História Everyday Girl - Festa X Hanna

[ Emma ]

A questão da Hanna estar assim agora me deixou insegura de eu ser uma péssima amiga. Aposto que todos nós recebemos a mensagem de Megan e isso me fazia questionar em passar a noite na casa da Hanna com ela ou ir para festa com Logan. É, isso é um dilema no qual eu não queria passar.

Para falar bem a verdade, eu já pensava em chegar nessa festa com Logan e a maioria me olhando. Eu usando um vestido preto com renda e salto azul escuro e uma make bafo. Tá, vamos parar de pensar nisso por um momento.

— Você é louca? — perguntei assim que entrei no quarto, logo depois que Rachel saiu.

— Me diz, qual a parte do EU NÃO QUERO VER NINGUEM vocês ainda não entenderam? — perguntou ela

— Querida, você é minha melhor amiga — falei — acha que o que?

— Acho que devem respeitar minha decisão — ela disse — e me trazer algo para comer. Sinto que Rachel me passou a perna.

— Eu não sei onde ela foi — falei — Mas, como você está?

— Paralitica — falou ela

— Nossa, que senso de humor intacto — disse à ela

— Não foi para ter graça — ela disse

— Caralho, tu tá estressada — retruquei. Nunca vi ela daquele jeito — Tá de TPM?

— A vida tem dessas — ela disse — EU ESTOU COM FOME.

Então logo ela começou a encarar a janela novamente e eu encarei junto com ela. E se agora ela mudasse? Se ela ficasse uma outra Hanna na qual ninguém conhece? E se ninguém mais aguentasse-a ? Na verdade, eu não acho que vão deixa-la. A vida é apenas uma questão de lógica. Então comecei a lembrar de todos os sonhos, todas as conquistas e todas as mensagens que trocávamos.

Hanna foi acho que minha primeira melhor amiga antes das outras aparecerem. Ela foi com quem eu tive mais afinidade, ela é como se fosse uma irmã para mim. Avoei meus pensamentos quando ouço alguém batendo na porta. Era a enfermeira. Pediu para que eu me retirasse porque estava na hora dos remédios de Hanna. Então eu sai.

Andei até a recepção, vendo Logan, Kendall e mais duas pessoas desconhecidas junto deles.

— Cara, a Hanna está estressada demais — disse assim que me aproximei — Uuuh, garota nova. Qual seu nome?

— Phoebe — falou a cacheada — E o seu?

— Emma — respondi — Ó. Não entre lá. Ela está um poço de raiva.

— O que aconteceu? — perguntou Logan

— Não sei. Quando eu entrei ela disse que estava esperando Rachel trazer algo para ela, que ela disse. Depois não voltou mais — falei  — Ah, vocês receberam a mensagem de Megan?

— Recebi — disse Logan. Kendall tinha ido junto com a cacheada e o barbudo lá no quarto — Mas não sei se vou.

— Porque? — perguntei

— Vai ser um dia depois que Hanna for embora. Vai ser no sábado e não sei se estou muito no clima — ele disse

— Eu sei que Hanna está assim, mas nós não podemos parar nossas vidas — respondi. O que era verdade. Hanna iria depender de nós, mas nós não podemos deixar tudo de lado —Vamos sim.

— Eu vou pensar, Emma — ele disse — Mas e ai, quer ir tomar um café?

— Eu aceito — falei e então fomos até a cafeteria do hospital.

Eu fiquei pensando no que o Logan disse. Em partes ele estava certo, mas a mãe dela voltaria na quarta e ela não ficaria sozinha. E ela não quer ver ninguém, o que nos dá uma boa desculpa para irmos para a festa todos juntos. Ela nunca gostou de festas.

Na noite seguinte eu tinha plantão e sinceramente, eu não estava preparada. O hospital que eu trabalhava ficava próximo, então dava para eu vir aqui quando dava hora de intervalo. Tudo ia voltar ao normal depois de três dias de folga. Na verdade, nem tudo.

O café não seria o mesmo. Nada seria o mesmo, a não ser Logan que ainda seria o mesmo. Então tentei planejar algo que surpreendesse minha melhor amiga, mas foi totalmente em vão. Tudo o que eu pensava era na porra da festa de sábado.  

[ Melissa ]

Saber que seu plano não deu certo é frustrante. Minha intenção era tirar ela do caminho para que, no máximo dois anos eu conseguisse mostrar para Kendall que eu sou uma good girl. Porém a megera resolve não morrer e isso atrapalha totalmente meus planos, tendo que elaborar outro rapidamente para tentar tirar ela do meu caminho.

Hm.. Veneno? Armas? Sequestrar ela e jogar de um penhasco. Quem sabe atirar ela do ultimo andar do Empire State? Não, muitas pessoas iriam testemunhar e em vez de ficar com meu amado Kendall, eu iria era ficar gorda numa roupa laranja de prisão.

— Dá pra você parar de andar? — disse Katherine — já está me irritando

— Qualquer coisa te irrita — disse

— É, mas você pensando me irrita mais — ela disse — até parece que não sabe pensar sentada, quieta, na sua, quem sabe com um saco na sua cabeça.

— Quer me ver morta? — ironizei

— Quero que você pare de me irritar — ela disse — Hanna não vai durar muito tempo. Aposto que o grupinho cem por cento amigável deles vai acabar depois disso que aconteceu. E dai poderemos atacar mais a vontade.

— Como pode ter tanta certeza? — perguntei

— Hanna é um alvo tecnicamente fácil. Seu jeito meigo e doce chega até a me enojar. Rachel já é mais superestimada. Ela sabe o que quer e é determinada, então se aparecesse qualquer convite que não envolvesse cuidar de uma inválida ela toparia. Nathalia pelo que eu soube por alguns amigos próximos, ela vai se mudar para o Canadá com Austin. Menos uma.

— Isso faz com que sobre a Caitlin e a Emma — falei — Emma é daquelas que topa qualquer coisa também. Caitlin é quem vai ser o problema. Tá na cara que ela vai ajudar Hanna, a coitada.

— Você sempre tem ótimos planos, me ajuda — reclamei

— É. Meus ótimos plano são para acabar com a Rachel. Quem sabe expor ela, quem sabe fazer ela querer se matar. — Ela disse tão séria que até eu fiquei com medo — Porque você não... tenta se “redimir”?

— Você tá bem? — perguntei

— Estou ótima — ela disse — Quer saber? Tenha suas próprias ideias. Tenho que inventar algo para atrair Rachel para minha isca. Beijos.

— Você é uma vadia — falei

— Eu também te amo, Mel — ela disse e bateu a porta, me deixando sozinha num apartamento longe de tudo vazio. Tinha vezes que eu queria jogar Kat de um avião, mas ela sem os paraquedas. Porque meu Deus, ela me tirava do sério também. Ela acha que ela é a dona da razão, me poupe.

Então fui para o quarto, deite-me e fiquei pensando “ COMO EU TIRO ELA DO MEU CAMINHO?”.