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História Fairy City - My Sweet Blondie


Escrita por: Barthoviche

Notas do Autor


Postagem dupla!
Tremam meus queridos e queridas!

Capitulo dedicado a Lucyneel!
Beijos <3

titulo: Minha Doce Loira

Capítulo 29 - My Sweet Blondie


Fanfic / Fanfiction Fairy City - My Sweet Blondie

Aquele que te ama

É aquele que cuida de ti

Mesmo que não vejas

Ele não se exalta e não exige nada

Mesmo que esteja na friendzone

 

Ano 251 da Nova Terra

Verão em Fairy City

Jardim do Sol

 

 

Natsu andava a volta dos limites do jardim, imerso nos próprios pensamentos e não ouvindo nada alem da musica que saia dos auscultadores. Ainda lhe custava acreditar que estava apaixonado pela loira, não sabia ao certo identificar quando foi que tudo aconteceu – desde que ela apareceu na sua vida, claro – ou porque tinha que ser ela.

Lucy não era o tipo de menina que despertava o seu interesse.

Não sabia dizer o que mais gostava nela.

Gostar?! Grandiney já o havia dito como ele deveria se sentir quando estivesse apaixonado: claro que ele riu muito na altura, não acreditando em patavina do que ela disse. A rosada, que ele tinha mais como mãe do que tia, enumerou-lhe todos os sintomas e, que alem de estar sexualmente atraído por apenas essa pessoa especifica, qualquer contato físico o deixaria meio abalado…com o coração na mão, por assim dizer.

Aceitou esse fato. Ultrapassou os próprios pré-conceitos e anuiu que estava apaixonado pela loira, porem, a tia não o explicou o que deveria fazer depois que soubesse disso – uma vez que ele estava gargalhando por mais de dez minutos, não haveria como ouvir e, se fosse pergunta-la agora, seria obvio demais. Teria de afastar-se da loira e deixar a paixão morrer ou colar-se nela ate que se desiludisse? Ou aborrecesse…

— Natsu. — a voz feminina deixou-o em frenesi.

— Lissana. — voltou-se, encarando a albina que havia provocado a ira da loira — Deves ter algo muito importante para falar, porque se eu fosse você, iria estar a milhas de mim mesmo.

A albina sorriu, aproximando-se dele cautelosamente, mas de forma sensual, como se isso fosse provocar alguma reação nele e, para a desgraça dela, Natsu estava perdidamente atraído pela loira.

— Eu soube de Caine e Lucy vão sair juntos. — sussurrou a frase, ficando na ponta dos pés para que os seus lábios roçassem a orelha do outro. Natsu quis vomitar, tanto pela informação quanto pela proximidade de Strauss.

— Acho que já não tens mais nada para fazer. Agora estas a inventar coisas sobre Luce. — riu, roçando o corpo todo na albina, sorrindo quando a ouviu gemer. Era bom saber que ainda era capaz de derruba-la — E o que te faz pensar que ela aceitaria sair com um perdedor?

— O simples fato de que, Zach não é malfalado, tem boa reputação, nunca a fez chorar e… ele não é tio do namorado dela. — Lissana sorriu, fazendo Natsu, recuar um passo e enlaçar a cintura dela com um braço.

A albina riu, divertida, aproximando-se outra vez dele, sentindo o outro braço circunda-la. O sorriso de Dragneel alargou-se, os seus olhos pareciam chamas vivas, mas isso não a assustou. Pelo contrario, estava mais excitada! O perigo que Natsu proporcionava era o seu doce veneno.

— Sabes… — ele sussurrou, a voz ameaçadoramente rouca — Eu posso matar-te agora mesmo. É só apertar os braços e pronto, cais morta e seca nesta grama. Então… — inclinou-se, cobrindo-a com o corpo, fazendo questão de deixar passar os segundos em que ela tremeu de medo — …mantem a distância dela e aproveita bem esta segunda chance que eu te dou. — teve a certeza de falar na orelha dela também, revidando o ataque.

Quando a soltou, a albina cambaleou, encarando-o com um medo que escalava a sua face aos poucos, mas nada de se afastar dele. Pelo contrario, agarrou o braço dele com os olhos lacrimejantes. Ao que parece, ela gostava de sofrer danos psicológicos, mas ele iria passar a física em poucos segundos se ela não tivesse uma boa explicação.

