Max e Armin visitavam Harry com frequência, pois Max queria muito acompanhar o planejamento do casamento de Harry. Enquanto Max e Harry ficavam conversando, Tom e Armin iam para fora do castelo.
- Já sabe quando pedira Max em casamento? – Perguntou Tom.
- Ainda não... Acho que vou esperar ele se formar primeiro. – Disse Armin.
- É o mais certo.
- Como estão as coisas entre você e o Harry? Casamento é uma coisa séria.
Tom sorriu. – Estou feliz. Estamos muito bem. Não vejo a hora de ser um Peverell.
- Você vai adotar o sobrenome dele?
- Sim. É o nome que eu quero que nossos filhos herdem.
- Entendo.
- Vou precisar ir na farmácia hoje. – Disse Tom. – Preciso comprar umas coisas.
- Preservativos? – Perguntou Armin sorrindo.
Tom sorriu também.- Mas é claro. Apesar de fazermos todas as noites...já faz um tempo que elas acabaram.
- E só agora que você vai comprar? – Armin parecia surpreso.
- Sim. Sabe, sem ser no cio não tem problema. Estamos bem. – Disse Tom.
- Entendo...bom, então é melhor você ir. Tenho que ir ao ministério também. Abraxas está me enchendo para fazer parte do comitê dos governadores de Hogwarts. Diz que precisa que alguém fique de olho lá.
- Max sabe?
- Oh sim. Provável que eu só retorne a tarde. Se voltar antes, por favor cuide dele por mim.
- Tudo bem.
Ambos aparataram.
--
Abraxas estava no ministério, aguardando Armin. Quando o mesmo chegou, ambos foram para a sala do comitê. Como Armin tinha um sobrenome importante, foi mais fácil ele conseguir uma vaga, mas precisava experiência, e por isso iria receber um treinamento. Logo eles se retiraram da sala.
- Para que todo esse empenho Abraxas? – Perguntou Armin.
- Isso vai ser bom para todos. Com você no comitê, vai poder ficar de olho no Max e na escola. – Disse Abraxas.
- É, isso será bom. Como estão as coisas com você e o Evan?
- Estamos bem. Nos acertamos. Ele vem me visitar todos os dias. Mamãe já quer que a gente se case.
Armin sorriu. – Parece que todo mundo vai se casar.
- Bom, dizem que é o mais certo de se fazer com pares destinados, não é? Seu pai e o Sr. Fawley vão se casar?
De repente Armin percebeu que não havia pensado nisso. – Eu não sei. Não me falaram nada.
- Hum, talvez eles queiram um tempo. – Disse Abraxas.
- Talvez. – Disse Armin. – Ainda tenho que retornar e pegar o Max no castelo do Harry. Eu o deixei lá para que ele não ficasse sozinho em casa. Os pais dele estão viajando.
- Ah.. tem uma coisa que eu soube recentemente. – Disse Abraxas.
- O que é?
- Iason Blure morreu. O pai dele, Emeth, tirou o dia para o enterro.
- Se fosse eu, nem devolveria o corpo. Eu o deixaria continuar sendo violado mesmo que só o cadáver. – Disse Armin. – Os outros ainda estão vivos?
- Alguns. Lian ainda está vivo. O pai dele ainda está tentando fazer o ministério devolver seu filho, pois o mesmo já não tem braços, pernas, órgãos genitais e nem magia. Ele não é mais uma ameaça, mas o ministério nega. – Disse Abraxas.
- Eles têm razão em negar. Eu diria que foi até pouco. Iason morreu rápido demais. Ele deveria ter aguentado pelo menos os seis anos que Max aguentou. Não durou nem alguns meses.
- Soube do pai ômega do Iason? É a manchete da manhã. – Perguntou Abraxas.
- Não. Ele quer fazer uma petição, ou algo do tipo?
- Não. Ele foi internado em St. Mungus. Ele era filho do antigo ministro da magia. Não aguentou o choque de saber que seu filho morreu e acabou enlouquecendo. Foi internado hoje.
Armin deu os ombros.
