História Fairy Tale - O terceiro filho de Naruto - Parte 2.

Fairy Tale

 

Capítulo 5  – O Terceiro Filho de Naruto - Parte 2.

 

[…]

 

Após a despedida de Yagami, Naruto ficara alguns segundos, acompanhado de Sasuke, observando o rapaz sumindo no escuro da noite. Decerto, havia muito o que se pensar naquele momento, era impossível não imaginar em como tudo aquilo era inusitado, estranho, inesperado. Muitas coisas se passavam na cabeça do Hokage naquele instante. Havia aceitado adotar uma criança sem sequer ponderar sobre isso, mas, incrivelmente, não parecia se arrepender, estava apenas preocupado.

Com esses pensamentos, Naruto passa a direcionar sua atenção para Sasuke. O homem olhava em sua direção com uma expressão enigmática, com seus olhos atentos naquele que repousava em seu colo. O loiro tenta aumentar a área de contato de seu corpo ao da criança, como se estivesse protegendo de algum mal. Ao se dar conta da postura de seu amigo, o moreno se pronuncia:

— Acalme-se, Naruto. Eu não vou fazer nada. Só quero entender direito o que aconteceu aqui. - Sasuke tentou transmitir compreensão.

— “Cara”, apenas adotei uma criança que vem de uma família um tanto quanto “obscura”. - Responde Naruto.

— Sei. Eu quero mais detalhes, aquele rapaz não me convenceu daquela história fajuta dele. Há algo nas sombras. Esse menino que está em seus braços, eu consigo ver no quanto de chakra que ele tem. É monstruoso. - Sasuke observava com seu Rinnegan.

— Ele disse ser uma espécie de reencarnação do Rikudou Sennin. - Naruto explica.

— Aquele velho não tinha tanto chakra assim. O corpo dele deve ter mais chakra que você. Não, ele tem mais chakra do que qualquer pessoa que eu já tenha conhecido, mesmo aquelas que enfrentamos na guerra. - Sasuke parecia preocupado.

— Como?! - Naruto olha profundamente para o rosto de Minato.

— Naruto, você tem certeza de que foi uma decisão sábia? - Sasuke enfrenta seu dilema.

— Eu, sinceramente, não sei. Sasuke, veja, ele é tão indefeso, tão pequeno, tão sozinho. Isso não te lembra de nada? - Naruto abre o coração naquele instante.

— Lembra. Lembro-me de tudo o que passamos. - Naquele momento os olhos de Sasuke abaixam um pouco.

— Então? Ajude-me com ele, é nossa responsabilidade ensinar a ele, proteger ele. - Naruto chega mais perto de Sasuke.

— Serei seu Mestre, quando a hora certa chegar. - Sasuke passa de leve a mão no cabelo de Minato.

— Eu preciso levá-lo para Hinata. É importante que possamos criar um vínculo familiar forte. Não imagino o que houve com a família dele, mas quero que ele tenha uma boa vida, sinto como se ele fosse meu desde o início. - Naruto parecia emocionado.

— Vá para sua casa. Vou providenciar pela madrugada, com Shikamaru, a documentação necessária para que ele seja legalmente seu filho. - Sasuke começa a se dirigir para dentro do escritório.

— Registre como um Uzumaki. Não devemos permitir que ele saiba sua origem, pelo menos não tão cedo. - Naruto alerta.

— De acordo. - Sasuke assente.

 

Próximo a casa de Naruto.

 

 

Naruto, que estava ligeiramente “destruído” pelo dia de trabalho, de forma entusiasmada levava Minato em seu colo para casa. Aproveitando-se das ruas desertas da madrugada de Konoha, Naruto seguia tranquilo para casa. Estava a pensar, durante o caminho, em qual seria a reação de Hinata. É certo que não seria negativa, em virtude da personalidade de sua esposa, mas estava bastante incerto. O casal possuía dois filhos, sendo o mais velho Boruto, de 6 anos, e a mais nova Himawari, de 4 anos. Ele preocupava-se com a receptividade de seus filhos com uma criança nova em casa. Passava pela sua cabeça em como seria a rotina da família dali em diante.