— Não faça isso, Natsu! — suplicou, deixando-o confuso — Vais te arrepender.

— O que queres dizer com isso? — rosnou.

— Na-nada… — gaguejou a menina, tomando uma direção decidida a correr para longe dele, para o bem dela mesma.

O rodado passou a mão pelos cabelos, frustrado, sabendo, se Zeref quisesse, poderia ter a albina ao seu lado – uma infiltrada para fazer a sua vida negra. Tudo indicava que sim, mas Lissana estava na passiva. Se fosse Zeref, ela já teria feito algo mais grave. Suspirou forte pelas narinas, mudando de direção e dando de caras com Lucy e Caine.

Ambos imersos numa animada conversa.

Ela sorria e as vezes ria, enquanto o palerma falava – de algo coisa trivial da sua vida de merda de escudeiro. Natsu podia jurar que os seus dentes iriam partir-se com a pressão que fazia com o próprio maxilar, tentando esvaziar aquele sentimento violento e impedir-se de socar o platinado ate que ele fosse apenas uma mancha de sangue. Deveria tê-lo feito naquele ringue, se soubesse que ele iria ser um empecilho.

De repente, Caine parece fazer uma pergunta e Lucy reage com estranheza e depois começa a investigar os arredores a procura de algo. Natsu abaixou-se, fletindo as pernas e dobrando o seu grande corpo, antes que o olhar castanho passasse por ele, acocorou-se junto a grama, abaixando a cabeça.

Porque raios escondeu-se?

Não lhe era natural agir assim! Tal como não era natural apaixonar-se por meninas ricas que amavam trabalhos domésticos e livros de mecânica tecnológica. Suspirou outra vez. Talvez porque tinha vestido o seu melhor par de jeans, novinho em folha, feito a moda da Terra Antiga. Ou porque havia penteado o cabelo – pelo menos tentou disciplinar os fios –, ou porque tinha o casaco de couro e carbono, o melhor que a Acnologia já produzira e as botas coturno que abraçavam os seus calcanhares e oferecendo-o mais três centímetros de altura.

Era por isso? Porque estava podre de lindo?!

Ou porque, tal como Cherry havia dito uma vez, comparado a Caine, ele parecia quase selvagem. Mesmo que fosse o herdeiro da empresa mais rica do planeta, ele vestia-se tal qual um marginal, comportava-se como um animal e ainda por cima rosnava caso não gostasse de algo. E Caine, de uma elegância quase aristocrática, era exuberante, mas de um comportamento rígido e polido, o único rapaz que ainda conjugava verbos na terceira pessoa.

Lucy gargalhou outra vez… foi como se alguém houvesse injetado ciúmes destilado diretamente na sua corrente sanguínea e as suas pernas moveram-se por vontade própria. Em segundos, já estava elevando-se sobre o outro rapaz de pele parda.

A justaposição entre os dois era quase risível.

Natsu tinha uns cinco centímetros a mais – nada muito notável – mas dava para perceber que ele tinha uns vinte quilos de músculos a mais. Os peitos quase esmagando o sorriso nervoso que Zach abriu. Ainda se lembrava do golpe nada misericordioso que Natsu o ofereceu no ringue da Black Dragon. Se ele piscasse, Natsu passaria por cima dele sem nem se dar conta.

— Estas a usar roupas dessas para compensar? — Zach provocou, ouvindo um rosnar dentro do peito do rosado, parecendo um ribombar de um trovão.

Lucy perdeu o sorriso que tinha. Achou que Zach Caine era muito estupido para provocar Natsu assim, alem disso…

— Natsu não precisa disso para nada, não há nada nele que precise ser compensado. — verbalizou, cruzando os braços e encarando o platinado, a espera de um revide.

— Estas a tentar afastar-me gentilmente ou queres que eu te mostre do que sou capaz? — dirigiu-se a loira, dando as costas ao rosado, sorrindo em diversão.

