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História Evangelho, segundo Light Yagami - Despedida


Escrita por: Tia_Lucy1

Notas do Autor


Oilá diamantezinhos da tia Lucy, tudo bem com vcs? Ainda se recuperando da volta as aulas (pois eu ainda ñ me recuperei).

EEEEEEEE 202 favs Obrigada genteeee, mt obrigada mesmo. Eu nunca q ia imaginar q uma das minhas fanfics ia ser tão popular assim. Nem to conseguindo com tanta fama dleqbfjwbegjrb E como forma de agradecimento, eu vou fazer uma one, dessa vez no universo de Esly, acho q vcs vão gostar. Queria postar até semana q vem, mas vamos ver se a faculdade vai deixar.

E desculpem pela demora, esse negocio de atualizar toda semana não deu mt certo, mas continuo com a parada do rodizio. Mas o importante é q tem capítulo novo.

Capítulo 23 - Despedida


Fanfic / Fanfiction Evangelho, segundo Light Yagami - Despedida

L olhava contemplativo o dia lá fora. Com o inicio do verão os dias passaram a ser extremamente quentes e longos, mas ele gostava disso, parecia ter uma energia boa no ar; Mais potente do que a da primavera, e mais enérgica do que a de outono e menos sombria do que a do inverno. Finalmente o caso tinha sido resolvido, e após um deslise quase fatal de Matsuda — ele só precisava ficar de baba, mas deixou que a garota escapasse do apartamento —, o vírus foi desencadeado no corpo de Maki, por sorte L e Takarashi já tinham alguns antidotos a mão, e mais estavam sendo fabricados em larga escala.

O detetive desviou os olhos da grande janela do quarto, olhando a garotinha por cima dos ombros. Ela estava deitada em uma cama específica, isolada com uma cúpula de plastico, mesmo com o calor Maki dormia confortavelmente, sempre sobre os olhos protetores do professor Takarashi, que adquiriu um carinho profundo por ela. O caso tinha acabado, com a ajuda de campo de Soichiro, Matsuda e sua mira impecável, e a experiencia do professor Takarashi,  conseguiram impedir o plano da Blue Ship. Como prometido, tinha trazido K de volta para a Wammy, fazendo ela se arrepender e olhar a existência humana com outros olhos. O trabalho do detetive L, tinha acabado:

— Ryuuzaki — Takarashi o chamou, depois de um longo tempo. — Hitomi e eu estivemos falando sobre como a Maki esta sozinha agora, tendo perdido os pais, e pensamos sobre adota-la como nossa filha.

— Ótimo, fico contente em ouvir isso — L se virou e sorriu, o que deu um alivio enorme do professor. — Agora posso ir embora em paz.

— Entendo. Como você é um dos ajudantes de L, deve ser muito ocupado — falou ele esfregando as mãos, satisfeito.

L se aproximou da redoma de plastico protetora, olhando pacificamente para a garota. Uma coisa que passou na sua mente, era levar Maki para Wammy após o termino do caso, mas com ela aos cuidados dos Takarashi isso não seria mais necessário. Vendo a menina dormindo o fez lembrar da sua própria filha, que tinha ficado no orfanato como apoio para o seu namorado. O detetive nunca teve tanta vontade de voltar pra casa, como ele teve naquele momento:

— Takarashi-sensei, agora eu à deixo aos seus cuidados — falou L parando um pouco antes da porta, voltando a olhar o homem tirando algo do bolso da calça larga. — De isso a Maki por mim.

Ele jogou uma bola de beisebol na direção do professor, que quase não conseguiu agarrar. A bola estava autografada por Ryuuzaki "Como você vai, Maki? Vejo você logo" Eles nunca mais se veriam.

 

Matsuda estava sentado na recepção, a pedido de L esperando por mais alguma ordem dele. Ele ainda se torturava pelo seu deslize, por pouco Maki não foi morta pela Blue Ship, e tudo por culpa da distração de Matsuda. Não era de admirar que o detetive não tinha trocado muitas palavras com ele, esse gelo estava cada vez mais difícil de aturar. Assim que ele avistou L, praticamente pulou da cadeira, indo de encontro com o detetive que parecia estar melhor do que antes:

— Como esta a Maki? — Matsuda perguntou, engolindo o medo de receber uma resposta malcriada.

