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História Eu te odeio, Jeon Jungkook - Imagine Jungkook - Sentimentos.


Escrita por: GhostMeetYou

Notas do Autor


E olha quem voltou? Isso mesmo, euzinha! Hm, sei lá cara, eu gostei tanto de fazer esse capítulo, ele é um passo tão importante, pras duas relações situadas nele. Kkk

Enfim, como estão? Porque eu tô em tempo de surta, sem nem poder colocar a cabeça pra fora, pq pra minha infelicidade, eu sou da porra do grupo de risco, por causa do inferno da asma, e tbm, eu tenho uma mãe surtada rsrs, mas vivendo estou, e essa bosta de Corona vírus numincosta!

Ahhh, mas, chega de falar, né? Kkkkk

Woah, sério, tomem cuidado fiquem em casa, e lavem as mãos sempre! Por favor, se cuidem! Amo vcs, e nos vemos nas notas finais.

[Edite] 27/05

Hey, vocês que estão lendo agora, de novo, espero que as mudanças feitas nesse capítulo, tenha o melhorado, igualmente no próximo.

Capítulo 5 - Sentimentos.


Meu coração estava batendo tão rápido, pela animção. E quando apertei a mão de Jungkook, firmando o acordo, sorri pela adrenalina.

— Acordo fechado. — Ele disse, abrindo também um sorriso, seus olhos me olhava com empolgação e um toque de perversidade. — Vamos arruinar, essa festa de boas vindas.

15 horas antes

Bufei, olhando para meu reflexo no espelho enquanto passo a toalha pelos fios molhados e recém lavados.

Peguei a escova de cabelos, e estreitei os olhos irritada. De alguma forma, ainda sentia o cheiro de beterraba impregnado em mim. Esse suco desgraçado se impregnou em meu olfato, parece que todo cheiro que eu sinto, é beterraba. Eu vou pirar! Pelo amor de Abraxas, quem toma suco de beterraba?!

Terminei de pentear os cabelos e passei os dedos entre os fios, sacudindo-os. A vontade infernal de cortar os cabelos grita dentro de mim, mas quando olho para as madeixas longas, sinto pena. Os fios castanhos escuro, passa da bunda.

— Não, eu definitivamente preciso cortar os cabelos. — Dito isso, procuro pelas pantufas e lembro de deixar na porta do quarto, ajeito o pijama, e me olho no espelho de novo, conferindo meu reflexo, e sorrio procurando o celular, que lembro também de... Não, na verdade eu não sei onde deixei.

Saio do banheiro, olhando em volta, piso na cerâmica de mármore fria, e me abraço quando sinto a brisa fria bater contra minha pele. Olho para a porta da varanda com o cenho franzido, por não lembrar de deixar ela aberta. Ou eu deixei e estou com um sério problema de memória.

Mas quando olho para a cama, vejo uma bandeja com uma copo de suco — que me faz franzir a cara em uma careta — e rámem? 

Certo, alguém entrou no meu quarto.

Concluindo isso, pestanejo e e me viro. 

Quando vejo a sombra ondular sobre alguns moves, viro o rosto para a varanda, vendo entrar pela porta, Kim Taehyung. Solto o ar que prendi, e depois o encaro confusa.

— O quê faz aqui? — Ele sorri, e levanta um celular. Meu celular. Quando eu deixei com ele? — Ah... Obrigado. — Murmuro, indo até ele, que desvia o celular da minha mão, o escondendo atrás de si. Pisco confusa, e ele abre um sorriso ladino. Desvio o olhar de seu rosto,  com a maior cara de lezada, e tento pegar novamente o celular, mas ele se esquiva. — Ah, qual é? Não tô com paciência pra esses joguinho, Taehyung. — Ele se afasta com uma risada, e morde o lábio.  Seu olhar pesa mais sobre mim, quando me viro de costas pra ele, e ando até a cama segurando a bandeja e colocando sobre o criado mudo. Por motivos desconhecidos por mim, meu coração começou a acelerar, e eu engoli em seco, tratando de disfarçar o meu desconforto sobre isso. — Aliás, obrigado. Estava com fome. — Agradeci, virando para ele, que ainda tinha o olhar intenso sobre mim, que parece que penetra o fundo da minha alma, e quase, me destabiliza. Ele passa a língua sobre os lábios, e a prende entre os dentes, quando começa a me analisar. 

