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História Fairy City - Loving One


Escrita por: Barthoviche

Notas do Autor


Ola, a fofenha voltou!

Minhas amadas donzelas e meus caros cavalheiros, este capitulo destina-se unicamente a satisfação dos amantes de NALU!

Titulo: O(a) apaixonado(a)

E NADA MAIS!

BOA LEITURA!

Capítulo 27 - Loving One


Fanfic / Fanfiction Fairy City - Loving One

Just me and those walls

Just me and my tears

The one lone wolf

The one without a pack

The One without a love.

 

Ano 251 da Nova Terra

Verão em Fairy City

Apartamentos Femininos

 

Quando entraram na área dos dormitórios, Natsu pousou-a e continuaram o caminho em silencio. Mas a loira tinha a língua avida para começar um interrogatório. Queria perguntar porque a abandonou naquele dia, o que havia de errado e se ele se arrependia. Não perguntaria nada disso agora, tinha de aproximar-se outra vez, tinha de deixa-lo confortável o suficiente para que não fugisse rente as perguntas.

Havia um grupo de rapazes próximo a eles.

Natsu parou e encarou-os por um tempo. Notando que estavam na mira do meta-humano mais temperamental da escola, escapuliram em silencio. Ele sabia o que faziam ali, eram contratados de Zeref…o cheiro da droga sintetizada vinha de longe. Era a marca registrada dos pagamentos ilícitos que o seu irmão mais velho fazia. Para Lucy, aquilo foi puro territorialismo, algo que ainda não entendia, uma vez que Natsu não tinha a obrigação de protege-la.

— Vais pegar o resto das tuas coisas? — ela perguntou, tentando não criar tanta pressão, tentando ser um pouco da doce Lucy. Passou tanto tempo usando a mascara que uma parte formatou os seus ideais.

Seria doce… se fosse útil!

— Luce…estas a expulsar-me antes de entrar? — indagou rude, continuando a andar, entrando no elevador exterior e segurando a porta, deixando que ela entrasse também.

— É que esta um pouco tarde para andar sozinho de volta a casa. — sorriu, tentando formular um plano e deixa-lo a vontade — Pensei que, se não fosse para apanhar o resto das tuas coisas, talvez quisesses dormir hoje com..

— E depois vais usar o meu corpo como usas-te o de Gray? — indagou. Lucy não cheirava nada de Gray, seria impossível que tivessem feito algo a mais do que beijar… e isso ele cheirou. Mas viu também a luxuria latente nela, por isso, mesmo que estivesse fodidamente atraído por ela, não se deixaria enganar: ela apenas queria uma boa foda, tal como ele quis a muito tempo com outras — Não caio nessa, Luce.

Sorriu, escondendo o desgosto de que poderia ser usado e descartado, trocado por August. Então, tinha de cortar qualquer ideia sexual que ela poderia ter sobre ele e afirmar-se apenas como…cunhado.

— Achas que eu vou usar-te?! — resfolegou, voltando-se na cabine para encarar o perfil daquele gostoso — É por isso que me deixaste com as pernas abertas anteontem?

— Sim. — não era nem perto da verdade.

— Certo.

Ela também não disse mais nada, esperando a porta abrir. Saíram do elevador juntos, mas o pensamento da loira bem longe. Se não estava em erro, foi ele que iniciou a chama entre eles… com aquele beijo no telhado. Bom, se ele quisesse fingir que nunca existiu nada, ela era a pessoa indicada para fingir.

Só que não!

Alcançando a porta do seu apartamento, Natsu imprimiu a sua digital no painel. Observação: Lucy não o tinha deletado do sistema. Um sorriso alargou os cantos da sua boca quando a porta abriu, mas não tanto, uma fez que ele se esforçava para não ser enfeitiçado pelo aroma das feromonas dela. E, para uma simples humana, estavam muito fortes… e expeliam irritação também. Dentro do espaço, estudando o ar, observando a forma como tudo estava, Natsu constatou uma coisa.

— Luce…onde estão os teus irmãos? — andou ate ela, observando-a confuso.

