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História Experiência - ABO - Sobre se redimir


Escrita por: Yoongi_bts

Notas do Autor


Olá!
Tudo bem? Nossa, quanto tempo, não?!
Eu reli esse capitulo ontem a noite e pensei, poque não postar.
E aqui estou eu.
Por favor, desconsiderem os erros, eu tô tentando voltar a ativa e minha vida no trabalho tá um caos, minha vida em casa tá de pernas para o ar, então me deem um desconto!
Boa leitura!

Capítulo 19 - Sobre se redimir


 

—  Wonwoo, Wonwoo! ACORDA! WONWOO! — Voltou aos sentidos com o chamado, sentiu seu corpo sacudindo, estava fraco, sentia-se como uma enorme pressão no peito. 

Ainda sentia os efeitos da privação do cio, e a mistura do cheiro forte de Mingyu que estava por toda a casa e ainda a liberação violenta de feromônios de Jun ao mesmo tempo, causou sensações estranhas em seu íntimo.

 

— Jun?  — Chamou atordoado, estava sentado no sofá, o alfa apertava seus ombros, tentou se afastar do contato, mas a cada movimento se sentia mais preso.

 

— Oh, baby, você me assustou! — Os olhos ainda estavam oscilando de vermelhos e castanhos. 

 

— Me solta. — pediu incomodado.

 

— Wonwoo…

 

— Solta ele. —  A voz era altiva, e vinha da porta. Mingyu estava ainda com a chave na fechadura. O corpo fervilhando e sentia as mãos tremerem. Não usou voz de alfa, mas foi obedecido no mesmo instante.

 

— Não estou falando com você, Mingyu-ssi. — Jun se pronunciou, impondo sua presença ainda mais forte, ele sorriu quando Mingyu diminuiu a sua consideravelmente. Ficou de pé e encarou o recém-chegado, pronto para uma possível disputa.

 

— Jun, a gente pode conversar depois? —  Wonwoo conseguiu dizer, sentia um mal estar terrível. Apesar de agradecer menlamente por Mingyu ter diminuído seus próprios feromônios, caso contrário, estaria em maus lençóis.

 

— Wonwoo, a gente precisa... —  Jun voltou sua atenção para o ômega sentando de novo ao lado dele, segurando suas mãos carinhosamente. No entanto viu o estado do outro e diminuiu sua presença, pois notou que aquilo estava o afetando. — Eu vou agora, mas vou cobrar para a gente terminar nossa conversa, certo? —  Sorriu e acariciou  os cabelos negros. Aproximou-se para deixar um beijo no rosto dele. —  Pensa com carinho! Você sabe, que eu estou certo, eu sou sua única alternativa. — Sorriu e levantou.

 

Fechou a cara logo em seguida, ao voltar seus olhos para Mingyu. Bateu seu ombro no dele ao sair.

 

Mingyu ficou parado alguns segundos analisando a situação. Wonwoo parecia enjoado, de uma forma diferente dos enjoos matinais. Fechou a porta com cuidado, tentando não fazer movimentos bruscos e assustá-lo, ele parecia atônito com alguma coisa. 

 

— Wonwoo? — Chamou baixinho, quando viu os olhos se enxerem de lágrimas, e o ômega levar as mãos à barriga. Em um sinal de proteção. — Wonwoo? — Chamou de novo, se ajoelhando aos pés do menos, só assim teve os olhos dele em si. —  Posso fazer alguma coisa para te ajudar?

 

— Saindo da minha casa, ficando longe de mim e dos meus filhotes. Você me ajudaria muito.  — O menor disse empurrando o alfa para voltar a se trancar no quarto.

 

Mingyu suspirou e bagunçou os cabelos frustrado. 

 

A cabeça do pobre Wonwoo ainda girava com as  palavras ditas por Jun.

Ele que sempre foi carinhoso e paciente consigo, fez de tudo por si desde que se conheceram, mesmo com uma proteção excessiva e um controle desregulado, era fofo ter alguém que lhe queria bem enquanto Mingyu fez questão de quebrar seu coração em pedacinhos. Mas… porque sentiu tanto medo quando viu os olhos vermelhos de Jun e ficou tão aliviado em ouvir a voz de Mingyu, mais cedo?

