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História Experimento 107, Imagine Boku no Hero Boys - Reunião


Escrita por: mastu

Notas do Autor


Olá gente! Me desculpem por não ter postado ontem.
Queria avisar que devido a voltas aulas, acho que a frequência de capítulos irá diminuir. Mas não se preocupem, planejo continuar com a fanfic!
Boa leitura <3

Capítulo 8 - Reunião


Quando eu vi aquela figura em minha frente, meu mundo mudou. A esperança invadiu o meu corpo como uma chama ardente, a chama mais ardente que poderia existir. Eu o olho com um ar de admiração. Pelo seu sorriso, eu não consigo ver seus reais sentimentos, porém, seu olhar demonstra medo.

— Senhorita, (S/N), nos siga por favor. Vamos para uma sala mais apropriada para tal reunião. — O diretor diz me indicando a porta. Eu, juntamente com os professores/heróis, caminhamos pelo corredor em direção a essa sala — E a propósito, pode me chamar de Nezu. — O diretor fala parando e abrindo a porta a sua frente. Ele dá um espaço para entrarmos e eu sou a primeira.

“Onde eu deveria me sentar? ” — Penso olhando todas aquelas cadeiras em volta da longa mesa no centro. Antes que pudesse escolher meu lugar, as pessoas em volta de mim sentam-se em suas respectivas cadeiras, sobrando apenas uma na frente do All Might e do lado do diretor. Eu engulo seco, pela ansiedade e vou logo me sentar. Sento-me e consigo sentir o suor brotar em minha face. Cruzo as mãos sobre meu colo, tentando amenizar o nervosismo.

— Então, todos aqui sabemos sobre o que essa reunião se trata. Não preciso falar tudo novamente, não é? — Pergunta o diretor Nezu, com seu jeito fofo e alegre. Todos na mesa concordam com ele apenas assentindo com a cabeça e viram seu olhar diretamente a mim. Eu me sinto um pouco intimidada e olho fixamente para minhas mãos, com a cabeça levemente baixa.

“Eu vou morrer. ” — Penso — “Todos devem estar loucos para me matar ou pegar meu poder... já que agora a maioria sabe que é possível passar o All For One pra frente. “

— Senhor diretor... — Fala uma voz meio arrastada. Era um homem, ele tinha algumas olheiras e barba falhada. E um longo cabelo preto e olhar cansado — Se a (S/N), fosse entrar na U.A — Ele faz uma pausa e olha para mim — Em qual sala ela entraria?

— Essa é uma pergunta importante, Aizawa. — O ratinho parece pensar — Provavelmente na sua sala. Lá há menos riscos, se é que me entende. — Eles trocam uma sequência de olhares, parece que algo oculto se passa por aqui.

“Talvez tenha menos riscos pois lá devem ter os melhores alunos... eu me lembro de escutar algo sobre a 1-A quando andava pela rua. Eles a elogiam bastante. “

— Concordo. — Diz Aizawa, All Might olha para ele confuso.

— Não vai contestar? Será mais um trabalho e um aluno para aturar, não estou te reconhecendo, Aizawa! — All Might diz brincando com ele. O mesmo apenas ignora e murmura um “É”.

“Uau, eles devem amar os alunos... “ — Penso olhando pros meus pés.

E assim seguiu o resto da reunião. Resolvendo se eu entraria ou não. Alguns heróis/professores discordaram de primeira, mas foram concordando ao longo do pouco tempo em que se passou a reunião.

 “Desde o início eu estou calada, é bom não é? Mas isso só vai fazer eles desconfiarem de mim... “ — Começo a pensar deixando de lado tudo o que se passa em minha volta. Sinto alguém encostar em mim e levo um susto, o diretor estava me chamando — Está tudo bem, senhorita (S/N)? — Pergunta o diretor preocupado.

— S-Sim, me desculpe, apenas estava pensando em coisas fúteis... — Falo amenizando a sua preocupação. Rebo alguns olhares desconfiados — Mas o que é, senhor diretor?

— Ah, apenas uma pergunta do All Might. — Ele fala.

