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História Eve - Capítulo 2


Escrita por: BibiBennett

Notas do Autor


Oi oi :D
Obrigada a todo mundo que favoritou e que leu o primeiro capítulo =3
Espero que gostem do segundo ^-^
Vejo vocês lá embaixo o/

Capítulo 2 - Capítulo 2


Os dois agentes correram mais rápido que nunca, Steve mais à frente para abrir caminho e Sam há poucos metros de distância, pronto para pular. Os amigos correram enquanto o chão e consequentemente as paredes e o teto desabavam ao redor deles.

O super soldado não precisou usar muita força para derrubar a já enfraquecida parede do prédio. Ele deu impulso e pulou o mais longe que podia, visualizando o helicóptero assim que a parede desabou e sendo seguido por Sam, que abriu suas asas e se focou em chegar até o helicóptero, o quê era um tanto difícil por causa da constante chuva que os atingia.

Steve entrou no helicóptero com um baque e o mais rápido que pôde saiu do caminho, fazendo com que fosse possível a chegada do Falcão. O moreno voou rapidamente até o helicóptero, sua entrada foi turbulenta, mas efetiva.

Natasha olhou para trás para se certificar que os dois amigos estavam a bordo e logo acelerou para longe do prédio, que segundos depois desabou com um grande estrondo, jogando poeira e destroços em todas as direções possíveis.

– Essa foi por pouco. – Sam disse enquanto dava um suspiro aliviado.

***

Fome, sede e dor.

Três pequenas palavras que resumiam meu estado naquele momento.

Depois de algumas horas de voo acima das escuras nuvens, o cansaço começou a tomar conta de mim, e depois de horas viajando na mesma direção eu presumi que finalmente tinha chegado a algum lugar. Desci rapidamente pela madrugada escura e chuvosa de uma cidade iluminada a qual eu não sabia o nome, e entre dois acabados prédios encontrei o esconderijo perfeito onde eu poderia passar a noite sem ser vista.

Assim que pus meus pés no chão uma onda de dor passou por minhas pernas feridas me pegando de surpresa, cambaleei por pouco não caindo no chão. Examinei o local à minha volta com cuidado, percebendo o lixo e o abandono evidente do beco onde me encontrava.

Eu não sabia onde estava, onde encontraria comida e como esconderia minhas asas, mas estar fora daquele lugar em chamas já me trazia tranquilidade.

Andei até a lixeira bagunçada e nela encontrei um grande pedaço de vidro que refletia minha imagem.

Longos cabelos loiros, pele clara, olhos castanhos e um corpo magro não tão saudável era o que eu via refletido no material, além de longas asas brancas que pingavam com a água da chuva. Fiquei por um momento me encarando no espelho, tendo aquela horrível sensação de que deveria conhecer aquele rosto, de que deveria conhecer o meu próprio rosto. Levei uma de minhas mãos até meu molhado cabelo e a imagem seguiu meu movimento imediatamente. Por longos segundos não me movi, só quebrando a estranha paz do momento para avaliar meus ferimentos.

Em minha perna esquerda havia um longo, mas não tão profundo corte, e por ele o sangue misturado com a chuva da noite jorrava. Não senti muita dor, e de forma estranha constatei que meu corpo já estava acostumado com ela. Os outros ferimentos eram apenas pequenos arranhões que mal ardiam com a água que constantemente os limpava. Procurei por uma bandagem ou qualquer tipo de tecido que pudesse estancar o sangue que cismava por escorrer de minha perna, e quando não achei nada que me satisfizesse arranquei um pedaço de meu próprio vestido. Enrolei o tecido cinza – mas que obviamente já fora branco antes – em minha perna e quando a mesma já parecia um pouco melhor resolvi procurar um lugar aonde pudesse descansar nem que fosse por alguns minutos.

Deitei-me nas escadas de um dos vários prédios abandonados que circundava a região, sendo aquele o único que me oferecia cobertura contra a gelada chuva que castigava meu corpo, e logo adormeci pelo cansaço que havia tomado conta de mim.

Logo veio a segunda noite, a terceira e a quarta. Seis noites na rua, tentando sobreviver no caos da cidade que no terceiro dia aprendi ser Manhattan.

Homens gritavam e jogavam garrafas de vidro na parede durante uma discussão acalorada e que cheirava há algo parecido com gasolina em um bar logo ao lado do prédio onde eu dormia no primeiro dia. No segundo, três deles vieram pra cima de mim e tiveram seus narizes quebrados, me forçando a procurar outro lugar para dormir e oportunamente me lembrando de como retrair minhas asas. No terceiro percebi que não precisava mais das bandagens, já que meus cortes e arranhões estavam completa e milagrosamente cicatrizados, mesmo com o grande risco de infecção que eu sabia que qualquer um teria nas mesmas circunstâncias que eu. Já no sétimo dia, depois de uma longa e dura semana lutando contra a fome e sede que me assolaram há praticamente quase todo o instante, eu finalmente sucumbi à completa exaustão.

Suja e cheia de machucados em meus pés eu cambaleei e caí em uma rua parecida com as outras centenas de ruas as quais eu passei os dias durante aquelas incontáveis horas de sofrimento.