- Sabe Armin. Estou com um mal pressentimento sobre isso. Meu pai nunca foi com a cara de Emeth. Não sei se é porque ele é um mestiço, mas ele sempre me disse para nunca confiar nele. Acho que meu pai sabe de algumas coisas, mas nunca me contou. Bom, Emeth perdeu o filho por causa de Harry e agora perdeu o marido. Sinto que isso não vai acabar bem.
- O que pensa que vai acontecer? Acha que os pais que perderam seus filhos naquele julgamento vão querer vingança?
- Eu não acho. Eu tenho certeza. Tenho uns contatos, que vou utilizar para verificar essa história. Qualquer notícia, vou avisar todos.
- Muito bem. – disse Armin. – Vou indo agora. Até mais. – Logo aparatou.
--
Abraxas retornou para casa. Ele mandou algumas cartas a seus contatos. Precisava que cada um dos pais dos alunos condenados por Harry, fossem investigados. Se estivessem tramando alguma coisa, ele saberia.
- O que está fazendo? – era Evan.
- Oi. Estou mandando cartas para umas pessoas que conheço. Preciso investigar umas pessoas. – Disse Abraxas.
- Entendo. Ainda fiel ao Peverell?
- Até o ultimo dia de minha vida. – Disse Abraxas.
- Entendo, mas e eu?
Abraxas o olhou. – O que tem você?
- Vai ser fiel a mim? – Perguntou Evan.
- Se você for a mim.
Evan deu um sorriso. – Mas é claro que serei. Fui até hoje. O que está te atormentando para que você queria investigar pessoas?
- Bom, estou com um pressentimento sobre o Emeth Blure.
- Eu soube que filho dele morreu e o marido enlouqueceu.
- Sim, exatamente. Meu pai nunca confiou nele. Esse pressentimento me diz que tem alguma coisa ai e ele está envolvido. Lembro dele no julgamento.
- Eu também. Eu vi. Harry destroçou aqueles alunos. Foi incrível.
- Exatamente. Espero ter uma resposta em breve. Espero que seja só pressentimento, mas se não for, terei que avisar os outros que nossa luta ainda não acabou.
--
Na casa dos Blure...
Logo após o enterro de Iason, Emeth chamou alguns de seus conhecidos dos outros alunos que haviam perdido sua vida, ou que ainda estavam condenados ao estupro.
- Obrigada a todos por virem. – Disse Emeth. – Vou direto ao assunto. Eu quero que Harry Peverell pague pelo que ele fez conosco. Quero que ele sofra. Nossos filhos nunca vão ter liberdade novamente. Não importa nossa persistência. Entendo que o que eles fizeram foi errado, mas nossos filhos não precisavam ser condenados a aquela maldita sentença. Eu perdi meu filho e meu marido. Tudo por causa dele. Eu quero vingança.
Muitos pais concordaram.
- E como pretende fazer isso? – Perguntou uma mãe.
- É bem simples. Em breve ele vai ir ao ministério para uma entrevista. Ele vai ser um auxiliar no departamento das leis magicas. Infelizmente não tenho nenhum contato com esse setor, principalmente depois do julgamento no qual minha reputação não ficou das melhores, e em breve é provável que eu vá ser demitido. – Disse Emeth. – Mas antes que isso aconteça, eu prefiro ir para Azkaban sabendo que valeu a pena.
- Quer matar ele? – Perguntou um pai.
- Não. Morrer vai ser bom demais. Quero humilhar ele. O destruir. Se ele tivesse um filho, eu o faria sentir o mesmo que o meu, mas como ele não tem, ainda não podemos fazer isso. No momento ainda estou vendo como irei fazer, então quando eu souber eu os avisarei.
Logo os demais começaram a sair. Emeth ficou sozinho em sua casa. Ela estava fria e silenciosa. Ele se vingaria de Peverell, nem que fosse a última coisa que ele fizesse.