— Embora a sua falta de atenção quase tenha nos custado a vida de Maki — ele  falou apenas para ter o prazer de ver a cara de choro do outro homem —, a sua mira impecável a salvou. Ela esta bem agora.

— Yokata — o policial sorriu, colocando uma mão sobre o peito, se sentindo mais aliviado.

— Sim, ela esta dormindo agora. Takarashi-sensei e sua esposa vão adota-la — L colocou um dedo na boca, tentando ignorar o máximo o lado do cérebro lhe dizendo que isso era anti higiênico. — E Yagami-san?

— Eu pesei que você tinha dispensado o chefe? — pergundou Matsuda confuso.

— Sim, eu dispensei, mas eu tenho alguns assuntos para tratar com ele — o detetive começou a andar, colocando as mãos nos bolsos da calça, tentando conter a vontade de cuspir para tirar os germes da boca. — Onde ele esta?

— Na casa dele, eu acho — Matsuda começou a segui-lo, ficando ofegante já que L caminhava apressado.

— Me leve até lá — ordenou. — E rápido.

 

Light sentia seu maxilar doer. Como parte do programa de adoção, eles teriam uma entrevista simples, primeiro com os três separados, depois só o casal, era uma forma de assegurar que a criança iria para uma boa casa. A entrevista com Light foi rápida e um pouco complicada, a agente que o entrevistava não conseguia acreditar na idade dele — Watari tinha alterado a idade do estudante de dezenove para vinte e seis — o que lhe rendeu vários sorrisos ao longo da manhã, e isso explicava a dor. Pelo menos a agente social o aprovou, mas ainda tinha a preocupação com Ryuuzaki.

Luna estava no seu colo dormindo, enquanto estavam sentados em uma sala de uma clinica, esperando para pegar os exames que a garotinha tinha feito. Por causa do ar condicionado, ele a cobriu com o casaco para proteger a garotinha do frio, segurando nos braços de forma a balança-la suavemente. Ele suspirou pensando em L, nem o próprio Watari tinha noticias dele, e ele já estava preocupado. Mau pode se conter quando o celular começou a vibrar, e viu um numero desconhecido no visor do celular:

— Ryuuzaki, aconteceu alguma coisa? Por que você não me ligou antes? Onde você esta? — as perguntas do estudante foram altas o suficiente, para chamar a atenção das outras mães para ele.

— Uthando — disse a voz robótica. — Você deveria ter falado a senha.

— Me desculpa, mas eu estava tão preocupado — Light falou, dessa vez mais baixo. — Agora me responde, você esta bem?

— Eu estou bem. Não tive tempo. Como eu disse antes, este caso provou ser tão dificil quanto o caso Kira — ele falou parecendo monotono quando sempre.

— Você consegui? — o mais novo perguntou, sussurrando.

— Eu sempre consigo. A justiça sempre vence — respondeu L. — Vou voltar em breve, ainda tenho algumas coisas para fazer aqui.

— Entendo — ele suspirou, tentando esconder a sua frustração, outra coisa que ele queria esconder era a irritação. Ele queria poder escutar a voz de L.

— Eu estou ansioso pra voltar pra casa. Qual estilo você quer pro nosso casamento? — o detetive perguntou.

— Ocidental. Eu não posso perder a oportunidade de te ver em um terno — o estudante riu. — O que pensa em fazer?

— Eu sei o quanto que você gostaria de uma grande festa, mas receio que isso não seja possível. Antes de qualquer coisa, eu preciso nos proteger — ele falou. — E eu não vou usar terno.

— Isso que nos vamos ver — falou Light, estreitando os olhos, num tom de desafio. — Vamos precisas de testemunhas?

— Não. Tecnicamente nós já somos casados, e isso é apenas simbolico — falou o mais velho. — E eu aceito o desafio.

Se despediram, e o estudante sentiu seu estomago pesar. Ele odiava a palavra "Breve".