Ela tremelicou um pouco, começado a brincar com as próprias mechas loiras. Perante a reação dela, Natsu, usou um pouco da sua imaginação – que ficou extramente ativa desde que ela chegou naquela escola, tirando tudo de normal que havia na sua mente. Um milhão de possibilidades passaram pelas suas ideias, cada uma pior do que a outra. Desviou para o teto, tentando arranjar outro pretexto para não ouvir algo que o fizesse persegui-los e arrancar as suas tripas com as mãos nuas.

Lucy sorriu.

— Expulsei-os de cá. — explicou com um sorriso frio, deixando Natsu mais aliviado — Não estou no clima para aturar aqueles dois.

Despreocupado, o rosado deixou-se cair do sofá maior, relaxando o corpo todo na sua extensão. Com a mesma velocidade que ele se deitou, levantou-se logo. As lembranças do que fizera naquele sofá com ela, ainda estavam frescas tal como o cheiro da excitação dela pregado nas suas narinas.

Ela sentou-se próxima a ele. Tão próxima, que se ele se virasse, poderia esbarrar nela. Os olhos castanhos desaparecendo por trás de um véu de cílios grossos; o hábito de se sentar próximo a ele, nas refeições ou dentro da sala de aula – nunca exatamente ao seu lado, mas perto o bastante para ouvir suas conversas e fazer uma observação maliciosa; na maneira como ela sempre escolhia ao seu lado

— Ainda não me respondeste, Luce. — lembrou-a da questão que havia feito antes, quando foi distraído pelo desejo — Porque raios cheiras tão bem?

— Perfumes caros.

— Sou alérgico a maioria deles, e isso… — abriu os braços, como se apontasse para o espaço todo — Esse cheiro, são feromonas, não perfumes caros. Então, Heartfilia, por quanto tempo mais vais deixar-me no escuro?

Ela suspirou.

Bom, já havia concordado em contar tudo a ele, mas, de alguma forma, pensava em voltar atras com a decisão. Esconder a verdade dele só o deixaria desconfiado, alem do que, ele investigaria, descobriria e podia perder a confiança nela… voltaria a ser o Natsu que a via como a ardilosa que planejava destrui-lo. Enfim, como Natsu do seu lado, seria muito mais fácil, ele poderia ajudar. De qualquer forma que ele quisesse.

— Natsu. — voltou-se na cadeira, vendo-o fazer o mesmo, só que com o semblante irritantemente, aborrecido — É algo que eu não gostaria que mais ninguém, que esteja fora daqui, soubesse

— Parece um segredo grande. — ele continuava enfastiado.

— Eu… eu… a historia começa com um golpe do teu irmão. — revelou, observado uma das sobrancelhas cor de pêssego, levantar — Minha mãe queria uma filha que fosse uma Andarilha , tal como o meu pai, para passar a eternidade com ele e não deixa-lo só em momento algum.

— Isso é novo. — Natsu arregalou os olhos, inclinando mais para ela, finalmente achando aquilo interessante — Sendo que, Zeref é mesmo capaz disso, tanto que fez isso nele próprio.

Andarilhos. Uma falha. Era suposto terem criado um humano com um código genético perfeito, imune a todo o tipo de doenças, degenerativas ou genéticas, mas, uma pequena falha – diga-se, a vingança de algum deus desocupado – fez com esse código criasse apenas humanos imortais, imunes a doenças, mas incapazes de envelhecer mais de cinquenta anos. O pior, era que não podiam reproduzir, eram estéreis… e Jude foi o primeiro e único nascido com esse código. Tinha milhares de anos de idade, vira a destruição do planeta terra, o êxodo terreste e tudo o que levou a espécie humana a ser apenas 20 por cento da população atual.

Zeref conseguiu copiar tudo para o próprio ADN, mas, infelizmente, ele era um caso raro. E esse caso repetiu-se com Laylah. O infortúnio era o corpo fraco e sutilmente humano, mas as células dela eram perfeitas… mas vulneráveis ao envelhecimento e a morte.

— A minha mãe, na condição de humana pura, é única e ótima para testes e criação de novas espécies. Porem, ela jamais deixou que usassem o seu gene para isso. — suspirou, encarando o rosado com um significado imenso.

Natsu já desconfiava… Zeref enganou Laylah.

