História Fairy Tale - Missão e Problema.

Fairy Tale

 

Capítulo 12  – Missão e Problema.

 

 

“Oh, oh, oh, life is good

Oh, oh, oh, life is good

A good as you wish”

– Shaman

 

[…]

 

 

Manhã seguinte.

 

 

Minato, ao acordar, podia-se descrevê-lo como uma pessoa em paz. Com uma sensação acolhedora, o garoto percebe que estava sob o colo de sua mãe. Ergueu-se e pôde notar a posição torta dela no sofá. Franziu o cenho em reprovação e a ajeitou no sofá mesmo. O garoto não tinha tempo, infelizmente, de levá-la para sua cama, pois precisava correr. Subiu as escadas e logo deu uma olhada no quarto de Himawari, onde a mesma dormia fofa e profundamente. Ao passar pela porta de Boruto, percebeu a mesma entreaberta e sorriu ao escutar o alto ronco.

Lembrou-se que Sasuke havia marcado com eles uma missão básica para iniciar as atividades do time. Porém, para ser sincero, Minato não estava muito animado. Estava se sentindo mal na verdade, e não é de agora. No último mês, cerca de duas semanas depois de seu aniversário, os treinos de ninjutsu o deixavam bastante cansado e a fadiga era enorme, causando até mesmo enjoos, isso o deixava preocupado e com medo. Entretanto,  jamais preocuparia seus pais com umas “dorezinhas” e “enjoos bestas”. Já pronto, Minato apenas pegou uma maçã, deu um beijo na testa de sua mãe e partiu em disparada ao prédio do hokage, afinal era lá o ponto de encontro.

 

 

Na Torre do Fogo.

 

Ao chegar no prédio, Minato, que chegou um pouco atrasado, pôde avistar Naomi na entrada. Ela parecia estar lhe esperando, visto que, a julgar pelo horário, os demais membros do time já deveriam estar dentro do local. Minato se sentiu mal por deixá-la ali, esperando. A amizade de ambos era muito boa e tinha certeza de que a esperaria também, mas estava um pouco frio e Naomi parecia incomodada. Certamente ela devia estar chateada consigo. Ao se aproximar da ruiva, para sua surpresa, ela o recebe com uma saudação extremamente amigável:

 

— Bom dia, Minato! - Naomi sorriu lindamente para ele, no qual foi retribuída por um sorriso forçado.

— B-Bom dia, Naomi-chan! - Minato sorriu torto.

 

Para a felicidade ou infelicidade de Minato, Naomi o conhecia como ninguém. Ela rapidamente notou a diferença daquele sorriso, que em relação aos outros que já estava acostumada, não era nem de longe o pior que Minato já dera, se é que tinha algum com essa titulação. Preocupada, a ruivinha passou a observar melhor o rapaz e constatou a sua palidez anormal, as piscadas excessivas, a postura de sua coluna e como sua roupa estava. Minato era um garoto muito, mas muito branco mesmo, no entanto a sua pele apresentava uma tonalidade muito diferente; Minato tinha o hábito de poucas vezes piscar os olhos, coisa a que sempre era chamado a atenção por sua mãe e naquele dia ele estava exagerando; Seu tronco estava levemente inclinado para a frente, coisa que Minato dificilmente fazia, pois sempre tinha o cuidado de zelar pelo corpo; As roupas de Minato sempre impecáveis, estavam amassadas e o zíper de seu robe não estava fechado na altura de sempre, abaixo de seu pescoço. Hábitos e aspectos do rapaz que pouca gente perceberia, mas que nunca passariam por Naomi sem serem observados.

 

— Minato-kun? Está tudo bem com você hoje? - Naomi pergunta já preocupada, sabia como ele era espontâneo consigo

— S-Sim! Está tudo bem, só estou meio enjoado. Já passa! - Minato sorri menos forçado para a ruiva, a deixando aliviada.

— Qualquer coisa avise, Minato-kun. Por favor! - Naomi pediu séria.

— Claro, eu aviso! - Minato responde sério também.

— Minato-kun! É para avisar mesmo! - Naomi reafirma.

— Pode deixar! - Minato concorda.

