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História Experimento 107, Imagine Boku no Hero Boys - Biblioteca


Escrita por: mastu

Notas do Autor


espero que gostem!! ignorem os erros

Capítulo 13 - Biblioteca


O sinal bate para o recreio e eu me levanto indo até a porta. Alguém agarra o meu braço bruscamente e me puxa, por reflexo eu dei um soco nesse alguém.

– Retardada, você é doente?! – O loiro explosivo grita comigo, faíscas saem de sua mão, igual as que saem do meu coração prestes a gritar com ele.

– E VOCÊ É O QUE, PORRA? TA DOIDO DE ME AGARRAR ASSIM? QUEM VOCÊ ACHA QUE É?! ME LARGA! – Sua reação vacila e eu puxo meu braço para mim com uma força tão grande que o desequilibra. Ele parece arrependido de algo no primeiro momento, mas depois se aproxima de mim e declara:

Eu vi o que você fez no pátio. Quem você acha que é pra beijar ele? E por que logo ele? Existem caras melhores que ele por aqui, sabia? – A cada sílaba, sentia seu hálito da manhã perto de mim. A cada sílaba, ele se aproximava mais e apertava minha cintura com sua mão esquerda. A sala já estava ficando vazia e Midoryia me observava confuso e preocupado de longe.
Minha mente da um estalo e eu o empurro para trás, me distanciando dele, corro até Midoryia.

– Ah, vai fugir agora? Que imbecil – Ele debocha.

– Prefiro não destruir patrimônio escolar. Amanhã, às 16h atrás da quadra. De um jeito de aparecer lá, não irei tolerar atrasos. – Eu me teleporto até o ele, o que o assusta pra caralho, e digo bem baixinho apenas para ele ouvir – Não quero mais provocações. Se quiser lutar comigo, será sua única chance. Vou com tudo, boa sorte. – E saio desfilando da sala. Ele me olha meio confuso e parece refletir o que aconteceu, alguém o ameaçou. Mas ele não parecia nervoso, mas sem frustrado.

– Está tudo bem, (S/N)-chan? Ele te machucou? – Midoryia pergunta avaliando meu corpo procurando por ferimentos, nego c a cabeça e ele continua – O K-Kacchan é assim mesmo... explosivo, uma bomba relógio humana.

– Hm... Mas não comigo, eu não dei esse direito, quem ele pensa que é? – Uma pergunta retórica, um pensamento alto, mais para mim do que para Midoryia.

– Ah... O que ele disse a você? – Ele pergunta meio acanhado.

– Ele disse que viu o que aconteceu mais cedo – Um rubor toma conta de mim e vai até às minhas orelhas, o mesmo acontece com o esverdeado.

– A-Ah... Certo. Mas foi só isso? Não entendo, ele não tem nada a ver com isso.

– Ele disse que existem caras melhores. – Eh paro e olho Midoryia, ele também me encara – Está pensando o mesmo que eu?

– Sim. Elenaomequerpertodevoceporqueelemeodeiaequerextinguiraminhaexistência

– Eleestainteressadoemmim.

Falamos rapidamente ao mesmo tempo. Nos olhamos e começamos a rir.

– Não sei quem está certo, mas de qualquer maneira, as duas coisas são ruins. – Ele fala rindo e eu concordo – Será que ele gosta de você? Cara que doideira, mas até que faz sentido, ele fica estranho perto de você, fica mexido...

– Ehr, não sei o que pensar sobre isso. Mas não acredito que um relacionamento com ele seja saudável se ele for tão explosivo assim com quem ele ama. Sei lá. Vamos trocar de assunto? – Digo já cansada de falar sobre ele. Midoryia concorda.

Conversamos sobre interesses em comum, como um anime muito famoso da temporada, ou estilos de diversas coisas. Pegamos nossas comidas e fomos até Iida e Uraraka.

– Oie, Deku-kun! – Diz Uraraka entusiasmada com a presença de Midoryia. Quando ela me nota seus olhos vacilam e apenas faz um comprimento simples com a cabeça, eu retribuo do mesmo modo.