A única reação da loira foi sorrir. Primeiro, porque Natsu ergueu Caine pela camisola, avaliando-o de cima para baixo, talvez ponderasse como poderia recicla-lo e, segundo, porque não sabia se ficava encantada ou indiferente perante a graça do rapaz que desconhecia completamente – mas que poderia vir a ser um enigma interessante.

— Acho que podes desce-lo, Natsu. — aproximou-se do rosado, pousando a mão suavemente sobre a dele, deixando-o imediatamente mais calmo. Mas, para a sua surpresa, Natsu soltou-o bruscamente, fazendo o pardo precipitar rente ao chão — Deves ir agora, Zach. Telefono-te mais tarde.

Caine apenas assentiu, levantando-se e limpando as roupas com as mãos abertas. Ainda havia alguma lama entre as ervas, por isso havia se sujado em algumas partes. Bufando, afastou-se, murmurando algo sobre trocar tudo.

— Vais sair com esse merda? — Natsu indagou, quando Lucy passou por ele, caminhando rumo ao lado este da cidade.

— Caine?

— Há mais alguém que te convidou? — rosnou.

Lucy parou e encarou-o por algum tempo, procurando algo naqueles olhos cinzentos por causa da luz do sol. Ele parecia frustrado, possesso. Mas, não podia deixa-lo influenciar tanto a sua vida social: ficou quieta ate agora porque não tinha a certeza de como se proteger. Queria ficar ativa e, para que isso acontecesse, Natsu tinha de recuar.

— Não quero que ameaces nenhum rapaz, Natsu. — voltou a andar, falando de forma que tudo não parecesse uma ordem — Tu mesmo disseste, se eu quisesse aliviar-me, podia procurar quem eu quisesse e, se não vais fazê-lo, eu mesma procuro quem queira.

Um musculo da mandibula do rosado flexionou. Lucy observou-o, esperando que ele dissesse que seria o seu alivio, que a proibisse de sair com qualquer um que não fosse Natsu Dragneel. Mas, novamente, Natsu a surpreende, fixando os olhos a frente dele, tentando descobrir para onde iam.

— Devo deixar-te em paz?

— Tipo isso.

— Experimenta sair com ele. — engoliu em seco — Vamos falar de outra coisa antes que eu volte a procura-lo e o mate de vez.

Ele tinha prometido protege-la de homens como ele. Mas, Zach não era como ele. Era um rapaz de boa família, que estava naquela escola corretiva apenas porque ali tinham os melhores professores do mundo e a melhor segurança interna. Nunca esteve em nenhuma situação comprometedora e, segundo o que ouvia, Zach namorava a serio – era um sujeito correto – mesmo que insistisse em lutar contra ele todos os meses.

Talvez devesse aproveitar e mata-lo durante as lutas.

Não. Se queria o bem dela, deixaria que ela se divertisse com alguém melhor do que ele. Mas não se afastaria de todo, ficaria a espreita, das sombras, esperando a oportunidade para pular e cortar a garganta daquele bosta.

— Tu e Lissana estão juntos? — quase berrou a pergunta, irritada com a resposta anterior dele, como se não se importasse muito com quem era a sua companhia — Vocês namoram?

— Depois que eu morrer, quem sabe. — riu em deboche.

— Mas, vocês pareciam bem íntimos hoje. Um clima bem bonitinho entre vocês ali no jardim. Ate a abraçaste! Zach disse que vocês seriam o melhor casal da escola.

— Fofoqueiro de merda. — grunhiu, segurando o grito que ia dar, dizendo que eram ‘Natsu e Lucy’, de longe, o melhor casal de todos os tempos — Ele agora relata a vida amorosa de cada um?

— Então vocês os dois têm uma vida amorosa? — indagou, sentindo um ligeiro desconforto no peito e uma vontade assombrosa de se esgoelar.

— O que exatamente queres saber, Luce?

— Esquece.

— Luce. — parou outra vez de andar, vendo-a parar também e voltar-se para ele. Aqueles olhos de obsidiana a matavam — No próximo ano letivo eu vou sair da escola. Daqui a pouco vou ter vinte e não poderei ficar aqui. Preciso reaver tudo o que o meu irmão tomou de mim, procurar o meu pai e, ficar com alguém, estragaria tudo isso. Então, se queres saber se eu tenho alguém, a resposta é não. Qualquer pessoa seria apenas uma fragilidade minha.