 

Depois que L saiu do carro e finalmente entrou na casa dos Yagamis, Matsuda insistiu mais uma vez em ligar para a namorada. Desde que Misa saiu em turnê, a unica forma dele ter algum tipo de noticia, era pela internet, nos fóruns de fãs e portais de noticia. E não importava o quanto o policial ligasse, a idol nunca atendia, com isso o deixando mais preocupado ainda. Em mais uma das tentativas o celular tocou, fazendo Matsuda esperar ansiosamente, até ser atendido, o que demorou mais duas tentativas:

— Misa? — ele falou cautelosamente.

— Matsuda — escutar a doce voz da sua namorada, deu uma paz de espirito incrivel para o policial.

— Misa? —  ele exclamou eufórico. — Misa como você esta? Yokata, finalmente consegui falar com você. O que aconteceu? Por que você não retorna as minhas ligações?

— Eu sei. Gomen Matsuda-san, mas Misa teve tanto trabalho com essa turnê — ela falou chorosa. — Tantos shows, meet and greet e viagens intermináveis.

— Ah, sim, deve ser muito cansativo, tantos paises para ir — Matsuda se encolheu no banco do motorista. — Mas você poderia ter me ligado.

— Misa mau tem tempo para dormir, acho que esqueci de colocar o celular pra carregar — a modelo tentou se justificar, o que deixou o namorado se sentindo mais culpado. — Matsuda-san é tão mau, julgando Misa desse jeito.

— Não Misa, não é isso — o policial disse exasperado, batendo os braços no volante do carro. — É só que fiquei preocupado, queria muito ter noticiais suas. Os jornais sempre costumam mentir, e... E eu só queria escutar a sua voz.

— Misa esta bem, Matsuda-san. Obrigada por perguntar — ela falou, achando uma brecha pra interromper a ligação. — Agora tenho que desligar. Vou ter uma sessão de fotos daqui a pouco.

— Entendo — Matsuda suspirou. — Você pode me ligar depois? Quando acabar?

— Se tiver com tempo, Misa te liga. Bye — ela desligou antes que o policial podesse se despedir.

Matsuda desligou o celular, o colocando no bolso do paleto. Misa estava muito distante nesse meio tempo, não apenas fisicamente, mas sentimentalmente também. Com tantos eventos, ensaios fotográficos, gravações e esses shows pelos mundo, Misa parecia completamente diferente, nem parecia a garota doce do começo do namoro. Mas ele tinha fé que tudo passaria, assim que o volume de trabalho diminuísse, Matsuda teria a sua doce Misa-Misa de volta.

 

O céu já estava começando a escurecer, enquanto L caminhou até a porta da casa dos Yagamis, apertou a campainha e esperou pacientemente, até que a porta fosse aberta. Sayu apareceu para atender a porta, sorridente e ofegante — provavelmente já estava esperando uma pessoa —. Seu sorriu diminuiu, ao mesmo tempo que passou a encarar o homem mais velho, o olhando de cima a baixo tentando achar algo familiar dele:

— Oyasumi. Eu sou Ryuuzaki. Yagami Soichiro-san, esta em casa? — L perguntou. Sayu piscou algumas vezes, antes de falar.

— Você trabalha com o meu pai? — ela perguntou, um pouco desconfiada.

— Sayu? — Sachiko apareceu da cozinha, escutando a segunda voz estranha. — Quem é? É o seu amigo da escola?

— Yagami-san — L engoliu o desconforto de encarar a sogra pela primeira vez, e se inclinou respeitosamente para cumprimenta-la. — Eu sou Ryuuzaki Rue. Trabalho na NPA e gostaria de falar com Yagami Soichiro-san, se não for incomodar.

— Claro, entre — Sachiko falou dando um sorriso caloroso. Sayu deu espaço para o detetive entrar na casa. — Eu vou chama-lo.

Ele ficou agradecido por tirar o tênis, L ficou com o calçado por mais tempo do que gostaria, e qualquer momento sem eles era aproveitado ao máximo, por isso recusou a pantufa educadamente. Ele foi convidado a se sentar enquanto esperava pelo policial, Sayu o encarou em uma mistura de estranheza e curiosidade, ao ver o seu cunhado sentado da sua forma peculiar preferida.