— Se é assim, então, tudo bem. Agora vamos entrar no prédio, o Sasuke-sensei e o Hayato-kun já chegaram e nos esperam. - Naomi avisa Minato.

 

Ao terminarem de conversar, ambos se dirigem para a recepção do “Prédio do Fogo”, aonde Sasuke estava descendo a escada do escritório, acompanhado de Hayato. A expressão de Sasuke poderia ser resumida em “você vai morrer”, afinal de contas Minato estava relativamente atrasado, coisa que eles notaram seu Sensei condenar. Envergonhado, Minato olhou para o chão, não estava acreditando que justo ele faria algo assim.

 

— Vejo que chegaram. - Sasuke os “cumprimenta”.

— Bom dia, sensei e Hayato-kun! - Naomi cumprimenta-os.

— Bom dia! - Hayato retribui, também.

— Sasuke-sensei, ohayo gozaimasu. - Minato faz uma breve saudação.

— Está atrasado. Hoje vou fazer vista grossa, mas espero que isso não se repita, Minato. - Sasuke o olhou sério.

— Obrigado sensei, eu prometo que isso não se repetirá. - Minato se curva novamente.

— Vamos começar, pessoal? - Hayato parecia desanimado.

— Por que essa cara, Hayato-kun? - Naomi fica curiosa.

— Porque a gente vai… - Hayato ia se explicar, mas foi interrompido.

— Estão preparados para a missão? - Sasuke pergunta.

— Sim, estamos! - Os garotos respondem, com exceção de Minato e Hayato, “animados’.

— O que faremos exatamente, sensei? - Naomi não teve sua curiosidade sanada.

— Cuidaremos de várias casas no distrito mais campestre de Konoha, fica depois do bairro comercial, próximo ao antigo bairro Uchiha. Chegando lá, nós pintaremos algumas placas de sinalização, paredes, calçadas e cuidaremos de alguns jardins públicos e outros privados. - Sasuke explica a situação.

— Sensei, que brincadeira é essa!? Eu ainda não consigo acreditar… - Hayato exclama revoltado.

— Acharam que faríamos missões mais emocionantes logo de início? - Sasuke percebe que seus alunos não entenderam a sua ironia.

— S-Sinceramente, eu achei que sim… - Naomi ficou corada.

— Entendam de uma vez: Eu também vejo isso tudo como perda de tempo, acho nosso time capaz de receber missões de nível B tranquilamente, mas precisamos ganhar certo status para, então, o Hokage nos mandar em missões melhores. Para tanto, vocês precisam de mais experiência, treino e aperfeiçoamento. Vocês são incapazes de lutar ainda, lembrem-se do teste, em pouco tempo de luta vocês ficaram exaustos! - Sasuke explica de forma entediada.

 

— V-Verdade, “tamo” ruins demais. - Hayato admite.

— Nós entendemos sensei, mas precisa ser justamente hoje? - Minato pergunta com uma expressão não muito boa.

— Algum problem… - Sasuke é interrompido.

— Está com preguiça, Minato? Deixe disso ou você é tão fraco assim? - Hayato debocha de Minato, que se enfurece.

— Idiota! O fraco do time é você! - Minato, enfurecido, fica de frente para Hayato.

— Garotos parem com isso já! É a nossa primeira missão e já estão de criancice?! - Naomi pergunta mostrando o punho.

— Não se preocupe! Tudo certo, não é meu amigo?! - Ambos dizem se tremendo e se abraçando.

— Obrigado, N-Naomi. Vejo que tem alguém sério aqui. - Sasuke ficou impressionado com a sagacidade da moça.

— Obrigada sensei. - Naomi se sentiu a maioral.

— Minato, algum problema em fazermos esse trabalho hoje? - Sasuke ficou curioso, o garoto não era do tipo preguiçoso.

— N-Não. Está tudo bem, sensei. - Minato desvia o olhar.

 

Depois da fala do garoto, Sasuke sutilmente olhou para a circulação de chakra do garoto. Embora alguns pontos estivessem mais acelerados que outros, e alguns mais lentos que os demais, o que era anormal, Minato não parecia estar com nenhum deficit. “Acho que estou pensando demais” é o que passa pela cabeça de Sasuke.

 

— Certo, então. Pessoal, todos entendidos, vamos logo começar o trabalho. - Sasuke se vira para a saída.