Isso tá ficando estranho, tá ficando muito estranho. 

Será que também desenvolvi problemas cardíacos? 

— De nada. — A voz rouca e grave, me fez arrepiar, enquanto eu pigarrei, tentando disfarçar que isso tudo estava mexendo comigo. Ele soltou uma risada soprada, olhou-me com um meio sorriso, levantou a cabeça me olhando de cima com os olhos cemicerrados e desarmou a pose instigante. 

Espera, ele tá flertando comigo? 

Esbarrei na minha própria cama, quando resolvi sustentar o olhar com ele. Fiz uma careta quando me sentei na cama, e sentei por cima dos meus cabelos molhados, me fazendo tomar um susto com minhas próprias burrices. 

Eu arregalei um pouco os olhos, e levantei a sobrancelha quando ele começou a andar na minha direção. Me endireitei, passando as mãos sobre os fios de cabelos, evitando agora, contato visual. 

Taehyung, pode parecer inofensivo, mas o garoto tem uma beleza surreal, e sabe disso. Sabe que encanta qualquer um, seduz, sem precisar fazer nada. E ele não parece que não sabe, já que está usando ao seu favor, para me destabilizar completamente. Ah, e ele tá conseguindo. Porque a cada passo dado em minha direção, é como se eu fosse hipnotizada, e como se meu coração estivesse louco. E é realmente assim que me sinto. Louca. E burra, já que eu não ele estava flertando comigo. Em outras circunstâncias, eu provavelmente estaria o encarando com a maior cara de tédio possível, enquanto jogava com ele, esse joguinho ridículo de provocações. Porém, estamos nessas circunstâncias, e eu me sinto completamente estranha, e irei colocar a culpa inteiramente na cidade. 

Quando ele para na minha frente, eu levanto o rosto, tentando fingir um falso ar de 'não estou nem aí', mas ele morde o lábio, os olhos me encarando sem pudor, e um sorrisinho de canto, é o suficiente para mim esquecer até mesmo o que eu estava pensando. 

Esse garoto, é um pecado. É como à fruta proibida, me tentando a come-la. Mas não faço, simplismente porque, isso já se tornou um jogo. Um dos dois terá que ceder primeiro, e não será eu. Porém, depende. 

— imaginei que estaria com fome, não te vi comer depois que saímos do cinema. — Concordei, nem lembrando mais o porquê de ele estar falando isso, ou do assunto da conversa anterior. Desci os olhos se seu rosto e parei pra prestar atenção nele. Calça Jeans escura com os joelhos rasgados, um moletom preto, uma bandana azul, e quando inspirei o ar, senti o perfume doce sair de si, e agradeci mentalmente por não sentir cheiro de beterraba.

— Hm, quanta gentileza Sr. Kim. — Provoco, e ele concorda sorrindo. Derrepente estende o celular pra mim, que o olho desconfiada e indiferente. Nessa brincadeira idiota, eu não caio mais. 

— Oras, não me trate com indiferença. Estou me rendendo, vamos pegue. — Se rendendo... Ri, assentindo. Quando segurei no celular, ele segurou meu pulso, me fazendo olha-lo, mas não tive tempo pra protestar já que ele me puxou em um impulso para cima. Prendi a respiração, e ele riu. Meu coração começou a bater feito um desgovernado, e eu quase gritei para me darem um coração novo, porque se ele chegasse mais perto ele escutaria o retumbar violento aqui dentro. Levantou meu pulso, e colocou minha mão sobre seu ombro e segurou em minha cintura, me puxando ainda mais para perto, me fazendo ficar na ponta do pé. 