“Como assim apenas uma pergunta do All Might??? “ — Penso dando ênfase no apenas.

— Não precisa responder se não quiser. — Nezu completa.

— Não se preocupe, faço questão de responder todas as perguntas que fizerem a mim. — Falo olhando para os sujeitos em minha frente/volta — O que seria, All Might? — Engulo temendo a pergunta.

— Por que... deseja ser uma heroína? — Ele pergunta. Provavelmente agora que está sob meu olhar, estava tentando achar as palavras certas.

— Eu... — Tudo menos uma resposta pronta vem em minha mente. Apenas flashbacks da minha vida tortuosa. Lagrimas começam a aparecer em meus olhos, repreendo-as e impedi que elas saiam. Respiro fundo e o encaro seriamente.

— Talvez em outra vida, vilões fossem um exemplo bom para mim. — Ele me olha ligeiramente surpreso — Mas... — Eu continuo — Eu tenho um completo nojo por todos eles. Sei que alguns só estão nessa vida por necessidade de sobrevivência, porém, de qualquer maneira, ainda assim é um vilão. Tudo pelo o que eu passei só enfatizou meu ódio e desgosto pelos os mesmos. Acredito que, alguém, com uma vida tão traumática como a minha, por culpa de um vilão, pensaria o mesmo. — Termino. Recebo vários olhares surpresos, alguns até mesmo com um pouco de compaixão e confiança. Eu abaixo a cabeça evitando os olhares, não é algo de se orgulhar, eu seria uma tola, estúpida se me juntasse a eles. — Mais alguma pergunta? — Pergunto seriamente, olhando um pouco para eles.

— Não, senhorita (S/N). — Fala All Might se dirigindo a mim. Eu o olho surpresa, meu coração começa a se descontrolar totalmente, capaz de ter pulado alguma batida. — Desculpe-me por tocar em algo tão delicado. Sei como ainda deve ser difícil falar sobre essas coisas.

— Não se preocupe, All Might. É muito melhor falar sobre elas segura  aqui... Do que sofrê-las lá. — Falo — A-Aliás... — Recebo a atenção de todos — Tem algo que esqueci de falar... e que envolve o senhor. — Falo olhando para o loiro. Novamente, mais surpresas.

— E o que seria? — Pergunta curioso.

— Em... um sonho meu, um dos primeiros sonhos que eu tive, se não o primeiro... — Falo baixinho a última parte me desconcentrando. Reponho-me e continuo — Você apareceu. Você... me salvou de um pesadelo pior. Eu me lembro bem. — Começo a falar me recordando de meu sonho — Eu estava em um parque, haviam muitas crianças, elas sempre fugiam de mim e me evitavam... mas, eu tentei falar com elas naquela vez.

— Ei! Posso brincar com vocês?! — Falo dando meu maior e melhor sorriso.

Mas... Elas não fazem o mesmo. Lentamente, elas se afastam de mim, parando de brincar e fazer o que estavam fazendo.

— Elas simplesmente pararam de fazer tudo o que faziam, se afastaram de mim, perguntei por que elas me olhavam assim, o que eu fiz de errado, mas... — Meus olhos se enchem de lagrimas, e inconscientemente começam a descer pelos meus olhos.

— Vai embora! Acha que não sabemos quem você é?! — Ele diz, e logo as crianças começam a se animar e concordar, gritos e berros dizendo "Vai embora, seu monstro!" ou "Ninguém te quer aqui sua vilã!"

— Isso mesmo. Você é igualzinha a ele. — Uma menininha diz, mas quando eu a encaro, ela logo se esconde atrás do menino, que parecia implacável.

— Não... Não, eu não sou como ele... Eu não sou assim! Eu não sou uma vilã! — Eu falo suplicando que eles acreditem, o medo e o desespero invadem meu coração

— Acreditem em mim! Acreditem em mim! — Digo entre lágrimas e soluços.

