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História Eu Tu Ele (AtsuKageHina) - "Espero que essa chuva passe logo."


Escrita por: kjuzera_writes

Notas do Autor


No capítulo anterior...

Enquanto Atsumu e Tobio devolviam a mochila esquecida de Hinata e tentavam explicar para Oikawa suas verdadeiras intenções, conhecemos um pouquinho mais sobre outros dois homens que esperavam para falar com Tooru. Ushijima percebeu que suas investidas não levariam a lugar nenhum e estava ali para admitir sua derrota e desistir da insistencia no relacionamento. Descobrimos que Iwaizumi já vinha também se relacionando com Oikawa e que, apesar da casualidade dos encontros, já estava apaixonado.

Capítulo 21 - "Espero que essa chuva passe logo."


Kageyama sempre acordava mais cedo, escovava os dentes na sua cuba da pia dupla, para em seguida descer as escadas em direção à cozinha. Já era rotina: abrir a porta dos armários sob medida, aquelas que ele escolheu pessoalmente com sistema de molas que impedia que elas batessem ao fechar. Alcançar o café, colocar na cafeteira, água, botão. Em seguida descer as escadas em direção à cozinha. Já era rotina: abrir a porta dos armários sob medida, aquelas que ele escolheu pessoalmente com sistema de molas que impedia que elas batessem ao fechar. Alcançar o café, colocar na cafeteira, água, botão. Em seguida abrir uma das portas da geladeira (a da direita, sem o dispenser de água), pegar os ovos e alguns legumes. Enquanto esquenta a frigideira, coloca o pão na torradeira e pica algumas cenouras em tirinhas e mexe os ovos. 

O café termina de passar quando o pão e os ovos ficam prontos, tudo servido em dois pratos que ele coloca diretamente na ilha central da cozinha antes do relógio apontar 6:45. Segurando sua xícara já cheia, ele vai até a porta da frente, ainda de pijama, e abre para pegar o jornal.

“Bom dia, Kageyama!”, era o que ele esperava ouvir. Do outro lado da rua, diariamente naquele horário ele via Suga acenando com as crianças e Sawamura indo para o trabalho. Mas naquele dia chovia forte, então tudo que ele escutou foi o estrondo de um trovão. 

Pegou o jornal que estava coberto por um plástico e voltou para dentro de casa. Por causa da chuva, a claridade do sol não estava entrando pelas janelas, deixando toda a casa escura e acinzentada. 

Se sentou na ilha da cozinha e tomou um gole do café que por algum motivo não parecia quente o suficiente. Um tanto frustrado, se levantou para esquentá-lo no microondas. Foi só iniciar o aparelho que logo ouviu os passos apressados descendo as escadas. Atsumu já estava vestido com as roupas formais do trabalho e descia com a pasta de couro na mão. Como sempre, deixou a mesma pendurada no gancho junto à porta e voltou apressado para a cozinha.

- Bom dia. - disse se servindo do café e sentando no seu lugar de sempre na ilha da cozinha. 

- Bom dia. - Tobio respondeu ainda de pé esperando o café. 

- Eu vou voltar tarde hoje, não me espere pra jantar. - Atsumu disse apressadamente enquanto comia. 

- Ok. - ele respondeu finalmente pegando o café e se sentando.

Os dois comeram em silêncio, Atsumu mais apressado enquanto Tobio lia o jornal entre goles de café. Já fazia mais de uma semana do desastroso jantar com Hinata e, mesmo eles tendo conversado com Oikawa, Hinata ainda não tinha falado com eles novamente.  

Eles não estavam brigados nem bravos um com o outro, mas estavam tristes. O clima da casa era quase como o de um luto, quando se tem aquele receio de aparentar estar feliz e acabar ofendendo o outro que está triste. 

Atsumu começou a compensar ficando ainda mais tempo no trabalho, enquanto Tobio acabou pegando o hábito de passar o fim da tarde na casa de Suga. Enquanto os pais davam banho nas duas meninas menores, ele e July ficavam na mesa da sala, desenhando. 

