1. Spirit Fanfics >
  2. Evil Days >
  3. Desaparecida

História Evil Days - Desaparecida


Escrita por: Daregirl22 e An_illustrator

Capítulo 2 - Desaparecida


Fanfic / Fanfiction Evil Days - Desaparecida

Flug estava em seu laboratório trabalhando em uma invenção (como sempre),  que dessa vez era uma arma capaz de assumir a forma de qualquer arma branca existente, dependendo apenas do desejo/imaginação do usuário, graças ao cristal alienígena utilizado para criar a lâmina do equipamento. Além disso, essa arma era capaz de cortar qualquer coisa com facilidade.  “Talvez possa cortar até demônios com isso” pensou o cientista admirando o feito depois de concluir a invenção, sem aparecer ninguém (Demência) para destruí-la antes do chefe do cientista ver a lâmina de cristal.

— Vou te chamar de Cristal da Morte, em homenagem à Estrela da Morte de Star Wars — disse Flug para a arma, animado. — Essa é a primeira vez em tempos que consigo terminar uma invenção tão rápido! Normalmente tem muito barulho e confusão me impedindo… O que será que aconteceu?

 Por algum motivo as coisas estavam bem estranhas… Tudo estava tão calmo… Tão silencioso… Extremamente silencioso… Anormalmente silencioso… Cadê o barulho de coisas quebrando, de gritos e coisas explodindo? Cadê aquela guitarra infernal atrapalhando a sua concentração? Por que ele não estava ouvindo nenhum som de nada se arrastando pelas paredes, se preparando para tentar dar um susto no cientista? Ok, cadê a Demência? 

Já era para a garota-lagarto ter aparecido e tirado o (que restava do) juízo do cientista à horas, mas nada dela aparecer naquele dia…

“Pensando bem, já está na hora do banho da Demência” pensou Flug. “Talvez seja isso! Aposto que ela tá se escondendo pra não tomar banho! Mas se ela pensa que vou deixá-la andar por aí com a catinga de quatro dias sem banho, está muito enganada! Experiência minha não dá uma de Cascão!”

— 5.0.5, traga a rede de caça! — Chamou o cientista colocando o Cristal da Morte no bolso, pois não queria que ninguém tocasse naquela arma até o cientista terminar de testá-la. — “Aquela hora” chegou.

 

 

 

 

********* X *********

 

 

 

— Quero contratar a Ameaça Rastejante para matar o Músculos de Ferro e o Capitão Patriota — disse um vilão conhecido como o Estrangulador pelo telefone. 

— São dois dólares — respondeu Black Hat.

— Mas não era um dólar para alugar a garota-lagarto?

— Sim, é um dólar para alugá-la pra realizar UM serviço. Matar dois heróis são DOIS serviços.

— Mas…

— Quer ou não quer alugar a pirralha?

— Claro que quero! Aqueles dois patifes têm atrapalhado os planos por tempo demais! E os rumores que ouvi dos meus colegas sobre como ela matou o Cavaleiro da Justiça a tornam perfeita pra acabar com as pragas que estão me incomodando!

— Então pare de reclamar do preço!

 

 

 

 

********* X *********

 

 

 

— Ok, então você se chama Demência e diz que aceita blocos de papel e giz de cera como pagamento — falou Murdoc depois que a garota que apareceu com um dos panfletos de manhã entrou pra conversar e se apresentou apropriadamente.

— Isso — respondeu a garota.

— Nome estranho esse, ein — comentou o baixista.

— Foi o meu ex-chefe que me deu esse nome — Demência.

— Ex-chefe?! E onde estão seus pais, garotinha? — perguntou Russel.

— Eu não tenho pais — respondeu a jovem.

— Eu sinto muito — falou Russel sem jeito.

— Tudo bem — respondeu Demência.

— E o que vc fazia antes de você decidir se juntar à banda, mocinha? — Perguntou Russel para a garota tentando mudar de assunto.

— Trabalhava como capanga de aluguel, invadindo bases secretas, matando heróis (levando alguns vivos pro debiloide dissecar)... essas coisas — respondeu a  garota chamada Demência.

Todos ficaram chocados com aquela revelação. Até mesmo 2D, que praticamente não estava prestando atenção àquela conversa até aquele momento (por estar perdido em pensamentos aleatórios como sempre).

— Isso é sério? — Perguntou Noodle, que também não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir.