– Bom dia pessoal. – Fala Iida calmamente e educadamente, típico.

– E aí, o que vocês estão achando da U.A? – Falo puxando assunto, um silêncio e desconforto palpáveis no ar estavam presentes.

– Eu particularmente estou amando! – Confessa Iida.

– Até que está indo tudo bem, espero poder ajudar meus pais. – Uraraka diz pensativa e confiante.

– Espero que você consiga ajudar eles, Ura-chan. – Deku fala compreensivo e continua – Esse está sendo o melhor ano de toda a minha vida, sem exagero. – Ele diz sorrindo e olha levemente em minha direção, Uraraka parece incomodada.

– Eu... o meu também. – Reflito no meio das palavras. Finalmente consegui sair de lá, sem dúvidas, é o melhor ano de todos.

– Gente, aqui tem alguma biblioteca? – Eu questiono.

– Sim, tem na ala direita da escola. É bem lá no fundo. Mas cuidado... Existem boatos de alguém habitat lá.. é bem sinistro. – Iida me responde colocando medo nos outros presentes.

– Eu não tenho medo dessas coisas. – Sem perceber, falo colocando a mão no meu colar. Uraraka segue minhas mãos com os olhos, curiosa e tentada.

– Onde você o comprou? É muito lindo. Não vendem colares com essas pedras aqui na região. – Ela pergunta meio desconfiado.

– Bom, é do meu traje de heróis, eu gostei tanto dele que uso como acessório. – Respondo. Não é mentira, de certo modo.

– Ah sim... – Ela fala meio decepcionada, afim se arrumar alguma confusão.

– Enfim, a biblioteca fica aberta até que horas?

– Até umas 19:30, por aí – Fala Midoryia.

– Nossa, 19:30?! É muito tarde! – Eu exclamo

– Nunca é tarde para aprender – Iida diz sábio, que quando percebe uns olhares meio confusos e surpresos em cima dele diz – Que foi, gente? É o slogan da biblioteca. – O que nos tira risadas gostosas.

Terminada a aula, vou para meu dormitório e me arrumo, pretendo passar o dia inteiro na biblioteca. Talvez lá tenha alguma informação sobre o que eu procuro.

– Onde está indo? – Itward pergunta.

– Biblioteca. Você vai vir comigo. Tem uns boatos de que uma entidade fica por lá. Me proteja.

– Você sabe que não precisa me dizer isso, sempre vou te proteger, como sempre fiz. – Ele fala nostálgico, eu o olho com o mesmo sentimento.

Começo a caminhar na ala direita da escola, com Itward a minha vista, para me deixar mais segura. Em caso do colar não funcionar, estou levando minhas pílulas. Chegando lá, me deparo com alguns livros adulto/juvenis e infantis. A cada passo que avanço para está floresta de conhecimento, as classificações do livro mudam. Até que eu chego a uma porta com símbolos estranhos.

– O que é isso? – Pergunto passando a mão nos símbolos em alto relevo, sinto uma energia estranha.

– Gravuras mágicas. É um feitiço feérico. Interessante, está em uma porta de ferro, essa até a fraqueza de feéricos. Seja lá quem fez isso, é muito forte. – Explica meu amigo.

– Acredito que não vou conseguir passar por ela apenas com força. – Eu me posiciono na frente da porta e tento usar as energias ao meu redor. Mesmo sem saber como, adquiri e melhorei essa habilidade de sentir energias indo várias vezes a outras dimensões. Nada acontece, exceto um livro que se mexe levemente. Eu chego perto dele e sinto um medo terrível invadir meu corpo. Eu olho para todos os lados e apenas vejo Itward aguardando. Eu pego o objeto pesado e antigo, cheiro de histórias faladas e cantadas.

Saio o mais rápido possível daquele local mal iluminado e cabreiro. Sento em uma mesa e observo o livro.

A canção dos mortos. – Leio o título em voz alta, uma brisa forte passa entre meus cabelos. – Será que ele tem algum feitiço para destrancar a porta? Ele parece antigo.

