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História Fade to Helena - Repostada - Quem você pensa que é?


Escrita por: helenafurnier

Capítulo 25 - Quem você pensa que é?


Fanfic / Fanfiction Fade to Helena - Repostada - Quem você pensa que é?

 

Dois Meses Depois...

 

Pov’s Lars

 

Depois que a Hell saiu de casa, deixando a maioria das coisas para trás, James voltou para aquele ser carrancudo, mau humorado e irritado de sempre, nada que eu não esteja acostumado. Ele só reclama e bebe, fode putas aleatórias e toca, nada muito diferente do que todos nós fazemos.

Eu sou o único que fala com Hell, mas é raro, tipo uma vez por semana ou algo do tipo, sinto muita falta dela, assim como todos, ainda não entendi direito o que aconteceu e a Hell faz questão de não explicar. Ela disse que está viajando por ai, conhecendo pessoas e se divertindo, diz que sente nossa falta, ela sempre pergunta indiretamente sobre James e sempre respondo que está “normal” e ela diz um “hm” desanimado, melhor do que contar o que ele faz. A voz aveludada dela no telefone é sempre animada, menos quando cita a nossa casa e James. Eu sei que ela sente falta dele e que ele sente falta dela, mesmo nenhum dos dois admitindo. Ela disse que volta, mas não sabe quando.

 

Era hoje que saiamos em turnê, quatro shows na Alemanha e Inglaterra que Hell arrumou para nós, acho que ela não vem, bem ela não disse se viria ou não, estou torcendo para que sim. Ouvimos o barulho do ônibus parando em frente a rua e pegamos nossas malas, indo em direção a rua.

-Saudades da Hell – Kirk falou fitando sua mala – quem vai cuidar da gente?

-Relaxa que não é só você, esse ogro – falei apontando para James – sente mais

-Cala a boca Lars – ele falou de formar grossa.

-Citar a Hell nessa casa virou proibido agora? – perguntei revirando os olhos.

-Sim, nunca mais cite o nome dela perto de mim – ele falou bufando.

Dei de ombros e fui em direção ao ônibus. O motorista colocou tudo no porta malas. Na hora que pisei no primeiro degrau do ônibus ouvi alguém gritar meu nome.

-Não pensavam que eu ia deixar vocês aproveitarem sozinhos a turnê que EU organizei não é? – Hell disse andando ( lê-se rebolando) até nós.

Ela estava linda, na verdade linda é pouco, ela estava maravilhosa e gostosa para caralho dentro de uma roupinha que valorizava muito bem seu corpo, a blusa que usava deixava seus peitos lindos e com aquelas pernas amostras em uma saia... ta, até eu queria foder ela agora (sempre quis, mas deixa quieto).

Olhei para James antes de ir correr abraça-la. Ele só a encarou, fazendo o sorriso dela desaparecer por alguns instantes, ele revirou os olhos e bufou para dentro do ônibus.

Ela pulou em meu colo e rodopiamos por algum tempo.

-Cuidado que assim eu te pego de jeito – falei dando um beijo na bochecha dela.

-Agora que estou solteira, melhor você tomar cuidado – ela falou rindo.

 

Pov Helena

 

-Eu achei que você nunca voltaria Hellraiser – Kirk disse me abraçando com força.

-Aiiii, assim você me quebra! – falei rindo e dando um beijo em sua testa em seguida – senti falta do meu monstrinho – completei bagunçando seu cabelo.

- Hey, saudades Hell! – Jason disse me abraçando de lado – Onde estava?

Abri a boca mas só um ruído rouco e confuso. Eu ainda não tinha pensado na mentira que ia contar para eles e com um leve movimento da minha boca em língua, a mentira mais malfeita que já contei saiu.

- A-ah, por ai Jason, só c-curtindo a vida por São Francisco – falei terminando com um sorriso nervoso.

Eles me olharam torto mas logo começaram a rir, será que eles compraram essa merda?

Lars e Kirk entraram no ônibus, assim como Jason. Eu podia sentir o olhar pesado de James pela janela, aquilo me deu calafrios.

Fiquei fitando o primeiro degrau do ônibus, coloquei o primeiro pé e segurei no corrimão. Eu não conseguia ir mais para frente que isso. Sim, eu tenho trauma de ônibus, dos profundos. Cada olhar que eu dava para dentro me recordava de uma parte especifica da viagem.

-E-e-eu, am, não, não, eu – falei gaguejando enquanto sentia minha garganta fechar.

-Helena? –Lars perguntou preocupado ao lado do motorista.

