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História Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO XLI


Escrita por: NanaSugar

Capítulo 41 - CAPÍTULO XLI


Até o momento em que entraram na rua tudo parecia normal. “sem holofotes?” Sakura questionou rindo. As casas ao redor estavam acesas e podiam-se ouvir seus moradores, nas calçadas também não pareciam interessados no casal. Quando pararam finalmente frente à porta, a rosada levantou a mão para bater, mas ficou ali parada de braços dados com Sasuke.

- o que foi? – ele perguntou baixo.

- estou ouvindo. Consegue ouvir também?

- ouvir o que?

Ela o olhou de baixo para cima com aqueles grandes olhos – minha família está toda lá dentro. Ouça: esses gritos são os gêmeos da minha tia Hana; meu deus! Essa é a risada do meu tio Takeshi, quanto tempo que eu não o vejo! Essas duas brigando com certeza são minha mãe e a irmã do meu pai Hiragi; tantas vozes conversando e rindo... Tanto que eu pedi pra ela não convidar tanta gente!

Sasuke apertou leve o braço da moça para chamar atenção.

- tudo bem, vamos.

Apesar da confiança a jovem Haruno sabia que ele estava provavelmente mais nervoso que ela mesma, e que só tentara passar conforto para ela naquele momento. Suspirou fundo e deu três toques na porta.

O lado de dentro continuou em polvorosa. Quem se dispôs a abrir foi uma galega em especial. Ino vestia uma saia pregueada branca e uma blusa de mangas curtas estampada, bem diferente dos trajes costumeiros que ela adorava. Sakura a analisou dos pés a cabeça e riu.

- cala boca, eu sei o que você ta pensando.

- eu não to pensando em nada – Sakura respondeu entrando.

- ta sim! Esse olhar... Saiba que essa produção aqui foi só pra não causar mais que você na sua festinha.

As duas se abraçaram.

Sasuke ficou do lado sério e quieto. Olhou ao redor, não se lembrava de já ter estado naquela casa antes. Havia uma escadaria logo frente à entrada, a parte de cima da casa estava escura. Uma porta do lado levava para a sala onde a maior parte da zoada se encontrava. Uma cômoda enfeitava sozinha no meio do caminho com um jarro de flores sobre ela. Mais ao fundo outras portas se propagavam, provavelmente levavam a cozinha e outros cômodos.

O rapaz se reteve em algumas fotos emolduradas na parede clara. Era todas de família, a maioria delas apenas de fases da rosada. Ele se aproximou discretamente para enxergar direito. Às costas podia ouvir Sakura e Ino conversarem. Aquela garota era mesmo o orgulho daqueles pais. Todas aquelas imagens apenas para reverenciar a filha prodígio.

- Kizashi-san deve mesmo ter muito cuidado nela.

- o que? – Haruno chamou-lhe atenção – você falou alguma coisa?

- ah não. Não disse nada.

Yamanaka tomou a frente com um “vamos logo, estão nos esperando”, e os três entraram na sala.

Havia muita gente realmente. Todos pararam quando a moça entrou. Os olhos de Kizashi se arregalaram ao vê-la lado a lado do provável namorado. Mebuki sem perder tempo se aproximou dos dois. Ino se afastou até o encontro de Sai. A senhora de cabelo grisalho mesclados num loiro escuro sorriu.

- eu estava certa. É mesmo o filho da Mikoto!

Atrás dela dois primos da rosada cochicharam, um sorria o outro fazia uma cara emburrada. Deu para notar que o de cara fechada passava algo escondido das mãos para o outro, dinheiro aparentemente. Sasuke ignorou aquilo.

- seja bem-vindo Uchiha Sousuke.

- mãe, é SAsuke.

- sim, sim.

A mulher os guiou até o sofá – fiquem a vontade. Conversem com o pessoal.

Dois velhos estavam sentados no sofá da frente, separando o casal deles havia apenas uma mesa de vidro baixa com alguns pratos sujos de bolo. O mais gordo puxou assunto.

- há quanto tempo não vemos você, Sakura-chan! Você ficou famosa na família depois da guerra. A Mebuki só falava em você naquela época.

- é verdade. Além disso, se tornou médica, um orgulho sem dúvida. Nem parece ser aquela menininha briguenta de alguns anos atrás, né?

- é mesmo, irmão. Achávamos que ela não seria grande coisa quando ficasse maior. Acho que esse era o maior medo dos pais dela.

- estávamos enganados.

Sakura apertou os olhos e soltou uma risada descontente.

- sabe Sakura-chan, você ta namorando o herdeiro Uchiha também é bastante espantoso.

- nunca achamos que alguém do nível deles iria querer alguém no nível da nossa família.

A rosada se ajeitou no acento e suspirou – meus tios, as coisas não são mais como no passado. Hoje em dia esse costume de casar por condição social não é mais tão visado.

- sim, é verdade. Estamos bem felizes que tenha conseguido um namorado.

- é. Quando se herda essa testa Haruno muita gente chacota disso.

Um dos senhores alisou a própria testa grande com um sorriso engraçado no rosto. Assim que sentiram o cheiro de comida nova sendo servida levantaram sem cerimônia e saíram.

Sakura virou pra Sasuke com as bochechas vermelhas.

- é minha família é esquisita igual a mim.

O rapaz esboçou um meio sorriso discreto – só pra você saber, não tem nada errado com a sua testa.