A vontade de beija-lo, é surreal. É como se me impedisse de pensar direito, e ver o grande erro que estou cometendo  já que racionalidade está me faltando agora. 

Ele faz meu coração disparar, e não é só pela atração física. 

— Por que, flerta comigo só agora? 

— Na verdade... — Ele riu. — Eu já estava fazendo isso a tempo, se quer saber. Mas, você parecia bem distraída pra perceber. — Concordo, porque eu realmente nem prestei atenção nisso. Só achei que ele era, gentil e simpático? 

Ele me arrancou dos meus pensamentos, quando encostou o nariz no meu, duas vezes lentamente. As respirações se mesclando, um clima nos envolvendo, e foi o suficiente para que eu perdece os sentidos outra vez. 

— Eu não costumo fazer, isso... Sabia? — Sussurrei, fechando os olhos enebriada, sem mais saber o que estava falando. Ele sorriu, e relou os lábios nos meus, me provocando, e se afastando, desviando os lábios para minha bochecha, e prensando um selar casto, ali.

— O quê? Beijar o filho do noivo da sua tia? — Murmurou divertido, e sorri, negando. Se bem, que isso também é verdade.

— Ficar com alguém que eu conheço, e principalmente, com quem vou dividir a casa. — Ele deu de ombros rindo, não levando a sério o que eu disse, e eu queria ter forças para empurrar ele pra longe, e explicar o porquê de não poder-mos. Mas seus dentes rasparam no lóbulo de minha orelha a língua úmida e quente tocando a pele quando ele mordeu lentamente o lóbulo com alguns brincos, e chupou, me fazendo quase derreter em seus braços. Sua destra, agarrou sutilmente um punhado de cabelos, me fazendo ergue a cabeça, e sem delongas, finalmente quebrou o espaço entre nossas bocas, prensando sua boca na minha, em um selar casto e deleitoso. 

E foi nesse momento, que senti algo se ascender em mim. Como uma chama infernal, de desejo, e uma pontada no meu peito, como um sentimento que definitivamente não pode existir de uma hora pra outra. Mas eu não me importei, tomada pelo desejo e incoerência, quando tentei aprofundar o beijo, pedindo passagem com a língua, e percebi que ele parecia... Travado? 

Minha cabeça doeu, e nome surgiu em minha mente, me fazendo quase perde o equilíbrio, e me fazendo parar, mas não fui eu, a quebrar contato de nossas bocas, foi ele. Me afastou, ainda mantendo as mãos em minha cintura, e quando abri os olhos, fiquei confusa.

Demorei alguns segundos pra poder piscar e perguntar o que foi, fingindo não ter acontecido nada comigo, e ignorando o fato de ter pensando no nome de Jungkook, do nada. 

— Quê foi? — Falei, mas ele nem olhou para mim. Seus olhos estavam fechados, sua expressão contorcida em um misto de dor e confusão, e ele estava pálido, bem mais que o normal. Ele me soltou se virando de costas pra mim. — Ya! Taehyung? O quê foi? — Perguntei, tentando vira-lo para mim, ou se esforçando para ver seu rosto, mas ele estava com as mãos na frente.

— E-eu... — Balbuciou, e se esquivou de minhas mãos indo até à porta, e saindo. E bem, me deixando confusa, e sem reação. Mas antes que eu podesse me mover, a porta se abriu, e ele entrou de novo, vindo até mim, e me abraçando. Eu não retribui o abraço, só fiquei parada.

— Eu sinto muito... — Sussurrou, me apertando. Escutei o suspiro audível, enquanto ele escodia a cabeça na curvatura do meu pescoço. Eu continuei olhando sem reação, e com uma confusão enorme na cabeça, para a porta agora entre-aberta. 