Em 1990, quando Himawari nasceu, o parto foi algo bastante difícil para Hinata lidar. A consequência de toda aquela situação foi a incapacidade de gerar uma nova criança, o que abalou muito o emocional da esposa de Naruto. Por conta disso, Boruto e Himawari eram bastante mimados pelos pais, embora, recentemente, por conta do trabalho, Naruto tem tido menos e menos tempo para a família. Com essa prerrogativa, Naruto se perguntava se Minato seria aceito por sua família. Organizar sua documentação no cartório de Konoha seria algo de extrema facilidade e poderia anunciá-lo como adoção sem problemas perante a sociedade, afinal era o Hokage e pouco expunha sua família. Porém as preocupações rondavam sua mente fervorosamente.

 

Na casa de Naruto.

 

Naruto, ao chegar na frente de sua casa, que era simples, já que não gostava de luxo, passa pelo portão e vai em direção à porta. Ao abrir, se depara com Hinata assistindo televisão na sala de estar. Adentrou silencioso, precavido, observando a tudo e todos. Fechou a porta atrás de si e se aproximou um pouco mais de sua esposa, chamando a atenção da mesma instantaneamente.

 

— Hinata, estou de volta. - Naruto se anuncia.

— Naruto-kun? Olá querid... - Hinata iria cumprimentá-lo, porém se interrompe ao observar melhor.

Naquele momento, em que Hinata observava, com uma expressão de curiosidade e surpresa, a figura que repousava no colo de Naruto, o homem se agacha, próximo da esposa. Silenciosamente, o loiro repousa Minato sobre o chão, com a cabeça recostada em uma almofada. Em seguida passa a direcionar seu rosto para Hinata, que parecia querer questioná-lo sobre a “pessoinha” que dividia o recinto com eles. Naruto respirou fundo e começou a tentar se explicar:

 

— Tenho muito o que te contar, mas vou começar por apresentá-lo: este é Minato. - Naruto olha de relance para o garoto.

— Naruto, quem é essa criança, o que você faz com ele? - Pergunta Hinata, curiosa.

 

Naruto, nesse instante, levanta-se e se senta no sofá, próximo a Hinata, e começa a contar a história que Yagami lhe contou, que a cada palavra ficava horrorizada. Passou alguns minutos explicando a ela o acontecido daquela noite, citando Sasuke e o que estava fazendo. Ao ponto em que termina, Naruto, enfim, faz à Hinata a proposta que lhe foi feita:

 

— Então, Hinata. Nessas circunstâncias o que me diz? - Naruto pergunta olhando no fundo das pérolas de sua amada.

— É claro, Naruto! Veja como é lindo, eu queria tanto ter mais um filho! - Hinata carrega e abraça o garotinho.

 

Quando Hinata começa a expressar compreensão para com Naruto, e carinho para Minato, o patriarca daquela família simplesmente desaba, aliviado, no sofá. Quem olhasse de longe poderia pensar que Naruto havia desmaiado. O loiro ficou alguns segundos de olhos fechados, respirando devagar e com um sorriso feliz de canto a canto de sua boca. Não demorou muito para que sua atenção fosse direcionada para sua família.

 

— Veja, Naruto-kun, ele está acordando! - Hinata chama seu esposo e ambos começam a prestar atenção em Minato.

 

No instante em que Minato abrira levemente seus olhos, Hinata demonstrou, em sua face, enorme encanto pela semelhança que tinha consigo, duas pérolas. Naruto, por sua vez, ficou bastante curioso sobre o menino, afinal era a primeira vez que tinha a oportunidade de conhecê-lo melhor. Observavam atentamente cada reação do garoto que ao despertar por completo ficou assustado.

Segundo Yagami, as memórias de Minato estariam confusas quando acordasse, afinal de contas não deveria se lembrar de exatamente tudo o que havia acontecido antes, para que não ficasse traumatizado. Por conta disso, não haviam lembranças de seus pais ou amigos, se é que o garotinho tinha. Pensando nisso, Naruto sentiu-se triste por um instante, afinal toda a vida que Minato tinha havia sido basicamente apagada de suas lembranças. Mesmo assim, um sentimento de empenho arrebatou o loiro naquele momento, pois gostaria de começar uma história nova no verdadeiro livro que seu “novo” filho era.

