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História Eu sempre a terei - A primeira ressaca.


Escrita por: rayantunes

Capítulo 23 - A primeira ressaca.


A semana passou muito devagar e eu odiei isso. Os parentes da Laurel são legais, mas eles forçaram muito a barra comigo, perguntando coisas indelicadas e enchendo o saco para que eu e Laurel nos beijássemos. Eles eram inconvenientes, mas me esforcei para ao menos fingir que estava gostando. Mas passou e agora a semana ia ser só para mim e Laurel. Ela me disse que tinha um casal amigo dela que conhecia o lugar e ia nos levar para conhecer tudo que tinha de melhor lá.

Era segunda, íamos fazer trilha, mas começou a chover logo cedo e a previsão era temporal até o meio da semana. Laurel sempre foi o tipo de pessoa que ta animada sempre, mesmo num dia sem chuva e sem energia, então logo arrumou algo para que nós duas pudéssemos fazer a sós. Ela disse que ia ao mercado e já voltava, fiquei um pouco preocupada já que estava chovendo e ela poderia ficar doente, mas mesmo assim a beijei e deixa ela ir. Aproveitei esse meio tempo pra dar uma cochilada. Nos últimos dias eu e Laurel temos virado a noite transando, fazia tempo que isso não rolava e eu estava feliz por ter voltado a transar, mas o ruim era o sono no outro dia. Eu passava a tarde dormindo, enquanto a Laurel via série e a noite acordava pra jantar e passar a madrugada vendo Star Wars e transando.

Acordei com ela me beijando “poxa amor, já dormiu?” “assim, por que será né amor?” “olha, a gente pode não fazer se você esta achando ruim, sério”. Comecei a rir, eu não estava achando ruim, pelo contrario, estava amando “eu só não quero acabar trocando meu sono, sabe, a gente faz faculdade de dia e não de madrugada” “okay. Então fica acordada que a gente faz só à noite”. Antes de sair do quarto ela me deu um beijo na testa. Da mini cozinha que tinha no nosso quarto ela começou a gritar que ia fazer strogonofe, a especialidade dela. Fazia alguns meses que eu não comia isso e logo me levantei pra vê-la preparar.

“Quem deveria estar fazendo gastronomia era você, sabia? Olha esse sorriso enquanto você cozinha, ainda não sei como consigo me apaixonar mais toda vez que te vejo cozinhando” “para com isso, eu fico com vergonha e posso me desconcentrar e cortar um dedo”. A mini cozinha era mega apertada, era pra no maximo fazer um miojo, mas lá estava ela fazendo strogonofe. Assim que ela colocou tudo na panela ela veio me beijar com as mãos sujas, rindo, pois sabia que eu odiava isso. Mas ela fez mesmo assim. Sem querer e por reflexo eu dei um tapa na cara dela e por um minuto tudo congelou “meu deus o que eu fiz!?” pensei comigo. “Nossa Ana, eu só estava brincando, não precisava disso”.

Como era de se imaginar, passamos o resto do dia sem falar uma com a outra. Dormimos brigadas e só no final do outro dia que voltamos a nos falar, mas não foi necessariamente uma conversa. Foi uma troca de olhares que resultou nela vindo me beijar, ela me beijava com raiva e eu sabia que quando a transa era com raiva, era a melhor e também de reconciliação.

Ela puxou meu cabelo e começou a dar chupões no meu pescoço, coisa que ela nunca fazia. Foi descendo pros meus peitos que ainda estavam cobertos pelo top, mas sem dificuldades ela tirou e começou a marcá-los também. A partir daí, minha cabeça começou a girar e eu comecei a sentir uma necessidade infinita de que ela me chupasse. Coloquei a mão no cabelo dela e o puxei “me chupa”. Ela apenas sorriu e disse “não precisa nem pedir duas vezes”. Ela não fez rodeios, não fez uma trilha de beijos até tirar minha samba canção, ela simplesmente a tirou e começou a me chupar. Ela fez isso com rapidez demais o que me assustou, mas assim que a língua dela começou a se mexer, eu só soube gemer. Ela começou a me arranhar enquanto me chupava, o que começou a me arrepiar inteira e não demorou muito pra que eu não aguentasse mais e pedisse pra ela parar. Melhores transar são as de reconciliação.

Acabamos dormindo logo depois da transa, o que foi bom, pois finalmente eu estava dormindo de noite e não de dia. Quando acordei, tinha um bilhete dela na cabeceira “Fui dar uma volta na praia, volto pra almoçarmos juntas”. Eu entendi aquilo, ela tinha saído pra pensar, ela costumava fazer isso quando brigávamos, mas não depois de uma transa de reconciliação. Aproveitei pra subir no terraço e pensar um pouco também. Me peguei pensando em pular de lá e me odiei por isso, mas eu continuava lá, sentada com as pernas balançando.