Soichiro apareceu na sala pouco depois ainda vestindo o mesmo terno, aparentemente ele não teve muito tempo depois que chegou em casa. Ele parecia cansado, tão cansado quanto o próprio L. Ele se inclinou para cumprimentar o detetive, depois o conduziu para o seu escritório na parte de baixo da casa, já imaginando que ele estaria lá para tratar de algum assunto confidencial. Antes que eles pudessem começar, Sachiko apareceu com uma bandeja a pedido do marido, com café e repleta de coisas doces:

— Como esta a Maki? — perguntou o policial, se recostando na sua cadeira.

— Ela esta bem. Será cuidada pelos Takarashi, com a supervisão de Watari, é claro — L colocou vários cubos de açúcar no café, com mais velocidade do que o normal. — Mas não sobre ela que quero conversar, ou sobre qualquer assunto oficial. Eu só quero ter uma conversa familiar.

— Claro — ele deu um sorriso cansado, pegando uma fatia de bolo. — Como esta as coisas na Inglaterra? E Raito? Eu não tive muito tempo para ligar pra ele desde que esses casos começaram.

— Ele esta bem. Como sempre, as suas notas são impecáveis. E ele tem trabalhado duro, como o meu assistente — o detetive zumbiu de prazer, ao sentir o líquido doce descer pela sua garganta, o que fez o sogro reprimir o riso.

— Fico feliz. A principio eu tive receio de ter Raito tão longe, mas vejo que ele esta bem sendo cuidado com Watari e você — o policial se serviu com o café, dando um gole.

— Ah, claro, talvez o senhor fique chocado com o que vou dizer, mas... — o mais novo limpou a boca com a manga da camisa, se lamentando da ação em seguida, ele já não tinha nenhuma roupa limpa disponível. — Raito e eu vamos nos casar.

— O que? — Soichiro gritou, assim que consegui se recuperar do choque, e tossir para se livrar do café que bloqueava a sua garganta.

— E estamos em processo de adoção. Luna, uma garotinha que apareceu no fim do ano passado na Wammy — ele deu mais um gole no seu café. — Ela tem os olhos muito semelhantes com os de Raito, o que me faz pensar que há trinta e dois por cento de chances de Luna e ele terem algum tipo parentesco.

— Ryuuzaki — o policial disse, depois de se recuperar. — Você não acha que estão sendo muito precipitado. Quer dizer... filhos e casamentos.

— Yagami-san eu não vejo problemas, afinal Raito e eu já somos praticamente casados, o nosso casamento é apenas simbólico. E a garotinha é apegada a nós dois, e nunca deixaríamos sair do orfanato — o detetive largou a xícara, pegando uma fatia de cheesecake e a devorando instantaneamente.

— Hum, meu Raito esta crescendo — Soichiro sorriu, apoiando a cabeça sobre a mão. — Eu só imagino como vou dar essa noticia para Sachiko.

— Ela me parece uma mulher doce, embora seja um pouco conservadora de mais — o mais novo sorriu, pegando mais um pedaço de chessecake. — E uma ótima cozinheira também.

Soichiro deu um sorrido amável, esfregando as mãos nas calças, antes de se servir com mais café. L pareceu alheio enquanto comia, devorando cada pedaço de bolo com a gula maior do que antes, após a abstinência de açúcar:

— Ryuuzaki, eu quero lhe perguntar algo — Soichiro deixou a sua xícara de lado, encarando o genro com seriedade.

— Fique a vontade — mesmo L sabendo que seria um assunto delicado, não largou o seu pedaço de bolo.

— Como você descobriu Kira tão rápido? — ele esfregou as mãos nervosamente. — Raito te contou algo, que você preferiu ocultar da gente?

— Eu disse na época — o deteive engoliu o último pedaço, feliz por ter se abastecido de açúcar. — Eu dei autorização para Watari realizar uma investigação paralela.

— E por que não nos contou? — perguntou o policial.

— Eu tinha um suspeito algemado comigo, acho que isso é motivo o suficiente — L respondeu, esfregando os pés.

— Mas isso não o impediu de dormir com o meu filho — questionou o mais velho, sendo mais grosso do que pretendia.

