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História Everything Has Changed - Entediada


Escrita por: DrewDeeh

Capítulo 53 - Entediada


Fanfic / Fanfiction Everything Has Changed - Entediada

Duas semanas já tinham se passado e eu estava entediada dessa vida normal. Justin me deixava no salão todos os dias as 8 horas em ponto, isso me fazia ter que levantar as 6 horas para tomar banho, preparar o café da manhã e ajeitar parte da casa. Então eu ia para o trabalho onde eu varria, enchia potes, servia café, quando estava vazio o pessoal me ensinava a escovar, pranchar e a cortar cabelo. Justin, por outro lado, estava se divertindo.  

—Você já quer assumir os negócios? — Shay perguntou e eu ri, estava no meu horário de almoço e acabei tornando isso rotina.  

—Talvez, sinto falta das corridas, das festas, de ser fora da lei. — suspirei. — Você descobriu algo sobre as explosões?  

—Não, nadinha.  

—Eu não consigo esquecer isso. Talvez hoje eu vá para uma festa 

—Você está tão trabalhadora. — fechei meus olhos levando isso como um insulto.  

—Você não iria querer essa vida, é um grande saco. Quero uma pessoa para limpar a casa, mas o Justin não. Ele está tão preocupado com o dinheiro acabar que está me dando nos nervos. Sinto falta do meu pai tentando me vender, era mais emocionante. 

—Você está praticamente casada e aposentada dessa vida, Aria. Tem que se acostumar.  

—Estou tentando, mas ele está tirando toda a graça de ter uma casa na praia.   

—E o sexo? — ri balançando a cabeça do seu jeito.  

—Continua incrível. Acho que eu deveria ir em um médico ver métodos contraceptivos.  

—Você não disse que não pode engravidar? — ela perguntou confusa.  

—Sim, eu disse. Foi o que me disseram, mas vai saber. Uma criança gasta muito e eu não estou nem um pouco preparada para ser mãe, eu nem sei escovar um cabelo.  

—Você está aprendendo.  

—Estou, mas sei lá, eu sou boa em ser do mal. — ela riu.  

—Diga sim e eu mando parte do exército para te ajudar com roubos. — mordi meu lábio inferior pensativa sobre isso.  

—Não seria uma má ideia fazer isso. Eu preciso ir. — desliguei a chamada, vendo que minha patroa estava me olhando. Me levantei voltando para o trabalho.  

[..] 

Estava de roupão no meio do meu closet olhando minhas roupas. Sai dali vendo Justin jogado na cama assistindo televisão.  

—O que acha de irmos para uma festa, hoje? — perguntei me ajoelhando na ponta da cama, ele me olhou e eu sorri animada.  

—Estou cansado, baby. — ele disse soltando o ar lentamente. Bufei e fui para o closet colocando meu pijama.  

Sai do quarto indo para a sala de estar, liguei a televisão e apoiei meus pés na mesa de centro assistindo The Big Bang Theory na Warne..  

—Você ficou com raiva? — Justin perguntou surgindo na entrada da sala.  

—Não, claro que não. — disse voltando a olhar para a televisão.  

—Aria! Você não pode mentir para mim, estávamos vivendo juntos.  

—Eu sei, Justin. Eu sei! — apertei a almofada ao meu lado e ele parou na frente da televisão me olhando.  

—Vamos para uma festa, então. Se é isso que você quer. — ele elevou seu tom de voz e eu bufei, me levantei do sofá e andei até ele.  

—Eu quero me divertir, estamos a duas semanas fazendo a mesma coisa e apenas dentro dessa casa. Do trabalho para casa.  

—Isso é a vida de um adulto. — ri balançando a cabeça negativamente.  

—Eu não sou adulta, tenho apenas 18 anos, você é um adulto e nem é dos velhos para ta vivendo assim! — disse brava e alto, respirei fundo me afastando dele. — Eu não quero brigar, Justin. — segui para a cozinha pegando uma garrafa de agua.  

—Vamos brigar, é isso que casais fazem. Me diz o que você quer. Me diz o quanto esta infeliz nessa vida. Você que quis se mudar. — Justin gritava, apoiei minhas mãos na bancada na minha frente e me virei para ele.  

—Justin, não diz isso. Você está falando besteira! — disse me segurando para não gritar.  

—Diz, Aria! — ele gritou novamente.  

—Eu não estou infeliz, seu merda! Estou cansada de fazer a mesma coisa todos os dias. — gritei, senti meu coração acelerar e então me encostei na bancada me controlando novamente. — Eu não estou acostumada com essa vida, Justin. Minha vida não foi normal. Você está ótimo nessa vida, mas eu não. Eu estou tentando, mas eu odeio aquele trabalho. Eu não sei fazer nada. — Deslizei na bancada chorando, me sentei no chão gelado colocando a mão no rosto, tentava não soluçar.  