— Sim — respondeu Demência animada. — Ei! Falando nisso, vocês querem ver a minha coleção de caveiras de heróis? Foi eu que peguei todos! Tudo bem que foi o Flug que conservou todas em perfeito estado com aqueles químicos estranhos que ele criou..., mas foi eu que matei eles e foi eu que pedi que o debiloide fizesse isso. Se quiserem, posso ir agora lá em casa buscar e…

— NÃO! — Gritaria Russel, 2D e Noodle.

— Com certeza, querida — responde o Murdoc animado. — Essa, com certeza,  seria uma experiência bastante interessante — o baixista olha pra Noodle e Russel ao perceber uma aura assassina o mirando, percebendo que essa sensação vinha dos olhares irritados deles — mas infelizmente acho que vou passar. Talvez um outro dia. 

— E… é... fora colecionar caveiras, você tem algum hobby? De preferência normal? — Perguntou Noodle.

— Escalar paredes é normal? — perguntou Demência.

— É um começo. Eu acho…

— Também gosto de bagunçar o laboratório do nerd, desenhar com giz de cera e tocar guitarra! — Falou a jovem de cabelo rosa e verde tirando uma guitarra e um mini amplificador de guitarra que Murdoc nunca tinha visto antes, o que fez o baixista duvidar um pouco dela por achar que aquele amplificador era algum tipo xing-ling bem, da mala dela, começando a tocar e cantar "(I Can't Get No) Satisfaction" de The Rolling Stones logo em seguida.

E ela tocava muito bem e era visível que a garota de cabelos verde e rosa amava aquela música, surpreendendo a todos e os deixando encantados com o que ouviram. Terminada a música, Murdoc falou:

— Tá contratada!

 

 

 

********* X *********

 

 

 

— Demência!!! — O grito de Black Hat dava para ser ouvido pela casa inteira.

Já fazia horas que ele a estava chamando e nada da garota aparecer… O que era estranho, pois normalmente o ser sombrio não precisava nem chamar para que Demência aparecesse. E o pior é que precisava dela agora, pois tinha uns cento e vinte clientes querendo contratar os serviços da garota e demônio não queria perder todo aquele dinheiro.

"Onde será que está essa pirralha insolente?” Pensou Black Hat, procurando mais uma vez a garota em todos os cômodos da mansão, furioso com aquela enorme perda de tempo e dinheiro. "Quando eu por as mãos naquela desmiolada…”

— Chefinho, o senhor por acaso viu a Demência hoje? — Perguntou uma voz fina, engraçada e bastante conhecida atrás do demônio.

— VOCÊ ACHA QUE EU ESTARIA PROCURANDO AQUELA DESGRAÇADA SE EU SOUBESSE ONDE ELA ESTÁ?! — Esbravejou Black Hat, furioso com o cientista por ele ter feito uma pergunta que o demônio considerou idiota. 

— E-e-e-e-e-eu nã-nã-nã-nã-não s-sabia q-que o s-senhor estava pro-procurando a Demência t-também, senhor — respondeu Flug tremendo de medo. — E es-es-está na ho-ho-hora do ba-banho dela e…

— Não acredito que aquela burra ainda dá trabalho pra tomar banho… Quantos anos aquela pirralha tem? Cinco? — Interrompeu Black Hat furioso. — Pois eu também estou procurando aquela estúpida. Há vários clientes querendo contratar os serviços dela aqui e eu não quero perder esse dinheiro!

— En-entendo, senhor…

— SE ENTENDE ENTÃO VÁ PROCURÁ-LA DIREITO, IMBECIL!!! Já que ela não está na mansão procure-na no resto da ilha! Até no continente se for necessário!!!

— S-sim, senhor…

— E mais uma coisa, Flug: se não encontrar a Demência até amanhã você morre! Ela vai desejar a morte também… Isso eu posso garantir.

 

 

 

********* X *********

 

 

 

— E esse aqui é o meu quarto — disse Noodle animada mostrando todos os cômodos da casa para a nova colaboradora (e possível futura integrante) da banda. — O que você achou?

— Lindo, Noo! Amei! O seu quarto é o melhor! — Disse Demência animada sem se incomodar de estar dizendo isso na frente do resto da banda, que estava acompanhando as garotas, já que eles também queriam ajudar a novata a se sentir a vontade.

— Valeu, não precisa elogiar tanto — respondeu a japonesa amando os elogios. — Mas se quiser pode continuar.