Certo, o quê está acontecendo? Isso foi muito, esquisito. Será que ele tem algum problema? Aish! Por que não me solta? 

Eu apenas o sentia me abraçar, como se algo de ruim tivesse acontecido, e ele precisasse muito se lamentar. E eu não fiz nada por uns dois minutos, até o empurrar, e acabar com o clima todo.

— Ok... — Eu comecei, confusa. — Eu vou entender todo isso, como, o 'problema sou eu, não você'. Porque eu sei, que sou muito linda, beijo bem pra caramba, pra ser algum problema, — Murmurei, com um sorriso na tentativa de fazer o clima estranho ir embora. Maneei a cabeça para o lado, prensando os lábios, esperando ele falar alguma coisa. — E então...? 

— Ah! N-não é isso! Não tem nada haver com você, e-eu, o beijo- Olha, não é você, ok? — Levantei a sobrancelha, entediada. E ri, assentindo. 

— É claro que não sou eu. Preciso repetir todo meu discurso narcisista, outra vez? — Ele riu, passando a mão na nuca, e sentou, ainda meio perdido. Eu respirei fundo, dando de ombros pro constrangimento que ameaçará surgir. — Tá legal, você está bem? Nunca vi meu beijo causar essa reação nas pessoas... — Falei, fazendo um bico confuso. Ele me olhou, e eu parei de brincar. Parei de fazer qualquer coisa, e pensar qualquer coisa, porque aquele olhar, parecia preocupado, aterrorizado, e sério de mais. E isso me assustou. — Tá bem, agora você está me deixando realmente confusa, o quê foi? — Ele forçou um sorriso, e segurou minha mão.

— Eu só lembrei de algo ruim, apenas isso. Não se preocupe, hu? — Soltei uma risada, e olhei para o lado, frustada e incomodada por, ele praticamente ter ensinuado que me beijar o lembra a algo ruim. 

— Eu? Me preocupando com você? Atá! — Ironizei, e liguei a televisão, quase ficando emburrada, e quase chutando ele pra fora do meu quarto. Mas, eu me controlei, e conversei com meu lado maduro, lembrando a ele que, isso é infantilidade de mais, e que ele deveria me controlar. Depois, me virando pra ele. — Você... Quer ficar e assistir alguma coisa? —  Minha voz pareceu despertar ele, que me olhou com um olhar arrependido, e antes que ele tocasse no assunto, eu o interrompi. — Não era pra ser. Esquece isso. 

— É... Ahn, bem, sim. Adoraria ficar aqui, com a segunda maior narcisista que conheço, e assistir alguma coisa. — Falou, na tentativa de humor, quase fracassada. 

— Há, há, há, vai pegar a comida, eu tô com fome, e acho que meu rámen esfriou. — Murmurei, escolhendo algo na netflix. 

E assim, nós assistimos filme, à noite quase inteira, conversando e rindo. Ele parecia estranhamente, mais torturado, e eu realmente não entendi, mas também não perguntei. 

Pareceu meio idiota chamar o cara que acabei de passar uma cituação meio constrangedora pra dormi no meu quarto, e assitir filme. Mas, Kim Taehyung, é uma pessoa muito fácil de lidar, e fazer amizade. Ele é legal, e me faz rir. Eu, gostei da sua presença, já que ela foi uma das únicas coisas que me destraiu do tsunami de pensamentos e memórias tortuosas. 

 Eu contei boa parte da minha vida pra ele, que só fazia rir, e me chamar de encrenqueira. Ele contou sobre a escola, e sobre algumas outras coisas, não voltamos à falar do que aconteceu, do beijo, ou algo do tipo. Apenas conversamos e assistimos, como bons amigos, mas o estranho é que não somos nada disso, nos conhecemos a um dia, mas ele me fez sentir e lembrar, como se é uma boa amizade, coisa que eu não tenho a anos. 