--
Tom, logo após passar pela farmácia, aparatou perto de Hogwarts. A escola estava vazia pelo que Tom pode notar. Ele havia deixado o basilisco lá, mas pretendia o tirar de lá e o levar para o castelo. Não seria fácil, mas ele tinha um plano. O basilisco era uma serpente marinha. Era só ele viajar pelos mares até a encosta do castelo e poderia entrar sem problemas. Ele ainda não tinha contado a Harry sobre sua ideia, mas imaginou que talvez o mesmo surtasse. Furtivamente, Tom adentrou por uma das entradas que ele conseguia e se infiltrou no castelo. Rumou até o banheiro feminino, onde adentrou a câmara. O basilisco dormia.
- Acorde! – Disse Tom
Prontamente o basilisco saiu, obediente, da estátua.
- Quero que vá para um lugar. Essa escola não será mais sua residência. Você ficara comigo em outro lugar.
Tom disse a localização e prontamente o basilisco escorregou por entre os dutos, logo sumindo de vista. Tom subiu as escadas e selou a câmara. Passou calmamente pelos corredores, mas acabou sendo avistado pelo Sr. Fawley.
- Sr. Riddle? O que faz aqui? – Perguntou Erick.
- Oh, eu estava vindo aqui para pedir uma vaga como professor de defesa contra as artes das trevas. – Disse Riddle.
Armin já havia mencionado antes que Tom queria ser um professor. Erick suspirou. – Entendo, mas o senhor sabe que precisa de experiência, não é? – Disse Erick.
- E o senhor acha que eu não tenho o suficiente?
- Ainda não, Sr. Riddle. Nem mesmo o Sr. Peverell. Veio aqui só por isso?
- Bem, sim. Imaginei que teria uma chance maior vindo aqui. Mas agora que eu percebi que não tenho, acho melhor eu voltar para casa. Obrigado Sr. Fawley.- Disse Tom, logo saindo dali.
Ercik estranhou a atitude de Tom, mas deixou quieto. Ele tinha que se preparar para o jantar dessa noite. Ele e Oliver tinham novidades para Armin.
--
Max encheu o saco de Harry para ajudar com o casamento. Ele estava muito animado com a ideia.
- Pra que toda essa empolgação Max? Até parece que é você que vai casar.
- Ah, eu pretendo. Se você fizer ao estilo trouxa, eu quero pegar o buque.
- Mas não terá noiva. – Disse Harry,
- Eu sei, mas pode ter o buque? – Perguntou Max.
- Tá bom. Quando pretende pedir o Armin em casamento?
- Ah... se eu pegar o buque, vai ser no dia, e se eu não pegar... vai ser no dia também. Já até consegui as alianças.
Harry sorriu.- Você voltará para Hogwarts em breve. Eu vou fazer tudo para que o casamento ocorra antes de sua partida.
Max sorriu. – Seria interessante isso. Só de pensar em ficar longe de Armin... sinto um aperto no coração.
- Provável que ele vá te visitar toda semana. – disse Harry. – Você vai permanecer na sonserina. Os sonserinos vão cuidar de você.
- Não estou preocupado com isso. – Max sorriu. - Eu não tenho mais medo.
- Isso é bom. – Disse Harry.
Já fazia um tempo que ambos caminhavam tranquilamente pelos jardins, quando Tom aparatou perto deles.
- Cheguei.- Disse Tom indo em direção a Harry, e lhe dando um beijo. - Armin disse que viria te buscar mais tarde. Ele tem coisas a resolver no ministério. Vai ficar para almoçar conosco? – Perguntou Tom.
- Claro, se não for um problema. – Disse Max.
- Não é. – Disse Harry.
O almoço estava agradável. Max tinha inúmeras ideias de decoração, como seria o convite, a banda que iria tocar, o bufe, o local e etc...
- Calma Max. – Disse Harry. – Guarde uma parte dessas ideias para você. Vai gastar tudo no meu casamento?
- Tá bom. – disse Max. – Eu só quero que seja perfeito. Vocês merecem tanto.
Harry começou a sentir uma tontura. Sua cabeça girava. Ele fechou os olhos e tentou se acalmar.
- O que foi Harry?- Perguntou Max.