— Yagami-san, eu posso ser o detetive L, mas não tenho nenhum poder sobre os meus sentimentos. Raito me proporcionou algo que eu nunca tive; Companheirismo. Sinto que ele sempre vai estar lá pra mim, e quero fazer o mesmo — o mais novo se serviu mais café, colocando mais cubos de açúcar. — E eu posso te assegurar, Raito e eu nunca tivemos nenhuma relação física, durante as investigações.

— Me desculpa Ryuuzaki, eu não queria te açúcar — o policial esfregou as têmporas.

— Tudo bem, eu compreendo a sua preocupação — ele deu um sorriso infantil, segurando a xícara na sua frente. — Agora eu sou pai também.

 

Light passou pela sua faculdade, para levar o atestado de Luna como uma justificativa para sua ausência. Bem em frente ao prédio tinha uma sorveteria, a garotinha insistiu bastante até que o estudante, acompanhado de alguns colegas que estavam saindo aquela hora, resolveram tomar sorvete na tal sorveteria. Louise que era a unica do grupo a saber sobre o namorado de Light, ajudou Luna a fazer a sua taça de sorvete, com todos os sabores possíveis da loja, ela e seus amigos pegaram casquinhas simples, Light foi o único que preferiu um picolé de limão. Preferiram se sentar em uma das mesas no lado de fora, para aproveitar aquele dia ensolarado, com brizas suaves uma hora ou outra, enquanto conversavam sobre algumas matérias que consideravam difíceis.

Conversavam tão despreocupadamente, que nem perceberam uma pessoa estranha se aproximando; cabelos castanhos avermelhados, óculos escuros que pareciam ser de grau, calça jeans e uma blusa rosa comum. Light estava de costas para ela olhando Luna que voltava junto com Louise, nas mãos outra taça cheia de sorvete, quando sentiu os braços dessa pessoa ao redor do seu pescoço. Com o susto, o seu picolé caiu em cima da mesa, e suas mãos automaticamente agarraram os seus braços, tentando se afastar:

— Raito! — uma voz feminina e aguda exclamou perto dos seus ouvidos. Não demorou para reconhecer essa voz familiar.

— Mas o que... — ele se virou, ainda preso pelos braços de Misa.

— Meu Raito, finalmente — ela sussurrou entre a bochecha do estudante.

— Quem é Raito? Não me diga que é sua namorada misteriosa — um dos seus colegas perguntou, rindo da situação constrangedora.

— Sim Raito é meu... — a idol olhou para o lado, não mito satisfeita por ser interrompida.

— Ele é o namorado do Ryu — Luna gritou, subindo na cadeira. — Solta ele agora.

— Cala a boca pirralha — Misa encarou a garotinha dando a ela um olhar ameaçador, em seguida olhou um pouco mais acima, para ver o seu verdadeiro nome flutuando sobre cabeça dela.

— Sua bruxa — a garotinha respondeu, devolvendo o olhar.

A cadeira em que estava era bem próxima a de Light e Misa não era tão alta, o que facilitou bastante  sua empreitada. Luna ergueu a taça de sorvete até onde conseguiu, em seguida derrubando não só o conteúdo, como também o próprio recipiente na cabeça da modelo, sujando sua peruca, óculos e rosto. O estouro das gargalhadas dos colegas de Light, o burburinho dos outros clientes, e o dono vindo reclamar do seu prejuízo, só fez com que Misa sentisse mais raiva e vontade de matar a todos ali:

— Venha, vamos conversar —  o estudante pegou Misa pelo braço, a levando para longe da mutidão que se formava. — Luna, você fica.

Misa deixou ser levada mesmo a contra gosto, enquanto tirava os óculos e a peruca suja, revelando sua verdadeira identidade. Luna permaneceu na cadeira sentada dessa vez, mas sempre olhando para os dois, Louise e os outros tentavam desperssar a multidão, para amenizar a situação:

— Raito, não acredito que você vai deixar essa pestinha, fazer isso com Misa — ela falou fazendo beicinho. — Misa é sua namorada.

— Não somos namorados, Misa — ele respondeu tentando ficar serio, mas ainda tinha sorvete na bochecha e no queixo da garota. Por algum motivo ele imaginou que L gostaria mais dela desse jeito. — E por favor, você não vai bater nela. Luna é só uma criança, e isso é uma reação totalmente aceitável para alguém na idade dela.

