Após a morte de Ofun... Lucas fez um enterro digno de um rei.
O seu exército, o povo que o idolatrava choraram juntos, eram dias difíceis de luto por um homem que conquistou todo um reino e ali ninguém lembrava a sua cor, sua origem, apenas sua grande honra e bom coração. Ele continuou o trabalho de Pedro e ao lado de Lucas deu tempos felizes ao reino.
Ofun foi enterrado ao lado de seu pai Pedro.
Augustus queria procurar a mãe que andava desaparecida desde a morte de seu pai, mas Lucas pediu pra que não fosse. Eurielle era assim indomável.
Lucas contou a verdade a Augustus, ele não recebeu muito bem, era algo difícil de acreditar e se afastou de Lucas, de todos.
A falta de seu pai era avassaladora e saber que o homem que amava não era seu pai doía.
Afonso sentia falta do amigo/irmão, Augustos não ia mais ao palácio e se isolou na fazenda.
Luiza tentava auxiliar Lucas nos cuidados com o reino e cuidar dos irmãos que assim como ela sofriam muito.
Luiza caminhou até o quarto de Augustus, ele mal saia de lá.
Augustus estava sentando em frente à janela olhando a paisagem: "Por favor, saia! Não quero conversar agora!"
Luiza entrou e se sentou na cama dele: “Eu sei que dói e a ausência da mamãe também não ajuda, mas o reino precisa da gente, os reinos vizinhos estão se unindo para nos atacar. Papai não gostaria que deixássemos o rei sozinho”
Augustus gritou: "Ele não é meu pai...” – lagrimas escorriam pelo seu rosto – “Eu não era filho dele!” - falou com tristeza.
Luiza: “Não diga isso! Lembro quando éramos pequenos e a mamãe falava que você amava mais ao papai do que ela porque era pra ele que você sempre corria primeiro!” – sorriu com a lembrança.
Luiza caminhou até Augustus e colocou a mão no ombro dele tentando conforta- lo.
L: "Tem certeza que quer ir por esse doloroso caminho? Olhe pra mim Augustus” - Augustus estranhou, ela raramente falava tão calma e a olhou, ela estava com o rosto cansado, ela também sofria, mas ao contrario dele, ela estava lutando pelo reino que seu pai tanto defendeu – “É tão importante mesmo o sangue, meu irmão?"
Augustus olhou aqueles olhos verdes dela e só ali percebeu o que havia dito, amava tanto Luiza que nem lembrava que não eram irmãos de sangue.
L: "Papai já o tratou diferente de mim ou de Misandra? Eu ao contrário de vocês sempre fui desobediente. Lembra como eu fazia travessuras? E mesmo assim ele sempre me amou e eu sou a única aqui não tenho sangue de ninguém" - sorriu ao lembrar-se de sua infância ao lado do pai.
Augustus a abraçou com emoção.
A: "Como eu poderia esquecer? Você sempre criando o caos, envolvendo eu e Afonso nas suas terríveis brincadeiras. Deixando mamãe e as criadas loucas. Acho que só papai achava graça das suas artes” – beijou a cabeça dela que estava em seu peito – “Desculpe-me, Luiza! Você está certa, papai sempre nos amou. Não teria como ter pai melhor. Sangue não significa nada quando há amor!” – e apertou em seus braços.
E ali nos braços do seu amado irmão ela desabou: “Eu sinto muito a falta dele" - os dois ficaram abraçados e choraram.
...
Augustus e Luiza mais calmos conversavam.
L: "Afonso está muito preocupado com o rei. Alias tio Lucas não esta bem, ele ate tenta esconder, mas... dá pena. Eu sei que é difícil, mas precisamos ajuda-lo, ajudar o reino. Sei que você ama papai, mas ter outro pai que também te ama não me parece errado. Papai amava Lucas"
A: “Quando foi que você amadureceu tanto, minha irmã?” – bagunçou os cabelos dela, um gesto carinhoso que fazia desde quando eram crianças.
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