 

 

No distrito campestre.

 

 

Dito isso, Sasuke guiou seu grupo de gennin a uma área um tanto quanto longe do centro da vila, onde haviam algumas casas, bonitas por sinal, diferentemente dos edifícios que tomavam conta do centro e arredores. Havia bastante verde, até demais. O bairro, em si, era um grande jardim. A burguesia do “País do Fogo” continha posses pela redondeza e comumente contratava serviços de funcionários da gestão pública para atender as necessidades locais. Em virtude disso, até mesmo gennin poderiam adquirir os trabalhos remunerados ofertados.

Chegando no local, o time pôde observar a beleza verde que Konoha tinha. Exceto pelo crescimento descontrolado das plantas e musgos, o local poderia muito bem ser utilizado para recreação. Havia muito o que se fazer com relação as pinturas e podas de árvores e matos. Haviam sido chamados para isso e era o que devia ser feito.

 

— Então garotos, é aqui, nesse local, onde serão feitos todos os trabalhos que lhes falei. - Sasuke mostra o local, apontando com os braços.

— É enorme! - Minato exclama, estupefato.

— Realmente! - Concordam os outros dois.

— Não se preocupem, pois eu os ajudarei também. Agora dividiremos a tarefa. - Sasuke continua.

— Sim, Sasuke-sensei! - O time concorda.

— A divisão será a seguinte: Hayato e eu ficaremos com a podação dos terrenos, visto que temos mais força física; Naomi ficará responsável pela manutenção decorativa dos jardins; Minato está responsável pela manutenção da pintura das placas de sinalização, cercas e calçadas. Dessa forma, penso que todos de adéquem, correto? - Sasuke pergunta após explicar.

— Por mim tudo bem, sensei. Gosto de flores e minha mãe já me ensinou a cuidar delas. - Naomi concorda.

— Da minha parte tudo certo. Mexer com tinta é comigo mesmo! - Minato põe as mãos na cintura.

— Sou os músculos do time mesmo, por mim está tudo muito bem. - Hayato se gaba.

— Pena que não tem cérebro! - Minato balança a cabeça em negação.

— Ora, seu! - Hayato encosta a testa em Minato, ambos com raios nos olhos.

— O que estão fazendo, meninos? - Naomi pergunta com uma expressão serena e aura sombria.

— A-Apenas desejando um bom trabalho, c-certo amigo? - Ambos se abraçam, de novo.

— Time, Dispersar! - Sasuke grita, revirando os olhos.

 

Com isso, todos começaram suas tarefas: Sasuke e Hayato, sem camisa, fazendo as tarefas deles, enquanto algumas garotas das casas ficavam secando os Uchiha de suas janelas; Naomi com a ajuda de uma garotinha estava cuidando das plantas e flores de alguns jardins de casas vizinhas; Minato estava limpando as placas e cercas, para então passar a “mão de tinta”. A “missão” deles duraria enquanto ainda tivesse aquele trabalho todo por fazer. Não era nada muito complexo ou mesmo difícil, apenas demorado. A limpeza levava tempo, afinal de contas deveria ser terminada com o máximo de discrição, higiene e perfeição, tanto quanto fosse possível. A recompensa da missão e os extras dependiam disso.

Malgrado a missão fosse de nível D, a recompensa dela era, em si, um tanto quanto gordinha. Por se tratar de um trabalho envolvendo limpeza urbana, era, logicamente, demorado, afinal de contas o pacote incluía muitas casas, ruas e dois parques. Muito mato e árvores haviam crescido demasiadamente em virtude de uma sequência de chuvas, que favorecerem o processo natural de crescimento de plantas, e, por isso, estava tudo muito mais verde que o comum. Os ninjas teriam muito tempo para terminar…

 

 

Com Minato.

 

 

O que dizer sobre Minato? O garoto estava dando o melhor de si na sua atividade: Limpar placas de sinalização para, em seguida, pintá-las. Parecia haver muita dificuldade em sua realização, em virtude do que vinha sentido desde o dia anterior. Era mais do que fadiga. Era mais do que um simples enjoo. Mesmo assim, o garoto estava determinado a cumprir sua atividade, independentemente do que acontecesse, afinal não queria prejudicar ninguém e tampouco preocupar seus amigos ou seus familiares.