 

— Okaa-san? - Minato fala observando, de maneira dispersa, Hinata.

— Sim, querido, sou sua mãe! - Hinata diz com seus olhos cheios de água.

— E eu seu pai. Nós seremos sua família! - Diz Naruto alegremente.

— Naruto, vá chamar o Boruto e a Himawari! - Pede Hinata.

— Estou indo! - Naruto sai correndo.

 

Naruto sobe as escadas que levam aos quartos de sua casa e vai em direção ao quarto de Himawari, chamando a mesma, além de ir chamar Boruto. Levando ambos ao andar inferior, para conhecer seu novo irmão e, chegando lá, todos se dirigem em direção ao sofá. Meio receosos e confusos pelo sono, os dois, outros, filhos de Naruto e Hinata tentavam entender o que estava acontecendo, afinal estava no décimo terceiro sono.

 

— Vejam, crianças, esse é o Minato, seu novo irmão. Minato cumprimente-os! - Naruto pede ao garoto que estava confuso.

— O-Olá e-eu sou M-Minato. P-Prazer. - Minato se curva para Boruto e Himawari.

— Kawaii! - Himawari corre e o abraça, fazendo o mesmo ficar vermelho, de vergonha e susto.

— Tenha calma, filha. Não assuste ele. - Hinata parecia querer rir.

— Gomenasai! Eu sou Himawari! - Diz a garota de mesma idade que Minato.

— Otou-san, por que ele vai ser nosso irmão? A mamãe não estava esperando um bebê. - Boruto pergunta curioso para seu pai.

— É difícil para você entender filho, mas ele é seu irmão sim. Seja gentil e cuide dele. - Naruto faz um cafuné em Boruto.

— Se você insiste, eu sou Boruto. Prazer Minato. - Boruto diz dando um aceno para Minato, que ainda estava sendo abraçado por Himawari.

 

Os mais velhos observavam aquela cena com gosto. Minato parecia ser bem recebido pelos filhos deles. O que era bom e trazia alívio para ambos. Himawari parecia ser a mais empolgada com aquele acontecimento, afinal não tinham idades diferentes, enquanto que Boruto parecia estar tímido com aquilo tudo que estava acontecendo. Pensando nisso, Hinata se pronuncia:

 

— Boruto, leve o Minato para seu quarto, para vocês dormirem, você pode fazer isso? - Hinata pergunta.

— Mas o quarto é só meu! - Boruto franze as sobrancelhas infantis.

— Boruto! Isso é coisa que se diga para um membro da família? - Naruto repreende Boruto.

— Naruto-san, eu posso ficar aqui? - Minato timidamente se refere ao sofá.

— Nada disso, é “Otou-san”. E não pode ficar aqui, é a sala, você pode ficar mais confortável no quarto, filho.- Naruto repreende gentilmente Minato.

— Okaa-san, o Minato pode dormir comigo. Deixa, deixa, deixa?! - Himawari pergunta com os olhos azuis cintilantes.

— T-Tudo bem então. Naruto-kun, vamos organizar para que eles possam ficar confortáveis pelo menos por essa noite. Amanhã precisamos resolver com mais precisão esse “problema”. - Hinata diz se levantando do sofá.

— Certo, vamos entrar então. - Naruto pega Boruto no colo e sobe as escadas, seguido de Himawari e Hinata que segurava a mão de Minato.

 

No dia seguinte.

 

Naruto, após resolver, cedo, os impasses burocráticos da adoção de Minato, nada a que a influência do Hokage não pudesse resolver, acompanhou Hinata às compras, enquanto que as crianças dormiam em casa. Dois dias depois, Minato já havia sido anunciado como filho adotivo do casal. Haviam dois documentos oficiais que constavam Minato como sendo Uzumaki e o outro de nascença, Otsutsuki. Obviamente o anunciado era Uzumaki, o nome Otsutsuki não poderia ser descoberto pelas pessoas por diversas razões. Na semana seguinte, Minato havia sido matriculado na escola de educação básica de Konoha, onde, por quatro anos, ficaria para aprender sobre algumas disciplinas importantes, como ler e escrever, além de cálculos matemáticos.

