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História Faking Death (BTS - Taehyung e Jungkook) - Hesitation, Anticipation


Escrita por: maiyeon

Notas do Autor


Hey, aqui é a Mai! <3333 prometi que voltava com um capítulo antes do fim de fevereiro e bem.....é a primeira semana de março. Mas né, perto o suficiente kkkkkkkkk


Antes de tudo, queria muitíssimo agradecer aos 320 favoritos, significa muitíssimo para mim! E eu sou grata por ter cada um de vocês comigo! Bem, bora de capítulo! Já aviso que a revisão foi bem daquelas kkkkkk, mas eu passarei os olhos de novo amanhã. Já peço perdão se tiver errinhos por aí <3


Música do capítulo: Do I wanna Know?

Artista: Arctic Monkeys


Vejo vocês lá embaixo <3

Capítulo 19 - Hesitation, Anticipation


Fanfic / Fanfiction Faking Death (BTS - Taehyung e Jungkook) - Hesitation, Anticipation

 


Então, você tem coragem?
 Estive pensando se seu coração ainda está aberto
  E se estiver, quero saber que horas ele fecha


   Se acalme e prepare seus lábios
   Sinto muito interromper,

   É que apenas estou constantemente à beira
  De tentar te beijar

 


  Mas não sei se você sente o mesmo que eu sinto
  Mas poderíamos ficar juntos se você quisesse

 

(Será que quero saber?)
        Se esse sentimento é recíproco?
            (Triste por te ver partir)
     
Eu meio que esperava que você ficasse
          (Querida, nós dois sabemos)
        


     Que as noites foram feitas principalmente
 
Para dizer coisas que não se dizem no dia seguinte.”

     
 

             — Do I Wanna Know, Arctic Monkeys. 















 

Três dias depois do jantar na casa de Alice, segunda-feira. 




 

No momento, Kim Seokjin estava tranquilamente tomando café da manhã na cozinha da casa dos Kim sozinho. Ele sempre levantava mais cedo que o primo Taehyung de qualquer forma, que costumava dormir até onde podia e por muitas vezes perdera a primeira aula. Se acostumou a sair para pegar o ônibus sem Taehyung, e achava que ela naquele dia não seria diferente. Sua salvação era que Sooyoung inventou de lhe dar carona nos últimos dias desde que descobriu que passava na residência Kim todos os dias com o motorista em seu trajeto, então ela apanhava Seokjin todos os dias agora para que ambos pudessem ir juntos.  A maioria das vezes, discutiam sobre Minjae: ele tinha sido preso, mas sua família influente ainda tentava passar o caso para debaixo dos panos. Ele tinha medo: e se mesmo com a denúncia, ele conseguisse driblar a lei? 




 

Uma benção, já que se fosse depender de esperar Taehyung para ganhar carona na motocicleta, ele ou pegava um ônibus lotado sem ele ou chegaria todos os dias atrasado. Além de que dentro do carro de Sooyoung tinha ar condicionado e os dois vinham o caminho inteiro da ida e da volta fofocando, o que tornava a viagem mais divertida.




 

Não estava prestando atenção então quase derrubou a torrada na qual passava geleia de fruta quando seu digníssimo primo jogou sua bolsa de escola na mesa e se sentou para tomar um café. Arregalou os olhos, afinal, era sete e quinze. Taehyung sequer funcionava antes das sete e quarenta, e por isso sempre vivia atrasado. O mais chocante: o Kim mais novo já estava vestido no uniforme da escola, e estava todo perfumado e o cabelo até mesmo penteado. O cheiro da colônia de Taehyung estava até mesmo mais forte que o café quentinho que havia acabado de passar. Erguendo uma sobrancelha ao primo em forma de questão, apenas recebeu um: 




 

— Bom dia, Jin-hyung. — Respondeu alegre. Seokjin fez uma careta de descrença. Primeiro, desde quando Taehyung tinha bom humor pela manhã e acordava cedo? E segundo Jin-hyung? Desde quando ele o chamava assim? Que coisa estranha. Foi aí que se lembrou de onde vinha todo o bom humor do primo: Shin Alice. 