– Acho que sim, é o clássico livro antigo de filmes onde está tudo o que o protagonista procura. – Eu o encaro com cara de tacho – Esqueci que você não podia consumir esses entretenimentos, desculpe.

Eu abro o artefato e começo a folhear as páginas, está em uma língua estranha, mas que se assemelha ao latim, então consigo decifrar umas coisas.

– Com a moeda dos antigos, seu desejo será concebido. Sangue, o elixir da vida, serás a sua salvação. – Aos poucos e recito o que o livro diz.

– Pelo o que parece, você terá que fazer esses símbolos aí no livro com seu sangue para abrir a porta. – Deduz Itward.

– Tudo bem, vamos fazer isso. – Digo confiante indo em direção a porta, com os livros em baixo do meu braço direito.

– Você tem algo afiado aí? – Eu pergunto a ele.

– Meus ossos. – Ele estica sua mão, e suas falanges distais afiadas refletem luz.

– Faça. – Dou a ordem e ele pega delicadamente a minha mão, parecia até que se quebraria com o menor movimento. Ele rasga minha pele rapidamente de uma maneira indolor, para que apena uma ardência me incomode. O sangue pinga no chão fazendo um eco irritante. Abro o livro em minha outra mão e começo a copiar os símbolos no metal frio e esquecido da porta.

Uma sensação completamente desconhecida me preenche quando entro em contato com a porta. Uma sensação antiga, traiçoeira. Meu machucado arde com a sujeira em contato com ele. Termino de fazer os símbolos e aguardo um pouco, eles começam a brilhar a medida que meu sangue seca.

Clic.

A porta abre.









Capítulo XII - "Biblioteca"












Ela abre com um rangido muito alto o que me deixa desnorteada durante alguns segundos. Cheiro de mofo e podridão invade minhas narinas. Uso uma lanterna portátil que tinha pego no meu dormitório e começo a enchergar melhor através da poeira.

Uma escadaria. – Penso. Olho para meu amigo e ele parece pensar o mesmo.

Piso com cuidado no primeiro degrau, o formato exato do meu sapato é gravado na escada. A sujeira antiga o contorna quase que perfeitamente. Vou descendo ele lentamente, o cheiro podre se intensifica.

Essa escaria não tem fim?

Depois de mais uma meia hora, finalmente eu chego no final. Três portas. Única diferença: símbolos.

– E agora? – Olho com dúvida para Itward, ele aponta para o meu pescoço, o colar está levitando. Viro para a frente e ele se move levemente para a esquerda. Ando nessa direção e quando chego perto da porta, ele começa brilhar, iluminando tudo. Percebo que na escadaria, existiam tapeçarias. Tapeçarias tribais, com desenhos profetizantes. Eu giro a maçaneta da porta e para a minha surpresa, ela está aberta. Com a mínima fresta, o brilho do colar se dissipa e ele fica mais escuro do que o corredor atrás de mim. Engulo seco, mas continuo adiante.

Uma brisa fortíssima me desequilibra, eu chego a tombar para trás. Crio uma barreira protetora e peço a Itward para checar o local antes de mim. Eu vou até a tapeçaria e passo a mão em sua costura desgastada. Se ouvir com atenção, as cantigas feéricas cercam o lugar.

Ele volta, incomodado.

– Você tem coragem? – Pergunta simplesmente.

– Tenho? – Respondo relutante.

– Uma biblioteca subterrânea. Guardada por uma criatura. – Ele pega a lanterna da minha mão e aponta pra tapeçaria. – Essa.

Uma quimera, um ser mitológico. Uma combinação heterogênea ou incongruente de elementos diversos; cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente. Um verdadeiro pesadelo bizarro. Respiro fundo.

– E se eu ficar invisível?

– Ele conseguirá sentir seu cheiro. A maior parte de um quimera é o leão, sabia disso? Consegue sentir a quilômetros de distância, até mesmo agora ele está sentindo. – Ele sorri com os meus olhos levantando bandeira branca.