-N-não, eu não, eu não, eu – completei sentindo uma lagrima escorrer.

A sequei com força, quase arrancado meu rosto junto. Lars me esticou a mão e olhou para mim com ternura.

-No três eu te puxo.

- ok

 

-Tudo bem então Hell, só não esquece de uma coisa viu?
 
- O que?
 
-Que para vivermos, precisamos morrer um pouquinho
 
Por mais sem nexo que essa frase pareça, eu sabia exatamente o que ele queria dizer.
 
-Eu te amo viu pequena?
 
-Tambem te amo Cliff

 

-Um... – Lars falou apertando minha mão com firmeza.

 

Por que lutar? Se não se tem nada para lutar por?
 
E o que se faz, quando você percebe que tudo que você algum dia já amou, desapareceu para sempre?
 
Quando só existe você e a dor?

 

-Dois...

 

Tinha me esquecido o quão perturbador o gosto de ferro pode ser, meus olhos estavam cobertos de sangue que escorriam da minha testa.  Meus dedos estavam frios e roxos, pelos meus pulsos escorriam sangue e da minha barriga, o sangue que saia dela formava uma poça, tinha algo preso nela, eu não sabia o que era, mas podia sentir que estava lá. Meu rosto ardia assim como a minha garganta, por um momento achei que estava gritando, mas não tenho certeza, por que não ouvi nada, só um som distante e agudo, tudo estava embaçado.

 

(...)

 

Comecei a chorar, não um choro qualquer, nenhum som saia, mas minha garganta doía mais do que se pode imaginar.
 
Minhas pernas se tornaram inúteis enquanto eu me arrastava em direção aos cabelos longos de Cliff. Depois de muito esforço, meus dedos encostaram na ponta dos dedos da mão dele,Cliff estava com só um braço esticado e eu  apertei seus dedos com força. Eu não conseguia me mover nem mais um centímetro, ficar esticada daquele jeito me doía, mas não mais do que solta-lo.

 

-Três! – ele disse me puxando com força.

 

Quase voei em cima do motorista. Fui em direção a porta, instintivamente, mas o motorista já havia fechado, fiquei com as mãos apoiadas na porta, aplicando um pouco de pressão. Minha cabeça dizia “ é só um ônibus, o que aconteceu foi um incidente improvável, não irá acontecer de novo” mas meu coração berrava a cada batimento acelerado “ SAIA DAI AGORA SUA PUTA INGRATA”

Me virei com a respiração ofegante e notei que todos me observavam cautelosamente.

-T-ta tudo bem – falei mais mim do que para eles – ta tudo bem.

Eles assentiram com a cabeça, menos James que pela primeira vez depois da minha fuga, me olhava com algo que não fosse ódio, não consegui decifrar o que era, mas estava longe de ser ódio.

-Eu n-não quero sentar lá trás, eu não posso – falei meio que impondo.

-Tudo bem, senta na frente – Lars falou segurando minha mão com firmeza.

-Eu não quero ela aqui – James falou se levantando e tirando o óculos de sol, ai estava, o olhar de ódio de volta que me atingia com toda a força que ele desejava ao me manda-lo.

-James... – Lars falou.

-James o caralho, tira essa desgraçada da minha frente – ele falou jogando as pernas para o alto, cobrindo os dois bancos da frente – manda ela dar pra alguém no fundo do ônibus.

-James? – falei tentando reconhece-lo.

-Não fala meu nome porra – ele falou cerrando os punhos.

-Foi você que m- comecei a falar, deixando o desespero de lado e acrescentando a raiva na mesma intensidade que ele.

-FUI EU QUE O QUE HELENA? NÃO FUI EU QUE TE ABANDONEI–ele falou se levantando e colocando o dedo na minha cara.

-FOI VOCÊ QUE ME TRAIU – falei batendo com força no dedo dele, mas ele continuava o colocando na porra da minha cara.

 

Pov’s Lars

 

- EU NÃO TE TRAI – James berrava e gesticulava com os braços.

-O CARALHO QUE VOCÊ NÃO ME TRAIU! – Helena gritou apertando os cabelos com a mão – Ai ai, eu sou Venice, eu gosto de dar a minha buceta pra qualquer um e se quiserem, ainda do o cú de bônus – ela acrescentou com uma voz irritante de puta.

Os dois começaram a gritar um com o outro, chegando ao ponto de não entender o que um falava, igualzinho quando se conheceram.

- Isso é melhor que UFC – Kirk disse mastigando uma batatinha estático, observando a cena.

- ou MMA – Jason falou pegando algumas batatinhas, da sacola de Kirk.

