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História Evidências - 0002


Escrita por: chiibis

Notas do Autor


Já sabem, se forem comentar no twitter, usem a tag #Evidencias2jae

Tá sem revisar!!!!!

Capítulo 2 - 0002


Youngjae não sabe o que tinha na cabeça quando perguntou se o estranho queria ir até sua casa limpar a roupa cheia dos fluidos do seu jantar.

No momento em que as palavras deixaram seus lábios, o arrependimento apareceu.

“Ou eu posso pagar pela lavanderia.” Youngjae conseguiu corrigir e mesmo com a expressão de nojo que se mantinha fixa no rosto do homem, ele ainda pode perceber o início de um sorriso.

“Garoto. Está tarde, e a rua a noite é um lugar perigoso, é melhor você entrar.” O homem começou se afastar, enquanto Youngjae sentia seus neurônios brigarem entre a razão e o medo, se devia insistir para que o homem lhe permitisse ressarcimento pela sua roupa ou simplesmente virar a esquina e ir para casa.

“Mas, senhor--”

“Mark, meu nome é Mark” Algo que Mark detestava sobre ser um vampiro era a ideia de envelhecimento, logo, ele odiava que lhe chamasse de senhor ou que viessem a insinuar que ele não passava dos 25 anos.

“Senhor Mark--”

“Mark, só Mark.” Youngjae sentiu a hostilidade na voz do homem.

“Certo, Mark. Me deixe pelo menos pagar pela lavanderia, assim eu fico com a consciência tranquila.”

Mark observou com cuidado a expressão de Youngjae, como se estivesse o estudando ao invés de cogitando lhe passar qualquer informação para que ele pudesse ressarci-lo.

“Ok garoto. Amanhã eu peço para alguém vir deixar a nota da lavanderia da sua casa. Agora por favor, vá para casa e me deixe seguir meu caminho.”

Youngjae percebeu a forma estranha como o tal Mark se comunicava, como se seu vocabulário fosse de outra época embora ainda forçando os termos modernos.

“Ok, ficarei no aguardo. Desculpe novamente” Youngjae decidiu usar a mesma linha de formalidade que o homem usava, e ele podia jurar que antes de Mark virar as costas e continuar andando, um sorriso de verdade havia se formado.

 

//

 

“Eu o conheci ontem.” Mark confessou, alisando as costas nuas de Jinyoung com as pontas dos dedos, enquanto o outro repousava a cabeça no seu peito.

“Mark, você prometeu!” Jinyoung levantou a cabeça para olhar nos olhos de Mark, o repreendendo por quebrar a promessa que havia lhe feito.

“Eu sei, eu sei.” Mark puxou a cabeça de Jinyoung de volta ao seu peito, o forçando a ficar confortável novamente.

“Eu precisava ver com meus próprios olhos, mas ele acabou esbarrando em mim e nós tivemos...eu diria que uma pequena cena juntos.” Mark tentou esconder o desgosto na sua voz, lembrando do vômito do garoto nas suas roupas.

“Cena?” Jinyoung levantou o rosto de novo para olhar nos olhos de Mark. Jinyoung tinha tendências a ter ciúmes de Mark, embora continuasse agindo como se não se importasse com o que o outro faz ou deixa de fazer, principalmente quando o outro utilizava Jackson como argumento.

“Ele vomitou em mim. Trágico! Jinyoung, foi trágico.” Mark sorriu.

Jinyoung conhecia os diversos sorrisos de Mark, e o seu favorito era aquele que ele só compartilhava quando os dois estavam sozinhos na cama, onde Mark se sentia livre e confortável o bastante para deixar sua guarda baixa e realmente sorrir.

“Ew!”

“Mas tirando esse incidente, eles realmente são muito parecidos.”

“Você acha que Jaebum sabe, por isso ele decidiu voltar aos negócios?”

“Acho que se ele soubesse, o garoto já teria sentido os efeitos de conhecer Im Jaebum.”

Mark não podia ver os olhos de Jinyoung na posição em que eles se encontravam, mas ele podia garantir que Jinyoung havia revirado os olhos ao ouvir o comentário do outro.

