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História Everything Has Changed - Recomeço


Escrita por: DrewDeeh

Capítulo 35 - Recomeço


Fanfic / Fanfiction Everything Has Changed - Recomeço

—Você está pronta? — a enfermeira Wilson perguntou e eu assenti me levantando.  

—Alguém veio? — perguntei a olhando nervosa.  

—Sim, o rapaz de sempre veio. Ele lhe aguarda na recepção.  

—Isso é tudo meu? — coloquei a mão na bolsa e ela sorriu vindo até mim. Wilson me abraçou e eu retribui tentando não chorar. —Obrigada.  

—Você está bem. Não precisa ficar nervosa, ok?  

—Eu sei. Desculpa, é que já tem dois meses.  

—E você progrediu bem em 10 semanas de reabilitação. Está pronta para ir.  

—Vamos lá. — peguei a bolsa e segui com ela até a recepção da clínica. Parei na entrada para a recepção, apertei sua mão e a olhei.  

—Pode ir. Lembre-se de fazer terapia. — assenti e a abracei, tomando coragem de passar pela porta.  

—Oi. — o loiro sorriu, ele estava com uma blusa de manga curta branca, calças jeans e tênis, suas mãos estavam no bolso e os óculos escuro estava pendurado na blusa.  

—Olá. — sorri envergonhada para ele que abriu os braços esperando que eu fosse abraça-lo. Olhei para o loiro por completo, a demora fez ele abaixar os braços. Senti meus olhos ficarem marejados e dei um passo ficando frente a frente com ele. — Me desculpa! — pedi com as lagrimas descendo pelo meu rosto.  

—Está tudo bem. — ele disse enxugando minhas lagrimas, neguei e o abracei forte, escondi meu rosto em seu pescoço sentindo seu cheiro, fechei meus olhos sem impedir que as lagrimas continuassem a descer. — está tudo bem. — Justin repetiu contra meu pescoço, ele também me abraçava forte. Com o tempo me afastei dele. — Podemos ir? — concordei e sorri, Justin pegou minha bolsa e eu me despedi do rapaz na recepção, Justin entrelaçou nossa mão e assim saímos da clínica.  

Justin parou no seu carro e colocou minha bolsa no banco de trás. Olhei o veículo novo, parecia comum, olhei em volta e sorri sentindo o ar balançar meu cabelo. Justin me olhava atentamente, meu sorriso aumentou e eu entrei no carro.  

—E agora? — perguntei me virando para ele. 

—Você que sabe. — ri fraco e encostei minha cabeça no encosto do carro.  

—É tão estranho estar aqui fora. Parece que passaram anos comigo lá dentro. Foi um turbilhão emocional. 

—Você vai me contar? Não me deixou entrar nenhuma das vezes que eu vim te visitar.  

—Eu sei. Não me sentia pronta, as vezes eu estava desintoxicando e é algo horrível, vomitei, tentei matar as enfermeiras, tentei fugir. Foi uma loucura. — Justin segurou minha mão e sorriu.  

—Só queria que você soubesse que eu estava lá. Ainda mais por eu ter dito que não ficaria mais com você. Eu sinto muito, você estava doente e eu só coloquei mais pressão.  

—Está tudo bem. Eu sempre fico bem. — sorri para ele e alisei sua bochecha. — Isso não mudou, continuo com muita pressão, talvez até mais agora que devo ter um alvo nas costas. — fechei os olhos e soltei o ar lentamente. — Eu não sei o que vai ser de mim agora. Eu precisei lutar para ficar sóbria, eu lutei para me encontrar, para superar a morte da minha mãe.  

—Mas? — olhei para o loiro e comprimi minha boca.  

—Uma coisa eu está lá dentro, era eu contra eu mesma. Agora sou eu contra o mundo, não é apenas eu, ou melhor é eu e mais uns 10 querendo me matar.  

—Eu não vou deixar. — ele disse beijando minha mão. — Ninguém te achou aqui. Ninguém sabe o que aconteceu com você.  

—O casamento ainda está de pé? — ele negou. — Meu pai ainda está vivo?  

—Sim, você atingiu o fígado dele, conseguiram resolver com cirurgia, acho até que ele precisou de transplante, seu irmão não me deu muitas informações.  

