, eu juro que eu te silencio. — Sasuke se referiu as várias mensagens sendo enviadas em uma curto espaço de tempo.

— Por oito horas?

— Para sempre. A cafeteria se chama "Coffee Konoha", agora não me enche mais o saco, Barbie. — Foi a última mensagem que eu recebi dele que logo ficou fora de linha mais uma vez.

Eu deveria esperar a falta de vontade para me ajudar, mesmo que nós dois nos conheçamos há um bom tempo... Sempre dizem que não podemos esperar um pingo de empatia pelos Uchiha, dattebayo! Enfim, oque importa é que eu consegui o que era necessário para o meu plano.

(...)

No momento que Kakashi saiu do banho, eu acabei por me encontrar adormecido no sofá, com o meu celular desligado em mãos. Eu nem ao menos teria percebido que eu adormeci, contudo, eu acredito que eu tenha adormecido mais do que eu esperava, já que o Hatake se encontrava vestido enquanto carinhosamente acariciava os seus cabelos loiros. Ao abrir os meus olhos, eu o vi sentado no chão e na minha frente, me observando com afeição, oque me fez deduzir que ele já se encontrava na sala de estar já fazia algum tempo.

— Desculpa, eu estava te esperando e acabei dormindo... — Eu me desculpei pela minha falta de consideração ao adormecer, enquanto eu o esperava retornar.

Provavelmente, eu tentaria ter dito mais algo, apesar da minha voz sonolenta e as palavras saírem de meus lábios de uma maneira arrastada e preguiçosa. Contudo, eu fui interrompido por um bocejo que o fez dar risada.

— Não pede desculpas, bebê. — O albino disse entre algumas risadas que aparentavam serem de carinho, e até mesmo contentamento pela situação confortável e tranquila que nos encontrávamos.

Desde que eu era uma criança, eu nunca me senti tão em paz com alguém. As únicas pessoas que foram capazes de fazer que eu me sinta dessa maneira foram os meus pais, quando eu ainda tinha idade o suficiente para não imaginar oque poderia vir. Todavia, momentos como esse ao lado de Kakashi me fazem recordar dos momentos que as coisas não eram complicadas. Certamente, a sua presença ao meu lado torna tudo mais fácil. Por falar em complicações... Repentinamente, a minha mente despertou no momento que eu me recordar do que eu necessitava fazer.

— Se você quiser, você pode ir dor-

— Eu quero tomar café! — Eu o interrompi bruscamente de uma maneira que até mesmo o surpreendeu, já que anteriormente eu me encontrava tão sonolento que eu não era capaz de falar sem bocejar.

— Você tem certeza? Naruto, você pode descansar, se estiver cansado e enquanto isso, eu faço o almo-

— Absoluta! Eu não quero dormir, eu quero café! — Em um movimento rápido, eu me sentei no sofá e fitei com determinação os seus olhos arregalados.

— Mas, eu acho que acabou o café... — Kakashi disse, após aparentar ter se recordado de algo. Provavelmente, se recordando do momento que fez o café da manhã para mim, ele deve ter usado o restante do café.

— Ótimo! Vamos para uma cafeteria! — Em poucos minutos, eu já me encontrava em pé e com uma figura confusa olhando para mim. — Você paga!

(...)

Após alguns minutos, o carro de Kakashi estacionou na cafeteria que não era muito afastada da nossa residência. Como se fosse ao encontro de um brinquedo, rapidamente eu retirei o cinto securitário e saí do carro, deixando o Hatake confuso no automóvel. Após ver a porta ao seu lado sendo fechada, ele olhou para frente com uma expressão duvidosa e uma de suas sobrancelhas arqueadas. Sem que tivesse tempo de pensar outra coisa que não seria a estranheza de seu namorado, teve a porta mais próxima sendo aberta com uma figura impaciente e animada com algo, vulgo eu.

— Vai ficar vendo o quanto o seu carro está limpo, ou vai vir tomar café? — Sem que desse tempo para o outro pensar em uma resposta, o apressei para sair do carro. — Vamos!

As minhas mãos puxaram agressivamente e quase desesperadamente o mais velho para sua direção, oque o fez permitir que uma risada escapasse com toda aquela situação peculiar que era semelhante com uma criança chegando em uma loja de brinquedo e apressando os pais, eu tenho que admitir que eu consigo ser extremamente infantil.

— Para que tanta pressa para tomar um simples café, Naru? — O mais velho questionou, sem receber uma resposta porque eu já teria corrido em direção a cafeteria.

Ele teria sido obrigado a me seguir, o mais rápido possível já que seria ele que iria pagar pela bebida cafeinada, então pensou que seria melhor que apressasse os seus próprios passos. Em uma certa velocidade, adentrou no estabelecimento onde eu já me encontrava sentado em uma mesa com lugar disponível para duas pessoas.

Eu já poderia ter ido para a fila fazer o meu pedido, contudo eu necessitava de mim ao seu lado para tomar tal atitude, mais especificamente, da sua carteira. Então, eu decidi pegar uma mesa para nós dois, já que aparentou ter sido a melhor decisão por conta do tamanho da fila próxima ao balcão. O meu querido albino direcionou o seu olhar para mim, no mesmo momento que abriu a porta de vidro da cafeteria, oque me fez acenar para ele com um sorriso formado nos meus lábios.