— Você é igualzinha a ele. — Todas as crianças falam juntas, eu as encaro assustada. Elas mudam os seus rostos e ficam com o rosto dele. — Você é igualzinha a mim, querida. Não adianta negar, está em seu sangue. — Todas dizem rindo como se escutassem uma grande piada. As risadas entram minha mente bagunçando meus pensamentos. Eu tampo meus ouvidos e ajoelho no chão, fecho os olhos fortemente e desejo não estar ali.

Quando me dou conta, estou chorando loucamente na frente do meu herói favorito e de muitos outros. Enxugo as lágrimas de pressa e continuo — Só que... Eu comecei a escutar gritos. — Eu sorrio lentamente me lembrando da cena — Era você. Lutando contra um vilão com poder de fogo. — Eu olho para ele, ele pede para continuar.

— E-Eu me aproximei curiosa... e você disse: “Não se preocupem, pois eu estou aqui! “ — Falo passeando meus olhos pelo ambiente, me recordando dessa lembrança maravilhosa. Um sonho marcante. — Eu comecei a me juntar na torcida que gritava seu nome, só que mais uma vez, eu tinha estragado tudo. Eles me olharam com medo, e o seu sorriso... — Eu o encaro nos olhos — Sumiu. — Falo franzindo as sobrancelhas — Você estava com desespero em sua face, desespero. Então eu falei:
“— All Might! — Eu digo chamando sua atenção com minha voz falha, ele se mostra surpreso. Uma tensão sobe em meu corpo e eu começo a suar. — E-Eu quero ser como você! Você... Você é o meu herói! O herói número um! — Eu digo sorrindo. O maior se demonstra realmente surpreso, e da um sorriso grandioso. As pessoas em minha volta logo sorriem para mim também e começam a torcida incansável e contagiante. Pela primeira vez, minha presença trouxe alegria e felicidade". Você estendeu seus braços e agachou, era um convite para um abraço. — Eu sorri — Mas quanto mais eu corria, mais longe você ficava. A atmosfera mudou, ficou escura, cinza, melancólica. Todos estavam com muito medo, muito medo. Eu olhei para você, mas você não estava mais lá, quem estava era... — Eu o encaro — o meu... pai. — Digo com nojo — E então, eu senti uma pancada na cabeça e tudo escureceu, e eu acordei. — Termino de contar o sonho — Mas, esse pequeno sonho, mesmo que eu não soubesse se você existisse realmente, me deu forças para continuar. Desejei ser igual a você, usar o que eu tenho para o bem. Você sem nem mesmo saber me trouxe esperança. — Agora, meu olhar era feliz, mas lágrimas teimosas desciam. Talvez pelo misto de emoções que estou tendo.

“Não sabia que esse sonho significava tanto para mim... eu... simplesmente não consigo parar de chorar. Seria alívio? Alegria? Acho que é tudo junto. " — Penso enxugando as lágrimas.

— Me desculpe por chorar na frente de vocês. Eu também não sabia que isso iria acontecer. — Falo envergonhada.

— Não tem problema algum, jovem (S/N). — Sua voz saiu com um tom de alegria, alívio e satisfação.

ENTÃO ESTÁ DECIDIDO, SENHORITA (S/N), VOCÊ ESTÁ OFICIALMENTE NA U.A! — Uma voz estridente e alta fala e quase estoura meus tímpanos. Eu coloco minha mão fortemente na minha orelha. Eu encaro o dono da voz e é um outro loiro. Ele usa um óculos laranja e tem um bigode espetado.

“Essa é a individualidade dele? I-Incrível... incrivelmente insuportável... " — Penso olhando-o com uma cara feia.

E ENTÃO, COMO ESTÁ SE SENTINDO, (S/N)? — Ele pergunta berrando ainda mais. Incomodada, feliz, porém com um pouco de raiva respondo:

ESTOU MUITO FELIZ POR ESTAR AQUI MATRICULADA NESSA ESCOLA E PODER CONCRETIZAR O MEU SONHO! — Falo usando sua individualidade, o que surpreende literalmente todos — O-O que foi gente? — Pergunto diminuindo o tom de voz.

— Você... — Tenta falar Aizawa.

— Usou a minha individualidade... — Fala o rapaz da voz estridente. 