– Tenho que entrar lá, não preciso lhe derrotar, apenas pegar algum livro.  E aliás, por que diabos um quimera está na biblioteca subterrânea da U.A?! – Eu bato os pés no chão e cruzo os braços exclamando indignação.

– Vai saber? São muitas possibilidades... Esse local, não deveríamos estar aqui. Ao que aparenta e você já percebeu, é um lugar que muito já foi esquecido, que guarda lendas e coisas sopradas ao vento. Acho justo um guardião. Ou será que ele não está aqui propositalmente esperando por você?

Eu o encaro um pouco confusa. Esperando por mim? Por quê?

– Tsc, sem essa. Você sabe do que eu tô falando. Pensa que ele não pode jogar baixo assim? Tudo em sua volta é uma ameaça, até eu poderia ser uma. – Ele respira fundo – Mas não sou. Se você quer o livro, tem que descer lá embaixo agora.

Mais um desafio.

"Tudo bem, tudo bem, você consegue!" – Ajusto meus olhos na escuridão dominante e adentro escadaria abaixo. Eu olho para o colar e uma ideia se passa em minha mente. E se eu o ativar aqui? Em questão de segundos, eu estava em outra dimensão.

Diferentemente de qualquer outra ilusão macabra, essa me causava segurança e conforto. Grama cortada perfeitamente, sol ameno, nuvens brancas como porcelana, jardim com flores e crianças brincando na lama.

"Tão tranquilo... " – Eu respiro fundo sentindo o cheiro de paz. – "Não, não é hora disso. Concentre-se!"

Faço uma corrida para frente até que eu chego em um portão. Mais uma vez, símbolos e escritas desconhecidas. Agora não havia a presença do latim, então não consegui ler nada.


Desativei o colar.









...







Tudo em minha volta estava quieto e silencioso, mas meu coração não. Quando abro os olhos, fico intacta. Duas chamas incessantes olham para mim, os olhos de um predador sobrenatural. Sem nem olhar em volta, ativo o colar e volto novamente para aquele campo aberto. Agarro meu peito, agachando e colocando uma mão nos joelhos para me apoiar. Estou arfando tanto que parece que meus pulmões vão explodir. Olho em volta para ver se estou segura. Nada por perto.  A tensão do meu corpo de dissipa com o tempo e eu consigo me recuperar.

"– Vou ter que bolar uma estratégia. Caminhar por aqui nesta dimensão até eu finalmente conseguir chegar a uma prateleira. O probelma é que eu não observei bem e não sei nem onde eu me encontro nessa sala." – Chuto uma pedra para descontar a raiva e ela volta até meus pés. Chuto ela de novo e ela repete o movimento. Abro os olhos que estavam cerrados e algo me surpreende. Não há nenhum obstáculo na minha frente para ela bater e voltar. Apenas um vento fresco passando entre o tecido da minha roupa e meus cabelos.

Agacho observando o local em que supostamente a pedra bateu.

"– Sentir... Eu tenho que sentir... " – Fecho os olhos e respiro fundo me concentrando. Começo a tatear com as mãos no ar em busca de alguma coisa, alguma fenda. Então, sinto algo se enroscar levemente no meu dedo, o que me causa um espanto e eu recuo para trás. Solto um leve xingamento e volto a me concentrar.

"Aonde era mesmo... Onde está, onde está.. Aqui! Achei!" – Seguro firme no que quer que esteja entre meus dedos ásperos, mas delicados.

" – Parece uma borda. Mas enfim, o que eu faço com isso? Ativo o colar aqui? É um sinal de que este local é protegido? Eu... É um local que eu teria de usar a faca? Será que... essa é a borda, a fenda do mundo onde eu consigo cortar e atravessar? Impossível. Não. Não pode ser." – Sorrio de canto debochando da possibilidade.


"– Mas e se for?" – Abro os olhos. – "– Tenho que marcar este local, de algum modo."

Começo a juntar várias pedras e galhos até formar uma pequena torre, algo identificável, pelo menos para mim. Chego perto novamente da fenda e ativo o colar. Durante a transição de mundos, adéquo minha visão.