Uma ligação imediata, foi isso que aconteceu conosco. Isso me lembrou de Jeno, foi do mesmo jeito. Pena que ele é um babaca, egoísta é arrogante. 

Quando eu cochilei, e estava sentindo que iria apagar de vez, despertei um pouco grogue, escutando uma voz, parecia assustada.

— Hyung, eu tô te falando, eu vi! — Forcei meus olhos pesados de sono, a se abrirem, e quando olhei em direção a varanda, Taehyung falando ao telefone. — Ela vai morrer, Hyung. Eu vi isso, ela morre! E se quer saber, ela vai ferrar com o Jungkook de alguma forma... Eu vi eles juntos... Eu sei, Hyung... Podem mudar. Eu sei... Mas, eu vi ela estava morta, e o Jungkook estava com aqueles olhos... Hyung... — Dei de ombros me ajeitando na cama, e fechando os olhos. Provavelmente eu nem vou me lembrar amanhã disso. — Ela morre, Hyung. Precisamos fazer alguma coisa...

[...]

Inspirei o ar, com um meio sorriso, me sentindo bem. Como se eu tivesse dormido por anos, ah eu precisava disso depois de ontem.

Bocejei, e tentei me virar, mas senti um peso nas minhas pernas, e no meu quadril. Resmunguei, me remexendo, e quando escutei outro resmungo, abri os olhos, confusa.

Fiz uma careta, e suspirei, porque estava realmente engraçado. Taehyung estava com as pernas entrelaçadas entre as minhas, e a cabeça deitada sobre meu braço que a essa altura estava dormente, o braço passado sobre meu quadril, e eu estava com o meu outro braço, por cima do ombro dele. Aish.

— Taehyung... — Resmunguei, empurrando ele.

— Só mais um pouquinho, Jinnie.. — Respondeu embolado. Tirei seu braço de cima de mim, o empurrando para o outro lado da cama. — Aish! Hyung! Eu disse mais um pouqui- ________?! — Reclamou com a voz rouca, e abri um meio sorriso pela cara amassada e os cabelos desgrenhados. 

Pigarrei, fazendo uma careta, eu reclamaria com ele por ter me agarrado dormindo, mas, quando eu dormia com Soojin era assim também, eu fazia a mesma coisa. E, como disse, ele estava dormindo. Então, nem valeria a pena. 

Mesmo que eu estivesse incomodada pelos toques desnecessários. 

— Hora de levantar... — Murmurei, me espreguiçando. — Tenho quase certeza que eu tinha algum compromisso pra hoje... — Me sentei, pegando o celular e arregalando os olhos, quando vi que já passava das uma. — Merda! — Pulei da cama, vendo quatro ligações da minha vó, e três de Jisoo, e várias mensagens, mas nada disso me deixou apavorada, quanto, as três batidas na porta. — Lascou. — Olhei pra Taehyung que voltou a dormi, bufei. — Quem é? — Perguntei colocando o telefone no ouvido, esperando minha vó atender. — Quem é?! — Gritei, quando bateram de novo. A chama foi atendida, e antes que eu escutasse o grito da minha vó, me apressei. — Harmeoni me desculpa! — Choraminguei.

Eu vou lhe dar cinco minutos Park ________. Cinco!

— Ne, ye, sim! Clar- Quem é?! — Peguei uma roupa apressada no closet, e corri pro banheiro, mas voltei, pelas batidas na porta. Minha vó desligou, e a chamada de Jisoo apareceu. Gruni, Choramingando. — Tia! Eu já tô ind- Jungkook?! — Quase berrei, quando vi ele parado, assim que abri a porta.

O quê tem o Jungkook?

— N-nada. Eu já tô indo! Tchau. — Desliguei, olhando para o idiota parado na minha frente, com um sorriso debochado, e o olhar medidor. — O quê está fazendo aqui?

