1. Spirit Fanfics >
  2. Eu sempre a terei >
  3. Eu me sinto infinita.

História Eu sempre a terei - Eu me sinto infinita.


Escrita por: rayantunes

Notas do Autor


Peço desculpa pelo capitulo ter ficado um tanto parado e menor que os outros, mas não queria deixar a história desatualizada, então decidi escrever algo que eu estava sentindo no momento que eu estava escrevendo, mas no cenário da história. Então perdão por ter fugido um pouco do verdadeiro sentido da história. Espero que gostem.

Capítulo 27 - Eu me sinto infinita.


Faz uma semana que voltei pra Tubarão e Tarah ainda não voltou das férias sendo que amanha as aulas já voltam. Preocupada tentei uma call no skype, pra minha sorte ela atendeu “oi Tarah MEU DEUS VOCÊ PINTOU O CABELO” gritei ao ver que o cabelo dela estava rosa “oi Ana, gostou?” “eu amei cara, meu deus, você ta linda” “nossa obrigada” ela fez uma reverencia e começamos a rir. “Você não vai mais voltar pra casa?” “olha, pra falar a verdade, eu tava arrumando minhas coisas pra ir hoje à noite” “ainda bem, eu estava preocupada” “faz muito tempo que você voltou?” “voltei semana passada já” “meu deus, tais ai sozinha a semana toda” “sim, fazer o que, mas chamei o menino que vende maconha e comprei algumas gramas, e to passando a semana muito bem” “não acredito que tu enfim...” um grito a interrompeu “Ana, eu tenho que desligar, quando eu voltar eu quero saber tudo hein” “ta bom, beijo”.

Era final de tarde e estava muito frio, mas o por do sol estava maravilhoso e decidi deixar a varanda aberta para poder o observar. Coloquei Trovoa da Maria Gadu pra tocar, já a coloquei no repete na TV e a coloquei num volume não tão alto. Peguei meu celular e liguei pra Laurel, já que não conversávamos por ligação há dois dias. Ela atendeu no terceiro toque, permaneci em silencio a deixando escutar a musica “tais vendo esse por do sol?” “aqui não é igual ai, mas to vendo sim” e continuei em silencio. A musica tocava junto a respiração da Laurel me deixava calma e esse por do sol só melhorava tudo. “Isso só estaria mais perfeito se eu estivesse ali contigo” falei, mas ela me conhecendo, não respondeu, ela sabia que eu estava vagando em meus pensamentos e disse aquilo, pois queria mesmo e não por que queria uma resposta.

Quando o escuro já era mais escuro que meus próprios olhos castanhos, eu levantei e enfim eu e Laurel começamos a conversar de verdade. Quando falei que comprei maconha ela só disse “olha hein, vai ficar viciada”, mas eu sei que ela estava apenas brincando. Passamos quase uma hora falando da faculdade, até que eu escutei uma chave na porta. Olhei pro relógio, era uma hora da manha, devia ser a Tarah “amor, se eu parar de te responder é que a Tarah chegou okay?” “ta bom, se quiser a gente desliga” “não precisa, na verdade eu quero colocar no viva voz, pois eu disse que ia contar às coisas que rolaram, ai tu me ajuda a contar” “okay então”.

Acabei desligando depois de meia hora, pois não aguentava mais acordada e acabei também dormindo no sofá da sala, o que foi uma péssima ideia já que eu tinha aula no dia seguinte e isso me deixaria com dor nas costas. Acabei acordando tarde e isso me fez optar por ficar em casa em vez de ir pra aula, já que a primeira semana pós férias era só relembrando o conteúdo e não tinha trabalhos.

Laurel não me deu noticias o dia todo, mas imaginei que ela devesse estar ocupada com a faculdade, então decidi sair e dar uma volta no centro. Fui apé mesmo e somente com dez reais no bolso e meus fones de ouvido. A tarde estava nublada, perfeita pra ficar em casa, mas eu ficava demais em casa e se tem uma coisa que eu não posso é ficar assim. No meu celular, estava tocando uma das melhores playlists que eu tenho salva “Bunda do Shrek”. Estava no aleatório e começou a tocar Culpa do O Terno e imediatamente eu comecei a dublar ela e andar no ritmo. Eu era meio louca de fazer performances na rua, até hoje me lembro de fazer a Laurel passar vergonha em um dos nossos encontros, pois cheguei com o fone no ultimo volume e cantarolando, isso no meio do shopping. Coisas assim me alegravam, como por exemplo, fingir que o mundo não existe e só tem eu cantando e andando no ritmo da musica.

Quando eu já estava na pracinha do centro, começou a tocar Stereo Hearts do Gym Class Hero e me lembrei do dia que fizemos uma festinha no ap, quando essa musica começou, todo mundo se juntos e nossas vozes ficaram mais alta que a musica e aquele dia foi lendário. Mas foi perdida em meus pensamentos, já sentada olhando o pouco movimento do comercio em uma tarde de segunda feira, que o aleatório me deu um tiro. Começou a tocar Surprise Party do Hoodie Allen e varias lembranças começaram a me dar socos no estomago. Essa musica tocou na primeira festa que a Laurel fez na casa dela e isso me trás ótimas lembranças, foi a noite que eu fiz amizade com a Aurora, amiga da Laurel. Aquela noite foi uma noite lendária também e eu amava as fotos que eu tinha dela.

Começou a chover depois de um tempo e mesmo assim eu fiquei lá sentada, até que começou a tocar Riverside da Agnes Obel, então me levantei e comecei a caminhar de volta pra casa. Eu achava engraçado o modo como todos fugiam da chuva, se escondendo em lojas, em marquises de prédios, enquanto eu estava ali, sentindo o toque poético da chuva em mim. Tudo ia em câmera lenta, quase no ritmo melancólico da musica e por um instante eu me senti infinita. Não existia mais Laurel, não existia mais faculdade, preocupações, nada, era somente eu, a musica e a chuva.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...