Mas não havia sido sempre assim, havia? Eu quase conseguia me lembrar da sensação de me deitar em um colchão macio e fofinho, e de beber água fresca junto com uma comida abundante e saborosa. Mas como se a única vida de que eu conseguia me lembrar era essa? Imunda e rastejando pelas ruelas de uma cidade que eu não conhecia.

– Hey, hey!  – Uma voz soou logo atrás de mim, mas eu não me virei para ver de onde ela saia.

Em pouquíssimo tempo uma figura surgiu na minha frente, se ajoelhando e me impedindo de cair completamente no chão. Duas fortes, mas cuidadosas mãos tomaram meu rosto oscilante e logo um par de olhos azuis encaravam os meus. Um olhar preocupado, mas clínico, era o quê eu podia distinguir deles naquele momento.

– Você está bem? – A voz do homem era gentil, e enquanto dizia isso ele tentou aos poucos me levantar. Eu não sabia como minha aparência estava naquele momento, mas definitivamente não era “bem”.

Não precisei responder sua pergunta, já que assim que o homem me pôs de pé novamente minhas penas sucumbiram, e por pouco eu não caí novamente.

– Ok, não precisa responder. – Ele disse, franzindo o cenho enquanto parecia ponderar o quê fazer. Em poucos segundos ele pareceu se decidir, e antes que eu pudesse piscar meu fraco e entorpecido corpo já estava em seus braços, confortavelmente posicionado em seu colo.

Os momentos seguintes foram confusos, e pontos negros escureciam a minha visão a cada segundo que se passava. Por algum tempo tentei me segurar à realidade, antes de perceber que eu não tinha motivos para fazer tal coisa. Nem a voz que incessantemente murmurava para eu ficar acordada ou o calor aconchegante do homem que me carregava me fariam lúcida por mais tempo.

***

Uma semana havia se passado desde a operação que destruiu uma das últimas bases conhecidas da HYDRA, e Steve finalmente havia conseguido seu merecido tempo de folga. Há meses ele lutava junto aos fiéis agentes remanescentes do que antes já foi a grande agência de espionagem S.H.I.E.L.D, mas que agora contava com menos da metade de seu contingente e bem aos poucos rastejava para voltar a ser o quê era, para acabar com a organização que havia torturado seu melhor amigo. Agora no comando de Phil Coulson, homem que ele e todos os participantes da Iniciativa Vingadores julgavam estar morto, a agência pouco a pouco se reerguia, tentando acabar com a ameaça constante que a HYDRA agora apresentava para o mundo.

Então depois de ser dispensado por Coulson por pelo menos uma semana, enquanto voltava para sua mais nova casa no Brooklyn ele não esperava que fosse dar de cara com uma fraca e aparentemente indefesa moça, que parecia ser uma moradora de rua, sucumbindo em frente à sua porta.

Steve arregalou os olhos com a visão da moça despencando de joelhos em sua calçada, prontamente indo socorrê-la.

– Hey, hey. – Ele disse de forma preocupada, se ajoelhando na frente da loira e analisando seu frágil e delicado rosto.

Ela estava acabada, e certamente precisava de descanso e de um bom banho. Seu corpo era magro e frágil, embora Steve pudesse perceber que a mulher já havia sido forte um dia.

– Você está bem?  – O loiro perguntou enquanto tentava levantá-la, segundos depois percebendo o quão estúpida havia sido sua pergunta. Assim que a colocou de pé Steve teve que impedi-la de cair.

“O quê eu faço?” A pergunta passou por sua mente e ele olhou em volta para perceber que ninguém notava ou até mesmo ligava para sua presença ali, dando suporte à uma acabada e quase inconsciente mulher. Ninguém para socorrê-la ou ajudá-la além dele.

Então Steve se decidiu e habilmente a pegou no colo, sem poder deixar de notar sua leveza. Em pouco tempo ele estava dentro de sua casa e, sempre pedindo para ela permanecer consciente, colocou a mulher no confortável colchão de seu quarto.

Ele deu um suspiro preocupado assim que viu a loira com os olhos fechados e sem se mexer em sua cama, e logo um outro suspiro deixou sua boca, dessa vez aliviado, quando ele verificou sua forte e constante pulsação.

Ela aparentemente ficaria bem.

Depois de verificar seus leves ferimentos e procurar por qualquer concussão, o super soldado finalmente pôde ficar mais tranquilo, e finalmente teve tempo para pensar no que faria dali em diante.

Ele arrumou o quarto para que ficasse apropriado para a moça, colocando uma jarra de água fresca na cabeceira da cama e um kit de primeiros socorros pronto para qualquer emergência na suíte, além de limpar seus ferimentos e cobri-la com um grosso cobertor. O loiro também preparou uma sopa com os escassos ingredientes que tinha na despensa - ele faria as compras no dia seguinte. - e pegou um de seus pijamas limpos, separando-o para quando a moça acordasse e precisasse se trocar. Ele fez uma pequena nota mental de pedir uma muda de roupas para Natasha quando a visse.

Cansado e preocupado, Steve passou a mão sobre os olhos e decidiu que um cochilo não poderia fazer mal a ninguém.

O sono começou a bater assim que ele se deitou em seu pequenino sofá da sala, e em pouco tempo o soldado dormia tranquilamente.


Notas Finais


E aí, gostaram? >.<
Espero que sim =3
Se gostaram(ou não), por favor deixem um comentário na caixinha disponível pra isso :D
Beijos e queijos :*


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