— Eu estou atrás de Taehyung. — Antes que eu fechasse a porta na cara dele, ou algo assim, senti Taehyung chegar e ficar atrás de mim, olhei pra trás e ele estava com uma cara emburrada, e amassada de sono. Jungkook olhou de mim, pra Taehyung, umas duas vez, e depois abriu um sorriso maliciosos. — Sério? — Perguntou a Taehyung, pra ser mais especifica.

— Não rolou nada, Jungkook. E por que está atrás de mim?

— Jin Hyung. Ele está furioso, se quer saber. — Não deixei que eles continuassem a conversa, e empurrei Taehyung pra fora.

— Tchauzinho, eu tenho o que fazer. — E fechei a porta.

Corri pro banheiro, pegando a escova de dente, e colocando na boca, enquanto tiro a roupa. Depois de escovar os dentes, tomei um banho rápido, lembrando que cinco minutos já passou, e eu estou ferrada.

Sai do banheiro correndo, me enxugando e vestindo as peças íntimas. Coloquei a calça jeans, e vesti uma blusa qualquer, correndo para calçar os pares de coturno pretos. E depois pegar a escova de cabelo nas presas, penteando um lado, e correndo pra pegar uma bolsa pequena, junto com meu celular, documentos, inalador e... Provavelmente esquecerei de alguma coisa. Terminei, passei perfume e corri pra fora do quarto. Mas voltei, quando lembrei que só penteei um lado do cabelo.

Ah, merda! Passei a escova quebrando boa parte dos meus fios, e sai correndo descendo as escadas desesperada.

— Tô aqui! — Gritei, ofegante. Minha vó e Jisoo me olharam, confusas por toda a correria desnecessária pra elas, mas é muito necessário já que ás duas estavam me apressando. — Desculpe o atraso, tive um contratempo... — Torci a boca, em uma careta.

Eu não fazia ideia, se tinha algo marcado para hoje, mas algo lá no fundo da minha mente, me diz, que Soyeon me falou sobre alguma coisa, e isso me lembra o quanto, pela primeira vez, eu senti falta de Ami, a governanta — mas conhecida como, a que adora atazanar o a minha vida, mas, tinha todos os meus compromissos decorados, e não me deixava pensar em se atrasar.

Halmeoni me olhou, dos pés a cabeça, depois desviou o olhar, indiferente. Se virou para um de seus secretários, e entregou uma pasta. Ela estava usando uma saia cintura alta cinza formal, uma blusa de botões preta ensacada para dentro, com o terno cinza sendo segurado em um de seus braços, os saltos altos pretos, ressoando o barulho de cada passo dado em minha direção sobre o piso de mármore e granito polidos. Levantei um pouco o olhar, quando ela parou em minha frente, com a expressão severa, o rosto bonito de sempre, e o olhar frio, calculista e desgostoso.

— Deveria saber que, contratempos assim, você não deixa que sejam visto por aí. E, por qualquer um. A não ser que queira que pensem, que você é uma vadia. — Cada palavra jogada contra mim, sem nem um pingo de remoço, ou temor, me atinge a níveis inimagináveis, me destroça, e me magoa.

Mas não é assim que eu reajo, eu pestanejo, mordo o lábio, e abro um sorriso ácido em direção a mais velha. Sinto o olhar de Jisoo e do secretário de Soyeon, fritar-me, um com preocupação, e outro com curiosidade.

— Por quê? Está com medo de que dessa vez não consiga reverter a grande catástrofe que seria se espalhassem que, a neta da grande Park Soyeon é uma vadia? — O gosto amargo em minha garganta, me dói, o sarcasmo e ironia em minha voz, mascara todo o ressentimento que existe dentro de mim agora.

— Não me provoque. — Avisa, entediada. — Você tem o meu fogo, mas não é eu.

— Claro, como eu poderia me comparar a grande Park Soyeon? — Debochei, dando um passo atrás, depois de suspirar, e me virar em direção a Jisoo, mas antes que eu desse um passo em direção a minha tia, meu antebraço foi segurado, meu corpo retesou, e levantei a sobrancelha.