July tinha aprendido a desenhar paisagens com duas montanhas e o sol nascendo no meio e aparentemente só queria fazer aquilo no momento. Tobio preferia colorir alguns desenhos impressos dos Angry Birds, mas ele sempre errava as cores dos passarinhos, o que deixava July bem brava. 

- Você é um adulto, como você não sabe as cores?! - ela reclamava indignada.

- Eu sei as cores!! - Kageyama se defendeu. - Eu só não sei as cores desses... bichos.

- Eu vou mostrar pra você! - ela disse se levantando da mesa e indo até a sala. 

Metade curioso, metade entediado, Tobio seguiu a menina, vendo ela ligar a televisão, entrar na Netflix e em poucos instantes os passarinhos estavam na tela brigando contra porcos verdes. Porque diabos os porcos eram verdes? Tinham sido resultado de algum experimento radioativo?

- July!!! O que eu falei sobre televisão antes de dormir?!

A voz de Suga veio pelo corredor e antes mesmo que Tobio pudesse se virar, July já tinha desligado a TV e saído correndo de volta para a mesa, potencialmente para se esconder.

- Ela estava brava porque eu colori os personagens das cores erradas. - Tobio explicou. - Vou tentar ver um episódio em casa pra não errar amanhã.

- Tenta o jogo no celular, é mais divertido que esse desenho. - Suga disse suspirando cansado, se sentando no sofá. - Você vai passar aqui amanhã de novo?

- Se você não se importar… 

- Não me importo nem um pouco, nos ajuda bastante. Mas estou ficando preocupado com você. Miya está trabalhando até tarde de novo? 

- Sim, o projeto dele precisa ser aprovado nas próximas semanas.

- Parece bem difícil… E você? 

- Eu o quê?

- Trabalhando em alguma coisa nova?

- Ah… nada de especial. 

- Eu li a sua última reportagem, era das privatizações, né?

- Como você arranja tempo pra isso, Suga? Ultimamente eu sinto que só fazer o café já consome minha manhã toda. 

- Bom, não há uma fórmula mágica, Kageyama. Notícias, revistas, livros eu basicamente não leio mais, sempre escuto as versões em áudio enquanto faço outras coisas. - Suga explicou. - Mas eu acho que no seu caso, o problema não é ter um monte de coisas para fazer, é? 

Como sempre, Suga parecia entender Kageyama melhor do que ele mesmo. 

- Não, eu só… não tenho vontade de fazer nada e quando decido fazer algo o dia já terminou. 

- Vocês não acham que já esperaram tempo demais?

- Como assim? 

- Desde que vocês se desentenderam com Hinata… Vocês estão esperando que ele venha falar com vocês, não estão? 

- Bom, sim… Depois do que aconteceu não parece certo forçar mais. Se ele estiver disposto a perdoar a gente, ele vai nos procurar. 

- Hm… Será? Você faria isso no lugar dele? 

Kageyama franziu o rosto. 

- Ahm… sim? Eu acho?

- Pensa comigo. Você acabou de se sentir completamente diminuído pela pessoa que você gosta. Você vai correr atrás dela pedindo que ela se desculpe? 

Kageyama não respondeu.

- Não acho que vocês tenham errado em dar um tempo, é bom sim deixar a poeira baixar. Mas já passou tempo demais, não? Parem de esperar um milagre e vão atrás do que vocês querem. 

- Nós deixamos claro que ele podia vir falar com a gente quando se sentisse bem, achamos que deixar essa decisão na mão dele seria melhor, já que… já que nós que erramos.

- Talvez em outro contexto. Não me leva a mal, Kageyama, mas acho que nessa situação esperar que ele venha até vocês só está acentuando ainda mais a distância. Vocês que erraram, vocês que precisam se desculpar, vocês que estão há quase duas semanas só vendo o tempo passar como se alguém tivesse morrido. A bola está na quadra de vocês, não na dele. Se esse relacionamento é importante pra vocês, façam alguma coisa! 

- Mas e se… ele não quiser mais nada mesmo?

- Vocês vão ter tentado. E ao menos vocês terão um encerramento de fato. Nada pior do que ficar imaginando como as coisas poderiam ter sido mas não foram e mil e um arrependimentos.