- Tudo bem? – Perguntou Tom.
- Estou sim. Só... foi só uma tontura.- Harry abriu os olhos e olhou para os dois. – Eu estou bem.
- Caminhamos no sol boa parte do dia. – Disse Max.
- É melhor você ir se deitar um pouco. – Disse Tom.
Armin aparatou na sala.
- Desculpem a demora. – Disse Armin, indo até Max e lhe dando um beijo. – Obrigada por ficarem com o Max por mim.
- Imagina. – Disse Harry. – O Max pode nos visitar sempre que quiser. Depois que ele aprender a aparatar, pode vir todos os dias.
Max deu um sorriso. – Temos que ir agora. Armin vai me levar no beco para comprar os materiais.
- Ah, é mesmo. – Disse Armin. – A noite vamos jantar com meu pai. Seus pais vão poder vir?
- Não. Eles estão em viajem e só vão retornar no final de agosto. – Disse Max.
- Pois bem. Vamos agora. – Disse Armin. – Tchau Tom, e tchau Harry.
- Tchau! – Disse Max.
Logo os dois saem pela lareira.
--
Oliver tinha feito um banquete. Estava ansioso para contar as novidades para Armin e Max. Não demorou muito, e os dois apareceram na lareira.
- Bem vindos! - disse Oliver animado e dando um abraço nos dois. – Daqui a pouco Erick vai chegar e poderemos jantar.
Demorou um pouco, mas Erick aparatou na sala. – Desculpem a demora. Fiquei um pouco mais do que eu esperava. Despachar todas aquelas cartas realmente dão muito trabalho, mesmo com magia.
- Sente-se. Vamos jantar. – Disse Oliver.
O jantar havia começado. Eles conversavam tranquilamente, quando Oliver tomou a frente.
- Tem algo que eu e Erick queríamos falar para vocês dois, não é mesmo Erick?
- Oh, sim.- Disse Erick, entrelaçando sua mão com a de Oliver. – Eu e Oliver vamos nos casar.
Max deu um sorriso enorme e Armin sorriu também, mas depois de fazer uma cara de surpresa.
- Que ótima notícia. – Disse Max.
- É, parabéns. – Disse Armin.
- Essa não é a única notícia de hoje. – Disse Erick. Ele deu um beijo na testa de Oliver.
- E qual seria a outra notícia? – Perguntou Armin.
Oliver deu um grande sorriso. - Você vai ter um irmão.
--
Harry subiu e se deitou. Se sentia exausto por algum motivo.
- Ta tudo bem? – Questionou Tom entrando no quarto.
- Estou cansado, só isso. – Disse Harry.
- Hum, então descanse. Vou pedir aos elfos para te fazerem um chá. – Disse Tom saindo do quarto.
Harry sentiu um enjoo forte. Ele se virou rapidamente para vomitar. Tom acabou ouvindo um barulho e voltou para o quarto, onde viu Harry vomitar. Tom correu até ele e afastou seus cabelos.
- Deni! – Berrou Tom.
O elfo prontamente apareceu.
- Chame um medibruxo!
Deni aparatou. Harry havia parado de vomitar. Tom o levou ao banheiro para que ele se limpasse.
- Harry... O que foi? Será que foi algo que você comeu? – Perguntou Tom.
Harry respirou fundo. – Tom... eu tenho um palpite... mas posso estar errado...
Deni apareceu, trazendo consigo um medibruxo.
Harry se deitou na cama.
- O que aconteceu? – Perguntou o medibruxo.
- Eu me senti tonto hoje e agora vomitei bastante. – Disse Harry.
O medibruxo passou um feitiço pelo corpo de Harry. – Tem se sentido fraco ou cansado ultimamente?
- Sim.
- Certo. – O medibruxo começou a lançar mais feitiços, mas logo parou. – Tudo bem. Isso é normal acontecer. Em breve o senhor vai ter que começar a fazer seus exames, tomar as poções e...
- Mas do que é que o senhor está falando? – Perguntou Tom.
- O Sr. Peverell está grávido.
Continua...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.