 

 Suspirou cansado e resolveu tomar banho, queria esfriar a cabeça e relaxar, estava estressado e não conseguia parar de pensar no que foi dito, mas precisa relaxar, caso contrário teria uma crise de nervos, estava cansado de desmaiar, cansado de se sentir fraco e impotente.

 

[...]

 

— Junhui, preciso falar com você. – Jihoon comentou entrando na casa do alfa, nem esperando ser convidado para entrar.

 

— Oi! Amor. – Jun, carinhoso como sempre, cumprimentou o ômega animadamente  deu-lhe um beijinho no todo da cabeça. – Em que lhe posso ser útil?

 

— Quero saber onde você se meteu, caralho, a gente ficou preocupado com seu sumiço.

 

— Não se preocupe comigo pequeno Jihoon, eu tive que ir ao meu país para resolver uns problemas, mas já estou de volta, achou que iria se livrar de mim? – Sorriu mínimo ao sorriso do menor, sentaram na sala e Jihoon pode ver que o amigo estava tenso. — Você chegou quando?

— Ontem à noite.

 

— E por que não foi pra aula hoje? – Jihoon arqueou as sobrancelhas, esperando a resposta que já imaginava qual seria. — Estava cansado?

 

— Fui ver o Wonwoo, mas só encontrei um cheiro horrível de alfa. – fez uma careta.

 

— Se Mingyu escutar você falando assim, ele te quebra. – Jihoon disse só para provocar, vendo o maior fazer uma careta de desgosto e logo depois o sorriso quadrado tomar a face.

 

— Aquele bostinha… não se preocupe amor, se tudo sair como eu quero. Wonwoo vai ser meu, e os filhotes serão meus também, nem que eu tenha que marcar os pulsos deles todo mês.

 

— Você quer morrer. Certeza. – Jihoon balançou a cabeça e revirou os olhos, se escuta cada barbaridade hoje em dia. – Como pretende fazer isso? Sequestrando?

 

— Se tudo correr como o planejado. Talvez eu não precise chegar a tanto.

 

“Louco” o ômega pensou ao observar a casa do amigo, estava meio diferente da última vez que esteve ali, estava mais escura do que o normal.

 

— Você está bem, Jun? —  o ômega perguntou preocupado. Jun suspirou e se recostou no sofá de maneira largada. — Nós somos amigos, pode me contar as coisas.

 

— Meus pais.

 

— O que tem eles? — Incentivou depois que o alfa demorou muito a continuar a falar. 

 

— Querem que eu volte para a China, permanentemente.

 

— O que? Porque? E a faculdade?

 

— Eles acham que meu sonho é só um sonho e não vale a pena desperdiçar meu tempo. Eles querem que eu volte, assuma os negócios da família e me case.

 

— Serio? —  Jihoon entendia muito bem o sentimento. — Já pensou no que vai fazer?

 

— Não, mas eu não vou sem o Wonwoo, ele é meu ômega.

 

— Jun, mas… isso é mais complicado, o Wonwoo tá grávido, de outro alfa. Não é assim tão simples! Não sei se ele vai querer ficar longe do pai dos filhos dele. Afinal, eles têm uma ligação muito forte, mesmo sem marca. É notório, Mingyu-ssi fez muita merda, mas eles têm muita história e aquele alfa está realmente tentando se redimir. Eles vão eventualmente voltar…

 

— NÃO! ELE É MEU! —  Jun vociferou, alto, ficando de pé em posição de ataque,  assustando o menor que se encolheu, soltando um grunhido. Foi isso que fez Jun voltar ao normal. — Desculpa, desculpa, Ji. Eu estou meio descontrolado. —  Forçou um sorriso. —  Desculpe seu amigo, tá?! É que tem muita coisa acontecendo.

 

Jihoon ficou mais calmo, mas não menos alerta, seu coração batia forte, alguma coisa estava muito errada, Jun estava descontrolado, de uma forma diferente de ser só alteração de cio.

 

— Jun, você está perto de entrar no seu ciclo de calor? 