 

Quatro anos depois. - 1998.

 

Nesse intervalo de quatro anos algumas coisas aconteceram na família; Minato se afeiçoou bastante à Hinata e a Naruto, bem como com Himawari e Boruto. O contrário também é verdade, com a ressalva de Boruto, que se tornou muito enciumado quando o assunto é Minato, principalmente com relação ao pai deles, o que comumente causava intrigas. O tempo livre de Naruto era limitado, e quando o mesmo o tinha, geralmente Minato passava mais tempo com ele.

Após o término do curso de educação básica, onde se aprende dos 4 aos 8 anos lições de linguagem e cálculo, Minato, que entrou um ano atrasado, e Himawari, que se formaram juntos, são matriculados na Academia Ninja de Konoha. E neste dia de hoje estavam sendo levados por Naruto à academia.

 

— Crianças, vão com calma! - Disse Naruto arfando, sendo puxado pelos dois.

— Corre papai, nós temos que nos apressar, senão não alcançaremos o Boruto! - Disseram Minato e Himawari puxando Naruto.

 

Boruto estava na academia ninja e não faltaria muito para que este se formasse. Minato, com o passar dos anos, desenvolveu uma afeição especial com dois membros de sua família: Hinata e Boruto. A mãe deles era muito atenciosa com todos, e Minato pela sua personalidade doce e reservada, como a de Hinata, adorava passar o tempo com ela. Ademais, o albino admirava seu irmão mais velho, afinal Boruto era um garoto corajoso e que se divertia bastante com seus amigos, seja nos esportes ou nos jogos eletrônicos, o que despertava em Minato uma vontade enorme de ser como ele.

 

— Certo, Certo. Vamos então! - Naruto pega os dois no colo e se põe a correr.

 

Boruto havia sido matriculado na academia ninja dois anos antes e seus irmãos mais novos estavam bastante ansiosos para praticar as mesmas lições que ele. A insistência de Minato para entrar na academia ninja foi algo que Naruto e Hinata não puderam suportar, o que levou, na mesma onda, Himawari a participar da ideia. O pequeno garoto mantinha o sentimento ninja da vila, dizia que ia se tornar o próximo Hokage e tudo. Naruto sentia uma proximidade com Minato excepcional, afinal o garoto sempre que podia observar seu trabalho, fazia-o com atenção.

Em proximidade da academia, Naruto coloca seus filhos no chão e os instrui sobre o que deveriam fazer. Quando adentraram, Minato e Himawari foram recebidos por Iruka, que se tornou o diretor da academia, e foram encaminhados para a sala onde a turma deles estaria.

 

Dentro da sala de Aulas.

 

A sala em que os alunos daquela nova turma estavam estacionados era relativamente aconchegante. As carteiras seguiam um padrão, de modo que as de trás fossem, pelo menos, um degrau mais altas que as da frente, para que nenhuma criança fosse, de forma alguma, prejudicada. Estava cheia e Minato e Himawari pareciam ser os últimos a chegar. Culpa do pai dorminhoco deles. Mas, quem poderia culpá-lo? Já dormia tão pouco tempo. Pobrezinho.

As mesinhas tinham o nome de seus estudantes estampadas na ponta superior, Minato e Himawari logo trataram de se posicionar: a garota ficaria na penúltima carteira da última fileira da direita para a esquerda, enquanto que o rapazinho ficaria na segunda carteira da primeira fila na mesma ordem. Depois de se sentarem, puderam ver a figura de Iruka se deslocar da porta da sala para a mesa do professor. Assim que terminou sua caminhada e ajeitou seus materiais, o homem se pronuncia:

 

— Bom dia a todos. Sejam bem-vindos à Academia Ninja de Konoha. Creio que todos estejam aqui por vontade própria, com o desejo de se tornarem ninjas e carregarem os sentimentos de seus antepassados. - Iruka começa.