“Ele não é tão ruim. Você mais do que ninguém sabe disso.”

“Você o defende demais. Vai me dizer que ele é mais um que eu tenho que brigar pelo seu coração?”

Jinyoung sabia que o que Mark queria realmente dizer era se existia alguém além de Jackson.

“Ninguém precisa brigar com ninguém. E não, eu defendo demais, eu só acho que todos esses anos adormecido e carregando a mágoa dela o fez uma pessoa mais fechada e talvez até mesmo fria, mas ele não é uma pessoa ruim. Ele tem seus próprios demônios para lidar, assim como todos nós temos mas lidamos de uma forma diferente.”

“Eu adoro quando você fala bonito assim. Me lembra da época em que te conheci, um jornalista rebelde, brigando pelos direitos do povo. Todo herói.”

Quando Mark trazia as lembranças da época em que eles se conheceram, Jinyoung ficava tímido, por alguma razão que ele mesmo desconhecia. Talvez fosse o fato deles sempre ter que manter o relacionamento dos dois em segredo e Jinyoung fosse como um adolescente apaixonado, sentindo calafrios toda vez que o outro falasse ou fizesse algo ligeiramente romântico.

“Tantos anos depois e você ainda me faz sentir como se tivéssemos acabado de nos conhecer.” Jinyoung assumiu, sentindo os lábios de Mark tocar sua cabeça, em um beijo delicado.

A história de Mark e Jinyoung era complicada, todas as vezes em que eles tentaram assumir o que sentiam um pelo outro, algo ruim acontecia e eles tinham que manter o sentimento em segredo, após um tempo Jinyoung se viu cansado de sempre esconder a forma como ele se sentia e decidiu se aventurar com outras pessoas, foi então que Jackson entrou na sua vida como alguém que trazia algo além da amizade, e consequentemente, o ciúmes de Mark aumentou, as brigas ficaram piores e ambos começaram a agir como cão e gato. Jinyoung não podia negar que o sexo entre eles havia melhorado consideravelmente com toda a tensão sexual que eles carregavam, mas ele sentia falta da delicadeza e comprometimento que ambos tinham antes.

E Jackson? Jackson era naturalmente livre e sem preocupações. Sua filosofia de vida era: Viva hoje como se amanhã não existisse. Com os anos observando Jackson, Jinyoung percebeu as mudanças de Mark, ficando cada dia mais parecido com o outro, enquanto Jackson por sua vez ficava cada vez mais sério, e Jinyoung podia jurar que décadas depois, era como se ambas personalidades tivessem sido trocadas, Mark agindo irresponsavelmente e não pensando nas consequências, enquanto Jackson pensava em cada próximo passo que ele devesse dar, com cuidado para que suas ações não prejudicasse a forma como o resto da comunidade via seu clã.

 

//

 

“Ontem aconteceu algo estranho. Muito estranho.” Youngjae falou em voz alta, fazendo com que alguns dos seus colegas de trabalho o olhasse estranho, como se ele estivesse falando sozinho, não notando o fone de ouvido preso nas suas orelhas.

“Nada é mais estranho do que você, Jae.”

“Olha quem fala.” Youngjae respondeu, carregando um dos líquidos amarelado para o outro lado mesa, onde terminaria seu experimento de um dos produtos que a empresa iria relançar no mercado.

“Eu estava voltando pra casa e dei de cara com um homem estranho.”

“Se você falar que algo é estranho mais uma vez eu vou desligar.” Taehyung falou irritado do outro lado da linha.

“Mas é porque foi tudo muito est--”

“Eu vou desligar Choi Youngjae!”

“Então, como eu ia dizendo, eu me encontrei esse homem e ele falava de uma forma diferente, todo culto e diplomático. Me senti falando com um idoso.”

“E o que isso tem de estranho? Algumas pessoas são intelectuais Jae e gostam de falar difícil pra se sentirem superior.”

“Eu vomitei nele.” Youngjae confessou, se lembrando da cena e o quão estranho toda a situação foi.

