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História Eu não escolhi amar - Indo buscar minha noiva


Escrita por: Ca10061

Notas do Autor


Boa leitura 💜

Capítulo 18 - Indo buscar minha noiva


Fanfic / Fanfiction Eu não escolhi amar - Indo buscar minha noiva

POV HELENA

Acordei com a minha cabeça sendo gentilmente colocada em um travesseiro. 

Com a visão ainda um pouco turva, eu pude ver Fernando se levantar da cama, e ir na direção do banheiro. 

Quando ouvi o som da porta sendo fechada, me levantei, coloquei meu vestido, e quando estava colocando meu sapato, a porta do quarto foi aberta.

Era a princesa Cecília. 

Ela estava com um vestido roxo de tecido fino, e uma manta cobrindo os ombros.
Assim que me viu, seus olhos ficaram cheios de ódio. 

Ela entrou no quarto, e fechou a porta.
Se aproximou de mim, me olhou dos pés a cabeça, e disse:

- Eu te quero longe de Fernando. Ele é meu, e não precisa de você. - Nunca fui de discutir, mas me recusava a ser afrontada por uma princesinha mimada. 

- Se não precisasse, eu não estaria aqui.  - Ela segurou fortemente meu punho, e disse:

- Você é só uma concubina para ele, não significa nada. Eu sou a princesa, eu serei a esposa, e quando isso acontecer, te garanto que não ficará aqui por muito tempo. 

- Veremos quanto vai demorar. - Eu disse. Nesse momento eu acho que Cecília se enfureceu de verdade. 

Ela levantou a mão direita para me dar um tapa, mas antes que pudesse sequer encostar em mim, Fernando a segurou. 

Nem tinha notado sua presença até aquele momento. 

Seus olhos ferviam de raiva, e ele segurava o pulso dela. 

- Eu quero que você saia do meu quarto, AGORA !- Gritou Fernando. 

Cecília estremeceu a minha frente. Soltou meu pulso, e se direcionou até a porta.
Mas antes de ir, se virou para mim, e disse:

- Não pense que acabou aqui, vadia. - E fechou a porta. 

Fernando se virou para mim, e se aproximou. 

- Você está bem ? - Ele perguntou. 

- Estou, ela não me assusta. - Eu respondi, massageando meu pulso, que graças a minha pele extremamente branca, estava com as marcas dos dedos de Cecília. 

Fernando segurou gentilmente minha mão, e analisou meu pulso. 

- Tisc, ela não deveria ter feito isso. - Ele disse. Eu segurei sua mão, e disse:

- Não se incomode, está tudo bem. Daqui a pouco some. - Fernando não pareceu muito convencido, mas não disse mas nada sobre o assunto. 

Agora que eu percebi que ele estava só com uma calça de couro preta, e seu peitoral estava com algumas gotículas de água. 

Fernando tinha uma marca de nascença no ombro esquerdo, a qual ele já me disse ser igual a de Henrique.

Pode parecer bobeira da minha parte, mas senti meu rosto esquentar, e eu sabia que estava corando. 

Tentando disfarçar, mudei de assunto.  

- Você ira marchar com seu irmão hoje ? - A expressão dele ficou sombria.

- Isso não é importante. - Fernando respondeu, de uma forma grossa. 

Soltei nossas mãos, franzi o cenho, e disse:

- Eu não entendo você, sabia ? Por favor, decida se é gentil, ou se é rude comigo. Não gosto de meio termos. - Tentei falar da forma mais firme que conseguia. 

Ele pareceu se surpreender, e quando pensei que fosse dizer alguma coisa, ele pegou um casaco que estava no canto do quarto, e saiu. 

Isso mesmo, ele saiu. 

No meio de uma conversa.

Inacreditável.


POV HENRIQUE 

Eu não queria ir, não queria deixá-la ali a mercê de minha mãe. 

Mas era preciso. 

Tinha uma obrigação. 

No momento estou abraçado com Catarina, sentindo seu aroma natural. 

Ela era tão cheirosa. 

- Não que eu não esteja gostando, mas você tem que ir. - Meu rosto estava na curva de seu pescoço. 

Eu ri, e me afastei dela. 

Catarina estava com aquela expressão engraçada no rosto, mas convivi com ela o bastante, para saber que estava apenas disfarçando o que realmente sentia. 

Segurei sua mão, e fitei o anel que havia lhe dado. 

Eu já tinha mandado fazê-lo a algum tempo, mas esperei a hora certa para dar para ela. 

Dei um beijo na mesma, e antes que perdesse a coragem, sai do quarto, sem olhar para trás. 


POV CATARINA 

Vê-lo sair por aquela porta foi difícil, mas era preciso. 