Como um animal da noite, tento copiar seus instintos selvagens e me oculto no vazio escuro. Consigo ver uma movimentação ao longe, longe o suficiente para me dar chance de olhar em volta. Imensas prateleiras altas e ordenadas me cercam. Vejo os livros mais próximos de mim, e eles falam a respeito de biologia mitológica, não é o que eu procuro, mas posso pegar um desse para caso tenha que lutar contra um desses seres. Coloco na minha bolsa marrom e continuo caminhando. Com passos treinados e ágeis, evito fazer qualquer som, o menor ruído que for. Por mais que ele consiga sentir meu cheiro, a falta de barulho talvez confunda seus sentidos. A outra parte mais próxima da biblioteca tem haver com lendas.

"– "Dimensões absurdas"... "O Oráculo da Meia-noite"... "A Canção Nunca Falada" ... "A Faca dos Artesãos"... A Faca dos Artesãos? Será?! Impossível ter sido tão fácil assim!" – Pego o livro nas minhas mãos e rapidamente o coloco para dentro da bolsa. Acabo me descuidando e o pote de pílulas cai no chão, todo seu conteúdo é despejado em sua superfície, eu acabo escorregando nelas.

A Quimera me encara de longe. Quando eu penso em ativar o colar, o animal me ataca, conseguindo ser mais rápido que eu e me fazer um arranhão na parte esquerda inferior do estômago.

Tudo fica vermelho carmesim, minhas mãos, minha visão, minha barriga, a grama macia. Ele sai pela minha boca como se tivesse nojo de mim. Com pouca força, consigo rasgar uma costura da minha roupa já desgastada e estancar falhamente o sangue.

"– Caralho, se continuar assim eu vou morrer por hemorragia" – Sussurro o nome do meu amigo buscando ajuda.

– Por que está deitada aí na grama? Você é forte o suficiente para aguentar isso.

– Não... e... ele... – Engasgo com o sangue – ... mitológico.... machucado.... – Falo já quase inconsciente. Ele entende meu desespero e começa a tentar me curar.

– Por que não disse que isso foi o Quimera quem fez? – Eu olho com uma cara de "Quem mais poderia ser?" mas evito reclamações.

Por mais que eu lutasse, minha visão fica turva e eu caio em um sonho profundo.

Depois de algumas horas eu finalmente acordo. Preocupada.

– Quanto tempo eu dormi??!! Já podem ter passado dias na outra dimensão, quem sabe?! – Surto com 1 segundo depois de me levantar.

– Ou pode ter passado 1 segundo lá e aqui várias horas. Se acalme, está tudo bem. Temos que conversar sobre este machucado, isso não pode ser a sua fraqueza. Tem que ter um modo de vencer essas criaturas idiotas... – Ele fala frustrado. Eu aponto para minha bolsa e ele vai vasculhar ela. Pega os livros na mão e sorri quando vê o título de um.

– "A Biologia Mitológica". Não sei mais o que esperar de você... ei, calma, esse outro livro é sobre a faca? – Ele pergunta analisando a capa com cuidado.

– Não sei... mas acho que sim... – Minha voz sai rouca por causa do pouco uso. – Só quero um banho e a minha cama, só isso.

– Vou te ajudar. – Ele recolhe os livros e os outros objetos espalhados no chão e os guarda na bolsa de couro, colocando-a sobre seu ombro. Se aproxima de mim e me pega nos seus braços esqueléticos e aparentemente frágeis. Não consigo ver mais nada ou lembrar de algo, apenas uma mudança de cores absurda antes de cair no sono novamente.



Acordo com o barulho do despertdor.

"7:00h" – Eu jogo meu travesseiro em cima dele para fazê-lo parar de apitar mas ele continua me incomodando.

– Estou tão cansada... nem parece que dormi. – Abro os olhos com dificuldade por causa da grande acumulação de remela neles. Bocejo e me espreguiço, sento na cama uns segundos e olho para minha escrivaninha. Os livros estão lá. Um bilhete está em cima deles.

