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História Ex combatente. - Lave sua boca pra falar comigo.


Escrita por: garotawhite

Capítulo 10 - Lave sua boca pra falar comigo.


                         Capítulo 10

                                                   LAVE SUA BOCA PRA FALAR COMIGO.

 

  Rosa não quis acreditar, se nega a acreditar em sua mais nova descoberta. Laureta, a cafetina que tanto dizia desprezar, é na verdade sua mãe. Se passou muitas coisas em sua cabeça, mas nada parecia se encaixar. Foi desesperador, e o pior, guardar pra si, pelo menos por enquanto essa bomba. 

Saiu imediatamente do quarto da cafetina, sem deixar rastros que havia passado por lá. Laureta é esperta, se alguém mexe em suas coisas, ela sacaria na hora. Mas a aprendiz, também é esperta. Talvez o sangue falasse mais alto, a aluna superando a mestra.

Desesperada, Rosa vai para o seu quarto arrumar alguma forma de como resolver e tentar achar soluções. Precisava ir atrás da sua verdade, o ódio e a indignação por ter sido enganada esses anos todos fará ela agir friamente, á partir de agora.

Foi aí que começou a juntar o quebra cabeça, do seu jeito. Começou lembrando de sua infância, quando Maura sempre ganhava boneca nova e ela não. Sempre as "velhas." Sentiu uma revolta imensa, e por isso toda a preferência da família por sua irmã mais velha. Agenor sempre á tratou diferente e agora ela sabe o motivo. O ódio, então começa a vir com força, quando se lembra do dia que conheceu Laureta. De tudo que sua suposta mãe de sangue lhe fez, das humilhações á tapas na cara. Lembrou também, do romance entre a cafetina e seu ex namorado, Ícaro. Então começa a chorar, como desabafo.

E começa a tentar achar uma explicação, por que Laureta não lhe criou?. Mas falha em todas, as tentativas. A mulher que ela odiava, mas que no fundo mesmo sem saber, admirava. Sim, tanto que por sua "ambição" caiu no canto da cafetina e tornou sua sócia. Laureta estava certa, elas são iguais. E Rosa, ao se deparar com todas as palavras ditas pela sócia, colocou a cabeça no travesseiro e deu um grito. Um grito, de raiva, mas também de medo.

Pensou, se Laureta já sabia que ela era sua filha, e mesmo assim fez tudo que fez. Pra ela, ela é filha de uma mulher fria, uma diaba. E não queria aceitar. É filha de uma bandida, inescrupulosa. Mas, então volta a cena, em que Laureta pede um abraço e ela não tinha entendido o motivo. Galdino lhe paparicando. Tudo, absolutamente tudo, foi chocante. Praticamente, um banho gelado no inverno. 

Resolveu, tomar um banho quente para tentar relaxar. Estava na hora de tomar uma atitude. Se aprontou, desceu para mesa de jantar, onde estava todos os garotos de programa. Comeu, e perguntou a Quitéria se Laureta ainda não tinha chegado, e a cozinheira disse que não.

Rosa, estava sedenta. Sabia, que não iria aguentar ver Laureta todos os dias e agir como se nada tivesse acontecendo. Rosa, pode ser tudo, mas não tem sangue de barata. Ela afronta, por isso quando se junta com Laureta não dá certo. É tipo fogo e gasolina. 

Mais tarde, quase de madrugada Laureta chega. Tinha tido uma noite tórrida de sexo. faz tempo que não tinha uma noite como essa. Estava de muito bom humor, até. Quando entra em seu quarto, a luz estava um pouco acesa, logo estranhou, quando olhou pro espelho se depara com o reflexo de Rosa, se assusta.

— Que susto, menina. Vai matar outra. - Grita. Tá fazendo o que aqui? Pelo visto, você ama esse quarto né? Que foi, tá querendo trocar é?. - Pergunta.

— Boa noite, Laureta. Pelo visto a noite foi bem boa né não, mamãezinha?. - Afronta, a menina, fazendo a mulher ficar nervosa.

— Tá ficando doida, Rosa? "Mamãezinha"? Eu lhe considero filha mesmo, igual minhas outras meninas. - Sorri, cinicamente.

— Deixe de mentira, que eu já sei de tudo tá certo? Já sei que eu sou uma miserável, que eu tive uma desgraça de vida por sua causa. Sei que meu pai, o seu macho de 24 anos atrás, Orlando né o nome dele? Então, já sei. É incrível né mamãe, como esse mundo é podre. E pior velho, minha história é podre, meu sangue é podre. Tudo que eu passei, tudo que você me fez... vem cá você já sabia né não? Que eu era tua filha, e mermo assim fez o que fez, tudo que viesse de você não me surpreendia mais, Laureta. Mas, olhe vou tirar meu chapéu viu? Baixa, você é uma mulher baixa. Saber que você é minha mãe, é o pior castigo da minha vida. E nunca vou lhe perdoar. Tá me ouvindo?. - Explode em tom de ódio, chorando.

— LAVE SUA BOCA PRA FALAR COMIGO. - grita.

— Quem lhe contou isso, menina? Você não sabe de nada, quem é você pra me julgar? Se enxergue. Eu não sabia, de nada. Eu não devo satisfações á uma pirralha, como você. Era só o que me faltava, Rosa. Você devia ficar muito feliz de ser minha filha, você é herdeira de tudo isso aqui. É rica, não precisa mais daquela família que lhe criou, se oriente. Eu não mereço, seu perdão? É, isso? Você crucifica demais os outros menina, não sabe nada da vida. Ninguém é santo, não. Se fiz, o que fiz, foi pra ter alguma coisa nessa MERDA de vida. Tá pensando que minha vida foi fácil? Fui prostituta como você, e na época não era fácil não. - Revela a cafetina, com sangue nos olhos.

— Não quero saber desse seu passado nojento, eu vou embora, não sei se volto mais viu?. - Avisa, a menina desnorteada.

— Rosa, me perdoe, me perdoe. Por favor. Eu falei um monte de besteiras, vamos conversar, por favor. Eu te peço. - Implora, Laureta arrependida chorando.

— Tenho mais nada pra falar não vei, quando eu tiver de boa, talvez eu apareça Laureta. Fique aí, tchau. - Sai a menina do quarto, deixando Laureta furiosa e profundamente triste. Ser rejeitada não é fácil. E ainda mais pela própria filha.


Notas Finais


É TRETA.


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