 

Da feita em que Iruka fala sobre os antepassados, tornou-se perceptível o brilho no olhar de muitas crianças naquele local. Minato não fora exceção. O garotinho, ao conhecer mais sobre a história de Konoha, maravilhou-se com a riqueza que havia ali. Não deve-se excluir o fato do orgulho do pequeno ao ser filho do próprio Hokage e, consequentemente, neto daquele que lhe era sua maior fonte de inspiração: Minato Namikaze, o Quarto. Talvez, pelos nomes semelhantes, o jovem Minato sentisse que deveria seguir o mesmo rumo: Tornar-se Hokage, um ninja forte, respeitoso e que tivesse o poder de proteger aquela tão importante Vila.

 

— Eu sou o Diretor Iruka e, por ordem do Hokage, serei o Sensei dessa classe. Espero que todos possamos nos dar bem. É isso. Por enquanto eu gostaria que se conhecessem melhor, até depois do intervalo. - Iruka faz as apresentações e se retira.

 

Após seu discurso, Iruka sorri para todos e se retira da sala. O homem, através de seus métodos pedagógicos, deixa seus alunos ali, para que interajam entre si. Nesse momento, Minato percebe os olhares de Himawari direcionados ao filho mais novo do tio Sasuke, Uchiha Hayato, que também entrou na academia junto com eles, ela parecia ir querer falar com ele, mas, timidamente, apenas olhava para sua própria mesa. O garoto possui cabelos negros com mechas rosáceas, lisos, que estavam amarrados por uma corda, formando um curto rabo-de-cavalo, que alcançava seu pescoço. Além de olhos negros e riscos que desciam dos olhos até as bochechas. Minato imagina que Himawari goste dele, visto que todas as vezes que brincavam, Himawari fazia questão de largá-lo para ir brincar com Hayato.

Enquanto divaga, Minato é tirado de suas suposições por uma ruivinha de cabelos brilhantes e bem destacados no meio dos alunos. Ao olhar para ela, seus olhos ficam fixos naquela imagem: Ela possuía olhos em castanho, eram olhos capazes de despertar admiração, a qual Minato julgara lindos, poucos centimetros menor que o garoto e trajava um vestidinho negro marcado por uma faixa branca na cintura, era a roupa que ela costumava usar. Eles ficaram se encarando por alguns segundos, até que essa garota toma a iniciativa de falar com o tímido Minato, que apenas permaneceu calado, observando-a:

 

— Olá, qual seu nome? Eu sou Naomi Amagiri, prazer em te conhecer! - Naomi profere dando um sorriso empolgado.

— O-Olá, eu sou Minato Uzumaki, é um prazer em te conhecer, Naomi! - Minato retribui dando um sorriso tímido, que deixou Naomi envergonhada.

 

Quem olhasse de perto, perceberia que Naomi corou levemente ao prestar mais atenção em Minato. Aquela voz doce e suave, aquele sorriso tímido e um olhar cintilante, características do albino, certamente despertaram algo na pequena garota. Naomi era uma menina certamente fofa, o que foi motivo da vergonha de Minato, que a fitou admirador. Um “silêncio ensurdecedor” tomou conta de ambos naquele momento, nem mesmo a barulheira de seus colegas conversando e se conhecendo alegremente foi motivo para que se desprendessem de seus olhos. Porém, mesmo assim, Naomi, que passou a demonstrar coragem no olhar, quebra o silêncio:

 

— Você quer ser meu amigo? - Naomi pergunta timidamente.

— E-Eu? Seu a-amigo? - Minato parecia surpreso.

— Você não quer? - Naomi abaixou o semblante nesse instante.

— C-Claro! Claro que quero! - Minato retribui o pedido pegando em sua mão.

— Vem! Vamos brincar! - Naomi o puxa para a área de recreação, fora da sala de aula.

— “Tá”! Vamos! - Minato se deixa ser levado.

 

Com o passar da vida na academia, Minato e Naomi se tornam melhores amigos. Uma amizade pura e verdadeira. Uma amizade que poderá trazer frutos maravilhosos anos mais tarde. Uma amizade além dos sentimentos, das palavras, de qualquer coisa física que pudesse ser moldada para representá-los.

 

“When you are with me

I'm free

I'm careless

I believe

Above all the others we'll fly

This brings tears to my eyes…”

- Creed