História Everything And More (Em revisão de mudança) - El Santo

Sienna Mendoza P.O.V

Já havia se passado 3 meses, e tínhamos voltado para nossas vidas antes de tudo isso acontecer, mas com alguns detalhes importantes. De manhã eu era enfermeira no Hospital Abraham Grey, e a noite eu era o braço direito da minha mãe no tráfico de drogas e armas.

Sim, eu decidi fazer parte disso, se eu não poderia impedir eles de continuar, então me juntei a eles. Os dias foram passando e quanto mais tempo passava mais desconfiávamos de que tinha algo errado. Justin poderia aparecer do nada e meter bala em todo mundo, o que é bem a cara dele, mas talvez ele esteja planejando algo grande.

[...]

Cúcuta, Colômbia.

[2 meses antes]

- E então? – perguntei para o segurança da porta daquele barzinho, o mesmo continuou intacto, sem me responder e sem nem uma reação.

Meu pai havia me enviado aqui para conseguir negociar com um dos mais poderosos homens da cocaína. Ele vendia a mais pura e bem feita, o único problema é conseguir fazer negócio com ele. O cara era o tipo de se esconder, todos sabiam quem era ele mas ninguém nunca o viu.

- Por favor senhorita, suba as escadas – o segurança me falou apontando o lado direito, eu subi as escadas ainda meio indecisa.

Entrei em uma salinha branca, que só havia uma mesa de ferro e duas cadeiras também de ferro, achei suspeito mas do mesmo jeito entrei e sentei em uma das cadeiras.

Um homem alto entrou, tinha um bigode charmoso, descendente de latinos, diria que tinha lá para os seus 25 anos, algumas tatuagens no rosto e no braço. Ele era bem bonito, estava vestido como um adolescente de gangue, mas vamos relevar esse detalhe.

- Onde está El Santo? – perguntei para o homem que sorriu de lado e sentou em minha frente, levantou uma das sobrancelhas o deixando mais bonito.

- No vás El Santo, El Santo viene a ti – respondeu ele, se levantando e saindo pela porta, me levantei e corri até a mesma.

- Ei espera, o que faço? – perguntei seguindo ele até o lado de fora.

- El Santo iamarà – respondeu ele entrando no carro e acelerando Lara longe.

Ouvi meu celular vibrar e atendi o mesmo.

- Como foi? – ouvi minha mãe do outro lado da linha.

- Nada – respondi bufando, aquele cara é doido.

- Como assim nada Sienna? – pergunto ela um tanto quanto irritada.

- Ele falou que não vamos até o santo, o santo vem até nós – disse tentando entender o que isso significava – Perguntei o que eu tinha que fazer e ele disse que o santo me ligaria – respondi por final, ainda não tendo respostas.

- Fique mais um pouco aí, veremos o que vai acontecer, se tiver novidades me ligue – respondeu desligando em seguida.

Bufei, muitas perguntas sem respostas, será que eu teria que só esperar que o santo ligasse? Ou ele me mandaria condenadas.

“No vás El Santo, El Santo viene a ti”, o que isso significava? será que isso era uma charada, e se eu descobrisse a resposta, eu acharia ele? Talvez.

Mas a única coisa que eu posso fazer agora é esperar uma resposta do Santo.

Peguei meu capacete e subi na minha moto, liguei o meu bebê e acelerei entre as ruas de terra de Cúcuta, a poeira subia em casa rua que eu virava, era divertido, a adrenalina me deixava anestesiada, talvez eu sempre quisesse fazer parte desse mundo só não tinha coragem.

Senti um carro me seguindo, era um carro preto, com vidros bem escuros, acelerei mais desviando e virando em ruas aleatórias para despistar, até ver uma ponte, passei por baixo dela e desliguei a moto. Os carros haviam sumidos, provavelmente desistido. Sai de cima da Mota e peguei meu celular, até ver um carro parar na minha frente, e outro atrás de mim, corri até a minha moto mas fui puxada pra trás.

- Me solta seus idiotas – falei tentando puxar meus braços, mas logo fui imobilizada, haviam homens de preto envolta de mim, eles colocaram um saco de pano na minha cabeça, me arrastando para dentro do carro – Tira sua mão de mim seu merda – resmunguei, até sentir algo picando o meu braço, era uma injeção, aos pouco eu fui apagando e não sentindo mais o corpo. O que será que queriam de mim, será que é um dos inimigos da minha familia? Será que era o Bieber se vingando de mim para conseguir pegar meus pais novamente? Não sei, mas também não quero pagar pra ver o que vai acontecer.

[...]

Minha cabeça latejava, a luz solar que entrava de algum jeito estava me incomodando, até eu me ligar que não estava em casa e de tudo que havia acontecido nas últimas horas. Droga que merda eu vim fazer aqui, onde eu estava?

Era o que parecia ser uma cela, mas de portas abertas, tinha alguns panos nas portas, potes jogados, era como se alguém morasse aqui. Me levantei, e olhei envolta, que merda de lugar era aquele, eu estou numa cadeia? Andei para sair da sala e vi muros altos e seguranças armados em cima deles, eu havia sido presa? Será que aquele desgraçado da polícia me achou?

Perguntas sem respostas, o lugar era uma cadeia, porém era como se fosse uma comunidade, homens, mulheres e crianças. Gente andando de um lado para outro, havia o que parecia ser uma feira lá em baixo, eu estava em algum lugar de cima. Onde eu via tudo que estava acontecendo, mas quem havia me colocado aqui dentro e porque eu estava aqui?

Bom, vou atrás de respostas.

Andei até as escadas e desci as mesmas, assim que pus meus pés na parte de baixo, todos pararam o que estavam fazendo para me encarar. Passei a mão no rosto procurando alguma coisa, continuei andando passando no meio de muita gente e todas ainda me encaravam.

- Olá Sienna – ouvi alguém falar comigo e me virei, era uma garotinha com uma máscara de algum deus de alguma religião que eu não conhecia – Mi nombre és angel Muriel – a garota veio até mim e pegou em minha mão – El Santo te iama – falou me puxando entre algumas celas, parecia um labirinto de celas em todo lugar. O santo então me achou, agora sei o que quer dizer com “você não vai até o santo, o santo vai até você”, ele realmente vem até mim, ou me força a ir até ele.

Havia pessoas fazendo a barba, pessoas cortando cabelo, mulheres fazendo as unhas dos pés, não era um presídio qualquer, isso parecia uma cidade pequena, onde os vizinhos se conheciam.

Ela parou em uma cela, que não era qualquer cela, parecia uma casa moderna, bem espaçosa, havia sofá, Tv, móveis de Marfim, chique bem chique, um luxo e tanto para o que eu vi lá em baixo.

Quando olhei novamente para perguntar o que estava esperando a garota já havia sumido. Olhei para porta e vi um homem alto, não muito velho e nem muito novo, 40 e poucos anos no mínino, o mesmo fumava um charuto de boa qualidade o cheiro já mostrava a qualidade dele.

- Olá Sienita, como se sente sendo uma das primeiras a estar de frente com El Santo? – perguntou rindo de lado, seu sorriso era branco como porcelana mas tinha um ar de psicótico nele, e eu sentia muito bem só no jeito como ele fez para que eu o encontra-se.