“Claro que vomitou.” Taehyung falou como se fosse algo óbvio e esperado que Youngjae fosse vomitar no corpo de alguém.

“Você fala como se eu saísse vomitando em todo mundo que passa por mim.”

“Você tem um histórico…” Taehyung o lembrou.

“Foi uma vez! Uma vez Kim Taehyung!” Youngjae gritou e dessa vez todos seus colegas de trabalho o olharam irritados.

“Desculpa, desculpa.” Ele pediu, tentando falar mais baixo.

“Foi uma vez e eu não tenho culpa se você não avisou seu pseudo-namoradinho de que eu era alérgico a pepino.”

“Claro, porque eu preciso dar uma lista de coisas estranhas que meus amigos fazem e uma lista de comidas que eles são alérgicos para todo cara que eu me relacionar. Primeira regra do relacionamento: aprenda todos os gostos culinários dos meus amigos.” O sarcasmo na voz de Taehyung fez com que Youngjae risse ao invés de ficar bravo.

“Eu acho que essa regra é uma boa idéia. Mas voltando ao assunto, eu encontrei esse cara e ele ficava me olhando como se me conhecesse de algum lugar.”

“Talvez ele já te viu na vizinhança, foi perto da sua casa?”

“Foi quase na frente.”

“Então talvez ele seja um vizinho.”

“Eu lembraria se fosse…”

“Talvez ele seja um novo vizinho.”

“Eu saberia, eu sou o dono do prédio Tae.”

“Você tem razão.” Taehyung assumiu como se não soubesse que Youngjae que era dono do pequeno prédio de três andares.

“Talvez ele já tenha te visto na rua.”

“Pode ser, mas que foi est--”

E ao ouvir o início da palavra ‘estranho’, Taehyung desligou na cara de Youngjae.

 

//

 

Mark sabia que Youngjae trabalhava em um dos seus laboratórios, porém como ele havia deixado os negócios sob a responsabilidade de sua irmã, Amber, ele quase nunca visitava a companhia.

“Seja bem vindo senhor.” Uma das recepcionistas o cumprimentou e por mais simpático que Mark desejasse ser naquela manhã, ouvir logo de início o termo ‘senhor’ o fez sentir náusea.

Ao ver que Mark esperava o elevador, os empregados que também esperavam a porta abrir deram espaço para Mark, o deixando sozinho no pequeno compartimento, como se ele fosse um monstro, embora ele sempre se sentisse muito mais simpático do que Jaebum por exemplo.

“Bom dia Se--Mark” A recepcionista de Amber se corrigiu assim que viu Mark entrar no corredor que dava a porta da presidência.

“Amber está ai?” Mark perguntou já abrindo a porta, não esperando pela resposta da moça.

“Se cubram por favor.” Mark tapou os olhos, esperando que a moça com a cabeça de Amber entre as pernas se organizasse e saísse da sala rápido o bastante para que Mark não precisasse a olhar no rosto.

Quando Mark destapou os olhos, Amber enxugava a boca com um dos lenços que provavelmente mantinha em cima da sua mesa para esse tipo de situação.

“Bom te ver irmãozinho.”

“Eu te coloco na presidência e você usa essa posição para transar com as empregadas. Lastimável Amber.” Mark repreendeu sério, sentando na cadeira na frente da mesa de Amber.

“Eu não estou fazendo nada que você também não faria.” Ela assumiu e com isso ambos deram risada, já que Amber tinha razão, Mark provavelmente faria a mesma coisa.

“O que te trás aqui?”

“Lembra que eu te pedi para ficar de olho em um dos seus funcionários?”

“Sim. Choi Youngjae, certo?”

“Exatamente. Como anda a pesquisa dele?”

“Qual delas? A que ele deve para a empresa ou a que ele faz escondido depois do expediente?” Amber começou a procurar por uma pasta entre tantas outras que havia em sua mesa e Mark agradeceu aos deuses inexistente que ele não era mais responsável por realizar o trabalho chato da empresa.

“Ambas.”