Sai do cômodo, e me dirigi até meu novo quarto. 

Eram menos de três passos para chegar. 

Adentrei o quarto. 

Ele era parecido com o de Henrique, só um pouco menor. 

Tinha uma escrivaninha, um armário, uma cama de tecidos verdes, e brancos, e um local para se sentar perto da janela. 

Ao canto havia um aporta que deduzi ser do banheiro. 

Abri o armário,e peguei um casaco felpudo preto. 

Observei pela janela, e vi que apesar de ter parado de nevar, um tapete extremamente branco se estendia por todo o extenso campo do Castelo. 

Pude ver Henrique indo na direção dos estábulos, com guardas atrás dele. 

Sai do meu quarto, e me dirigi até a sala de jantar. 

Estava morrendo de fome, precisava de um café da manhã. 

Adentrei a sala, e logo visualizei Helena. 

Ela usava um vestido azul claro, que a deixava ainda mais bonita. 

Sentei-me ao seu lado, mas ela pareceu não me notar. 

Estava entretida com a barra do vestido. 

- Olha, se não olhar para mim, vou pensar que fiz algo errado, irmãzinha. - Helena me olhou, e sorriu.

- Desculpe, estava com a cabeça em outro lugar. - Ela disse. 

- Percebi. E esse lugar teria nome ? - Eu perguntei, enquanto colocava café em uma xícara.  Sabia que ela estava me olhando pasma. 

- Você sabe quem é. - Ela respondeu, dando um longo suspiro. 

- O que o traste fez agora ? - Perguntei, olhando-a nos olhos. 

- Nada, esse é o problema. Ele saiu no meio de uma conversa que era importante para mim. 

- Não mostre que se incomodou, mostre indiferença, tenho certeza de que ele irá se manifestar. - Eu disse, bebendo um gole do meu café. Estava muito bom. 

Peguei uma fatia de pão, e a comi. 

- Você acha ? - Ela perguntou. 

- Tenho certeza. - Eu respondi, olhando para ela com ternura. 

Depois que tomei café, decidi que não seria uma simples neve que me prenderia naquele castelo. 

- Lena, vou caminhar um pouco lá fora. Quer ir comigo ? - Eu perguntei. 

- Não, sabe que nunca gostei muito de frio. - Respondeu Helena, cruzando os braços, e sorrindo. 

- Então está bem, vou indo. Até mais tarde. - Eu me levantei, deu um beijo em sua testa, e sai da sala de jantar. 

Rapidamente eu já estava do lado de fora, sentindo o vento frio em meu rosto. 

Ainda bem que meu casaco dava conta. 

Enquanto caminhava, ouvi relinchos, e barulhos de madeira vindo do estábulo. 

Magnus. 

Andei rapidamente na direção do som, e abri a porta. 

Leo está segurando Magnus por uma corda, tentando conte-lo. 

Meu cavalo estava agitado demais. 

Me aproximei, e fui para o lado dele. 

- Calma, rapaz. Está tudo bem. - Eu disse, enquanto fazia carinho nele. 

Aos poucos, Magnus foi se acalmando. 

Eu estava agora de frente para ele, acariciando seu pescoço. 

Leo me encarava pasmo. 

- Como ? - Ele perguntou. 

- Instinto. - Respondi, colocando Magnus de volta em seu lugar, ao lado de um espaço vazio, que deduzi ser ocupado por Leandro, o cavalo de Henrique.  

Então ele já foi. 

Enquanto Magnus se ajeitava, vi meu arco em um canto, com as flechas. 

Os peguei. 

Fechei a porta do cubículo do cavalo, e me virei para Leo. 

- Você sabe atirar ? - Ele perguntou, apontando para arco. 

- Ainda estou aprendendo. - Respondi. 

- Posso te ajudar, se quiser. - Leo disse, até que uma ajuda não seria nada mal. 

Agora prestando mais atenção, pude perceber que seus olhos eram cinzas como os de Henrique.  

Porém o que os diferenciava, era o tom.

Os olhos de Leo eram puxados para o verde. 

Já os de Henrique tinham um fundo azulado. 

- Eu adoraria, mas acho que não fomos apresentados do jeito certo. Prazer, me chamo Catarina. Mas pode me chamar de Cat. - Eu disse, estendendo minha mão. 

Leo a pegou, e eu senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo.

Era como se tivéssemos uma conexão. 

Ignorei esse fato, deve ter sido por causa do frio. 

- O prazer é meu, Catarina. Eu me chamo Leonardo, mas pode me chamar de Leo. - Sorrimos um para o outro, e saímos do estábulo. 


Notas Finais


Espero que estejam gostando
Um beijo
Até mais 💜💜


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