Percy tinha dado um beijo no rosto de Enzo e entregado o bebê para Annabeth com mãos trêmulas e suor frio cobrindo seu rosto. Ele não se sentia certo, cada toque em sua pele o fazia se lembrar do beijo de Nathanny e cada palavra parecia massagear seu corpo de uma forma fantasma, como se a garota ainda estivesse entre suas pernas, o torturando continuamente.
E assim, Percy tinha passado o resto do dia: incomodado e quente, não exatamente excitado, mas tão pouco desinteressado daquela sensação de… de que seu corpo queria alguma coisa que ele não conseguia identificar, o fazendo querer subir pelas as paredes e ficar lá.
Ele não conseguia ficar parado no mesmo lugar e não conseguia se concentrar em nada que não fosse em como sua pele estava sensível a qualquer estímulo desde que Nathanny tinha corrido para fora de sua sala, sem aparecer no resto das aulas daquele dia. Ele… ele precisava desse tempo, e ele jurava, se alguém o tocasse novamente, ele explodiria. E quando isso acontecesse, Percy não poderia estar ao lado de Enzo. Então, foi por isso que ele ignorou o olhar choroso dirigido a ele e a vontade que tinha de ficar perto de seu bebê, se forçando a dar um passo de cada vez para longe de Enzo.
Percy saiu porta a fora e deixou que seus pés o levassem para onde eles quisessem ir, logo o fazendo parar em frente a um dos bares mais famosos de Nova Roma.
Isso era sério? Ele tinha deixado Enzo aos cuidados de Annabeth para ficar longe das pessoas e a primeira coisa que seu corpo fazia era agir completamente da forma oposta do que ele planejava? Percy deu de ombros e fez o que seu instinto mandava. Ele passou pela recepção, vendo as pessoas acenarem para ele e se meteu no meio da multidão que dançava no centro da pista, seguindo em direção ao bar que ficava do outro lado do estabelecimento.
— O que eu posso fazer por você? — Um cara atrás do balcão perguntou. Percy engoliu o que estava na ponta de sua língua e fechou os olhos por um momento; não, ele não poderia fazer isso. Mas tudo o que ele via era o homem o olhando com desejo e tudo o que ele podia ouvir era o som da música, se sobrepondo sobre seus sentidos, o fazendo sentir como se ele estivesse bêbado.
Percy engoliu em seco novamente e disse, tentando controlar a própria voz que começava a falhar: — Um copo… um copo da coisa mais forte que você tiver.
Percy não sabia se estava imaginando coisas, mas pensou ter visto o cara fazer uma expressão decepcionada logo depois de passar para ele um copo com um líquido de cor âmbar clara. Percy pegou o copo, cheirou o conteúdo e fez uma careta, mas antes que ele pudesse levar o copo aos lábios, uma mão grande e quente agarrou seu pulso, o fazendo gemer baixinho e fazendo sua visão sair de foco por um momento.
— Eu ouvi falar sobre a sua promoção. — Percy ouviu a voz rouca de Jason dizer em seu ouvido, quase como uma carícia. Ele balançou a cabeça, sabendo que Jason não estava realmente sussurrando em ouvido ou contra sua pele, mas era como ele sentia; tudo amplificado pelo triplo. Jason estava a uma distância aceitável entre amigos e apenas segurava em seu pulso, o impedindo de virar a bebida. O pior era que o agarre de Jason nem era tão firme assim, ele poderia se soltar assim que quisesse, mesmo na situação vulnerável em que se encontrava.
— Eu não sei sobre o que você está falando. — Percy se pegou dizendo, enfim se virando para encarar Jason. Jason sempre tinha sido assim, tão… tão musculoso e forte? Ele sempre tinha tido olhos tão bonitos? E aqueles lábios, sempre foram tão macios? Ele queria tocá-los.
—… estava voltando quando me dissera-- e então, Percy se viu levantando as mãos e tocando nos tais lábios, os contornando com a ponta dos dedos.
Percy fechou os olhos, se deixando vencer pela vontade e segurou na nuca de Jason e...
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