Ela riu do jeito dele. Então levantou em seguida.

- vou buscar algo pra nós dois comermos.

Deixando-o desamparado na casa de estranhos. Duas primas de Sakura se aproximaram dele e sentaram ao lado.

- eu me lembro de você, Sasuke.

- é? Eu não me lembro de você, sinto muito.

A outra se intrometeu – da escola. Éramos da turma mais velha. Eu sou Menma e essa é a Touko.

- como a Sakurinha conseguiu fisgar você?

- sim. Éramos todas apaixonadas por você naquela época. Sorte dela ter ficado na sua turma, mais sorte ainda ela ter ficado no mesmo time que você.

As duas se acomodaram mais. Sasuke permanecia apenas ouvindo-as.

- você era um prodígio, todo mundo falava isso. Quando ficou no mesmo time que o Naruto e a Sakura, achei um desperdício e que provavelmente eles dois se escorariam na sua genialidade. Sem querer desmerecer nossa prima, claro!

- invejosa, só diz isso porque não era você. A Sakurinha teve foi sorte de ficar com ele no mesmo grupo.

- e você não ficou com inveja não, né?

- nós duas ficamos, sua falsa! – elas riram juntas. Pareciam bem unidas.

- aquela nojenta teve sorte mesmo, olha só. Talvez se fosse eu ou você naquele time hoje o Sasuke estaria namorando uma de nós!

- é mesmo viu?

Cada uma sentou de um dos lados do rapaz que se sentiu ainda mais desconfortável.

- como foi que a Sakurinha te pegou?

Touko passou os dedos sobre o braço dele.

- ela não tem muitos “atrativos” todos nós podemos ver. Então o que ela tem de especial?

- ah Menma, sabemos muito bem que quando uma mulher consegue um cara assim como o Sasuke é porque ela sabe fazer algo que ele goste muito bem. Algo que as pessoas de fora não conseguem ver.

Um sorriso malicioso surgiu no lábio da mais alta.

- sim. Ela deve cozinhar muito bem.

- exatamente. Meu deus! A Sakurinha cozinhou pra te conquistar Sasuke?

As duas se entreolharam e gargalharam. Viraram como duas cobras para o rapaz que apesar de tentar esconder qualquer traço de resposta, não conseguiu esconder o constrangimento. Mais por ter lembrado de certos momentos que de concordar com a pergunta estranha. Veio-lhe a mente sua namorada deitada nua com aqueles olhos pidões esperando-o fazer uso daquele corpo delgado.

- ai, ai! Então Sasuke, minha prima é boa?

- sim, porque sabemos que ela era virgem até um dia desses. Você também era? Perderam juntos?

- Touko! Mas olha que fofinho se tiverem perdido juntos!

- ah queria que tivesse sido comigo. Eu poderia te mostrar varias coisinhas que a Sakurinha com certeza ainda não sabe fazer.

O rapaz calmamente fechou os olhos.

- nós dois não estamos juntos por causa... Disso. Por que é tão difícil pras pessoas entenderem que...

Nesse momento Ino chegou autoritária acompanhada do namorado.

- xô! Xô! Suas mal-comidas! Xô! Voltem pro buraco de onde saíram!

As duas jovens saíram fazendo cara feia pra Yamanaka que não deu a mínima.

- ali são duas cobras. Cadê a Sakura?

Ino sentou com Sai do lado. O rapaz tinha em mãos um prato e comia bastante concentrado. A loira virou para Sasuke.

- ela foi buscar algo pra comer.

Sai falou de boca cheia – acho que ela não ta pegando comida não. Enganchou-se com uns tios e a mãe lá atrás.

- acho melhor você ir buscá-la, senão ela nunca vai sair dali.

Apontando para a outra porta, Ino gesticulou delicadamente. O Uchiha devagar ficou de pé, e antes de sair agradeceu por ela ter espantado as primas estranhas da rosada.

O rapaz se dirigiu até a porta do corredor. Viu algumas pessoas comendo e conversando, a maior zoada vinha do fundo, na cozinha. Colocou a mão no bolso e suspirou. Iria para o centro do tumultuo. Mas talvez fosse melhor está com ela para lhe fazer companhia. Se ele mesmo sentia-se não à vontade com aquilo tudo, provavelmente Sakura se sentia pior. Muito mais constrangida em ser exibida daquela forma para família. Antes de seguir o caminho Kizashi o parou. Estava sério, diferente da maior parte do tempo.

- gostaria de conversar apenas nós dois, se não se importar.

Sasuke olhou uma última vez para o lugar onde sua namorada estava e assentiu para o homem que o segurava. Os dois subiram as escadas no escuro.

O senhor de Kimono escuro o guiou até a varanda. Ao abrir a porta de vidro uma grande ventania correu o espaço abafado arejando todas as brechas. Havia algumas cadeiras de madeira pesada no ambiente. Kizashi sentou numa e ofereceu a outra ao genro. Sasuke educadamente sentou sem olhá-lo. O céu brilhava pouco por culpa das luzes que vinha cidade afora. Mas a altura que se encontravam, os ruídos da rua não os alcançavam facilmente. Era um bom lugar para conversarem, sem a intromissão de parentes malucos ou de Mebuki.

- vamos falar da minha Sakura. Minha menininha.


Notas Finais


Decidi quebrar essa parte em alguns capítulos pra ficar mais dinâmico e poder postar mais cedo.


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