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História Faith - La Lutte Faith


Escrita por: Teishin-chan

Notas do Autor


Que lindo agora tem um favorito <3 não me sinto mais tão sozinha kkkkk
Boa leitura ^^

Capítulo 6 - La Lutte Faith


Jamie estranhou quando ouviu uma voz feminina na tipografia. Raramente uma mulher aparecia por lá e quando apareciam não era para comprar favores que casualmente se ofereciam ali.

              Manteve seus olhos nos panfletos que teria que copiar. Que valesse o trabalho que aquela maldita coisa estava dando e que da próxima vez não tivesse que colocar fogo em tudo para não tivessem provas contra ele, mas pensar sobre o destino do folheto não foi o pensamento mais animador que teve naquele fim de manhã. Ouviu uma forte pancada da porta se fechando para logo escutar uma exclamação irada de Fergus.

              Se apressou para ir a janela vendo ele perseguir uma mulher que aparentemente tinha uma criança nas costas.

Que Diabos estava acontecendo?

Desceu as escadas correndo passou por Geordie sem nada dizer e foi para rua, viu Fergus esbravejando e xingando em francês.

– Qual é o problema? – Perguntou.

– O problema Milorde é que eu já deveria ter percebido que ser bom não trás recompensa alguma.

              Não tinha a mínima ideia do que ele estava querendo dizer, mas pediu que o encontrasse depois para explicar tudo. Aproveitou e colocou uma carta no correio para Laoghaire com satisfações e dinheiro era o que poderia oferecer agora. Havia se casado com ela por solidão, necessidade, insistência e teimosia, tanto de Jenny quanto dela e havia tentado ser um bom marido, porém tentar não havia sido o suficiente.

 Ela se escolhia e parecia mal sempre que a tocava, então para que manter aquela farsa?

              Estava longe de entender o que se passava na cabeça daquela mulher e era melhor colocar distância segura. Com a tipografia agora funcionando a todo vapor tinha a melhor desculpa.

               Muitas vezes se pegou pensando no que Claire diria se soubesse que que ele havia se casado com ela, e outras coisas que havia feito nesse tempo. Provavelmente cortaria suas bolas.

             E quantas vezes havia sonhado que ela chegava, voltando das pedras trazendo o filho que tiveram juntos para que ele pudesse conhece-lo, mas no mesmo instante que vinha ela desaparecia como uma nuvem de fumaça o deixando só de novo.

Suspirou.

Sassenach, sinto sua falta.

 

– Uma ladra é isso que ela é! – Fergus disse logo após tomar outra dose de uísque.

– Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão – Jamie riu se lembrando do ditado que Claire havia lhe contado certa vez.

Os olhos escuros de Fergus cintilaram de fúria.

– O que me magoa é que fui gentil com ela, tive até pena milorde – ele se queixou pela milésima vez – ela é uma conterrânea e quando disse que estava fugindo do marido que a maltratava para encontrar o pai eu acreditei eu não poderia deixa-la desamparada e pensava sim em ajudá-la a encontrar o tal pai.

– Mas a moça está procurando alguém – Geordie afirmou – chegou aqui perguntando se fazíamos cartazes de fugitivos.

– O pai dela deve ser um ladrão se é que é mesmo o pai que ela procura – Fergus disse cheio de ódio.

              Não que ele estivesse com ódio da moça, mas ele se julgava o melhor gatuno de toda Escócia e França juntos e ter sido passado para trás por uma mulher obviamente não fez nada bem ao seu ego.

– Se conforme homem – Jamie lhe uma palmada nas costas e se voltou para seu assistente – continue.

– Ela disse que procurava por um homem, alto de uns quarenta e poucos anos e quando ia falar sobre os cabelos viu Fergus e saiu fugindo como o Diabo foge da cruz.

– Pode ser que procure o pai ao menos a idade bate – apontou.

– Eu acho que ela pode voltar aqui, não há nada que me ligue a este lugar então ela voltaria para procurar o homem. E temos que ter cuidado, ela pode muito bem ser uma espiã.

– Não acha que está indo longe demais Fergus?

– Ela esteve justamente em nosso navio e as autoridades apareceram, depois ela escapa com meu dinheiro e vem parar aqui procurando por um fugitivo alto de quarenta e poucos anos? isso não o lembra alguém milorde.

– A mim – disse lentamente avaliando as possibilidades – Mas não sou mais um fugitivo. Ganhei o perdão da coroa. Porém você tem razão em se preocupar. Obviamente não se esqueceram que eu existo.

