Eu vejo demônios... É uma habilidade confusa e incerta, mas uma vez eu vi....
...Astaroth.
Eu esperava vê-la montada em um imponente dragão infernal, segurando uma víbora em suas mãos e usando uma coroa que simbolizasse seu poder, mas estava enganada.
Em vez disso, encontrei-a sentada em uma poltrona de veludo vinho, cantarolando suavemente enquanto segurava um tecido enorme em suas mãos. O tecido era tão longo que parecia não ter fim e emitia uma luz fraca, enquanto Astaroth criava inúmeras imagens nele enquanto tecia.
Ela me chamou, e eu pude notar que assumia a forma de uma mulher de aparência adocicada e pura como porcelana, com cabelos dourados e olhos mais reluzentes que um topázio azul. Curiosa, perguntei o que ela estava fazendo, pois as imagens no tecido pareciam distorcidas para mim, mas ela parecia que as enxergava claramente.
Astaroth explicou que estava guardando os segredos do passado, presente e futuro. Brinquei perguntando se estava destinada a encontrar o amor da minha vida, e ela respondeu que se o destino existisse, o livre-arbítrio que minha espécie se condenou para ter, não teria significado.
Me silenciei diante dessa afirmação, e Astaroth serenamente proclamou que tecia mil possibilidades para cada ação, deixando-me livre para escolher o caminho que melhor me servisse. Ela enfatizou que não existem escolhas certas ou erradas, apenas diferentes caminhos a seguir, e sua função era apenas sugerir ideias.
Astaroth era criativa. Suas mãos habilidosas teciam universos no tecido, sem impor seus próprios conceitos, permitindo que cada criatura, até a mais ínfima, vivesse e se desenvolvesse por si mesma, enquanto ela observava suas criações com ternura.
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