História Eu posso ouvir atrás da porta - Insignificante

Sou insignificante. É, sei muito bem. Ouço por trás da porta, em todas as malditas vezes que a tranca por dentro, e impede que eu entre. Posso parecer idiota, mas não se engane, sou inteligente o bastante para perceber quando não sou mais amado, ou quando não há mais valor em meu amor por você.

Quer saber de um segredo? Só estive com você esse tempo todo por pena. Pena de te ver chorando, sofrendo depois do seu casamento estúpido, que te fez ser esse péssimo homem, péssimo amante.

Porém, no sexo, é incrivelmente bom. Surpreendentemente, bom.

Não imaginei que eu pudesse gostar tanto de ser dominado, sentir prazer de te ver se masturbando na minha frente, enquanto me encara do jeito saliente, lambendo os lábios que tanto gosto de morde e chupa. Como seu pau, que salivo para abocanhar.

Pergunto-me se gosta quando eu te chupo, até a metade, sugando lentamente a cabecinha, no decorrer do processo, à te encarar depravadamente, ao mesmo tempo que aperto meu membro por cima da cueca.

Você me olhar com um domínio surreal, que me faz estremecer. Eu gosto, eu amo isso em você.

Os tapas dados na minha carne, marcando a pele forte, deixando para trás os desenhos quase perfeitos dos seus dedos. Adora fazer isso, não é? Dói pra caralho, mas por você eu sinto prazer em tudo.

Menos quando te vejo com desdém do meu amor.

Isso me machuca demais.

Mais até mesmo na penetração bruta do seu pau, deslizando para dentro de mim, no seco. Você é louco, porém sou bem mais, por permitir e delirar com essa coisa toda.

As estocadas fortes e fundas, a forma que sua mão agarra minha cintura, quando estamos deitados de ladinho, e você metendo daquele jeito enlouquecedor.

Merda, gosto tanto de te ver embaçado, com minhas lágrimas dificultando a visão do seu sorriso safado.

Quero alcançar sua boca, e beijá-la desesperadamente. Isso eu consigo, e me satisfaz de um jeito maravilhoso.

Dos seus dedos acariciando meu pau lentamente, apertando desde a base.

Porém, no final, quando você goza dentro de mim, e geme no meu ouvido que sou uma vadia apertadinha, eu sou valho 5 minutos de carinho nos fios azuis claros, e uma despedida babaca:

- Vou fumar um cigarro, descanse um pouco. Vamos dormir juntos hoje.

E vai embora, deixando-me na cama, quando se tranca e passa a conversar com seu ex, como se não tivessem terminado e eu fosse um completo e perfeito, insignificante.

É eu posso ouvi atrás da porta.