Vi seus pés se afastarem e isso me fez chorar ainda mais me sentindo abandonada ali. Me levantei dali colocando a senha na porta e sai da casa, desci as escadas e segui até o portão da cerca, saindo dali. Seria a primeira vez que eu iria até o mar.  

Me sentei na areia próximo ao mar e abracei meus joelhos, apoiando minha cabeça nele. Fechei meus olhos esvaziando minha mente, era algo que eu não fazia a muito tempo.  

[..] 

Um novo dia tinha começado e Justin não falava comigo desde a noite anterior, ele se esquivava toda vez que eu o abraçava ou o beijava. Ele me deixou no trabalho e eu desviei meu caminho para um café, onde liguei meu notebook. Pedi um café já que não tinha comido nada em casa, então liguei para minha chefe dizendo que não iria trabalhar hoje. Assim comecei a trabalhar no que realmente gostava, invadir sistemas e roubar dinheiro.  

Comecei por um banco na outra esquina. Passei metade do dia tentando invadir aquele sistema, eles tinham um ótimo sistema de segurança.  

Meu telefone tocou atraindo minha atenção, deixei o computador fazer sua parte no trabalho e atendi o aparelho.  

—Oi, filha. Lembra do seu pai? — James perguntou e eu revirei os olhos.  

—O que quer? — perguntei sem paciência.  

—Onde você está? Seu irmão acabou de me dizer que você foi embora de Atlanta. 

—Levou tanto tempo para lembrar da sua filha? Uau, pai, você vai ganhar o prêmio do ano. — ele riu e isso me fez bufar. — O que você quer? — perguntei rude.  

—Saber onde está minha filha, afinal você tem apenas 18 anos. 

—Estou vivendo minha vida sem o senhor, o que acha disso? Não vou te dizer onde estou. — disse desligando a chamada.  

Sorri satisfeita ao ver que tinha conseguido fazer a transação para 18 contas falsas e por último a minha. Desliguei o notebook e o guardei na minha bolsa. Coloquei meus óculos escuro e andei pela rua olhando tudo por ali.  

Uma loja enorme de roupa surgiu mais na frente, andei até lá sorrindo largo em fazer compras. Peguei uma sacola da loja e comecei a colocar as roupas que gostei ali.  

[..] 

Eu tinha voltado só para casa, por conta das roupas e não ter mais nada para fazer, então as lavei e sequei, agora eu ajeitava no closet.  

—Como veio para casa? — Justin perguntou entrando no closet, me virei para ele tentando disfarçar minha cara de culpada.  

—Peguei um taxi, tentei vim de ônibus, mas não deu certo. — falei ficando na frente da ilha para esconder as roupas.  

—Como você comprou roupa nova? — ele perguntou entrando no closet e olhando para as roupas, até se deparar com a pilha. Suspirei culpada e me sentei no puff.  

—Hackei um banco mais cedo. — disse baixinho, ele se inclinou na minha direção, confuso. — Eu roubei um banco! — gritei sem olha-lo. — Desculpa.  

—Você roubou um banco, Aria? Para comprar roupa? — olhei para ele com medo e me inclinei para trás.  

—Não, para animar meu dia. A roupa foi uma consequência, algo que eu estava precisando, afinal nossas roupas queimaram.  

—Aria! Você é inacreditável. — Justin saiu do closet e eu bufei fechando os olhos.  

Resolvi não ir atrás para evitar outra briga, não sabia que morar juntos acabaria com meu namoro. Fechei meus olhos começando a chorar, mais que merda! O que eu estava fazendo? Eu não poderia sucumbir a tudo que deixei para trás.  

[...] 

Estava na hora do almoço e eu comia a comida que trouxe de casa, Justin tinha dormido em um dos quartos de hospedes. Ele saiu antes que eu acordasse deixando apenas um bilhete.  

—Preciso que você vá pagar essas contas. — a mulher falou me estendendo uma pasta.  

—Claro. — fechei o pote e o guardei, pegando a pasta, peguei minha bolsa e sai do salão indo até o banco que ficava a 6 ruas daqui.  

Enfrentei uma grande fila e isso me deu tempo para pensar. Eu precisava fazer algo para me entender com o loiro.   

—Próxima! — andei até o caixa e entreguei as contas para ele.  

O gerente apareceu falando com um cara no guichê próximo, meu lado criminoso falou mais alto em assaltar tudo isso. Balancei a cabeça afastando esses pensamentos.  

[..] 

Estava ansiosa com isso, esperava pelo loiro na entrada da casa. Tudo estava apagado com várias velas pela casa, tinha jogado pétalas fazendo um caminho até a varanda do quarto. Eu estava com um novo conjunto de lingerie preta de renda, estava com um robe por cima disso. Me apoiei na varanda tentando desligar minha mente disso.  