 

— Isso é mais cansativo do que eu esperava! Ainda mais que não comi direito hoje. Além de,  desde ontem, eu sinto umas dores na barriga e cabeça, mas preciso terminar esse trabalho o quanto antes! - Minato afirma com um falso olhar determinado, que era enxergado com sua face agoniada.

 

 

Com Hayato e Sasuke.

 

 

Sasuke e seu filho, Hayato, estava capinando um pequeno campo de recreação do bairro. Continha uma praça que se pode caracterizar como “jeitosinha”. No local, havia balanços, gangorras e diversos outros brinquedos fixos de lá. Bastava ser limpo e os objetos terem sua pintura renovada que tudo estaria em perfeita ordem. Com esse pensamento, os Uchiha passaram a trabalhar com sua parte da divisão.

Após algum tempo, com o término da capinação, ambos lembram que é uma excelente ideia fazer depressa a manutenção dos brinquedos também, a pintura estava feia. Logo, imaginam que Minato poderia pintar as atrações da praça, visto que, pelo tempo transcorrido, o garoto já poderia ter terminado quase toda a sua parte.

 

— Hayato, vá chamar o Minato para cá. Estou esperando. - Sasuke pede para seu “aluno”.

— Sim, senhor! - Hayato começa a caminhar para o ponto inicial.

 

Com Naomi, nos jardins.

 

Com a ruiva, as coisas não eram tão fáceis quanto pareciam. Podia-se facilmente dizer “Que divisão injusta, apenas a garota é quem deve cuidar das flores”, no entanto a tarefa era extremamente árdua e delicada. Mesmo após quase toda a manhã, Naomi não havia terminado sua parte ainda. Era gravosa a quantidade de dedicação necessária. Qualquer erro e poderia prejudicar a ornamentação de uma planta.

 

— Minha nossa, que cansativo. Mas, finalmente, terminei aqui, agora só faltam esses blocos do canto. - Naomi enxuga o suor de sua testa.

 

O canto que a moça se referiu consistia em um pequeno jardim no fundo do quintal de uma casa. Girassóis, violetas, rosas, jasmins… Flores de todo o tipo estavam naquele local. Naomi ficou encantada com a beleza delas, porém o mato ao redor parecia “contaminar” o espaço. Foi um pensamento feio, Naomi concordou, pois não tinha como culpar as plantinhas ou a “mãe natureza” se aquilo incomodava ela ou quem quer que morasse naquele local. Só que a moça tinha um dever e cumpri-lo-ia. Cortando aqui e acolá, com muito zelo e detalhismo, Naomi terminou muito rapidamente aquele bloco final. Em sua cabeça passava apenas em verificar como os demais estariam, sobretudo seu “Minato-kun”.

 

— Será que o Minato está indo bem? Acho que irei ver ele, estou um pouco preocupada com ele. Mais cedo ele não parecia legal. - Naomi pensa com um semblante preocupado.

 

De volta a Minato.

 

 

Naomi decide, então, ir até Minato. Chegando perto de uma das casas, que foram apontadas como as primeiras a serem manejadas, a garota encontra o garoto na seguinte situação: Minato estava, a todo custo, tentando levantar um simples e leve cabo de vassoura acoplado em um rolo de passar tinta em uma placa presa em um poste de energia. Ao perceber a aparência dele, Naomi se assusta, pois Minato estava mais pálido do que o normal e, ao olhar mais detalhadamente, percebeu que em um dos olhos de Minato estava o Sharingan e  no outro, Byakugan.

 

— Minato-kun! Daijobu desu ka?! - Naomi se desespera ao ver escorrer sangue de uma das narinas do albino.

— Naomi? Agora não estou muito bem, pode me ajudar a terminar aqui? - Minato pede sem perceber seu nariz.

— Seu nariz está sangrando! Minato-kun, vamos chamar o sensei! - Naomi pega o braço de Minato, que puxa de volta quando a ruiva estava de costas para ele.

— Minato-kun, o que você está fazen… - Naomi tenta perguntar.