—Pelo menos não preciso manter essa culpa. — sorri aliviada. — Mas agora ele me odeia. — uma lagrima desceu.  

—Achei que você odiasse ele. — fitei o loiro e assenti.  

—Eu odeio, mas ainda é meu pai, Justin. Só me restou ele. Eu me odeio por ainda amar ele. As medicas disseram que é normal, ele é meu pai, apesar de tudo me criou e me amou do jeito dele, só aprendi o amor assim. Enfim, é normal. — dei de ombros e ele me puxou para um abraço. — O que vai ser de mim agora? Eu não tenho mais casa, não tenho dinheiro, não tenho família e já fiz 18 anos.  

—O que? Você tem tudo isso e já tem 18 anos. — me afastei dele confusa. — Vou te levar para casa. — ele sorriu e eu me ajeitei no banco colocando o cinto. Justin deu a partida no carro, dando ré para tirar da vaga.  

Seguimos todo o caminho conversando sobre minha internação. Minhas fugas para conseguir droga, como o local foi melhorado por eu ter conseguido fugir quatro vezes. O isolamento que eu tive que ficar por tentar me matar. Tinha sido dias conturbados e eu estava feliz por ter deixado eles para trás. Esperava agora estar fazendo o certo com minha vida, olhei para o loiro focado na direção e sorri ansiosa pela vida que estava por vim.  

—Eu te achei no banheiro. — Justin falou parando o carro. — Você estava toda ensanguentada, tinha duas seringas no chão e uma terceira na sua mão. O banheiro estava cheio de pó, uma porta do balcão aberto deixando as drogas a mostra. — abaixei a cabeça, senti sua mão na minha perna e o olhei.  

—Eu sinto muito. — disse colocando minha mãe sobe a sua.  

—Eu também, eu obedeci ao Samuel, por um lado é bom eu salvei seu pai, mas quando te encontrei daquele jeito. Acabou comigo. Eu chorei muito quando você falou eu te amo, mãe. Você estava delirando, quando começou a escorregar achei que estava tendo uma overdose. — seus olhos ficaram vermelhos e as lagrimas desciam sem parar. — Foi a pior cena da minha vida. Achei que tinha perdido você.  

—Eu sinto muito. — murmurei baixinho e ele sorriu de lado.  

—Eu vi você se drogando, eu deixei. Eu me sinto tão culpado.  

—Não deveria. A culpa só é minha. Eu sinto muito por você ter me visto daquele jeito. Obrigada por ter ido lá, por ter me salvado. 

—Eu deveria ter ido antes. Eu vi o Samuel saindo do quarto, mas escolhi não ir, fiquei lá esperando o pessoal da emergência. Só fui no quarto quando percebi que você não tinha saído. Achei que vocês tinham só brigado por você quase transar comigo no corredor.  

—Ai meu Deus, eu esqueci disso. —coloquei a mão no rosto e ele riu.  

—Foi difícil negar. — olhei para ele envergonhada e ele riu. — Quando eu vi a pequena poça de sangue, temi o pior e foi o que eu achei. Assim como eu te disse que ele tinha feito antes, ele fez com você. Depois que eu vi que você estava viva, eu te peguei no colo e levei pro carro correndo para o hospital. Por azar, foi o mesmo para o qual levaram seu pai, então sua tia e seu irmão me acharam. Shay foi lá também. Quando o médico disse que você estava estável, eu disse para elas que você sairia de lá para uma clínica de reabilitação. Todos concordamos.   

—Você pagou? — ele concordou.  

—Shay e sua tia me ajudaram com as contas do hospital, mas a reabilitação eu paguei só.  

—Você é muito rico. — falei e ele sorriu.  

—Só queria que você estivesse bem. Que ficasse bem. — sorri e o abracei com um pouco de dificuldade.  

—Nós vamos sobreviver a isso. — disse e ele concordou beijando minha bochecha.  

—Eu queria que você soubesse que eu te achei.  

—Eu vi minha mãe, talvez fosse você e eu vi ela, ela sorria. Parecia orgulhosa, acho que me cérebro quis me confortar por matar meu pai. Eu usei naquele momento para acabar com a dor. Mas deveríamos deixar isso para trás. —ele assentiu e sorriu.  