— Zeref, o merda do teu irmão, sem ofensas… — disse rapidamente, vendo o rosado dar um meio sorriso, concordando com a frase e nem um pouco ofendido — …fez um clone da minha mãe, alterou o gene e configurou-o como um meta.

— Por acaso esse clone…?

— Sim. Sou eu. — encarou-o mais profundamente, vendo as sobrancelhas retas do rosado, esbarrarem uma na outra em confusão — Zeref queria alguém para liderar os outros meta-humanos, chamados Dragões, porque são, normalmente, incontroláveis.

Ah, essa parte ele sabia. O primeiro Dragão de classe alta, o mais forte e perfeito alguma vez criado num laboratório e que teve a dadiva de nascer de um útero – ou seja, podia reproduzir-se sem nenhum problema. E, como a empresa constatou, Natsu não obedecia a ninguém especificamente…

— Então… estas a dizer-me, que as tuas feromonas têm um efeito sedativo? — Natsu riu. Porque não era nada disso, nem de longe, mas, de alguma forma, sentia que poderia aceitar qualquer ordem dela — E porque não me senti assim desde o primeiro dia?

O desafio fez Lucy morder os lábios.

— Os controladores de hormônios não funcionam mais. — sorriu triste — Têm de sintetizar um novo, mas vai demorar muito. O antigo esta fraco demais para segurar o pico hormonal da adolescência.

— Certo. — falou grogue, parecendo deliciado com a informação — Pelo que sei, o teu tipo chama-se Mistress, e Wendy foi a única que sobreviveu a entrada na adolescência. Como conseguiste este feito?

Lucy segurou onda de irritação causada pelo descrédito do rosado nas suas palavras, a graça que a face dele transparecia era desconcertante, como se ele estivesse fazendo pouco dela e não acreditando nas ultimas revelações. Era compreensível. Muita infirmação por uma noite. Mas, se respondesse a todas as perguntas dele, talvez ele acreditasse veementemente nas suas palavras.

— Não sei como, mas as minhas células adaptaram-se ao ambiente…em parte, deve-se aos genes da minha mãe. — declarou, vendo a carranca do rosado relaxar. A explicação foi valida, agora vinha a parte difícil — E…Wendy sobreviveu porque…eu…bem, eu vi que nos tínhamos o mesmo grupo sanguíneo e não custava tentar.

Natsu pôs-se de pé, analisado a frase e chegando rapidamente a conclusão. Lucy tinha injetado o próprio sangue na azulada, os seus anticorpos, e salvado a pequena. Mas, poderia ter sido um tiro pela culatra e a sua prima poderia acabar morta. Era arriscado e ela o fez por conta própria, sem a ajuda de um profissional que tivesse conhecimento do quadro de Wendy, por exemplo, a própria mãe dela.

— Luce, diga-me algo que não me faça matar-te agora. — ordenou, com a voz rouca e perigosa. O calor aumentou drasticamente, irradiando do corpo do maior, como se verbalizasse a ameaça outra vez.

Não iria mata-la de fato, mas a faria desejar isso.

— Senta-te!

A voz o fez esmagar o corpo no sofá, outra vez, sem dar-se conta do que havia acontecido. Era uma ordem e ele seguiu-a cegamente. Se Lucy era mesmo o que dizia ser, então…

— Perigosa.

— Eu sei. — indignou-se — Um monstro. Uma arma. Porque achas que eu escondi isso de todos? Eu só te contei porque acho que podes ajudar-me a ocultar o cheiro, se ficares bem próximo de mim, pode resultar.

— Foi por isso que me deixaste viver aqui contigo? — indagou serio.

— Em parte… E sobre Wendy… — adquiriu a sua atenção total — Eu pedi a Happy para analisar as possibilidades de ela sobreviver a transfusão, e aos meus anticorpos, eram de 40 por cento se fosse pacifica. Se eu fosse mais agressiva, passando o sangue diretamente enquanto libertava a minha energia sobre ela, seriam de 90 por cento.

— Agressiva… — Natsu pensou — Então, Wendy agora é tua submissa. — ligou os pontos. Então Wendy também já não era uma Mistress, não passava de uma meta-humana, talvez com um pouco de um Dragão que iria obedecer a loira, como uma cachorrinha… tal como ele  — Tu já deste alguma ordem a ela?