Enquanto Tobio pensava sobre aquelas palavras, July apareceu de volta na sala entregando para Suga dois desenhos que ela tinha feito. 

Mais uma vez eles tinham falhado em entender o ponto de vista de Hinata da situação e potencialmente piorado tudo ao depositar nele mais uma expectativa. 

Porque aquilo tinha que ser tão difícil? Ele quase sempre sabia o que Atsumu estava pensando antes mesmo dele pensar. Como eles podiam se enganar tanto quando se tratava de Hinata? 

- Pare de se martirizar, Kageyama. - Suga interrompeu seus pensamentos. - Não é como se tivesse um prazo de validade ou algo assim, vocês ainda podem consertar tudo. Vá falar com o Miya, tracem um plano de ação, coreografem um flashmob, escrevam uma carta, sei lá, mas façam algo. 

Suga sorriu ao ver como Kageyama se levantou para ir embora com um novo senso de determinação. Até seus olhos brilhavam diferente quando o acompanhou até a porta. Algo lhe dizia que ele não apareceria no dia seguinte para colorir com July.

 

___________


 

    - Ei, Samu!! Tudo bom contigo?

     Osamu atendeu o telefone já perto das 16h, quase na hora de fechar o restaurante, sabendo que coisa boa não viria. Não tinha nenhum cliente no momento e seus funcionários já tinham ido embora. 

    - Estava, mas agora que você está perguntando eu não tenho mais certeza. Algo ruim certamente vai acontecer. 

    - Muito pelo contrário, só coisas boas. A churrasqueira que eu comprei está só te esperando pra ser inaugurada. E eu realmente preciso de algo que levante o astral lá em casa.

    - Por que resolver seus problemas se você pode jogar comida neles, não é mesmo?

    - Aprendi com você e seu risoto de camarão. 

    - Não é a mesma coisa e você sabe disso.

    - Claro que é. 

    - Não é não. 

    - É sim. Pode ser nesse final de semana? Domingo? Espero que essa chuva passe logo.

    - Rin vai fotografar um casamento neste domingo. Pode ser no outro?

Osamu ouviu o irmão suspirar no telefone, derrotado. 

- Se você quer sair de casa a gente pode ir visitar a mãe, quem sabe… - Osamu sugeriu, sabendo bem dos motivos dele e tentando ajudar.

- Eu não quero sair de casa, Samu… Eu quero justamente fazer alguma coisa diferente por aqui. Eu e Tobio estamos tristes mas eu acabo me distraindo no trabalho e ele… bem, eu não sei. Parece que a gente voltou pra estaca zero, como estava antes desse rolo todo. 

- Você podia tirar umas férias, ir viajar, quem sabe?

- Não, pare de me dar conselhos. Tobio me proibiu de pedir qualquer ajuda pra você sobre qualquer coisa depois das últimas vezes. 

- Ah, vai se foder.

- Pode ser no outro domingo, então? 

- O quê?

- O churrasco…!

- Você vai comprar as coisas?

    - Me faz uma lista.

    - Você não sabe diferenciar uma batata inglesa de uma batata doce, como que vai escolher uma carne? 

    - Óbvio que eu sei diferenciar, eu não sou tão burro assim. Mas eu posso te deixar com meu cartão e aí voc-

    - Fechado!! - Osamu interrompeu. - Me dá o cartão que vai ser muito mais fácil, você não precisa se preocupar com nada.

    Atsumu ficou alguns instantes em silêncio refletindo que provavelmente estava caindo numa armadilha, mas ao mesmo tempo se livraria de uma chatíssima ida ao mercado. 

    - Ok, mas saiba que se você explodir meu cartão eu vou comer tanto onigiri sem pagar que sua birosca vai falir. 

    - Minha birosca agradece a preferência. Até mais!! 

    Osamu desligou na cara do gêmeo, sorrindo para si mesmo. Era realmente uma pena que as coisas não estavam boas na casa dele, mas não conseguia deixar de ficar contente com a combinação que tinham feito. Aquele seria o melhor churrasco da vida dele, já podia até sentir o cheiro dos cortes de primeira linha que compraria. 