"Espero que fique bem. Sai para resolver umas coisas, volto em dois dias. Se cuida, mocinha!

– Do seu melhor e único amigo, Itward!"

Leio e sorrio para o papel.

– Valeu cara... você quebrou um galho enorme.

Me arrumo rapidamente para não chegar atrasada, por mais que fosse bem difícil já que eu só tenho que descer uma escadaria.
Dessa vez não esbarro com ninguém nos corredores. Que bom. Tô tão cansada que apenas uma conversa pode me fazer desmaiar.

"–Sinto que tô esquecendo algo importante..." – Penso enquanto pego os livros do meu armário do corredor. Quando de repente, a portinha de ferro se fecha na minha frente me fazendo dar um pulo e "despertar". Olho para a esquerda de onde veio o movimento e vejo Bakugou me prender entre seu corpo e o armário.

– Não pensa que eu esqueci, não é?

"– Quê? Esqueceu do quê? Que que esse idiota tá falando?" – Tento não mostrar não entender nada, mas aparentemente não deu certo porque ele fica bem irritado.

– Hoje! 16h, atrás da quadra! Me chamou pra uma luta. Não lembra? – Ele fala com os olhos quase saltando pra fora da orbita, com fumaça saindo de suas orelhas e chamas de seus olhos carmesim.
Tento acompanhar a fala dele mas tudo que eu consigo é...

Luta... Itward me ajuda aqui.... – E o chão fica cada vez mais perto, até que braços fortes me seguram.



Acordo de olhos virados para um teto branco.

– Acordou, querida? – Uma senhora fala comigo.

– Sim... Onde estou? – Me sento na maca e uma forte tonteira e dor de cabeça momentâneos me perseguem.

– Na enfermaria, docinho. Eu já curei você. Não sei que tipo de treinamento você fez esses dias, mas não faça de novo. Você estava a beira de um colapso e poderia entrar em coma. Esse seu machucado te causou sérios problemas, mas eu já consegui resolver eles para você.

– Obrigada... – Olho nas paredes mas não encontro – Que horas são? Não vejo nenhum relógio aqui.

– São 16h em ponto. Ah! Um menino de cabelos loiros trouxe você, ele pediu para que eu o chamasse quando você acordasse, espere aí, ele parecia bem preocupado.

"– Ela tá falando do Bakugou? Ele? Preocupado comigo?"

– Sim, ela acabou de acordar... é... – Escuto vozes se aproximando e olho para a porta. E lá está ele.

– Por que queria me ver? – Falo emburrada.

– Não te interessa, teme. – Ele faz um biquinho e uma cara de bravo forçada. – Apenas quis ver como você estava. Desmaiou do nada no meio de uma conversa comigo, poderiam achar que eu tinha te batido ou algo assim.

– Ufa! Achei que estivesse preocupado comigo, que alívio, é apenas a sua reputação na escola. – Uma gota de suor desce pela minha testa e ele parece ficar ainda mais puto.

– Então, como vai ser? Vai querer lutar? – Ele me olha de cima a baixo.

–... – Eu olho para a Recovery Girl e parece que se eu aceitar ela vai me fuzilar apenas com o olhar.

– Não. Tenho coisas mais importantes para fazer. – Digo simplesmente. Ele se aproxima de mim levemente curioso.

– Aliás... Quem é Itward? – Ele pergunta baixo o suficiente para que apenas eu escute.

– Como conhece este nome? – Declaro irritada.

– Quem é este? – Ele responde igualmente irritado.

– Ninguém. Não te interessa.

– Pela sua reação eu não diria que é "ninguém".

– Me deixa em paz. – Digo me levantando – Obrigada Recovery Girl. – Aceno de forma respeitosa  e ela corresponde levemente. Ignoro a presença de Bakugou passando pelo mesmo, indo em direção ao meu quarto.









"– Uma tarde de leituras me aguarda."
















Notas Finais


espero que tenham gostado (∆~∆)


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