A pergunta era vazia.

Natsu queria mesmo era esmagar o nariz de Lucy, mas sentia que seria pior. Então, acalmar-se-ia primeiro e só depois diria algo a respeito das ações da loira.

— Sim.

— Qual?

Acorda. — sorriu, vendo os olhos negros prenderem-se aos seus, analisando-a com um misto de preocupação e estranheza — Odeias-me, Natsu?

Ele suspirou. Depois ficou indignado, como se alguém houvesse puxado a sua orelha. Pensou em quebrar o nariz dela, quando tudo o que ela fez foi ajudar. Outra vez. Era mais uma divida que tinha com ela, mas não diria nada disso. Faria o possível para pagar, a sua maneira. Levantou-se, ficando de frente a ela, e abaixou-se segurando os pequenos ombros. Aproximou o rosto, tanto que quase colidiam com as testas.

— Luce. — começou estoico — Quero que arrumes as tuas coisas e saias desta escola o mais rapidamente possível. Agora percebo porque Zeref quer-te tanto, e percebo que aqui és apenas uma presa fácil. Tens de ficar longe da influencia dele, da influencia da empresa. Vou proteger-te o máximo possível, ate que ele consiga uma forma de obter o que ele quer e, depois de tudo, ele vai matar-te, Luce.

Natsu parecia alterado. Irritado. Mas não com ela. Natsu estava irritado e zangado com Jude, que foi capaz de deixa-la num lugar assim, tão a merce de Zeref – que também provocava a sua ira. Vindo de um homem assim tão inteligente, parecia estranho. O loiro tinha algum plano, e que o envolvia, pelo menos em parte, pois não fez nada quando ele aproximou-se dela e deixava que ela namorasse o filho do pior inimigo.

Jude era tão ardiloso quanto a filha. Mas muito mais complexo.

A loira, por mais estranho que pareça, estava encantada. A força com que ele a segurava assim tão perto, a lembrou do porquê de admira-lo tanto. Natsu era seguro de si, forte e potente, não deixando espaço para duvidas. Irradiava poder e não tinha medo de usa-lo, hesitava quando algo alem dele próprio, estivesse em jogo; de resto, que viesse o inferno pois ele era o próprio diabo.

Abriu os lábios num ofegar, distraindo o rosado.

Ela não sabia ao certo como tudo acontecera. Num instante, as mãos dele seguravam-lhe os ombros e os sacudiam – muito –, e no outro, ele a beijava apaixonadamente, com a mesma força com que antes gritava.

Lucy só pensava, mesmo ao corresponder aos beijos dele, que este momento fazia todo o resto valer a pena – tudo o que ela sofrerá desde que embarcara naquela aventura miserável. As mechas de Natsu, que estavam longas o suficiente para formar uma farta franja, roçaram a pele sensível em torno de seus lábios. Quando, logo em seguida, ele afastou os lábios de sua boca para pressioná-los contra seu pescoço, a respiração quente lhe queimou a garganta, e ela estremeceu de prazer. Seus mamilos se intumesceram sob o linho macio da camisa e a fazenda mais pesada do colete dele.

Só aquela sensação dos lábios de Natsu em seu pescoço a convenciam de que tudo valera a pena. Tudo valera a pena…

Até mesmo ficar fechada naquela escola aturando aqueles adolescentes; até aquilo estava perdoado agora. Ah, de início ele fora idiota por debochar das revelações que ela fazia, depois começara a sacudi-la. Aquela não foi a receção que ela esperava. De fato, não imaginava que Natsu fosse ficar alegre com a noticia, pois achava que ele certamente ficaria mais feliz se visse comida, mas também não esperava que ele pudesse ficar tão zangado.

O que havia de errado com ele?

Ali estava ela, arriscando tudo para contar a informação que valia a própria vida, e Natsu não parecia nem um pouco agradecido por ser seu confidente.

Quando Lucy viu pela primeira vez aquele nível de raiva em seus olhos, quase se virou e saiu correndo. Mas depois de ter passado por tantas dificuldades – ajudando-o como pudesse, ameaçando um policial e deixando que ele, um ser temperamental e dez vezes mais forte do que ela, ficasse na sua casa –, ela não conseguia ir embora.

