História Eu? Me comportar? Vou é quebrar as regras! - O acampamento

O carro parou diante das árvores grandes e a grama verde. O local estava escuro, já era noite. Todos desceram do carro, começando a montar as barracas. Mitsuki e Inko foram fazer a jantar, enquanto os adolescentes e Masaru montavam as coisas.

Katsuki e Izuku terminaram rapidamente de montar as deles. Então seria divido assim: como Shouto aceitou a hospitalidade dos Bakugou, precisava ficar com Katsuki, pelo menos achou que deveria. Uraraka ficaria com a mãe com Inko em uma barraca e os outros três meninos dividiriam uma, como os dois Bakugou mais velhos.

- Eu vou andar mãe. – Katsuki tirou uma bolsa menor da mala, colocando nas costas e foi em direção às árvores.

- Katsuki, seja gentil e leve seus amigos.

- Não sou guia turístico. – reclamou de prontidão, sabia que Mitsuki faria isso.

- Não daria mesmo. Você é uma merda. Agora leve-os. Isso me garantira que não passará a noite na mata! – Mitsuki não precisou olhar para o filho pra saber de seu olhar de raiva. – Você não é o Tarzan seu idiota!

Katsuki grunhir, continuando seu caminho, dessa vez com os outros três adolescentes com ele. Ele só queria ficar sozinho um pouco. Seria pedir demais? Provavelmente sim por que ele foi um menino mal quando criança. Foi então que o mata se mexeu atrás deles, Uraraka deu um grito de medo fazendo Izuku se assustar junto dela.

- O-O que foi U-Uraraka-san? – Izuku perguntou preocupado.

- E-Eu vi algo nas folhas...

- Deve ser algum animal avaliando suas bochechas gorduchas. – Katsuki ironizou. Uraraka inflou as bochechas em revolta. – Faça isso não. Aí eles vão vir e te comer.

- Bem, eu tenho você por perto. Não deveria me preocupar. É tão azedo que afastará os animais. – ela resolveu responder no mesmo nível. – Por falar nisso, eu quero uma foto sua.

- E por que eu te daria uma?

- Sua cara assustara os mosquitos e poderei dorme em paz.

- Nenhum mosquito vai querer ter morde, eles podem morrer com seu veneno! – Katsuki sorriu debochado, Uraraka gemeu de raiva, pulando em suas costas. Os dois foram ao chão, Uraraka tentando puxar os fios loiros e Katsuki tentando se soltar dela.

- Devemos para-los? – Izuku perguntou a Shouto com uma gota.

- Se eles morrerem diremos a Mitsuki-san que um animal os comeu. – Shouto respondeu.

Um rosnado atravessou seus ouvidos. Os quatro travaram. Shouto virou procurando a fonte do barulho. Uraraka se encolheu choramingando, rezando. Izuku estava suando de nervosismo e Katsuki ficou de pé. E então, lobos apareceram, um a um, rosnando e latindo ao mínimo movimento.

- Hiii – Uraraka fechou os olhos. – Senhor receba minha alma se eu me mexer!

- Uraraka-san... se acalme. – Izuku pediu. – Nós n – um dos lobos latiu pra ele, Izuku começou a rezar junto de Uraraka no mesmo momento. – All Might me abençoe.

- Cala a boca. Eu não consigo pensar. – Katsuki gritou prós dois.

- Irei congela-l – e recebeu um empurrão de Katsuki. – O que está fazendo?

- Não ouse machucar os animais daqui meio-meio. Eu vou te matar! – mostrou suas explosões, mostrando que falava sério. Então um lobo pulou em cima de Katsuki.

- Ahhhh Kacchan! – Izuku gritou em desespero.

- Bem feio! – Uraraka disse pra si mesma.

Os lobos pararam de rosnar, sentando. Os três olharam a cena surpresos, depois para Katsuki fazendo carinho na cabeça do cachorro enquanto era lambido freneticamente, o loiro ria. Os três não puderam piscar pra cena.

- King, senta. – ordenou, o lobo em cima de si obedeceu, sentando ao seu lado. – Você cresceu muito desde a última vez. Que foda. E ainda virou o alfa! – abraçou o pescoço do animal, sendo lambido em resposta.

- King? – Izuku sentiu seus olhos brilharam e correu para o animal. – Hooooooo, Kacchan, esse é o King-chan? Nossa!

- Não é? Ele ficou enorme!

- O que está havendo ali? – Uraraka questionou vagamente.

