( Justin POV's)
2 Dias depois.
A noite tinha sido péssima.
Chegar duas horas e acordar as seis com esse maldito celular que não para de tocar. Meu corpo estava exausto. Fazia dias que eu não conseguia dormir direito, revisando e revisando um monte de papelada de todo tipo de caso.
Mas somente um, me tirava o sono.
Eu permaneci no escritório até tarde, durante um mês, para conseguir seguir os passos dela, sem errar nenhum calculo, Aquela maldita, quando eu a pegasse iria tirar as férias que tanto merecia.
Deixei o celular cair na caixa de mensagem, mas para minha alegria ele começou a tocar de novo. Levantei-me da cama aos tropeços e fui até a mesa, peguei o bendito e nem olhei na tela para ver quem era.
— Estou de mau humor, então espero que tenha uma boa razão para me acordar — Disse secamente, indo até a cafeteira começando a preparar meu café. O bom de morar sozinho era poder fazer as coisas no seu horário.
— Jack Miller. 23 anos, 1.80, engenheiro civil. Bonitinho até — Chris disse irônico e eu revirei os olhos — Se em quadra no perfil dos outros seis — Ele fez uma pausa — Encontrado há duas horas, em uma cabana á vinte quarteirões da delegacia. — Fiz uma pausa, antes de apertar o botão para ligar a cafeteira — Acho que ela teve piedade desse. Sem membro arrancado, ou nada queimado. Só cortes pelo corpo e um profundo corte na garganta.
— Realmente ela teve piedade — Disse soando irônico — Morrer engasgado com o próprio sangue? Quem não adoraria — Completei e ele riu.
— Sabe, cada vez mas ela esta chegando perto — Ele observou e eu assenti concordando.
— Sim, corpos deixados por cidades até New orleans. E agora um na nossa cara? — Apertei o botão de ligar o café — Ou ela esta sendo descuidada, ou esta brincando com a gente — Ele concordou e murmurou que eu não compreendi — O que disse? — Perguntei.
— É melhor vir rápido, o FBI acabou de chegar — Merda.
— Que se dane o café — Desliguei o celular e corri para me arrumar.
Tomei um banho o mais rápido possível, e corri para vestir uma roupa. Peguei a primeira camisa social preta e o resto de roupa que vi pela frente e coloquei. Passei a mão no cabelo, para da uma arruma e olhei no espelho.
Estava horrível. Mas não me importava.
Peguei as chaves do carro, meu celular e corri para desligar a cafeteira. Fechei tudo, peguei meu Hummer preto e sai dali.
Aqueles caras do FBI se achavam donos do pedaço. Esse era meu caso, desde que chegou a minha mesa. Ninguém mas podia assumi-lo. O caso beleza negra estava em todos os jornais. Nacionais e internacionais. Essa mulher era famosa por onde passava.
Os homens a temiam, ainda mais porque eles eram suas vitimam preferidas.
Liguei meu GPS e direcionei a vinte quarteirões da delegacia. Tentei seguir o fluxo dos carros mais era impossível. Eles eram lerdos demais. Então, comecei a cortar todo mundo e dirigir em alta velocidade.
Belo exemplo.
Depois de dez minutos, cheguei a uma cabana afastada de todas as casas ao redor. O local estava cheio de carros de policias, jornalistas, pessoas curiosas... Estacionei meu carro, peguei meu distintivo e caminhei lentamente por entre as pessoas. Passei pela faixa amarela, que separa a área do crime e um cara me barrou.
— Justin bieber, Homicídios — Mostrei meu distintivo e ele abriu caminho.
Passei por todos os policiais da delegacia cumprimentando-os com um aceno de cabeça. Olhei ao redor, procurando o Chris e quando o achei estava conversando com um outro policial.
— Você demorou — Ele disse quando percebeu minha presença — Pode nos dar um minuto Derek? — Ele olhou para o outro policial que assentiu e saiu — O FBI tomou a frente.
— Como assim? — Franzi a testa, com meu mau humor surgindo de novo.
— Eles estavam lá dentro e não deixaram nenhum civil entrar — Ele suspirou pesadamente — Eles estão por fora do que esta acontecendo, e agora querem assumir o caso? Depois da sétima morte? — Ele perguntou incrédulo.
— Não tão fácil assim — Eu murmurei e comecei a caminhar em direção a cabana.
— O que vai fazer? — Ele perguntou alto, fazendo uns policiais nos encararem.
— Assumir — Eu sorri de canto e continuei andando.
Estava cheio de faixas ao redor da cabana, passei por cima de uma e entrei sem ninguém notar minha presença. Especialistas estavam espalhados por toda a casa, caras do FBI discutindo, fotógrafos e parecia que todo o mundo resolveu estar ali. Andei até a cena do crime, o garoto estava deitado ao lado do sofá, seus mãos algemadas para trás.
Primeiro palpite? Ela o seduziu. S
Segundo palpite? Nada naquela cena se encaixava em suas ações interiores.
Escutei dois caras do FBI discutindo.
