Não é de hoje que venho admirando sua escrita, e com Evil Twin não poderia ser diferente.
Há algo mais aqui, uma vivência, uma presença invisível pairando entre quem lê e quem é lido - as personagens. Existe uma autora chamada Sandra Pesavento e ela explica como a linha entre o imaginário e a realidade são finas, embora firmes. É essa camada invisível, firme, tênue que nos impede de enlouquecer ao ler alguma coisa. É claro que eu não sou o louco aqui, nem o Hyungwon. A loucura nada mais é do que uma interpretação alternativa da realidade nos nossos miúdos, no nosso mundo.
Quando leio Evil Twin, vejo que o Hyungwon quebrou a barreira, mas não a ultrapassou. Os demônios reais fizeram isso, sentindo-se livres para vagar pela mente dele; penetraram sua alma e desde então o atormentam com a verdade dura e fria, mórbida e desgastante. Enquanto Hyungwon não souber como prender seu irmão ao local que ele pertence, não poderá viver em paz.
Também tenho a interpretação da metáfora - esse meu lado surge vez ou outra. Vejo o Wonhyung como a vida, os enfermeiros como uma distopia e o Hyungwon como nós mesmos. A vida nos assombra dia e noite e a distopia, a fantasia, está ali para nos garantir um espaço seguro por uma quantia mínima de tempo. Se essa foi sua intenção, foi genial e muito bem escrito.
Evil Twin é cheia de paradigmas. Você escreveu muito bem e sinto orgulho de ter ilustrado esse terror sobrenatural.
Há algo mais aqui, uma vivência, uma presença invisível pairando entre quem lê e quem é lido - as personagens. Existe uma autora chamada Sandra Pesavento e ela explica como a linha entre o imaginário e a realidade são finas, embora firmes. É essa camada invisível, firme, tênue que nos impede de enlouquecer ao ler alguma coisa. É claro que eu não sou o louco aqui, nem o Hyungwon. A loucura nada mais é do que uma interpretação alternativa da realidade nos nossos miúdos, no nosso mundo.
Quando leio Evil Twin, vejo que o Hyungwon quebrou a barreira, mas não a ultrapassou. Os demônios reais fizeram isso, sentindo-se livres para vagar pela mente dele; penetraram sua alma e desde então o atormentam com a verdade dura e fria, mórbida e desgastante. Enquanto Hyungwon não souber como prender seu irmão ao local que ele pertence, não poderá viver em paz.
Também tenho a interpretação da metáfora - esse meu lado surge vez ou outra. Vejo o Wonhyung como a vida, os enfermeiros como uma distopia e o Hyungwon como nós mesmos. A vida nos assombra dia e noite e a distopia, a fantasia, está ali para nos garantir um espaço seguro por uma quantia mínima de tempo. Se essa foi sua intenção, foi genial e muito bem escrito.
Evil Twin é cheia de paradigmas. Você escreveu muito bem e sinto orgulho de ter ilustrado esse terror sobrenatural.