Parecia ter valido a pena superar a indignação inicial de Natsu. Os lábios dele nos seus faziam a coisa toda valer a pena; a ansiedade e o desespero nos beijos dele, como na madrugada em que ela a abandonou, a fizeram saber, imediatamente, que fizera a coisa certa. Este homem ansiava por ela. Lucy notou que era vital para ele tocar uma Mistress assim. Era evidente pela avidez com que a beijava, a ânsia com que sua língua trabalhava para separar os lábios de Lucy. Ela fora uma tola por não ter notado isso antes.

Talvez tenha notado sim, e por isso mesmo, apesar de tudo, nunca a tenha permitido afastar totalmente, por mais que tentasse. Lucy parecia, agora, tão vital para ele como o alimento e o ar. Natsu jamais diria isso em palavras, era óbvio. Mas também era óbvio pelo modo como a beijava que não podia viver sem fazer isso. Essa conclusão encheu Lucy de uma alegria incontida, e ela o abraçou. Natsu tinha o sabor exatamente igual ao cheiro dele, de algo tostado pelo sol — acalentador, estimulante. Estar de novo em seus braços era maravilhoso, mais do que poderia ter imaginado. Natsu tinha banhado e secado com o próprio calor, e mesmo assim tinha o mesmo odor, o mesmo aroma de homem saudável e limpo.

Era Natsu.

O idiota que mal sabia lavar a roupa, mas que estava sempre limpo – de uma forma estranha – apesar de suar mais rápido do que o resto do mundo.

Lucy mergulhou a mão em seu cabelo rosado e suave, que parecia tão inadequado àquele homem grande e forte. Sentiu que ele estava excitado, assim como sentia a maciez do cabelo e o pelo áspero da barba que começava a crescer. Desta vez, ela sabia o que estava acontecendo lá em baixo, mas certamente não o tocaria ali, não depois do que acontecera na outra vez.

No entanto, de algum modo, lhe parecia que agora Natsu queria que ela o tocasse. Porque conforme a beijava, ele aos poucos foi chegando para frente – levando-a consigo – até encosta-la nas costas no sofá. Então, lentamente, escorregou pelo couro frio, ainda agarrado a ela. Lucy, teve que reverter as suas posições, primeiro porque o impedir de fugir novamente e segundo, porque ele iria esmaga-la.

Só que na verdade ela nem estava sentada. Estava mais montada no colo de Natsu, de frente para ele, com as pernas para os lados numa posição que Levy desaprovaria totalmente, mas que Lucy achava absolutamente normal. E Natsu parecia concordar com ela, principalmente quando dizia seu nome junto ao pescoço. Lucy ouvia, porém, mais que isso, ela sentia a reverberação da voz de Natsu em seu peito. Ele a abraçava tão apertado que, quando falava, parecia que o som a percorria. Aquela voz dizendo seu nome provocava algo em sua coluna, a relaxava, a transformava de osso rígido em uma substância mais semelhante à manteiga. Lucy afastou o rosto do pescoço de Natsu, onde o enterrara, e olhou para ele, perguntando-se como fazia essa mágica com a voz.

O rosado, só iria dar o que ela precisava. Podia ir mais longe agora, estava despreocupado com isso, afinal, se ela era o que dizia ser, aguenta-lo era fácil…era perfeito. Mas, ainda havia August, por isso... moveu as mãos, que antes contornavam a cintura fina, para seus ombros. Em seguida uma das mãos escorregou para o braço e a outra retornou à cintura de Lucy. Ela notou que a da cintura, na verdade, mergulhou sob a fina t-shirt e desapareceu. Sentiu o calor daquela mão em suas costelas, os dedos dele sob a sua pele.

E outra coisa estava acontecendo.

No início, Lucy achou que era um acidente quando aquele membro rijo, que pressionava com tanta insistência o tecido macio dos calções dele, de repente se esfregou nas costuras que uniam as duas pernas dos seus calções. Lucy sabia que Natsu deixou-a da outra vez, portanto tentou se afastar, mas a mão que ele tinha em seu braço a empurrou de volta – na verdade, com firmeza. Com tanta firmeza que aquele membro rijo golpeou a sua genitália ainda coberta. E Lucy não esperava. Ela soltou uma leve exclamação de surpresa e interrompeu o beijo, chegando para trás para poder ver esse homem que a atacava tão de repente e em tantas frentes.