“A que ele deve para a empresa está acontecendo conforme o planejado, acredito que em breve ele vai encontrar uma forma de modificar cientificamente a cevada para que possua uma duração e enriquecimento energético maior.”

Mark concordou com a cabeça, esperando pela segunda resposta.

“Sobre a pesquisa secreta, ele chegou próximo ao formato sanguíneo dos nossos Criados. Porém, como ele não pode comparar os resultados, ele não sabe o quão próximo da descoberta do segredo da eternidade ele realmente está.”

“Você acredita que ele consiga chegar as respostas para a vida eterna?”

“Acredito que sim. Porém ninguém vai acreditar nele.”

Mark sabia que Amber tinha razão, mesmo que ele chegasse a encontrar a fórmula da vida eterna, ninguém iria acreditar.

“Você não está preocupado só com a pesquisa dele, não é?” Amber sabia que tinha algo além da curiosidade sobre a pesquisa do seu empregado.

“Não, mas isso não é assunto para você se preocupar. Continue de olho nele e qualquer mudança de comportamento, mesmo que mínima, você reporta imediatamente para mim. Entendido?”

“Mas Mark--”

“Entendido, Amber?” Mark usou sua voz autoritária e Amber apenas concordou com a cabeça, sabendo que ela tinha mais a perder se discutisse com o outro.

 

//

 

“Bem vindo de volta a JJP” A ironia escorria na voz de Jinyoung ao ver Jaebum entrar na sala conjugada que ambos dividiam.

“Guarde a ironia e o sarcasmo Jinyoung.”

“É bom saber que você está de volta e eu não preciso lidar com as idéias mirabolantes do Namjoon sozinho.” Jinyoung levantou da mesa, trazendo consigo uma pilha de pastas de documentos, jogando em cima da mesa de Jaebum com um estouro.

“Você realmente sabe fazer alguém se sentir bem vindo.”

 

//

 

“Alguém precisa ir lá e eu me recuso a lidar com o Tuan.” Jinyoung retrucou.

“E claramente você pensou que a melhor idéia seria ME mandar falar com ele.” Jaebum afirmou, dando ênfase no “me” que se referia a ele.

“A alguns séculos atrás eu podia jurar que vocês tinham um romance secreto acontecendo, hoje em dia, mal conseguem ficar na mesma sala.”

Jaebum, assim como tantas outras pessoas que passaram pela vida de Jinyoung desconfiavam que ele e Mark tinham algo acontecendo entre eles, porém, sempre que o assunto surgia, ambos se desviavam negando ou começando uma discussão, até o ponto em que ninguém mais comentava coisas que pudessem colocar os dois rapazes na mesma frase. Era ridículo de se pensar que ao contrário do que toda a comunidade vampiresca pensava, Jinyoung tinha um lugar reservado no seu coração para Mark, e vice-versa, embora ambos passassem mais tempo fingindo se odiar do que realmente demonstrando seus sentimentos reais.

“Você e todo mundo. Mas voltando ao assunto, a reunião com ele será as 14:00, ele já sabe que será você quem vai estar presente, considerando que ele definitivamente sabe que não será eu.” Jinyoung informou, colocando o material que Jaebum precisava apresentar durante a reunião.

“O assunto é simples, precisamos de uma colaboração entre nossos modelos e os produtos deles. Como faremos isso? Deixamos isso para o departamento de marketing cuidar, o que precisamos no momento é firmar quais produtos serão utilizados, lucros e assinar os acordos.” Jinyoung falava como se fosse algo simples, porém, após tantos anos fora do mercado, Jaebum ainda se sentia...inseguro sobre voltar ao trabalho, ainda mais tendo que lidar diretamente com quem foi por muitos séculos, seu melhor amigo.

Jaebum havia se afastado de toda comunidade vampiresca quando retornou do seu sono, foram 130 anos adormecido, por conta de uma paixão devastadora, e quase 50 anos recluso em uma de suas ilhas.