 

Naomi, com o ato do rapaz, virou-se para olhar e entender o porquê de Minato ter lhe soltado. Porém, arrependeu-se instantaneamente. Quando olhou para ele, Minato arqueou-se, ou melhor, dobrou-se para frente e se pôs a vomitar. O garoto vomitou pouco, mas gritou um pouco de dor e o conteúdo expelido era pura e simplesmente sangue. Naomi expressa incredulidade em sua face, surpresa, assustada, sem reação de fazer absolutamente nada. O garoto a sua frente parecia sofrer muito, muito mesmo. Enquanto seu corpo tremia, a única coisa que Naomi conseguiu fazer, naquele exato segundo, foi, justamente, chamar por Minato, para que a mesma pudesse sair de seu próprio transe.

 

— Minato-kun?! - Naomi berra de olhos arregalados.

 

Próximo do local.

 

 

Próximo da casa onde Minato estava, Hayato caminhava para pedir a ajuda do albino para os brinquedos da praça. Porém, o garoto, que andava despreocupadamente, ouve o berro desesperado de sua companheira de time e, preocupado, Hayato acelera o passo, somente para encontrar a situação supracitada: Minato vomitando sangue e Naomi congelada à sua frente. Hayato assustou-se com a cena e, de igual maneira, congelou diante do que seus olhos viam. Era assustador.

 

 

Na praça.

 

 

Ainda na praça, Sasuke, que já estava impaciente pela demora dos garotos, com sua audição aguçada, pôde ouvir o grito desesperado de Naomi e, incomodado com o tom, pôs-se a correr na direção que tinha indicado quando chegaram. Durante o caminho, diversas coisas pairavam na mente do homem: Minato estava estranho desde cedo, o fato de Naomi ter gritado seu nome e de forma desesperada… Coisa boa, impossível de ser era.

 

 

De volta a Minato.

 

 

Chegando lá, Sasuke encontra Hayato e Naomi segurando Minato pelos ombros que estava agachado. O mais velho percebe com seus olhos afiados que o chão estava ensanguentado, bem como a boca e o nariz do garoto. Aquilo tudo fora suficiente para que as sobrancelhas de Sasuke levantassem e um pouco de incredulidade invadisse sua expressão sempre neutra. Minato estava passando mal?

 

— Naomi, Hayato, Minato, o que está havendo aqui? - Sasuke pergunta meio assustado.

— Eu acabei de chegar e os vi desse jeito! - Hayato responde desesperado.

— Sensei, o Minato começou a passar mal! Olhe só isso, como que alguém vomita sangue?! Isso não é normal! - Naomi estava chorando.

— N-Naomi-chan, está tudo bem. N-Não chore, por favor. - Minato ficou preocupado por sua amiga.

— M-Minato-kun… - Naomi pareceu se acalmar com a resposta direta do rapaz.

 

Após a fala de Minato, o garoto pareceu respirar mais devagar. Seus olhos pareciam perder o foco, o brilho, a vida. Sua cabeça começou a pender para a esquerda e para a direita, como se o rapaz estivesse perdendo as forças. Hayato pareceu perceber isso e ajudou Naomi a apoiá-lo, visto que ele parecia que ia despencar. Sasuke se aproximou, mas era tarde: Minato simplesmente desmaia e com seu peso, associado ao susto e despreparo daqueles que lhe seguravam, o rapaz foi ao chão.

 

— Minato! - Grita Sasuke, enquanto que Naomi fica estática e Hayato tenta acudi-lo.

 

 

Na casa de Minato.

 

 

Hinata, que já estava acordada há um bom tempo, estava lavando algumas louças e, sem querer, deixou a caneca preferida de Minato cair e quebrar no chão. Ao olhar para o chão e ver os estilhaços da louça, de repente, Hinata sentiu um aperto enorme no peito. Sua garganta secou. Sua respiração falhou. A mulher ficou perplexa pelo sentimento que lhe abateu naquele momento. Era indescritível. Sem entender a situação, e sem insistir em algo confuso, a mulher continua seus afazeres e limpa a sujeira. Estava mais preocupada em como pediria desculpas para seu filho em relação à caneca quebrada.

 

 

Em um local muito afastado de Konoha.