               Apesar dos fatos terem certa lógica muitas coisas não se encaixavam. Por que mandariam uma mulher para espiona-lo? Talvez para não chamar atenção, mas não teria porque envolver uma criança nisso e depois porque a espiã roubaria Fergus?

Uma forte batida em sua porta na porta o tirou de suas suposições.

Fergus tratou de sumir enquanto ele ia calmamente abri-la.

Lá haviam dois oficiais e ele já sabia onde isso iria terminar.

– Senhor Malcolm?  

– Sou eu, mas receio que esteja um pouco tarde para contratarem meus serviços.

– Não estamos aqui pelo seus serviços – um dos oficiais disse – tenha a bondade de nos acompanhar, o senhor está preso.

 

 

Maman estou com fome – Cristian anunciou pela terceira vez.

               Eu respirei fundo três noites dormidas em um lugar seguro havia custado o último centavos do belo fora da lei Fergus. O dinheiro se esgotou e eu ainda não tinha a mínima ideia de onde estivesse o meu pai e como eu faria para encontra-lo. Tentei perguntar a algumas pessoas mais uma vez, mas ninguém sabia de Jamie o Ruivo, porém me indicaram a tipografia do senhor Malcolm de novo. Ele conhecia muita gente e poderia saber dele, mas eu tinha medo de perguntar e me meter em problemas e mais, não queria arriscar aparecer lá tão cedo já que meu amigo francês poderia muito bem estar esperando para me pegar.

      Infelizmente para mim e meu próprio bem eu não gostava de esperar, e fui até lá mais uma vez.

 Bati na porta.

– Senhor Malcolm – chamei – senhor Malcolm!

– Ele não está moça – um rapaz que passava pela rua me disse.

– Ele volta logo? – perguntei.

– Não sei, talvez não volte.

– Ele se mudou?

– Não, foi preso. Mas não é a primeira vez que acontece então talvez ele volte – disse com muito bom humor.

Assenti me sentando na calçada.

– E agora? - Cristian perguntou.

– Vamos ter que esperar – falei infeliz – talvez em vez de ficar perguntando por ele eu deveria perguntar onde fica Lallybroch.

– Vai perguntar da próxima vez? – ele perguntou.

– Vou fazer minha últimas tentativas, se James Fraser não aparecer nós iremos para Lallybroch e que lê bon Dieu nos ajude.

O menino se aconchegou em mim.

– Não vamos nos desanimar mon petit, ao menos nós podemos imaginar que estamos em um banquete, imagine só a quantidade de carne e suflês que poderíamos comer – eu disse a ele.

– Na casa do seu pai?

– Sim, meu pai vai me abrir os braços e me receber como um filho prodigo. Talvez mate dois bois e faça uma enorme festa em Lallybroch.

– E eu comeria até estourar – Cristian gemeu.

Eu podia sentir a boca salivando só de imaginar.

– E batatas um saboroso molho de batatas. A madre Hildegard me contou que plantaram lá. E provavelmente tenha leite de cabras e mel para nos labuzarmos até ficarmos sonsos, e teremos uma família grande e...

 Me interrompi quando vi que meu pequeno dormia.

Suspirei.

 Era bom que ele dormisse ao menos isso o distrairia da fome.

              Quanto a mim esperava que o senhor Malcolm saísse logo da cadeia. Se ele tinha problemas com a justiça me animava mais a pensar que haveriam mais chances que  ele soubesse do meu pai e...

– Se sente confortável madame?

Engoli em seco vendo a sombra Fergus na minha frente ele estava atrás de mim.

– Me acompanhe madame – ele disse friamente.

Me levantei, Cristian acordou e olhou confuso e assim que viu Fergus se arrepiou como um gato assustado e olhou para mim preocupado, eu só pude lhe lançar um olhar pedindo calma.

 

– Vou perguntar mais uma vez, quem é você e quem está procurando.

Ele havia me levado para algum lugar perto do porto, era vazio naquela parte atrás de alguns armazéns, mas era muito barulhento pela proximidade ao cais. Se ele começasse a me torturar ninguém me ouviria.

– Eu sou a ruiva – falei teimosamente.

 Só diria meu nome para meu pai e mais ninguém.

 – Estou procurando meu pai.

– Ruiva não é um nome e Pai muito menos – ele apontou.

– Mas isso não é da conta do senhor – falei.

              Ele não era muito alto como eu já havia avaliado, eu não deveria ter problemas em nocauteá-lo se ele me ameaçasse fisicamente, e a única coisa que havia me impedido até agora era a culpa, eu o havia roubado e enganado e ele ainda não havia sido violento comigo.