— Amor! Aqui! — Provavelmente eu falei em um tom de voz alto demais, porque eu percebi a maneira que a postura de meu amado se tornou de uma pessoa extremamente constrangida e eu senti alguns olhares sob nós.

— Você não precisava fazer isso, a cafeteria não é tão grande, meu bem...  — Foi oque ele disse, após se aproximar de mim e já estar puxando a cadeira para se sentar, enquanto um sorriso envergonhado permanecia em seus lábios.

Uma risada escapou de mim, fazendo que os meus olhos se fechassem em um sorriso.

— O que você vai pedir? — Eu fui questionado de uma maneira atenciosa, oque fez que um pequeno bico se formasse nos meus lábios por eu não estar acostumado ainda de receber atenção dessa maneira e isso realmente afeta o meu coração.

Aproveitando para tentar retirar a sua atenção do meu bico e disfarçar a minha vulnerabilidade em situações que me fazem pensar assim, eu virei o meu rosto em direção ao balcão, onde era possível de ver o cardápio na parede.

— Eu acho que eu vou pedir um café puro...

Tal fala foi dita com tanta simplicidade que o meu namorado nem ao menos poderia imaginar a sensação que tomaria conta de meu coração.

— Minha mãe sempre pedia café puro! — As palavras saíram de meus lábios com entusiasmo, eu retornei a olhar para o homem na minha frente com animação, como se a sensação nostálgica o animasse.

Na verdade, a nostalgia me enfurecia. Toda vez que me recordo de momentos de minha infância ao lado de meus pais, ou penso em algo que faz recordar do falecido casal, eu sinto o sangue borbulhar em minhas veias. Pelo menos, era oque eu acreditava ou me forçava a acreditar, tentando acreditar fielmente que deveria ter raiva do mundo por causar o acidente, em uma maneira de colocar a culpa em alguém e diminuir a dor da perda. Era lógico que isso não iria funcionar, era impossível de colocar a culpa em alguém ou até mesmo em meus próprios pais por não terem conseguido sobreviver. Contudo, se essa for uma maneira de não mostrar a minha vulnerabilidade, que assim seja.

— Naru... — Um sorriso triste se formou nos lábios do albino a minha frente, enquanto o seu olhar se tornava compreensivo.

Eu percebi isso imediatamente, e eu senti a tristeza quase tomando conta de meu corpo no momento que eu senti a sua mão sob a minha que se encontrava em cima da mesa. Ele acariciou a minha mão, compreendendo a minha maneira de tentar lidar com o luto, todavia, em simultâneo, dizendo ser completamente aceitável ficar triste.

— Está tudo bem? — A sua voz se tornou mais suave, tentando passar tranquilidade para uma mente fragilizada e frustrada com o incidente que aconteceu.

Eu quis chorar.

— É claro que está! Por que não estaria? — Apesar de meu nariz e olhos me denunciarem, eu comecei a agir de uma maneira quase desesperada para provar que eu estava bem. — Eu já falei, eu não dou a mínima, dattebayo!

O sorriso entristecido de Kakashi se alargou, provavelmente ao perceber o meu choro contido e a minha voz embargada. Contudo, antes que ele pudesse falar mais algo, uma garçonete veio nos atender, enquanto as balconistas tentavam se livrar daquela fila o mais rápido possível.

— Olá, como eu posso ajudar? — Uma voz familiar se pronunciou próxima à mesa, contudo com uma formalidade e seriedade fora do normal por conta de seu papel como garçonete. — Espera... Naruto?! Kakashi-sensei?!

A sua compostura por conta de seu horário de serviço repentinamente desapareceu, se tornando a Sakura que Kakashi e eu conhecemos na escola.

— Sakura! — A sua expressão se tornou mais pesada, a maneira que a sua respiração acelerou foi tão nítida que ele nem ao menos se deu o trabalho de tentar disfarçaro o suspiro longo que teria escapado de si, antes que retornasse a falar. — Sakura, me desculpa! — As palavras saíram de uma maneira tão bruta de seus lábios que fez tudo sair quase que em apenas uma palavra. — Eu sinto muito pelo que aconteceu... Por isso eu... Eu...

Ele está engasgado com as próprias palavras? É quase irônico pensar que um professor se encontra nesse estado, mesmo já estando acostumado de dar aulas, e falar bastante, inclusive para essas mesmas pessoas que estão na mesma mesa que ele e esperando pelo seu pedido de desculpas. Aparentemente, é mais fácil dar aula do que pedir desculpas para nós, dattebayo!

— Eu gostaria de saber se você aceita ir ao cinema comigo, o meu namorado e o Iruka... Eu pago. — Apenas ao terminar de falar, o seu olhar se fixou no par de olhos esverdeados porque ele passou esse tempo todo olhando para todos os lugares possíveis dentro desta cafeteria.

Foi impressão minha, ou a parte de "meu namorado" foi dita com uma certa ênfase? De qualquer maneira, eu revezava o meu olhar para ambos e vi uma expressão emburrada vinda da Sakura, como se ela se encontrasse desconfiada do pedido de desculpas ser verdadeiro. Contudo, pela rosada não ter negado imediatamente, eu tenho certeza que o pedido de desculpas lhe deixou pensativa, já que ela é uma garota muito instintiva e reativa. Eu até lhe recordará de que foi ela mesma que causou essa situação, todavia isso não teria sido necessário.

— Eu aceito!



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