Depois de tanto viajar eu vi Laurel se aproximando do prédio, mas permaneci imóvel e nem pensei em sair dali. Depois de alguns minutos ela ainda não tinha aparecido no terraço, achei que ela simplesmente não tinha me visto, mas ela também poderia estar me ignorando. “Será que eu fiz algo de errado?” pensei comigo. Eu odiava pensar nisso, pois era daí que minhas paranóias vinham.

Quando entrei no ap, ela estava sentada na cama e olhando pra porta “onde você estava?” “no terraço, te vi chegando, achei que tinha me visto lá” “eu não vi e fiquei preocupada achando que você tivesse sumido” “nossa, relaxa” “relaxa? Ana tens depressão, a gente brigou e você estava num terraço, tu ainda pede pra eu relaxar?” “sim, não sei por que tais tão exaltada, tu sabe que eu me acalmo quando fico em lugares assim, tais querendo brigar? Pois se for isso, arranja um motivo melhor” ela ficou em silencio, me olhando como se eu tivesse a acusando de um crime horrível. “Eu não acredito que tu falou isso” “isso o que?” “que eu quero brigar contigo” “Laurel pelo amor, tu já veio toda alterada...” foi ai que eu reparei, ela tava bêbada. “Merda Laurel, você ta bêbada!” “nossa, você só para me acusando, eu to preocupada contigo e você me acusa de estar bêbada” “ta bom, você tava preocupada comigo, mas eu sei que quando você se preocupa tu não me acusa de nada, tu simplesmente me abraça e pergunta o que eu tenho”. Ela me olhou com cara de nojo, ou de quem estava enjoada e saiu correndo pro banheiro, não me orgulho do que fiz em seguida, mas eu fiz “bingo, eu tinha razão, você ta bêbada”.

O resto do dia se resumiu a eu cuidando dela. Ela passou boa parte do tempo vomitando e me pedindo desculpa e eu só a escutava, preocupada achando que ela tinha bebido o suficiente pra levar ela pra um hospital. Pra minha sorte, no final da tarde ela parou de vomitar e eu dei um banho dela e a coloquei na cama, pois ela já estava dormindo. Eu nunca a julguei, mas eu agradeceria muito naquele momento que eu não fosse um palito e ela gordinha. Eu sempre consegui pegar ela no colo, mas ela estava pesada, pois não tinha apoio, ela tava literalmente jogada em mim.

Depois de algumas horas, resolvi ligar para Tarah, pra saber como as coisas estavam, mas ela não atendeu. Olhei pro relógio do celular e entendi o porquê dela não atender, eram 3hrs da manha, ninguém ia me atender àquela hora. Eu estava sem sono e Laurel roncando, não tinha muita coisa a fazer a não ser comer e ver série. Fiquei fazendo isso até o sol nascer, mas acabei pegando no sono. Acordei perto do meio dia e olhei pro lado para me certificar de que Laurel ainda estava lá, ela continuava roncando. Assim que peguei o celular, vi que tinham ligações perdidas e mensagens da mãe dela, preocupada, liguei na mesma hora pra ela. “Oi, aconteceu alguma coisa?” “Oi Ana, vocês deviam ter voltado hoje de manhã, o que aconteceu?” “merda, era hoje, desculpa Isa, eu avisei a Laurel ainda ontem que tínhamos que arrumar as coisas, mas acabamos esquecendo” “Tudo bem Ana, só fiquei preocupada achando que tinha acontecido algo com vocês” nisso senti a Laurel se mexendo do meu lado e vindo me abraçar. Ela ainda estava dormindo, mas logo acordaria, já que eu estava no telefone e não conseguiria falar tão baixo. “Isa, relaxa que vamos arrumar nossas coisas agora mesmo, tomamos café no caminho e quando chegarmos eu peço pra Laurel te ligar” “obrigada, Ana”.

Eu me levantei e a deixei dormindo, arrumei tudo, lavei louça, recolhi nossas roupas e tudo mais, deixei o quarto o mais apresentável possível. Passei uma água no rosto e coloquei meu all star. “Amor? Tens que acordar, a gente tem que pegar o ônibus pra ir pra casa” não tive resposta, ela se quer se mexeu, então cheguei perto e comecei a beijá-la. “Ei, amor, a gente tem que ir” agora ela começou a se mexer, abriu pouco os olhos e perguntou “ir? Aonde amor?” “pra casa, criaturinha, era pra termos ido hoje pela manhã, mas perdemos hora, então levanta rapidinho, passa uma água no rosto e pega esse óculos, você vai precisar dele”. Ela sorriu e começou a fazer as coisas, com muita calma e paciência. Era engraçado vê-la assim, pois eu nunca a tinha visto de ressaca.

Não demorou muito para já estarmos esperando o ônibus. Laurel estava pendurada no meu pescoço, bocejando de dois em dois minutos, eu só piorava a situação, pois estava fazendo carinho no cabelo dela. O ônibus enfim chegou e logo, eu estaria enfim em casa. 



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