— O que... — começou Lucy através dos lábios avermelhados, mas sua voz ficou presa na garganta quando ele, com o olhar voltado para muito abaixo do pescoço dela sem nenhum constrangimento, silenciosa e cuidadosamente puxou a peça que lhe cobria o tronco.

Confusa, acompanhou o olhar dele, mas só viu seu próprio corpo, que, segundo a opinião de Lissana, tinha curvas cheias em demasia. O interesse Natsu poderia ter na pele de seu peito, era o mesmo que tinha para os das outras meninas... Até que a mão que tirar a camisa fora, mergulhou e segurou um de seus seios. Lucy prendeu a respiração. Quando Natsu apertou os dedos, roçou a palma da mão no bico sensível do mamilo, que ficara rígido – ambos ficaram – no instante em que começara a beijá-la. Era uma tortura – uma tortura maravilhosa – sentir aquela pele tão perto, sem tocar, no entanto exatamente aquela parte que se pronunciava, ansiando pelo toque dele...

Foi nesse momento que Lucy percebeu por que Natsu reagira daquela forma no outro dia. Ele não estava aborrecido e nem a quis diminuir. Ele a queria muito e da mesma forma que ela ansiava para que ele segurasse seu seio. Provavelmente só queria evitar algo maior, algo que os fizesse arrepender mais tarde.

Ora, então ele não a conhecia de verdade, não é?

Apertando os braços em torno do pescoço de Natsu, Lucy puxou a cabeça dele para beijá-lo novamente – e habilmente colocou o seio em sua mão. Ela estremeceu de prazer quando os dedos lhe acariciaram a pele macia, massageando, explorando. Talvez Lucy não tivesse os seios perfeito e arrebitados das modelos, eram grandes e pesados, mas era evidente que, para este homem, pelo menos, o que ela possuía era mais do que suficiente. Então aconteceu de novo, aquelas pontadas nas suas partes íntimas. Desta vez, Lucy não se surpreendeu, nem tentou se afastar. Fez justo o oposto, na verdade. Pressionou a pélvis contra o corpo dele, sentindo uma prazerosa contração entre as pernas. Só para se certificar de que ele aceitaria, pressionou de novo, ganhando a mesma reação, um leve pulsar. Isto é, não propriamente um pulsar, mas uma espécie de puxão...

Mas, desta vez, além do puxão, ela também provocou uma reação em Natsu: uma espécie de gemido no fundo da garganta. Ela imediatamente se afastou, preocupada por tê-lo provocado alem da conta. Talvez, por mais rijo que aquele membro desse a impressão de ser, ela não devesse investir contra ele com tanta energia... E Natsu novamente a encaixou sobre ele. Desta vez, quando a puxou, ele a olhava direto nos olhos. Lucy conseguiu fitá-lo sem sentir que aqueles olhos negro carvão. Na verdade, Natsu tinha um sorriso no rosto. E Lucy concluiu que, se ele sorria, não podia estar desgostoso de todo.

Aparentemente, longe disso. Pois logo em seguida ele abaixou a cabeça para admirar-lhe o peito nu. Ela, olhando para baixo, não conseguia ver o que o mantinha tão interessado. Só via seus seios, roliços e meio caídos por causa do peso, balançavam exageradamente mesmo quando ela respirava. Ela também achava os mamilos insignificantes, as aréolas muito estreitas e de um tom de rosa terrível. Lucy achou que deveria desvia-lo para outro lado, não querendo que ele notasse algo desqualificante. Estava pronta para fazê-lo quando Natsu fez algo extraordinário: ergueu uma das mãos, a outra cravando nas suas costas, até lhe cobrir o seio direito com os dedos em forma de cálice e então, inclinando a cabeça, prendeu o mamilo intumescido em sua boca.