    Foi obrigado a sair dos próprios sonhos culinários quando o sino que indicava um cliente abrindo a porta tocou. A pessoa entrou um tanto desajeitada por causa do guarda chuva e, tentando não molhar tudo, ela o sacudiu do lado de fora antes de depositá-lo no balde ao lado da porta. 

    Quando o cliente finalmente ergueu o rosto e olhou para ele, Osamu teve absoluta certeza que já tinha visto aqueles cabelos laranjas em algum lugar.

    - Miya-san?!

    

    ______________

 

    

    Era mais uma segunda-feira de treino matinal, aulas exaustivas, treino físico no início da tarde e depois mais treino no fim do dia. O meio da tarde estava livre e Hinata poderia muito bem se enfurnar na biblioteca para estudar, mas como estava chovendo cântaros, a universidade inteira também tinha tido aquela mesma idéia, não sobrando uma única mísera mesa para ele. 

    Sem paciência de esperar, decidiu que a melhor ideia seria buscar algum café mais para fora do campus. Ficar caminhando pela cidade na chuva não era o cenário ideal, mas também não era ruim. Dava um ar melancólico para a cidade normalmente tão agitada, lembrando que é totalmente normal ter momentos não tão alegres na vida. 

    Depois de pedir um café expresso e um muffin e gastar o que ele normalmente gastava com os almoços da semana inteira somados, Hinata se arrependeu amargamente. Se sentou numa mesa e puxou um caderno para supostamente estudar, mas ficou pensando sobre o dinheiro que tinha gasto.

    Não que ele não tivesse dinheiro, por que agora ele tinha. Mas também em poucos meses sua reserva ia acabar se ficasse gastando com muffins e outras besteiras. Era como se tivesse voltado no tempo, voltado para as velhas preocupações. 

    Usou o caderno para calcular quantos meses ainda tinha até o dinheiro acabar, somando o aluguel com as despesas diárias. Para sua surpresa, ele estava coberto por quase seis meses! Seis meses era praticamente uma vida, não era? 

    Animado, ele deu um grande gole no café e decidiu estudar. Não passou nem uma hora, nem duas bocadas no muffin e ele já estava com fome de novo. Na verdade, tinha mais olhado a chuva cair lá fora do que estudado qualquer coisa. Olhou para o cardápio pensando em pedir algo com mais sustância, talvez uma empada de frango e quase caiu pra trás com os preços. 

    Ele podia estar se sentindo mais rico do que nunca, mas não iria ficar torrando dinheiro também. Decidiu juntar suas coisas e buscar um lugar mais do “nível” dele, que servisse comida que alimentasse de verdade por um preço decente. 

    Olhou no celular os estabelecimentos em volta para não ficar andando sem rumo pela chuva e achou uma hamburgueria próxima e já começou a lamber os lábios. Se comesse logo daria tempo de fazer a digestão até a hora do treino. 

    Caminhou por uma quadra e meia até chegar no estabelecimento e dar de cara com a porta fechada. Eram três e meia da tarde, e eles tinham fechado às três. Maravilha, só que não. Encolhido embaixo do pequeno toldo da hamburgueria, Hinata olhou para os lados pensando no que fazer. 

    Olhou para a direita e viu um letreiro com um desenho simples mas inconfundível de um onigiri. Talvez com sorte eles ainda estariam abertos, então caminhou um tanto apressado, e entrou sem nem ver direito o nome do local por causa da chuva. 

Depois de deixar o guarda-chuva ao lado da porta e esfregar os pés num tapete, ele olhou em volta. Era um lugar bem pequeno, desses que servem comida para levar, com o balcão de atendimento e a cozinha ocupando quase todo o espaço disponível. 

O que surpreendeu Shouyou não foi o espaço, nem o cheiro bom da comida lá dentro, nem que os preços pareciam ser bem justos, mas sim, a pessoa que estava do outro lado do balcão. Apesar do boné cobrindo os cabelos, o rosto era inconfundível.

- Miya-san?! O que você…? 

- Miya errado, provavelmente. - Ele disse rapidamente, parecendo nem um pouco surpreso. 

Hinata levou mais alguns segundos até conectar os pontos.

- Oh… Você é… o irmão dele. Eu tinha me esquecido completamente que ele tinha um gêmeo. Me desculpe. - Hinata acabou admitindo. 