— Hoje deixou Jeon Jungkook ver, amanhã, será uma de nossas empregadas, ou algum paparazzi. Aprenda à ter responsabilidade, Park Kwan __________. — Uma risada nasal me escapou, e senti minha garganta arder.

— Sei que não pediu explicação, vó, mas deixe-me esclarecer, já que não conhece mais a pessoa a quem cria a dez anos. — Ela soltou meu braço. — Sei que é acostumada a sempre esperar o pior de mim, mas vadia, eu não sou. E você sabe. Então, não sei se está tentando me atingir, ou se apenas chegou ao ponto de eu estar chamando uma qualquer de vó.

— __________! — Jisoo reclamou, e eu dei de ombros. Sinceramente! Ser chamada de vadia irresponsável, logo assim que, praticamente acordo, não estava nos planos. E não ligo, se ela vai simplesmente brigar pela resposta, ou algo do tipo.

Eu não consigo descrever, exatamente o que eu sinto, toda vez que escuto palavras duras dela. É como segurar um balão que enche de ar a cada segundo, mas não posso deixa-lo explodir, não posso deixar as muralhas sentimentais cair, para que, eu, não caia.

O plano inicial, sempre é, não sinta. Só que já se tornou o plano de escape falido, um plano que tento torna-lo infalível, a anos. Mas, então eu apenas coloco o plano B, em prática, humor ácido. Todo o sarcasmo que uso, toda a ironia revelada, é, e sempre vai ser, para camuflar cada caco estilhaçado que se quebra sempre mais uma vez, a cada momento desse.

— Você até começou bem. Fria. Mas depois apelou para o sarcasmo, a infantilidade, e depois, os sentimentos nas entrelinhas de cada palavra sua, usada contra mim, para dizer que não conheço mais você. Está tentando me atacar, me fazer sentir.

— Omma, por favor...

— Eu não disse que você era uma vadia. Mas é exatamente isso, que irão pensar. — E, meus colegas, essa é a minha vó. A fria e calculista, que acha que vai mudar alguma coisa, me fazendo parar de sentir. — Foi exatamente isso que Jeon Jungkook pensou.

Eu não vou mentir, que escutar o nome dele, me fez desejar que ele caísse, e quebrasse um osso, claro que não, porque eu desejei, e desejei sendo eu, eu o empurrando, e o fazendo se ferrar.

— Já chega, Omma. _________, querida, vá para o carro. — Eu bufei, apertando os punhos com força, querendo controlar a irritação.

— Vamos ver, quanto tempo aguenta, sem explodir em cima de alguém inocente. — Ah, se você acha que eu não saí bancando a típica adolescente, você está errado. Eu saí pisando duro, com a raiva circulando minhas veias, o ódio espumando, a vontade de socar uma parede gritando, e quando eu abri a porta do carro, eu entrei, e a fechei, com um baque altíssimo, e um grito furioso. 

Por um momento, eu obtive o silêncio pertubador, até olhar para o lado e franzi o cenho, fazendo a maior cara de desgoso.

— Vocês ricos. Hunf, mas e aí beterraba?

Eu continuo sem entender, qual é o plano do universo para mim.

Acabar atrás das grades por assassinato?

Porque eu seria bem capaz disso, mais que bem capaz, eu faria agora, e eu fiz.

Ao menos tentei.

O primeiro tapa, pegou na cabeça, o segundo no nariz, no terceiro, ele levantou os dois braços tentando defesa, dai pra frente eu nem contei mais.

Eu quero descontar a minha raiva. Tirar essa necessidade de gritar, de explodir, de me machucar, ou machucar alguém. Eu queria que ela sumisse.

Mas não acontece. Então a minha única escolha, é aliviar toda a fúria que grita dentro de mim. É muita raiva.