Revirei os olhos, como eles poderiam se entreter com dois grandes amigos e que são loucamente apaixonados um pelo outro desse jeito! Ta, admito que era divertido... mas não era certo rir disso.

-Vou deixar isso mais um pouco... mas só mais um minuto – falei observando os dois, parecia que tudo estava em câmera lenta, tornando mais interessante.

-CADA VEZ QUE A GENTE BRIGA VOCÊ ACHA CERTO PEGAR AS COISAS E VAZAR? NÃO É ASSIM QUE A VIDA FUNCIONA NÃO SWEETIE

-NÃO ME CHAMA DE SWEETIE

- CHAMO DO QUE EU QUISER, JÁ TE FODI, TENHO O DIREITO

-CALA A BOCA

-CALA VOCÊ

-FOI VOCÊ QUE ME TRAIU CARALHO, EU TENHO MAIS DIREITO DE FICAR PUTA, VOCE MERECEU

-MERECI? QUAL O SEU PROBLEMA? VOU REPETIR MAIS UMA VEZ, EU, JAMES ALAN HETFIELD NÃO TE TRAI

-ENTÃO QUE PORRA É VENICE, HUH? – ela repetiu – HUH?

-EU NÃO SEI QUE PORRA É VENICE

- A PUTA PEITUDA QUE SAIU DO SEU QUARTO TODA SUADA E BAGUNÇADA

- ISSO NÃO ACONTECEU

-CLARO QUE ACONTECEU SEU VIADO MAL COMIDO

-MAL COMIDO O CARALHO, JÁ TE COMI MUITAS VEZES E SEI QUE FUI O SEU MELHOR

-QUEM TE FALOU ISSO? VOCÊ É UM MERDA

- E VOCÊ UMA PUTA E NÃO A MELHOR QUE EU JÁ TIVE

Quando James terminou essa frase, Hell soltou todo o ar de seus pulmões, igual ela faz quando vai chorar, mas ela não o fez, não derrubou nenhuma lagrima, só deu um gritinho e foi andando para o final do corredor, onde havia uma cortina e atrás as camas.

 

Pov’s James

 

Caralho. Não acredito que vou ter que ficar aturando ela por um mês inteiro. Não satisfeita em me abandonar e me destruir por completo, ela acha que tem o direito de voltar do nada pra me foder mais uma vez? Mas agora que vai foder com ela vai ser eu. Quero que ela sinta a mesma dor que me fez sentir, cada centímetro do meu corpo e mente que me torturavam.

Esperei menos de um minuto antes de ir atrás dela.

-James não faz isso pela amor de deus – Lars falou tentando me impedir.

-James não fode vai – Kirk falou, mas eu já estava do outro lado do corredor.

Abri a cortina e a fechei com força por trás de mim. Helena se virou com rapidez em me olhou com os olhos mareados e vermelhos, suas sobrancelhas me jogavam um olhar mortal.

-Me deixa trocar de roupa em paz Hetfield – ela falou se cobrindo com um travesseiro.

Eu arranquei o travesseiro dela com brutalidade e dei um sorriso sarcástico.

-Não tem nada ai que eu já não vi, toquei ou senti – falei rindo – ta acabada em Helena? Magra, puro osso e esses roxos? Que porra é essa –falei levantando seu braço e deixando várias marcas roxas, as vezes amarelas e escurecidas a vista – ta dando pra qualquer filho da puta, deixa ele te quebrar toda? Admite, fala ai as merdas que você fez nesses dois meses, nojenta, naja – falei com toda a raiva que tinha dentro de mim, larguei seu braço – fala que você não sente falta, fala que você não me quer de volta, porque você sabe que é minha, pelo menos não consegue fazer nada sem pensar em mim – me aproximei - cadê a Helena gostosa que eu conheci? a safada que eu amo, quis dizer, amava, agora só sobrou essa casca oca, nojenta, suja –cuspi as palavras.

 

-Seu filho da puta nojento, escroto – ela respondeu me empurrando com força– acha que pode me tratar assim? Não sou sua puta, não sou nada sua, esquece que eu existe, é você que me quer, que me anseia, que precisa de mim, mesmo me vendo acabada desse jeito – ela falou se aproximando – e nunca mais coloca esse dedo imundo na minha cara, não quero cheiro da “Venice” ou de qualquer outra puta perto do meu rosto

Eu ia retrucar, já sentia as palavras implorando para saírem de minha garganta, com nossos rostos quase encostando quando Lars entrou e me puxou pra longe dela.

Fui me sentar, fechei os olhos, esperando que tudo sumisse de uma vez.



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