Para Lucy, a torrente de sensações resultante foi esmagadora. O calor que a boca de Natsu emanava, o roçar quente de sua língua... tudo a queimava, fazendo suas costas arquearem e certa humidade molhar levemente os calções. O puxão que sentira entre as pernas se transformara em uma tração, e de repente ela estava pressionando corpo contra o dele, não porque lhe dava prazer, mas porque lhe parecia necessário para sua sanidade. Ele era uma rocha sólida à qual ela podia se agarrar nesse turbilhão de desejo em que se transformara...

A loira prendeu a respiração ao sentir a barba de Natsu roçar a pele macia de seu peito no momento que ele moveu a boca de um mamilo para o outro. Agora ele lhe aprisionava os seios com as duas mãos. Lucy segurou-se nos ombros dele, sentindo-o mover-se sob ela e notando que começava a se mover também, se aproximando e se afastando, depois pressionando o máximo que podia sem tomá-lo dentro de si.

Então uma das mãos de Natsu desceu para remexer a fivela de seu cinto. Lucy mal percebeu. Sua respiração era curta e ofegante. Ela lhe segurou a camisa, ainda se movendo contra o corpo dele, alheia a tudo exceto a tração entre suas pernas, que parecia ter assumido seu corpo inteiro e se transformado numa dor, uma dor que só- ele podia aliviar. Ela o usava, sabia, para seu próprio prazer egoísta, e se sentia culpada por isso, principalmente porque em alguma parte distante de sua mente ela parecia se lembrar de que ele havia fugido uma vez...

Mas ela não estava tocando. Não com as mãos, pelo menos.

Foi aí que Lucy explodiu, sentindo-se um dos canhões dos livros que lia. Era como se alguém tivesse acendido um rojão sob ela, fazendo-a subir em direção ao céu cada vez mais rápido até que de repente colidiu com uma estrela, num feixe de luzes cintilantes. Suas costas arquearam, as unhas cravaram-se nos ombros de Natsu, as coxas envolviam-no, apertadas como um torno. Ela estava vagamente ciente de que as mãos de Natsu tinham se afastado dos seios e agora seguravam seus quadris enquanto ela se contorcia contra ele.

Então ela soltou um gemido e desmoronou sobre o peito nu de Natsu.

 

O rosado aninhou a cabeça de Lucy em seu ombro, ouvindo sua respiração irregular, embora fosse quase abafada pelo barulho dos próprios pulmões, que aqueciam o ar. E junto a si, sentiu a batida do coração de Lucy desacelerar para um ritmo lento e regular.

Ela era tão pequena que, mesmo com todo o peso de seu corpo sobre ele, parecia leve como uma criança. Natsu precisava se lembrar de que ela era, quase, uma mulher adulta – a esta altura já tinha 17 anos, e não era uma idade a ser desprezada. Claro que Lucy Heartfilia podia ter 17 anos, mas não era virgem. Isso a fazia parecer mais apetecível do que qualquer outra mulher com quem ele já se relacionara... Apesar de ela o atacar de uma maneira que não sugeria nenhuma modéstia adolescente.

Que tipo de menina mimada ela era, capaz de atacá-lo daquela maneira?

E era exatamente assim que ele se sentia. Como se tivesse sido vítima de uma agressão. Ah, ele iniciara tudo. Sabia que tudo partira dele, com aquele primeiro beijo ardente. Não que se incomodasse com o que aquele beijo tinha ocasionado. Pelo menos, não muito. Nenhum homem se incomodaria em ser atacado dessa forma por uma garota jovem e bonita. Ele certamente não estava reclamando...

Embora talvez tivesse sido bom se ele houvesse encontrado algum alívio, como Lucy. Natsu ainda estava rijo e começava a sentir dor. Mesmo através da camada dupla de roupa, ele podia sentir o calor húmido que emanava do meio das pernas de Lucy. A tentação de desatar-lhe a calça, posicioná-la sob seu corpo e possuí-la por completo era forte.

Mas, felizmente, ainda estava lucido e não se podia deixar levar pela libido. O objetivo de tudo era acalma-la, deixa-la com um pouco do seu cheiro e mantê-la a salva para o seu sobrinho. Portanto, mudou o corpo sem energia um pouco de lugar para aliviar a pressão em sua ereção e simplesmente a abraçou, procurando pensar em coisas que não fossem ligadas a fazer amor com Lucy Heartfilia.