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Os três andaram mais a fundo na floresta, Uraraka reclamava constantemente o quanto isso tudo era perigoso, Izuku era cercado por vários filhotes e Katsuki seguido por outros lobos adultos, como o alfa deles. Shouto se perguntou o que o loiro fez pra conseguir tal autoridades entre esses animais selvagens. Chegou a conclusão de que como Katsuki era selvagem se deu bem com outros seres selvagens.

Eles pararam ao chegarem a uma caverna, Katsuki usou pequenas explosões para iluminar o lugar, Izuku pegou uma lanterna, adentrando com o loiro. Shouto e Uraraka decidiram não ficar pra trás com os lobos famintos, a menina morena jurou ter visto um dos lobos lamber os dentes para ela.

Lá dentro, havia uma loba, deitada, havia muita comida ao seu redor, outros lobos de guarda. Katsuki parou, obrigando os outros três a parar. King, passou na sua frente deitando ao lado da loba, Katsuki percebeu sua barriga grande, ele sorriu. Ainda bem que parou, a loba era a mulher de King e estava grávida.

- Essa é a Quin? – Izuku percebeu a cicatriz no pescoço da loba branca.

Katsuki amava muito esses animais e por algum motivo, se dava melhor com eles do que com as pessoas. Era uma dinâmica mais fácil, se sentia natural. Como o Tarzan na selva. Se abaixando, deixou a loba se aproximar de si, com King ao lado.

- Faz tempo Quin. Você ficou linda. – tocou sua cabeça, com cuidado. A loba latiu animada em resposta.

- Bakugou. – o loiro olhou para trás para ver o bicolor e Uraraka contra a parede com os lobos próximos a eles.

- Eles não vão morder. – ignorou os dois voltando a acariciar a loba a sua frente.

- Bakugou!

Katsuki bufou.

- Você é um homem ou um rato?

- No momento eu sou feito de carne.

- Tudo bem. Deixem eles passar. – com sua ordem, os animais saíram do caminho dos dois, deixando-os se aproximar de Izuku.

Izuku continuou a brincar com os filhotes, já estava acostumado a ir ali com Katsuki, suas famílias eram próximas então sempre acabava sendo empurrando pra caminhar com o loiro. Nesse tempo, acabou se acostumando com a rotina e os animais. Achava tudo lindo. Izuku chamou Uraraka com a mão, a morena chegou ao seu lado, hesitante, mas com ajuda de Izuku encostou no filhote e percebeu que eles não eram perigosos e juntou-se a brincar com os filhotes e até fez carinho nos adultos.

Shouto observou a cena, depois suas mãos. Ele também queria fazer isso. Mas não era bom com essas coisas. Não sabia ser gentil ou como tocar alguém. Não sabia nem se expressar. Também não era bom com animais. Decidiu por ficar quieto.

- Todoroki, vem aqui. – Katsuki acenou pra ele. Shouto foi até ele, ficando ao seu lado, mas com certa distância dos lobos. Katsuki agarrou sua mão, lhe assustando pelo toque quente, seus pelos se eriçaram com o toque. Ele coroou levemente. – Não se assuste. – levou a mão do bicolor até a barriga de Quin. Shouto alargou os olhos, ele sentiu um chute. Katsuki sorriu ao ver seus olhos ganharem brilho.

- Isso é lindo. – mexeu os dedos, houve mais um movimento. Shouto não sabia que os animais podiam dar tanto emoção assim, se soubesse tinha criado um gato há muito tempo.

[...]

Os quatro voltaram conversando sobre os lobos, Uraraka não conseguia parar de falar de cada um dos animais e Shouto não podia tirar de sua cabeça a sensação de sentir o movimento na barriga de Quin, seu coração acelerou tão rápido com aquilo, não conseguiu conter e ficou perto de Katsuki, encostando-se nele pra sentar.

Mitsuki e Inko se olharam e sorriram pra cena. Parecia que eles tinham se dado bem no passeio. Mitsuki não tinha bem como dizer, não esperava ver seu filho, Katsuki, falando com outras pessoas de forma tão mansa. Seu olhar entristeceu brevemente, tudo por causa daquele incidente no entanto. Ela não sabia se ficava feliz por ele estar menos problemático e mais calmo ou ficava preocupado por ele não dizer nada e no estar explodindo espontaneamente tudo que via pela frente.

- Mitsuki.

- Querido? – ela olhou o marido, Masaru colocou a mão em seu ombro. Mitsuki sorriu. – Hm, tem razão. Com tanto que ele esteja feliz.