Tempo era algo que vampiros consideravam relativo, pois enquanto para alguns, uma década pode passar como se fossem 10 dias, para outros uma década pode parecer um século. Os últimos 50 anos haviam sido como cinco séculos, Jaebum sentia a dor da traição cada dia, alguns mais fortes, alguns quase imperceptível, mas ele sentia a latência do que um dia foi amor ainda corroer sua alma e coração.

“Você faz parecer que tudo é tão simples.”

“Porque é. Você só precisa de alguns dias para voltar a ativa como nos velhos tempos.”

Jaebum não queria voltar a ser como nos velhos tempos, aquele Jaebum era uma mistura de amargura com solidão, carência, frieza, desgosto e solidão, foi só após os anos na presença dela que ele sentiu a doçura e inocência aparecer, e só então se permitiu sentir algo além de sentimentos pesados e entristecidos. Porém, após os anos adormecido e a sensação de acordar sabendo que quem havia lhe ‘matado’ tivera sido quem ele amou por tanto tempo, o fez voltar a ser quem ele era nos velhos tempos e por mais que ele lutasse constantemente para não deixar a escuridão daqueles sentimentos renascerem, as vezes era inevitável não sentir a frieza cobrindo seu coração.

 

//

 

Uma coisa que Jaebum adorava sobre esse século, eram as motocicletas. Ele sempre gostou de andar a cavalo nos séculos passados, e com a invenção das primeiras motocicletas, ele abandonou os cavalos para andar utilizando motos, e agora, após tantos anos sem acompanhar o cenário motociclista, sua fascinação cresceu ainda mais, considerando a variedade de modelos e tecnologias.

A velocidade em que o ar batia no seu corpo, mesmo com o capacete e sua jaqueta grossa de couro, era algo que Jaebum realmente apreciava. Houve vezes dele ficar tão perdido na sensação de acelerar a moto e esperar o ar bater no seu corpo, que quando ele se dava conta, estava no meio de um lugar totalmente desconhecido.

Entretanto, aquela não era uma situação onde ele se via no meio de um lugar totalmente desconhecido, na verdade ele sabia exatamente onde estava e isso só tornava a situação mais vergonhosa.

“Você está bem garoto?” Jaebum saiu de cima da moto em uma velocidade sobrenatural, que por sorte não foi notada por outras pessoas, já que não havia pessoas no pátio principal além dos guardas (que sabiam exatamente quem ele era e o que ele era).

Youngjae ainda estava no chão, recolhendo seus documentos que havia sido espalhado por todo o chão.

O fato de Jaebum ter descido da moto correndo para verificar se ele havia machucado o garoto que segundos atrás havia sido atropelado pela sua moto, não lhe deixou tempo para analisar onde ele pisava…

“Você está pisando em cima dele…” Youngjae soava como se Jaebum estivesse pisando em cima de uma filhote de gato, e se fosse esse o caso, Jaebum jamais se perdoaria por machucar um gato. Ele era fã de gatos, sua cantora favorita chamava Cat.

Youngjae continuava olhando para o chão cheio de papéis espalhado, enquanto tentava organizá-los ao mesmo tempo em que se desesperava por Jaebum ainda estar pisando em cima de um dos seus documentos.

“Desculpe, eu--” Jaebum tentou tirar o pé de cima do documento, mas aparentemente aquilo deixava a situação pior, já que Youngjae o assustou gritando…

“NÃO SE MOVA!!” E Jaebum fez exatamente o que o rapaz pediu, não se moveu. Quem assistisse a cena dos dois no meio do pátio de entrada do prédio iria pensar que era algum tipo de piada criada por um desses programas fajutas de TV.

Com bastante delicadeza, Youngjae alcançou os papéis que Jaebum havia pisado em cima e que provavelmente os destruiria mais se tentasse alcançá-lo.

Após alguns segundos organizando os papéis e finalmente os deixando em ordem, Youngjae finalmente deu atenção para o que poderia ser algum ferimento que seu corpo pudesse ter sofrido após ter sido atropelado pela moto do Péssimo Motorista Destruidor de Pesquisas.

