Pov’s Marcelina
Meu Deus do céu, como será que o Paulo me encontrou aqui? Achei que meu coração ia pular para fora do peito só de medo. Cortou 100% o clima com o Mário. Fiquei completamente sem graça.
— Me desculpa por isso. — Falei para Mário.
— Não, relaxa. — Ele sorriu sem graça. — Conheço a peça. — Completou. — Mas achei que você tinha falado com ele que íamos sair.
— É que se eu falasse, ele me impediria. — Expliquei. — E eu queria muito vir.
— Eu sei. — Ele abaixou a cabeça. — Como fez para sair escondido, então?
— Pedi ajuda da Val. — Contei.
— Corajosa. — Ele riu e eu ri com ele. — Quer ir para casa?
— A não, eu quero tomar mais um sorvete. — Diana falou com cara do choro.
— Podemos ficar mais um pouco, não tem problema. — Falei. — Aceito qualquer coisa para não ver o Paulo hoje.
— Nossa... — Ele falou. — Eu sou qualquer coisa?
— Ai, não foi isso que eu quis dizer... — Tentei explicar.
— Relaxa, eu sei. — Ele disse. — O Paulo deve estar uma fera.
— Quero outro sorvete. — Diana insistiu.
— Vai lá pegar, vai. — Mario falou.
— São 19:15. — Falei olhando no celular. — Posso ficar até 20:00, tenho que estar às 21:00 na casa da Majo.
— Certo. — Ele concordou. O clima estava horrível.
Diana voltou com dois sorvetes de chocolate. Vi que Mário ficou sem entender.
— Você vai aguentar comer isso tudo? — Perguntou.
— Não. — Ela respondeu. — Um é pra Marce.
Sorri sem graça para o Mário.
— Deixa que pago esse. — Falei.
— Não já falei pra você relaxar? — Ele riu e eu fiquei mais sem graça ainda.
— Ta. — Falei e comecei a tomar o sorvete que Diana já tinha colocado na minha frente.
— Não quero que a Marce vá embora agora. — Diana falou para Mário.
— Para de ser chata. — Ele respondeu.
— Não vou agora, meu amor. — Falei para ela que sorriu.
Pov’s Alicia
Acordei no sofá e percebi que a TV estava desligada e que o Paulo já não estava mais lá. Automaticamente pensei: “fudeu.” Vi que o caderninho que fica em cima da mesa estava aberto e resolvi ir olhar, encontrando uma letra bonita, mas difícil de entender:
“Alicia, precisei sair, e como você já tinha dormido, resolvi deixar. Até mais. – Paulo”
Fiquei completamente nervosa, pois não sabia que horas ele tinha saído. Não sabia se o plano tinha dado certo. Será que deu?
Saí de meus pensamentos quando ouvi a campainha tocar. Fui até a porta, olhei pelo buraquinho e vi que era a Rebecca. Abri a porta.
— Esqueci a chave na casa do Léo. — Ela falou assim que a porta se abriu.
Autora: o nome do namorado dela é Léo? Me recordem.
— Ata. — Falei.
— O que aconteceu? Por que ta com essa cara? — Falou me olhando estranho.
— Única cara que tenho. — Respondi.
— Coitada. — Ela respondeu e entrou em casa.
— Com quem você estava? — Perguntou quando chegou na sala.
— Com ninguém, por quê? — Respondi prendendo o cabelo.
— Então por que usou dois copos? — Questionou.
— Estava com uma amiga, Rebecca, aff. — Respondi.
— Calma aí, a letra no caderno é masculina. — Persistiu. — Ta namorando?
— Ué, você não disse que eu nunca vou namorar? — Questionei.
— Falei que você nunca vai namorar garotos. — Agora ela já olhava pra mim. — Nunca disse nada sobre meninas.
— Mas a letra no caderno não é masculina? — Rebati.
— Não importa, vou contar pra mamãe que você trouxe namorado pra casa.
— Me contar o quê? — Minha mãe entrou. — Já estão brigando?
— A Alícia ta namorando e já trouxe pra casa. — Rebecca se adiantou.
— Só um amigo, garota, aff. — Falei subindo para meu quarto.
— Rebecca, deixa sua irmã em paz. — Ouvi mamãe falar. — Ela tem direito de namorar, assim como você.
— Eu não to namorando! — Gritei da porta do meu quarto.
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