—Claro, vamos lá. — ele deu partida no carro novamente e eu observei o loiro, a paisagem e algum flash da grande noite vieram em minha mente.  

O descaso que eu fiz em atirar no meu pai sem hesitar. Quase transei com o Justin no corredor. Fechei meus olhos tentando deixar tudo isso para trás.  

—Chegamos. — Justin falou e parou o carro, abri meus olhos e sorri vendo que estava na casa que tinha comprando com Shay.  

—Não acredito que ela te contou. — olhei para ele que sorriu, abaixou o vidro e estendeu a mão para colocar na máquina, assim liberando o portão.  

Entramos na propriedade, com Justin parando na entrada de uma das garagens, eram duas, ou quatro. Duas de um lado e duas do outro.  Desci do carro juntamente com o loiro, ele me guiou para dentro da casa. Tudo parecia lindo.  

—Por aqui. — ele me puxou para a outra entrada, segui sem perguntar. Levei minha mão até o peito sorrindo largo para o pessoal ali. Tinha até uma faixa.  

—Oi. — sorri para eles. — Senti falta de vocês. — disse indo cumprimentar meu irmão com um enorme abraço apertado.  

—Eu também senti. Você não quis me ver. — ele falou e me apertando.  

—Achei que tinha sido só comigo. — Justin falou.  

—Eu não quis ver ninguém. — falei me afastando de Theo. — O que você faz aqui? — perguntei segurando seus ombros.  

—Ele é meu novo recruta. — Shay disse vindo me abraçar.  

—Você não tinha permissão de fazer isso. — disse abraçando a ruiva.  

—Não faça mais isso. Ainda precisamos de você.  

—Tentarei. — me afastei dela sorrindo.  

—Você merece apanhar, sabia? — Dorethy disse me fazendo ri. 

—Tia. — a abracei e escutei ela fungar. — Não chora. Eu estou bem. Eu sempre fico bem. — ela me apertou forte enquanto chorava, me segurei para não chorar também.  

—Você me assustou tanto. Achei que tinha ti perdido dessa vez.  

—Ainda não. — ela me soltou e segurou meu queixou olhando dentro dos meus olhos.  

—Não faça mais isso. — assenti e dei um passo para trás.  

—Então, quer dizer que agora meus planos se juntaram? — perguntei olhando eles, que riram concordando.  

—Conheci quem desviava as cargas. — Shay disse olhando para minha tia.  

—E eu quem vendia. — minha tia falou  

—E eu parei de ser covarde. A propósito, desculpa por atirar no seu braço. — Theo falou me deixando com os olhos arregalados.  

—Foi você? Como ousa? — questionei batendo em seu braço. — E a Caroline? — olhei para o loiro que sorriu largo apontando para a passagem atrás dele.  

—Essa é sua irmã? — uma voz desconhecida soou, olhei para lado vendo uma loira com sua cabeça sobe o ombro do meu irmão.  

—Sim. Aria, essa é a Lola, minha namorada. — arqueei as duas sobrancelhas surpresa com a notícia.  

—Quando? — perguntei olhando para meu irmão que sorriu dando um beijo na bochecha da loira.  

—Pouco mais de um mês.  — eles se olhavam de maneira apaixonadas, fitei os outros sem saber o que fazer, Justin não olhava para a situação.  

—Parabéns. — disse dando alguns passos para trás com um sorriso falso no rosto. — Onde está Caroline? — perguntei passando pelo Justin.  

—Ela entrou para o time também e está treinando.  

—Muitos recrutas novos e sem a minha aprovação. Adorei. — falei chateada, saímos da casa e eu vi a loira lutando. — Não sentiu minha falta? — perguntei alto fazendo ela parar de tentar chutar o cara. Ela tirou as luvas e veio correndo na minha direção.  

—Achei que ia ser mais tarde. Você está bem?  

—Sim. Você entrou na gangue? Eu não deixei. — Caroline me olhou entediada e eu sorri a abraçando, mesmo suada.  

—Também senti sua falta. Temos tanto para conversar. Você viu a namorada do seu irmão?  

—Sim, de onde ela saiu?  

—Do colégio. — Caroline entrelaçou nossos braços me levando para dentro de casa.  



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