 

— Com essa viagem eu nem sei direito, mas acho que sim. —  O mais alvo voltou a se jogar no sofá. — Mas eu só quero um companheiro, nem sei o que vou fazer se ele não me quiser. 

 

[***]

 

Abriu um olho para tentar observar o quarto e após constatar que estava em território conhecido e não tinha sido abduzido por alienígenas, sentou na cama, coçando os olhos. Bocejou abrindo tanto a boca que sua mandíbula doeu, levantou a passos cegos e se dirigiu a cozinha, pois naquele dia ainda não tinha comido nada.

Porém, parou na ponta do corredor. Mingyu estava dormindo, todo torto, em cima dos livros da faculdade.  Não queria admitir, não iria admitir, mas era bom ter seu garoto de volta. Sabia que Mingyu era esforçado e que iria ser um excelente profissional, seja administrando o negócio da mãe, ou o que quer que seja no futuro.

 

Deu passos suaves até a cozinha, mas sabia que Mingyu iria acordar, afinal a audição dos alfas é impressionante.

— Quer que eu faça algo para você comer? —  A voz sonolenta e arrastada do maior é um sonho para Wonwoo que estava particularmente sensível naquela noite.

Sentou no banco próximo e não disse nada, mas Mingyu não precisava de palavras, ele passou a andar pela micro-cozinha, preparando sanduíches e chá. De uma maneira muito graciosa. Ao lhe entregar o lanche, Mingyu lhe observou comer silenciosamente. 

— Como se sente? —  perguntou pisando em ovos, não queria ouvir uma rejeição novamente. 

— Cansado. 

 

—  Posso fazer alguma coisa para ajudar? —  Wonwoo o olhou sério. —  Menos ir embora, isso eu não vou fazer. —  Completou rápido, de maneira quase desesperada.

 

Wonwoo quase sorriu com a graça do alfa.

 

—  Quero sorvete de melancia. —  Wonwoo disse baixinho após terminar de comer.  —  Tô com desejo.

 

Mingyu se tivesse um rabinho, estaria o sacudindo freneticamente.

            — Eu vou buscar, agora mesmo! —  Mingyu parecia cheio de energia, passou a andar pelo apartamento atrás de um casaco, carteira e os chinelos para ir literalmente correndo até a loja de conveniência mais próxima.

 

Wonwoo quase riu, pois acabou se imaginando em uma situação diferente, se tudo tivesse sido diferente, será que seriam felizes assim, com Mingyu correndo por aí atrás de um sorvete para si? Será que a angústia em seu peito não existiria? Divagou alguns instantes, quando sua campainha tocou, não viu Mingyu levar a chave, mas ele entraria direto. 

 

Franziu a testa, e quase teve um infarto quando olhou pelo olho mágico da porta.

— Mãe? — Abriu a porta no susto. 

— Faça as malas, você vai comigo para casa, A G O R A.

— O quê?

— AGORA, Wonwoo! Você tem família, sabia? Você tem mãe, tem pai! Como pode esconder algo assim da gente?!

— Mãe, eu… 

— Vamos para casa, precisamos conversar! — A mulher foi curta e grossa e Wonwoo sabia que não podia contestar.

 

Mingyu correu muito atrás de sorvete de melância, não tinha em lugar nenhum, parecia que Wonwoo tinha feito de propósito, só para ele correr igual um louco pelo bairro todo. Quando finalmente achou, quase ajoelhou em agradecimento. Voltou para o apartamento alegre, porque tinha feito algo direito e Wonwoo provavelmente ficaria agradecido.

Mas o sorriso ladinho de Mingyu sumiu quando deu uma olhada melhor pela casa e não achava o outro em lugar nenhum.

Faltava muitas das roupas dele também.

 E tudo girou muito rápido, Wonwoo sumiu, foi embora, fugiu, não sabia...  e parecia que tinham lhe dado um soco bem no meio do estômago. Não sabia o que fazer. Estava completamente perdido, a sacola que carregava ficou jogada no chão, saiu de casa e foi correndo pelas ruas, em uma atitude meio desesperada e burra de achar seu ômega.