- Não foi o primeiro, nem será o último. O que você vai querer? 

- Ahn?

- Para comer…?

- Ah, sim!

Hinata se forçou a parar de olhar o homem como se ele fosse um alienígena e correu os olhos pelo cardápio que ficava na parede atrás do balcão. Pediu nervosamente dois onigiris recheados, os pagou se sentindo muito estranho ao perceber que estava “devolvendo” o dinheiro para a família, e ficou ainda mais nervoso aguardando o pedido ser preparado. 

- Vai levar ou quer comer aqui? 

Hinata olhou para o lado vendo que havia sim um único banco e espaço suficiente para uma pessoa fazer uma refeição rápida no próprio balcão. Ou era isso ou ele ia comer caminhando na chuva. 

- Vou comer aqui, por favor. 

Ouviu Miya concordar enquanto habilmente formava os triângulos de arroz. Ele os colocou em um prato, e os alcançou em seguida. Hinata agradeceu e mordeu o primeiro. Ficou feliz por, primeiro, estar muito gostoso, mas principalmente por ter um motivo muito válido para não precisar puxar nenhum tipo de assunto. Enquanto estivesse mastigando, o silêncio estranho do restaurante não seria responsabilidade dele. 

O que não impedia ele de pensar ao ponto de praticamente esquecer que estava comendo. Será que ele sabia quem Hinata era? Qual era o primeiro nome dele mesmo? Se ele perguntasse de onde ele conhecia Atsumu, o que ele diria? Devia ter pedido os onigiris pra viagem, com certeza. 

- Você é o acompanhante, não é? - Miya quebrou o silêncio.

Hinata achou que ia engasgar, mas conseguiu se recompor e engolir a grande quantidade de arroz que tinha colocado na boca para evitar conversa. Se ele sabia quem ele era, então não precisaria mentir. Acabou conseguindo concordar com um “uhum” indiferente, enquanto dava mais uma mordida na esperança de não ter que falar mais nada. Mas Miya não pareceu entender que ele não queria conversar.

- Olha, eu não sei dos detalhes do que rolou e nem quero. Mas eu sei que meu irmão é uma porta, e o que quer que tenha acontecido eu boto minha mão no fogo se a culpa não for dele. 

Hinata parou de mastigar, um tanto espantado pela maneira de falar dele. 

- Mesmo assim, eu sei que ele não faz essas merdas de propósito. Por mais estúpido que ele possa ser, ele nao faria mal a uma mosca, muito menos para alguém que ele gosta de verdade. Ele provavelmente vai ficar putíssimo de eu estar dizendo isso pra você, mas ele me pareceu bem miserável essas últimas semanas. 

Bom, miserável por miserável, Hinata também estava se sentindo miserável. Por que ele deveria se importar? 

- Olha, eu…

- Você não precisa dizer nada. - Osamu cortou ele. - Não espero fazer você perdoar ele nem nada do tipo, só pensei que… não sei… sei lá o que eu pensei. Aqui, leve esses aqui também.

Sem muita reação, Hinata apenas ficou olhando ele abrir a geladeira e retirar mais quatro onigiris já embrulhados para levar. O homem parecia arrependido de ter falado qualquer coisa e por isso ele acabou não tendo alternativa a não ser aceitar o presente. 

- Você joga vôlei, né? Precisa comer mais do que isso. Eu vou preparar as coisas para fechar a loja, você pode ficar o quanto precisar. 

Ele viu Miya se virar e começar a embalar ingredientes que estavam sobrando e guardar e lavar coisas. Terminou de comer ainda em silêncio, pensando sobre as coisas que ele tinha dito, mas não chegando a grandes conclusões. 

- Obrigado pela comida, estava ótimo. - ele disse educadamente, se levantando para sair.

- Eu que agradeço, volte sempre!

Apesar da comida ter sido ótima, o preço justo e até ter recebido brindes, Hinata ainda não tinha certeza se queria voltar. 


Notas Finais


Estamos nos encaminhando pra felicidade, estão sentindo??

Próximo capítulo: "Eu certamente estarei"
Sexta, 11/06.

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