— Somos namorados sim. Afinal, você nunca terminou comigo oficialmente — ela bateu o pé, limpando parte do sorvete da bochecha.

— Certo — Light suspirou, olhando para seus pés, passando a mão pelos cabelos. — Eu sei que não foi nada educado a forma como eu terminei.

— Não importa, Misa te perdoa — ela o abraçou, sujando parte de sua roupa com sorvete.

— Não, Misa. Você não me entendeu — o estudante a afastou, tentando ser o mais delicado possivel. Ele olhou nos seus olhos, sendo sincero. — Eu estou oficialmente terminando com você.

—  O que? Raito? Não — os olhos de Misa começaram a lacrimejar, e a sensação de tristesa só piorava, enquando Light o olhava com um pouco de pena.

— Eu não gosto de você, Misa. Pelo menos, não desse jeito — Light soltou os ombros dela, virou o rosto brevemente para ver que Luna permanecia vigiando. — Eu amo o Ryuuzaki. Vou me casar com ele.

— Você não... — ela balançou a cabeça violentamente, negando as palavras que ouvia.

— Aquela é a Luna, Ryuuzaki e eu estamos a adotando — Misa olhou surpresa para ele e a menina. Foi quando percebeu uma certa semelhança da garotinha com os dois homens.

— Não. Não é verdade, você nunca... — sua tristesa deu lugar a negação.

— Não posso imaginar o quanto isso é dolorido pra você, mas estou sendo honesto — ele disse. — Eu ainda não me lembro como nos conhecemos, ou porque eu quis namorar com você, mas agora vi que foi um erro.

— Um erro? — Misa tentou agarrar Light novamente, mas ele a deteve.

— Misa, você é uma garota incrível, talentosa e muito doce — o estudante falou suavemente limpando as lágrimas da bochecha dela.

— Mesmo assim você não me ama, prefere aquele maluco — ela afastou as mãos do ex namorado.

— O que eu posso fazer, eu realmente amo o Ryuuzaki — ele deu de ombros. — Somos parecidos e diferentes ao mesmo tempo. Ryuuzaki me completa.

— Raito — ela choramingou.

— Você vai encontrar alguém especial, assim como eu fiz — ele beijou sua bochecha. — Adeus, Misa.

Luna se encontrou com Light antes que ele tenha chegado á mesa, dando um abraço bem apertado, obrigando o mais velho a carrega-la no colo. Misa e Luna trocaram olhares. A garotinha apoiou o queixo nos ombros dele, inclinando a sua cabeça fazendo os cabeços se emaranharem. A idol se ardeu em ódio, um tipo que ódio que ela nunca sentiu, mesmo quando quando seus pais foram mortos:

— Então Misa, parece que o Raito esta muito bem com o L — falou Ryuki, que parecia bem animado com a cena que tinha acabado de ver.

— Raito não tem as memorias, Misa deveria ter se lembrado disso — ela limpou mais algumas lagrimas, começando andar na direção contraria a da sorveteria.

— E o que você vai fazer agora? — o shinigami perguntou, flutuando ao seu lado.

— Eu preciso devolver as memorias dele, a qualquer custo — Misa respondeu, tomando cuidado para sua voz não ser ouvida por mais pessoas. — Só assim para Raito se livrar desse feitiço, mata L, e voltar amar Misa, e apenas Misa.

Misa se virou dando uma última olhada para trás, vendo Light sorrindo com Luna aninhada nos seus braços. Ela prometeu a si mesma, que por bem ou por mau, teria Light de volta.


Notas Finais


Pra quem tava com saudades da Misa, olha ela ai trazendo o caos.
Esses momentos paternais do L são bem fofos, da vontade de colocar num pote. E Matsuda sendo Matsuda, mas sabe, eu to com uma dó dele, tadinho o bichinho esta sendo enganado.

Só lembrando q já estamos entrando na reta final dessa fanfic, e eu to mt ansiosa. Mas não fiquem tristem vai ter spin off e continuação (eu ñ lembro se já falei aqui, então estou falando de novo).
Bjss tia Lucy


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