 

Em algum outro lugar, um grupo de jovens treinavam artes marciais. Eram três homens e uma mulher. Todos eram bem jovens e não aparentavam ter mais do que vinte e cinco anos de idade. Um deles possuía cabelos brancos curtos, pele bem branca em contraste com seu cabelo, trajava roupas leves para treino, igualmente brancas, e um par de Rinnegan em seus olhos.

O homem citado era muito habilidoso, sua oponente, a única mulher do grupo, o golpeava com uma velocidade que até um Sharingan teria dificuldade em prever, mas ele, habilmente, desviava-os com facilidade. Porém, o homem parece se assustar com algo, parando de se mover e ficando aberto a ataques, sendo prontamente acertado por um chute no rosto, caindo ao chão no processo, assustando as pessoas no local.

 

— Yagami-kun, desculpe-me, por favor. Foi um acidente, não esperava sua guarda abaixar dessa maneira! - A mulher o ajuda a se levantar.

— Acalme-se, não me feri. - Yagami a tranquiliza.

— Mas o que aconteceu? Nenhum de nós três nunca o atingiu antes, seja em treinos ou duelos! - A mulher pergunta preocupada.

— Isso é verdade, Yagami. Aconteceu algo? Sua expressão se tornou assustada por um instante. - Um de seus companheiros pergunta ao se aproximar.

— Perdoem-me por preocupá-los. Eu estou sentindo uma agonia no interior do meu coração, alguma coisa não está bem. Eu não me relaciono com muitas pessoas, então não sei ao certo a origem dessa preocupação que me preenche. Exceto o nosso grupo, tenho o… - Yagami arregala os olhos.

— Yagami, o que há? - Outro de seus companheiros se assusta com sua expressão.

— Pessoal, preparem-se. Nós viajaremos para o “País do Fogo”! - Dizendo isso, Yagami corre para dentro da elegante casa que havia próximo do pequeno campo de treino.

 

Assustados, os companheiros de Yagami correm junto de si para dentro da mansão que havia ali. Dirigiram-se para seus respectivos aposentos e começaram a organizar suas coisas urgentemente. Aparentemente confiavam bastante em Yagami, pois, sequer contestaram sua ordem, ou julgamento. Prontamente seguiram o lhes foi dito. Todos pareciam preocupados mais com o fato de Yagami estar alterado daquela forma.

 

— Espero não chegar tarde demais. Otouto, aguente firme! - Yagami parecia angustiado.

 

Konoha, bairro burguês.

 

— Naomi, escute o que digo! Vá chamar a Hinata! Hayato, vá chamar o Naruto! Vão agora! Eu o levarei até Sakura, no hospital! Depressa! Não esqueçam de dizer que estaremos no Hospital! - Sasuke ordena e começa a correr com Minato no colo.

— Vem, vamos Naomi-chan! - Hayato começa a correr.

— Sim. Vamos, Hayato-kun! - Naomi começa a correr junto dele.

 

 

Na casa Uzumaki.

 

 

Hinata, após terminar seus afazeres e almoçar, estava sentada no sofá da sala terminando de assistir ao filme do dia anterior. “Ontem”… Fora um dia tão bom para ela e agora estava naquela angústia. A mulher não sabia se era o romance interrompido do filme ou outra coisa, mas algo estava martelando seu peito. Não tinha ideia do que poderia ser. De repente, ela é tirada de seus devaneios por batidas frenéticas na porta de sua casa. A Uzumaki foi atender, enfim, a porta.

 

— Quem deseja? - Hinata pergunta abrindo a porta.

— Tia Hinata! - Naomi exclama, com uma expressão desesperadora.

— Olá, minha querida. O que a traz aqui? Onde está o Minato-kun? - Hinata se preocupa com a expressão da jovem à sua frente.

— Tia, fica calma, por favor. - Naomi estava desesperada.

— Naomi-chan, o que aconteceu? Você está me deixando nervosa, cadê o Minato-kun? - Hinata ficou séria.

— T-Tia, o Minato-kun… Sasuke-sensei está levando ele para o […] - Naomi explica.

 

 

No escritório do Hokage

 

— […] para o hospital! - Hayato avisa sem fôlego para o Hokage.

— O que aconteceu com meu filho?! - Naruto e Hinata exclamam assustados.