Murdoc revirou os olhos com aquilo. Afinal quem a japonesa pensava que era para se exibir daquele jeito?! Ele era que era o líder da banda, oras!

— Então, garota, deixando o quarto da Macarrão de lado… Você mora perto, não é? Não me leve a mal, mas os ensaios costumam terminar bem tarde e a vizinhança aqui não é a mais segura do mundo.

— Bem… Sobre isso… Eu ainda não sei — respondeu Demência sem jeito.

— Como assim? — Perguntou Russel preocupado.

— É que eu meio que não moro mais onde morava antes e ainda meio que estou procurando um lugar para morar e…

— Perfeito! Vai morar com a gente então — respondeu Murdoc interrompendo a jovem de cabelos rosa e verde.

Russel, achando a atitude do Murdoc de interromper a moça bastante mal-educada, comentou:

— Calma aí, pepino. Você nem sabe se a menina quer morar com a gent… 

— Maravilha! A Dem vai dormir no meu quarto, então! — Atestou Noodle empolgada com a ideia de ter uma irmã mais nova que toca guitarra, que nem ela.

— Posso mesmo morar aqui? — Perguntou Demência animada. Ela não precisaria dormir na rua naquele dia afinal.

— Pode não. Deve! — Falou Murdoc.

— Já dissemos que sim, bobinha — respondeu Noodle. — E vai ser no meu quarto! E vamos passar a noite tocando Beatles e The Rolling Stones!

— Não vejo porque não — disse 2D.

— Se você realmente quiser, tudo bem — concluiu Russel. — Mas nada de ficar tocando guitarra até de madrugada, meninas.

— Ok, Russel-san — falou Noodle. “Mas antes da meia-noite não é de madrugada…”

— Obrigada, pessoal! — Agradecendo aos novos amigos e colegas de banda. — Vocês são as melhores pessoas que já encontrei! 

 

 

 

 

********* X *********

 

 

— Com licença, você viu essa garota? — Perguntou Flug para a centésima pessoa que viu na rua, mostrando um dos panfletos de desaparecidos com a foto dela que ele fez para a pessoa.

— Não — respondeu a pessoa friamente.

— Obrigado pelo seu tempo, tenha um bom dia.

Já fazia horas que o cientista tinha deixado HatVille (por já ter rodado aquela cidade inteira procurando a garota-lagarto e não tê-la encontrado lá) e chegado naquela cidade americana chamada Detroit. Motivo de ele ir procurá-la lá? Simples, Demência amava os filmes do RoboCop e dizia que um dia iria para lá, só para tentar conseguir a cabeça do policial ciborgue para a sua coleção, mesmo com Flug dizendo que aquilo era apenas um filme e ele não existia. Como o rastreador parecia não estar funcionando (talvez por ela ainda estar muito distante) o cientista teve que recorrer ao arcaico método de imprimir panfletos e pedir informação às pessoas que encontrar na rua.

Então o cientista foi perguntar para um grupo de mulheres que estava andando na rua:

— Com licença, vocês viram essa garota?

— Não — responderam as mulheres em uníssono.

— Obrigado pelo seu tempo, tenham um bom dia.

E depois Flug viu um homem alto musculoso olhando aquelas mulheres de forma que era pra ser discreta e decidiu perguntar para ele também:

— Com licença, você viu essa garota?

— Não vi, não quero ver e tenho raiva de quem viu! — Respondeu o homem musculoso. — Agora sai da frente que está atrapalhando a minha visão, idiota!

— Também não precisava agir como um troglodita — resmungou o cientista seguindo seu caminho.

— O que você disse, fracote?! — Perguntou furioso o musculoso agarrando o braço de Flug, impedindo o cientista de continuar a andar.

— Argh! Não tenho tempo pra isso — resmungou Flug tirando um mini-revolver (que parecia ser de brinquedo) de dentro do bolso da calça e atirando no musculoso rude.

Nesse momento o "troglodita" começou a encolher até ficar do tamanho de um boneco Ken.

— Tenha uma boa tarde — disse o cientista guardando a arma e saindo dali com um sorriso malvado, deixando o homem encolhido ainda em estado de choque.


Notas Finais


Imagem do capítulo: feita por mim (An_Illustrator)

Para quem não conhece, essa é a música que a Demência tocou: https://m.youtube.com/watch?v=KzYWTIHqutA


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...