 

A sensação de desconforto e angústia lhe tomava de uma proporção que dava vontade de gritar e foi isso que fez, no meio da madrugada, em sua vizinhança.  Gritou de nervoso, de medo, de frustração.

 

Acabou que andou tanto que inconscientemente acabou chegando na casa de sua mãe. Estava tão aflito e sem raciocinar direito que nem mediu o barulho que fazia ao entrar na casa tão conhecida.

E para sua surpresa sua mãe não estava dormindo no décimo quinto sono como supôs.

— O que a senhora está fazendo acordada há essa hora?

— Estava esperando você. – Ela respondeu tranquila, sentada elegantemente no sofá.

— Me esperando? Mãe... olha eu não estou bem agora... Desculpa e também não quero conversar... eu não sei o que eu tô' fazendo.

—  Eu só quero saber onde eu errei com você? —  A ômega suspirou. – Você é um bom garoto, tinha tudo e foi tão burro, eu tenho dó de você, meu bebê.

— Omma... – Mingyu assustou com tais palavras.

 

— Você foi infantil, sem caráter e burro o suficiente para perder o seu ômega, se seu pai estivesse aqui ele estaria morrendo de desgosto.

— Mãe, eu sei, eu sei... — sussurrou

— Pelo amor da Lua, Mingyu! —  A mulher era serena, mas sua voz era seria. — Você acha que eu não notei que você se mudou para o apartamento do Wonwoo-ssi, por que ele está esperando meus netos? Acha que eu ajudaria a para a conta do hospital sem perguntar nada? Acha mesmo que eu não senti o cheiro dele diferente. Eu sou sua mãe, querido. E eu sei que você não o marcou, por que é burro e acreditava nas historias idiotas que seu pai contava. Minha história com seu pai foi diferente Mingyu, seu pai era da farra, era namorador, pegou todos que conseguiu, mas quando ficamos juntos, ele nunca, nunca me deu um motivo para desconfiar dele, para duvidar de seu amor por mim, de  me fazer sofrer. Seu pai foi um homem incrível, me fez muito feliz, o passado dele não me incomodava, pois ele fazia de tudo para que isso não me afetasse. As histórias dele eram momentos do passado. 

Mingyu tinha olhos arregalados, e respiração falha, sua mãe já sabia de tudo.

— Omma eu..

— Não Mingyu, você nada. – A mulher em nenhum momento ela brigava com o filho, parecia que realmente sentia muito por ele. — Você errou e precisa consertar as coisas. — Ela suspirou. 

 

— Mãe, eu não sei o que fazer, eu não sei, mãe, me ajuda...

 

—  Eu liguei hoje para YongSun, a mãe do Wonu-ssi, ela levou ele para casa. — levantou-se e acariciou o rosto de Mingyu que ameaçava soltar algumas lágrimas. – Quando seu pai dizia para “Ser um alfa livre” antes de se casar ele não sabia que você encontraria o seu par tão cedo. Desculpe meu amor, eu sei que tá tentando se redimir. Mas ele precisa curar as feridas primeiro. Para que você possa reconquistá-lo ele precisa ficar bem, e você também. Dê um tempo, se reestruture. 

— O médico disse que ele precisa de mim… —  Mingyu balbuciou, abraçou a mãe, atrás de carinho e afeto.

 

— Sim, eu sei, YungSun, também sabe, mas por enquanto ele precisa do amor da família, precisa colocar a cabeça no lugar. Vamos dar um tempo, sim. Vamos ter certeza que Wonwoo esteja bem fisicamente e psicologicamente, antes de qualquer coisa.

 

Mingyu não respondeu, apesar de seu lobo estar sangrando pelo ocorrido, ele sabia que era o melhor a se fazer, sabia que era o certo. Abraçou a mãe e orou mentalmente a qualquer deus que possa olhar por si, orou para que consiga consertar tudo, que consiga se redimir e que Wonwoo e seus filhotes sejam felizes. 



 


Notas Finais


Ai, ai!
Acho que o menino Wonwoo precisa disso, de um tempo.

E vocês o que acham? Por favor me digam alguma coisa, fico feliz em ler os comentarios!
Aceito criticas também, tó com meu psicologico em dia também!


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