Era tudo o que ela queria saber.

Porque raio se sentia tão atraída por um homem que era puro fogo, mas que rapidamente se tornava aquela parede de gelo impenetrável? Não tinha a certeza se seria capaz de deixar August por Natsu, mas se o rosado abrisse uma brecha, ela cairia de cabeça. Infelizmente, ela seria uma pedra no caminho dele para um futuro já planejado.

Lucy roda rapidamente nos calcanhares, afastando o rosto dele e arregalando os olhos, permitindo que qualquer requisito de lagrima secasse. Porque ficava tao frágil e vulnerável perto dele? Ainda era um mistério. E, se a simples menção de que ele não queria ninguém na sua vida a afetava tanto assim, era hora de repensar os conceitos de paixão e atração.

— Porque lutas? — refez a pergunta que ele mal respondeu dias atras, reavivada porque ele tinha uma fina cicatriz no sobreolho — Zeref não te dá dinheiro suficiente?

— Não o suficiente para administrar um gangue. — ele ri — Mas, não é essa a razão principal. Eu disse, também fico maluco quando os meus hormônios saem de controle e lutar deixa-me satisfeito.

— Devias divertir-te com raparigas como Lissana. — a frase sai antes que se desse conta, mas um estranho monstro do ciúme havia tacado. Parecia uma masoquista fazendo tais afirmações e recebendo respostas como adagas — Quem sabe ficas mais…satisfeito.

Antes que pudesse acelerar o passo, a mão dele fecha em torno do seu pulso a puxando para ele. Chocou-se com o peito duro e, tal como aquele dia na cobertura, sentiu aquele calor absurdo abraça-la e o coração dele batendo forte abaixo da camada riga e musculosa dos peitorais. Tremelicou de leve, abrindo as duas mãos sobre ele e resistindo quando a palma livre do rosado a fez olhar para cima, diretamente para os olhos dele.

A garganta ficou subitamente seca.

Durante longos momentos, ele ficou imóvel, absorvendo o prazer surpreendente pelo contato físico. Faziam algumas horas desde que ele a abraçou e a teve assim tão perto, mas pareciam dias, ele realmente não tinha se dado conta do quanto sentira falta daquilo. O corpo macio cheio de curvas e a pele de cheiro adocicado o fizeram se lembrar de que fazia longos e celibatários meses que ele não tocava em uma mulher. Considerando o quanto gostava de tocar nas mulheres, era uma surpresa que não tivesse explodido de pura frustração sexual até então.

— Achas que é Lissana quem me tem dado insónias infernais ate agora?

— Eu não quero que seja ela.

Rejeitando o prazer que sentiu ao tê-la novamente nos braços, soltou-a, lutando com o impulso de a despir e penetrar naquele chão lamacento e coberto de grama, em baixo do sol, ambos nus… movendo-se um contra o outro. O corpo ficou tenso e afastou-se mais ainda.

— Vou investigar Caine, mas, ate lá, não confies muito nele.

— Vais cuidar de mim, Natsu? — a voz doce o fez vibrar e sorrir em resposta, segurando-se para não a beijar ali mesmo.

— Sim. — disse apenas — Vamos ate a cidade? — mudou de assunto, sabendo que, o melhor para ela, era ficar com August. O loiro também se satisfazia com outras quando ficava louco de tesão, logo, não teria problema algum se Lucy fizesse o mesmo — Há um restaurante que quero que experimente e, se gostares, podes reproduzir os pratos para que eu coma a vontade.

— Claro! E quanto vou receber por isso? — brincou, ficando apenas satisfeita por ele a convidar…era um encontro, por assim dizer — Algo a mais?

— Talvez eu possa ser o teu escravo por alguns minutos.

A proposta a fez puxa-lo com força para a estrada que dava direto no parque de alimentação. Ele teve que segurar um riso, porque só de imagina-la ditando ordens com a expressão fria e mandona, o deixava excitado alem da própria compreensão. E, se ela usava aquele salto agulha vermelho, jurava que cairia de joelhos.

Afinal, Natsu Dragneel amava sofrer.

Desde que fosse por ela…

A sua doce loira.


Notas Finais


NEXT ====>>>


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