“Acredito que vou sobreviver.” Youngjae afirmou, percebendo que o homem não se mexia desde que ele havia pedido para ele não se mover até recolher os papéis do chão.

“Você pode se mexer agora.” Se Jaebum tivesse que distinguir o que era terror e felicidade naquele momento para salvar sua vida, ele definitivamente estaria super morto, pois no momento em que o rapaz disse que ele podia se mexer, as palavras vieram com um sorriso largo e os seus olhos finalmente encontraram os olhos de Jaebum.

‘Ele tem os olhos dela.’

Jaebum não sabia se ele degolava o pescoço do rapaz parado na sua frente, ainda sorrindo com vários papéis desorganizado presos ao seu corpo, como se fosse a coisa mais preciosa que ele possuía, ou se ele se movia para contornar o rapaz com seus braços, lhe abraçando por todos os anos que ele não pode abraçá-lo.

Ele não é ela, Jaebum.’ Sua consciência lhe avisou, lhe trazendo de volta a realidade.

“Você é…” Jaebum sentia dificuldade em deixar as palavras saírem.

“Youngjae, Choi Youngjae.” Youngjae segurou os papéis mais próximo do seu corpo, estendendo a outra mão para cumprimentar Jaebum.

Jaebum preferia que o garoto fosse hostil, que lhe ofendesse e dissesse que ele precisava pagar pelos danos morais, ou algo assim, mas não...O garoto precisava sorrir como se ele tivesse acabado de conhecer Jaebum (o que realmente aconteceu)e não que tivesse sido atropelado no meio desse encontro.

“Youngjae.” Jaebum sentia como se o nome fosse dito em outra idioma, sua língua tendo uma certa dificuldade em pronunciá-lo em voz alta.

“Está tudo bem com você?” Jaebum era quem deveria estar perguntando aquilo.

“Eu quem devo perguntar se você está bem.”

“Eu estou bem, embora eu não posso dizer o mesmo sobre minha pesquisa, com certeza eu vou ter que voltar para imprimir tudo de novo.” Youngjae soava desapontado e Jaebum sentiu a culpa tocar seu coração por ter destruído algo que aparentemente era importante para o outro garoto.

“Oh”

Antes que Jaebum pudesse responder algo se desculpando, Youngjae olhou o horário no seu relógio, se dando conta de que estava atrasado.

“Eu preciso ir, não se preocupe, eu estou bem. Cuidado da próxima vez.” Youngjae o alertou, saindo correndo em direção a porta de um dos prédios em que ficavam os laboratórios dos Tuan, não dando tempo para Jaebum falar qualquer outra coisa.

 

//

 

“Você parece ter visto um fantas--” Foi o que Mark tentou dizer até sentir seu maxilar sair do lugar e o gosto ruim do que líquido semelhante a sangue preencher sua boca.

“Que por--” Antes que Mark pudesse falar outra coisa, Jaebum deu outro soco no seu rosto, deslocando seu nariz e ouvindo o estalo do osso saindo do lugar.

“Você sabia. Você sabia o tempo todo e não me disse.” Jaebum contornou sua mão no pescoço de Mark, que ainda estava no chão se recuperando da agressão do amigo.

Jaebum estava pronto para deslocar o pescoço de Mark, quando o rapaz começou a sorrir, seu sorriso vermelho escuro, destacando o branco das suas presas e Jaebum se lembrou de uma época em que os dois se encontravam nessa exata posição, Mark com o mesmo olhar e o mesmo sorriso, e só então ele liberou o pescoço do outro, lhe permitindo respirar.

“Bem vindo de volta.”


Notas Finais


Pensaram que eu já tinha desistido né, porém não desisti não haha só tava com preguiça de escrever mesmo, MAS AGORA JÁ SEI PRA ONDE A HISTÓRIA VAI!!!

Próximo capítulo vai ter Jinson, pq eu sou uma whore e se nesse capítulo teve markjin, próximo tem que ter Jinson!!!

O que me dizem desse encontro 2jae????? Me fala sobre as expectativas de vocês pra história gente, comentários são bem vindos.


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