– Não é da minha conta – ele concordou – porém a senhora me roubou depois de eu tê-la ajudado e eu não gostei nenhum pouco disso.

– Eu também não gostei – falei sinceramente – mas eu não tinha mais dinheiro e não poderia dormir na rua com uma criança.

– Eu poderia ajuda-la.

– Me pareceu muito ocupado com os oficiais e nada me garantiria que o senhor não fosse cobrar de outra maneira pelo favor.

Eu vi uma veia saltar na testa dele e achei que agora sim ele iria me bater, mas ele se controlou.

Non mon cher, você não faz o meu tipo – ele me deu um sorriso cínico.

Meu rosto ficou em chamas.

– Não fale assim com a minha mãe – Cristian disse furioso chutando as canelas de Fergus sem muito efeito.

– Mande seu filhote ficar quieto se não quiser que eu lhe dê uns safanões nas orelhas.

– Tente bater nele e eu juro que lhe arranco os olhos filho da mãe – falei finalmente me erguendo.

Isso pareceu pega-lo de surpresa. ele ficou paralisado me olhando.

– Diga quem é você agora! – ele segurou meu braço com brutalidade e eu vi que esse era o momento.

O acertei entre as pernas com um chute e peguei Cristian.

Mais uma vez conseguimos fugir do Francês Escocês.

               Infelizmente para mim, a noite chegava mais uma vez e dessa vez não tínhamos para onde ir. Fiz de tudo para achar um lugar aceitável enquanto ainda tinha visão para isso.

               Acabamos amontoados no meio do lixo, eu estava terminando onde havia começado. O pensamento mais otimista que eu consegui ter era que eu esperava por tudo isso. Eu sabia que não seria fácil e nada, por enquanto, de mais horrível havia acontecido e eu devia agradecer a Deus por isso. Mas estava tão cansada! Queria apenas que alguém afagasse meus cabelos e me dissesse que tudo ficaria bem.

– Está chorando maman?

– Só um pouco – confessei.

– Nós vamos encontrar seu pai – ele disse confiante – vamos ter fé.

Eu ri com o trocadilho do meu pequeno galante.

Maman – ele sussurrou – acha que seu pai vai gostar de mim?

– Se ele gostar de mim ele vai gostar de você – falei.

A madre disse que ele era um bom homem, eu não queria duvidar disso ou perderia minha coragem.

– Fico pensando, talvez ele não goste da ideia de você ter me adotado – ele disse baixo, temendo por isso com razão. Ele já havia sido rejeitado uma vez e aquele fantasma o rondava, aterrador e muito presente.

Eu o abracei forte e carinhosamente.

– Se ele não gostar terá que aprender a conviver com isso porque eu nunca vou abandonar você entendeu? Nunca – garanti.

Maman – a voz de Cristian tremeu – eu te amo.

 Meu coração quase explodiu de felicidade.

Talvez para qualquer um aquela poderia se uma declaração simples, mas para mim era muito preciosa, pois não era só a primeira vez que Cristian dizia para mim, era a primeira vez que eu as ouvia de uma pessoa.

– Eu também te amo Mon petit homme.

 

               Em algum momento daquela noite eu cometi o erro de cair no sono e quando acordei Cristian estava gritando e havia um homem bêbado em cima de mim.

Eu também gritei, nada que o escocês fosse entender, mas o chute que lhe dei nas costelas ele entendeu arquejou saindo de cima de mim e me apressei para levantar.

– Corra Cristian – mandei.

Non! – ele gritou desesperado

– Corra e peça ajuda “Help”! – lembrei a ele.

Eu havia repassado ele algumas palavras importantes que ele precisava saber em inglês e Help estava no topo da lista.

Ele ficou paralisado por um instante, dividido entre o desejo de ficar e sair correndo, então ele se decidiu e se foi

              O bêbado se levantou tonto, mas partiu para o ataque mais uma vez. Ele não estava tão bêbado que não pudesse ter força, mas eu briguei da melhor maneira que pude apesar de só ver um borram escuro na minha frente.  Ele pareceu surpreendido pela residência e mais ainda com os socos que eu lhe dei.

              Ele disse alguma coisa que não compreendi e me bateu aparei o golpe com o braço estremecendo de dor e tentei acerta-lo com um soco, mas errei foi quando ele se aproveitou da minha guarda baixa e me acertou, dessa vez no rosto e eu caí tonta, sentindo o corpo dele cair em cima do meu.

             Uma fraqueza e tontura me tomaram fazendo com que o mais completo negror tomasse conta dos meus olhos e foi quando eu realmente me apavorei.

 


Notas Finais


E agora? O.O
Até a próxima o/


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