Não é de agora, é desde sempre. Desde daquele dia. Eu tenho raiva quase o tempo todo, fazer o possível para se distrair e nem sempre adiantar, é péssimo. Mente vazia, alma vazia, apenas ocupada pelo sentimento devasto dela, o sentimento intenso que ela me causa. A agressividade incontrolável.

São coisas que eu não consigo fugir.

É ruim. Muito ruim.

— AARG! — O rugido bravo me escapa, e eu só paro de agredi-lo, quando sinto as primeiras lágrimas descerem. O alivio me entra aos pulmões, a culpa me invade junto, minhas mãos se agarram aos emaranhados de cabelos meus, e os puxo, com força, com ódio.

Uma parede de lágrimas embaçam minha vista, já sinto o meu rosto molhado, enquanto minha mente trabalha a mil por hora, tentando estabilizar o estrago emocional causado, por algumas simples palavras, causado por um ataque de fúria.

Sinto mãos envolverem meus ombros, mais não são de consolo, são tão furiosas quando eu estava. E elas me puxam para fora do carro, a porta se fecha e meu corpo se choca violentamente contra a porta, a voz de Jungkook invade minha audição, me trazendo de volta para o mundo.

— Louca! — É o que ele pragueja. Me atrapalho para juntar força e empurra-lo, para longe de mim. Ele nem se meche. — Quê porra é essa? Quê porra é essa?! — Ele repete duas vezes, e quase esqueço o motivo, minha mente se turva, e pisco com força, me encolhendo. — Ya! Garota?!

Quando você fica com raiva, ou você se machuca, ou você machuca alguém.

Eu faço os dois.

E eu não tenho mais controle. A situação escapa entre meus dedos. Eu não sei mais o que faço, enquanto minha mente entra em colapso.

Simples palavras podem desencadear, uma simples discursão pode trazer a tona.

Eu não sei quando foi o momento em que eu me abracei ao corpo de Soojin, chorando, tremendo.

Não sei como uma discursão foi capaz de trazer uma crise assim átona. Mas eu tenho vergonha. Vergonha de não controlar o que eu sinto, de não conseguir evitar o descontrole. A amargura de ter um psicológico ferrado, queima a minha garganta, e sentir o olhar de Jungkook sobre mim, me faz se sentir pequena, indefesa.

E no fim disso, ela esta a certa. Sentimentos nos fazem fracos, nos colocam a mercê de coisas que não controlamos. Mostra cada ponto fraco, cada mísero problema que eles nos causa.

E eu entendo, ela não quer que eu pare de sentir, ela quer me fazer aprender a sentir como uma pessoa normal. Ao limite.

Tudo que muito de mais é ruim, igualmente a pouco. Precisamos de limite, e igualdade.

Raiva de mais, me provoca crises, tristeza de mais, me provoca crise, medo de mais igualmente. Eu nunca senti o de menos, em nenhum.

E entender que ela, ainda assim, quer me proteger, é algo que eu preciso.

Ela está certa. Eu sou irresponsável. Não tenho bom temperamento, sou irritante, descontrolada, e tenho o gênio ruim.

Ela quer, que eu controle isso, mesmo que esteja tentando da maneira errada, e ruim. Ela me quer pensando com clareza, com a cabeça no lugar. Mesmo que sempre me provoque, para ver como vou reagir, eu sei o que foi isso, é um teste. E eu não passei.

Eu lhe apresento, a forma da minha vó descobrir se eu estou mentalmente estável.

— É tudo sua culpa... É sua culpa, Jeon Jungkook.



Notas Finais


Ahhhhhhhhh, meu goood? E ai? Me digam o que acharam? Esse finalzinho... E ela falando isso, seis vão intender lá na frente kskskska aiai

Gente, não achem que a vó da _______, é assim porque quer, tem um motivo. Todos nós temos um motivo pela forma a qual agimos. Então, ela tem o dela.

Enfim, e ai? O quê acharam da nova capa?

Bem, até a próximaaa

~ Crazy


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