—Aria? — Justin me chamou do andar de baixo, sorri e me posicionei esperando o loiro. Revirei os olhos com sua demora e sai da varanda a procura dele.  

—Justin? — o chamei já que o mesmo não estava no quarto.  

—Na cozinha. — ele respondeu e eu bufei sabendo que ele não iria subir. Desci as escadas e segui até a cozinha, levei minha mão até o coração vendo-o com uma faixa branca na cabeça.  

—O que aconteceu com você? — perguntei desesperada correndo até ele.  

—Eu não comi nada e desmaiei no meio do serviço, cai de cara no chão e minha testa abriu. Estava no hospital esse tempo todo. — Justin respondeu sem me olhar, ele enchia o copo com água e então o virou tomando um comprimido.  

—Por que não me ligou? Você está com tanta raiva assim de mim? Você podia ter morrido e ia estar sozinho, Justin! — gritei emburrada, ele se virou, abriu a boca, mas o fechou me olhando por inteira.  

—Acho que atrapalhei algo. — ele me olhou com a cabeça torta.  

—Era para você, seu idiota. Queria fazer as pazes, enquanto eu preparava um belo jantar, você estava em um hospital e se fosse eu?  

—Eu estou bem, Aria. — Justin falou vindo me abraçar.   

—Não! Não está! Você não comeu, porque brigamos e agora tem um buraco na sua cabeça. Meu Deus! — dei as costas para ele levando minhas mãos até a cabeça.  

—É imprevisto. Eu perdi meu celular por isso não te liguei. — me virei o olhando. — Não chora. Eu estou bem. Você deveria estar me acalmando. — ele riu e eu continuei seria chorando.  

—Eu estou cansada disso. Qual nosso problema? — me encostei na bancada respirando fundo. — Eu sou o problema. Eu sabia que não deveríamos ter feito isso. — disse voltando a chorar. — Não era a vida que eu tinha imaginado.  

—Você só chora, pelo amor de Deus, Aria. Você está gravida? — o olhei e neguei.  

—Já fiz o teste, não estou.  

—Você estava desconfiando e não me disse? — revirei os olhos. 

—Você estava no hospital com a cabeça aberta e não me disse. Eu poderia estar viúva agora. — falei tentando me controlar para não gritar.  

—Você poderia estar gravida.   

—Você estaria morto que diferença isso faria? — ele passou a mão no rosto respirando fundo.  

—Por que você está chorando? — Justin perguntou calmamente, cruzei os braços o olhando.  

—Porque eu te amo demais e tenho medo de te perder. Você está incrivelmente encaixado nessa vida e eu me sinto um peixe fora d’agua ou um alien.   

—Eu sei que você está tentando e por isso não estou te pressionando, nem nada. Estou deixando você fazer do jeito que quer. Eu nem reclamei de você ter roubado um banco.  

—Você disse que eu era inacreditável e então saiu, fez a mesma coisa no outro dia que te chamei para ir a uma festa, você queria que eu dissesse o quanto estava infeliz.  

—Mas você está, Aria! Eu estou vendo, você está agindo como tal. — Justin disse alto, respirei fundo sem olha-lo.  

—Eu não estou infeliz. Eu te amo, estou feliz de estar aqui só eu e você. Mas eu não imaginei que estaria trabalhando em algo que não gosto, não foi essa a vida que imaginei que estaríamos tendo. Temos uma linda casa na beira da praia e eu só fui no mar para chorar longe de você. — cruzei os braços mordendo meu lábio inferior. — Eu quero parar de brigar. Por isso eu fiz uma mega lasanha, comprei um vinho caro, comprei essa lingerie, pétalas, um buque, várias velas.  

—Essa lingerie é demais, está difícil me concentrar. — ele falou sorrindo de lado, seu sorriso me contagiou.  

—Esse não é o ponto, Collins! — gritei o assustando que olhava para os meus seios, ri do seu jeito e soltei o ar lentamente, me aproximei dele passando meus braços pelo seu pescoço — Eu te amo, seu bobo. Eu nunca poderia estar infeliz ao seu lado.  

—Eu te amo. Desculpa, ok? Se você quiser pode sair desse emprego, não tem problema. — suspirei afagando seu cabelo.  

—Não quero que você seja o único a trabalhar.  

—Você pode fazer sua arte criminosa. — ri de seu jeito. — Vamos para, por favor. Eu preciso tirar isso de você e te foder. — juntei nossos lábios em um beijo rápido.  

—Vamos lá, depois continuamos. — segurei sua mão e o puxei na direção da escada, Justin me abraçou por trás e começou a beijar meu pescoço. — Você está bem para fazer isso? — perguntei me virando para ele.  

—Sim, foi apenas o corte, eu tirei uma tc para confirmar. — sorri com sua resposta e o puxei para um beijo quente, Justin tirou sua blusa e eu aproveitei para subir, o esperei sentada e o loiro apareceu apenas de cueca.  



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