— Digamos que ele esta aqui há um dia? — O moreno alto falou — Isso explica seu corpo entrando em decomposição — Obvio. Pensei revirando os olhos — Mas e as algemas? Será que ele era burro o suficiente para se deixar algemar? Ela teve ajuda de mais alguém
Nossa como aquilo era ridículo. O cara não sabia o que estava falando. Então resolvi intervir:
— Primeiro pelo cheiro esse corpo está ai há dois dias — Falei e todos na sala me olharam.
— Quem é você? — O cara moreno perguntou.
— Justin bieber, homicídios — Continuei olhando o corpo, o local... O sangue.
— Como entrou aqui? — Ele perguntou, e eu senti sua paciência se esgotando.
— Pela porta, por onde mais entraria? — Arqueei a sobrancelha e ele me olhou feio— Pelo que vi, essa morte está fora dos padrões. Mas acho que vocês não sabiam disso — Olhei-os com cara de deboche — Foi o que pensei. Essa morte não se encaixa as outras. Ela não arrancou nenhum membro, não queimou. Simplesmente cortou sua garganta.
Eu me agachei analisando os ferimentos.
— Ela usa uma lamina especifica. Diria que um canivete, como já vistos nos outros — Molhei os lábios com a língua — Pode se dizer que ela estava com preguiça ou mau humor — Eu ri secamente e os dois me olharam com certa... Raiva.
— Como você sabe? E como explica as algemas? Acha que uma mulher poderia algemar um homem a força? — O moreno perguntou sarcástico.
— A força não... Na base da sedução. Sadomasoquismo? Nunca ouviu falar? Hoje em dia é comum — Eu suspirei e balancei a cabeça. Aquilo era como ensinar crianças a ler. Cansativo e enjoativo — Eu sei disso porque, venho seguindo ela há um mês. Acompanhando seus passos e analisando seu comportamento
Andei ao redor da do corpo, sem pisar nas evidencias
— Diria que ela o atraiu até aqui. Diria que é gostosa, porque se não, nenhum cara iria se deixar vir até uma cabana no meio do nada com uma mulher feia. Ela o seduziu, como sempre faz, o algemou e depois mostrou quem realmente era — Cocei o queixo e analisei o corpo do menino mais uma vez, encontrando o que queria — E isso, é a prova de que esse garoto com certeza é mais um de suas vitimas — Apontei a marca feita na sua nuca — Dois E’s. Um normal, e outro ao contrario — O moreno se aproximou olhando a marca.
— O que isso quer dizer bonzão? — Ele soou irônico me examinando.
— No começo, achei que pudesse ser siglas. Mas isso não explica o E ao contrario — Andei calmamente até a frente do corpo — Então, digamos que é sua marca registrada. Ela gosta de marcar suas vitimas. Deixar claro que ela esteve ali, que ela o matou — Agora todos estavam em silencio, me encarando — É comum em psicopatas. Como vários animais, gostam de marcar território — Finalizei com um sorriso nos lábios.
— Como sabe de tudo isso? — Agora o outro mais baixo e loiro me perguntou.
— Sou formado em homicídios. Trabalho com assassinos é bom conhecer o inimigo de vez em quando não? — Fiz um gesto com a mão — Enfim...
— Ora ora — O Moreno disse rindo.
— Qual a graça? — Perguntei olhando-o sem entender.
— Justin bieber, filho de Jeremy bieber — Ele apontou para mim — 10 anos atrás, verão se não me engano? Um cara bêbado havia estuprado e matado sua mulher. Depois fugiu deixando seu único filho sozinho. — Ele me olhava atômico e recusava-me a demonstrar qualquer sentimento — Quando estava começando na policia... Soube que o menino havia se formado em homicídios... Pelo que acontecera a mãe... Estudei sobre esse caso.
— Mas pelo visto, não estudou sobre esse, agora que está no FBI — Sorri friamente sem mostrar os dentes.
— Sou do FBI, devia mostrar algum respeito — Ele disse parando a minha frente, me encarando, eu continuei sorrindo e respondi:
— Respeite a gente tem que merecer — Seu corpo estava tão próximo do meu, que eu podia sentir sua respiração em meu rosto — Agora se não se importa... — Fiz um gesto com a cabeça — Não quero que as pessoas pensem, que gosto dessa fruta.
Escutei alguns risos, e quando olhei ao redor havia uma mulher.
Ela estava sorrindo de canto. Seus cabelos pretos presos em um rabo grande de cavalo. Seus braços estavam cruzados sobre o peito, mas o nome do FBI estava exposto para quem quisesse ver. Seus olhos azuis eram frios como o gelo.
O sorriso em seus lábios mostrava o divertimento que deveria estar sentindo com essa ceninha que estava vendo. Ela fez um breve aceno com a cabeça e desapareceu dentre os outros na casa.
— Então... — Encarando de volta o homem a minha frente — Já que as crianças estão ciente do que estão enfrentando... Sugiro que recolham tudo e mandem o relatório para meu escritório — Comecei a andar em direção a porta, quando sua voz soou alta e indignada.
— Não acato suas ordens! Quem você pensa que é? — Parei-me no mesmo instante, mas não me virei.
— O cara que seguiu todos os passos da Beleza negra até agora — Fiz uma pausa — O cara que irá pega-la — Disse encerrando o assunto e saindo da cabana.
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