Porém era mais fácil dizer do que fazer. Era uma experiência totalmente nova para Natsu estar com uma mulher cuja única motivação era se dar prazer; com todas as outras com quem havia se relacionado, o prazer dele vinha em primeiro lugar. Ora, ele geralmente pagava, e muito bem, pela cortesia. Mas mesmo as mulheres a quem não pagava – as meninas que o procuravam por curiosidades, por uma paixoneta idiota ou a procura de aumentar o status – nunca tinham montado nele e cavalgado como se ele fosse um garanhão.

E Lucy era de outro. Essa era a pior parte. Ela era do seu sobrinho. Mas ela não havia lhe dado chance. Quando Natsu começou a beijá-la, ela investiu para cima dele com uma sensualidade tão ingênua que ele mal conseguiu respirar, que dirá conduzi-la. Quem pensaria que naquele corpinho compacto que descansava tão confortavelmente sobre o seu haveria tanta sensualidade?

Há quanto tempo Lucy Heartfilia o observava, e o queria? E há quanto tempo ele andava perdido por aí, pulando de galho em galho, sem ter a menor ideia de que tudo o que ele sempre procurara numa mulher chegara como um furacão? Somente depois daquele beijo no telhado, na véspera da sua grande luta, ele havia percebido a incrível sensualidade transbordante da nobre Srta. Lucy Heartfilia. Descobrir isso com uma mulher que era a sua cunhada, quase o enlouquecera. Como ele poderia, mesmo que pela melhor das razões, ter evitado tira-la dele enquanto ele ainda estava saudável?

Tira-la agora seria cruel e covarde.

Ainda assim, nos momentos em que Natsu ousava sonhar com um futuro que incluísse Lucy – momentos esses raros e com longos intervalos, pois, trancado aquela ecscola, ele não acreditava ter muito futuro, com ou sem Lucy – , jamais imaginara que a primeira vez que a faria gozar pudesse ser assim.

Quando se imaginava fazendo amor com ela sempre acontecia na cama grande com lençóis de cetim, tal como os que a envolviam todas as noites, com o luar entrando pelas janelas e o barulho suave do vento como único acompanhamento. Natsu certamente jamais tinha se visto fazendo amor com Lucy num sofá da sala dela, ao som dos aparelhos domésticos ao fundo, e muito menos supusera que, quando a ocasião finalmente chegasse, qualquer um dos dois continuaria inteiramente vestido...

 

O que aconteceu aquele sofa, concluiu Lucy lá pelas quatro horas da madrugada, foi resultado de emoções autênticas, de instintos que assumiram o lugar normalmente regido pela razão. Natsu podia estar demasiado excitado com as formas do corpo dela – certamente estava um pouco –, ou podia simplesmente ter sido levado pelo ambiente romântico do parque. De qualquer modo, ele não agiu racionalmente, e, não é preciso dizer, nem ela.

Mas isso não significava que não tenha havido emoção. Talvez, da parte dele, não fosse amor. Mas era alguma coisa. Não dava para negar que eles eram amigos, bons amigos e cúmplices, que não só já tinham feito parte de algum crime – como invadir o sistema informático da escola, mais importante ainda, estavam sempre prontos a se ajudar quando a situação não era ameaçadora, durante os trabalhos. Durante as provas, quando nenhuma atividade acontecia por dias seguidos, isso pode levar qualquer um à loucura, mas eles passaram por muitas situações dessas com humor e as pequenas discussões, típicas de um casal confinado num apartamento.

Não é nisso que consiste o amor?

Não só resistindo às tempestades, mas o fazendo por longos períodos de estagnação sem enlouquecer ou sem passar a se desprezar?

Mas não era amor…muito longe disso.

E não é o caso de não sentirem uma atração mútua – Lucy sabia com absoluta certeza que ele estava atraído por ela. Sentira a evidência dessa atração em suas mãos.

.

.

.

Mas, cara (o) leitora (r), se havia amizade verdadeira e atração, o quão longe, de fato, eles estavam do amor?


Notas Finais


Notei que não ando espressando muito bem as capacidades de Lucy e espero que a autora Mayers me ajude a fazer isso, afinal, Lucy cria cyborgues e robos para que possa ter a maior ajuda possivel!

<3


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