— S-Sim... ? Minha individualidade permite fazer isso...

— Sim, mas, você não quase o matou para isso. — Responde o All Might.

— É como eu disse, eu sou uma versão evoluída, por conta dos experimentos que fizeram em mim. Eles queriam que eu fosse uma máquina para matar invencível. Entende? — Eles parecem assustados, mas devem estar agradecendo aos céus por eu querer ser uma heroína.

— Eu tenho uma pergunta, antes que a reunião se finalize. — Eu falo — Eu poderia dormir na escola? D-Digo, aqui tem proteção contra vilões e... eles estão atrás de mim...

— Ah, claro! Vamos providenciar um quarto para você agora mesmo (S/N)! — Fala Nezu se levantando da cadeira, todos se levantam e eu também. A reunião acabou, todos presentes agora se dirigem até a porta e seguem seus caminhos, menos um moreno de cabelos longos.

— M-Mas vai dar tempo? São seis horas agora...

— Não se preocupe. Você pode por enquanto ir buscar seus pertences, o que acha?

— Sendo assim... é uma boa ideia. Obrigada diretor.

— Você acha que é seguro ela sair por aí sozinha? — Diz Aizawa sussurrando para o diretor, mas eu consegui ouvir — Há vilões atrás dela.

— Não se preocupe, Aizawa. — Ele continua olhando diretamente para o diretor.

“Eu tenho a Quinta Realidade comigo. “ — Completo pensando.

— Na verdade, você está certo. (S/N), vou mandar meu motorista particular levar você até o hotel onde está alojada. — Ele diz pegando seu celular.

— N-Nossa, obrigada pela preocupação... — Digo sorrindo envergonhada, apenas recebo um olhar cansado e entediante do Aizawa.

 

 

Depois de alguns minutos, o carro finalmente chega. Eu entro e cumprimento o motorista. Digo onde é o hotel e assim o caminho segue silencioso. Não me incomodei com a falta de assunto e continuei lendo o livro de romance pelo celular.

 

— Senhorita (S/N), chegamos. O senhor Nezu pediu para informa-la de colocar seus pertences na mala no bando de trás. Eu irei espera-la aqui fora. Ou prefere que eu suba com você? — Pergunta o motorista.

— Não há necessidade, obrigada. — Falo me retirando do carro, pego a mala e entro no hotel. Vou em direção ao elevador, mais uma vez me encaro no espelho.

“Eu consegui... eu consegui!! “ — Penso dando pequenos pulinhos de alegria. O elevador para e eu saio no meu andar. Abro a porta 302 e começo a pegar minhas coisas, que não são muitas, quase nada.

— Parece que alguém vai para a Academia de Heróis.  — Escuto a voz de Itward.

— Sim, Itward! Eu consegui! — Digo sorrindo e animada.

— É a primeira vez que vejo você assim... alegre.

— Como não ficar? Desejo isso a muitos anos. — Falo fechando a mala com as minhas coisas.

— Mas você disse que não conhecia a U.A. — Ele pergunta confuso.

— Sim, eu não a conhecia. Mas eu tinha o desejo de... disso! Que está acontecendo agora, me tornar uma heroína, sair daquele pesadelo e finalmente... finalmente viver! — Falo entusiasmada. Ele sorri em resposta, porém não consigo ver. Sinto algo sobre minha cabeça, algo macio.

— O que é isso? — Digo colocando a mão no topo da minha cabeça.

— Era um cafuné. — Ele ri, e eu fico levemente corada — Vamos, estão te esperando.

— Legal... — Digo pensando nesse cafuné e saindo do quarto — Ei, onde esteve o dia todo?

— Ao seu lado. Não notou novamente? Você é péssima nisso. — Eu bufo como resposta entrando no elevador.

Descendo do elevador, me dirijo até a balconista e entrego a chave do meu quarto. Digo que não vou mais morar nesse hotel e saio do mesmo. Deixo a minha mala dentro do porta-malas do carro e entro no banco do passageiro.

 

Destino: Minha mais nova U.A!


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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