 

Desde aquela noite de sexta, depois de Taehyung  ter conversado com Song Haneul e ter descoberto as cartas de Alice e uma outra visão do assunto, ele saiu correndo em direção a casa da garota. Quando o primeiro voltou, horas depois, sua mãe já tinha ido para o Japão e Seokjin estava quase dormindo enquanto assistia uma série da Netflix, e pode constatar que tinha dado tudo certo, já que o ele voltou sorrindo todo satisfeito. Ainda se lembra de ter zoado um pouquinho com ele, antes que Taehyung o desse uma almofadada na cara e o mandasse cuidar da própria vida. Riu também no dia seguinte, quando normalmente metido a “pose de bandido” ficou suspirando por aí pelos cantos pensando na garota loira. Era hilário ver Taehyung todo apaixonado, entretanto, se Seokjin falasse uma coisinha de nada sobre isso, o Kim mais novo voltaria a programação normal  a lhe distribuir palavrões na defensiva. Era engraçado demais. Ele ligou para a casa de Alice pelo telefone fixo (que até então, estava só de enfeite por nenhum dos dois jovens usarem) e ficou enganchado nele uma hora e meia conversando com Shin Alice. Seokjin quase mandou o Kim ir de uma vez lá na casa da mãe dela, mas deixou que Taehyung tivesse aquela felicidade. Sinceramente, ele merecia isso. 





 

— Bem, bom dia para você também. Esse sorriso aí na tua cara foi por ver meu lindo rosto pela manhã? — Brincou Seokjin enquanto dava outra mordida em sua torrada com geleia. Taehyung revirou os olhos. Enquanto tomava um gole de café. — Tudo bem, eu sei que sua alegria não é dirigida para mim, mas sim para sua linda garota loira. Ainda me lembro de você falando com ela ontem no telefone bem assim……..




 

— Nem começa, Seokjin. — Disse Taehyung, mas o primo não o ouviu: 




 

Allie! — Disse Seokjin, imitando a voz de Taehyung que puxava mais pro grave e fazendo um sinal com a mão como se fosse o garoto de cabelo azul ao telefone. O primo o olhou com um olhar feio. — Alice, Allie, Rosa! Amor da minha vida, mãe dos meus futuros filhos, meu sol, minha lua….




 

— Eu vou jogar café quente nessa cara que você tanto se gaba por aí, seu intrometido, por ficar ouvindo minhas conversas. E eu nunca falei isso. — Disse Taehyung, que já tinha largado a xícara de café e cruzou os braços olhando para o primo, que sorria. 




 

— E precisa falar? Dá pra todo mundo ver. Tá na sua cara, escrito bem na testa ó, otário apaixonado. — Disse Kim Seokjin, até levar uma tapa no braço do primo, que até ardeu. — Ai! Isso doeu. 




 

— Cala a boca se não quiser levar outro tapa. — Avisou o mais novo. Kim revirou os olhos, mas concedeu. O café da manhã entre os dois foi silencioso. Estranhamente (como tudo naquela manhã, na verdade) Kim Taehyung se levantou primeiro, deixando a xícara de café vazia agora na pia. Ele tomou logo em seguida um copo de água e Seokjin não pode segurar a risada ao ver o primo tirar do bolso um pacote de bala de menta e as engolir duas de uma vez. 




 

— O que foi? — Disse Taehyung irritado, ainda com a voz abafada por conta das balinhas de menta em sua boca. Seokjin tomou aquilo como sua deixa, já que era o tipo de pessoa que podia perder até o próprio primo mas não perdia uma boa piada: 




 

— Você vai cumprimentar ela na porta da escola com um beijinho? Por que pra engolir nesse desespero esse tanto de bala de menta…….— Disse Seokjin divertido. Taehyung o olhou feio e disse, por fim confessando: 




 

— Por que eu fumo, sabe...aí eu não queria que ela se incomodasse com o cheiro…..— Disse Taehyung, passando a mão nos cabelos. O mais velho revirou os olhos. 



 

— Ela não sei, mas eu apreciaria se você largasse de fumar. Nossa casa ia cheirar menos mal e sinceramente, esses tempos que morei com você tenho me preocupado com seus pulmões. — Seokjin disse, mas o tom não era mais de brincadeira. Seriamente se preocupava com esse mau hábito de Taehyung as vezes. O garoto de cabelos azuis suspirou. 




 

— Eu sei, eu já tentei parar três vezes, mas sempre acabo voltando, não tem jeito……— Disse Kim Taehyung. Era verdade: desde que ele adquiriu o vício nas festas que começaram a frequentar, quando experimentou o primeiro cigarro, a vício pela sensação da nicotina se instaurou em si, e de certa forma, ele não conseguia parar. Sabia que precisava, sabia dos malefícios, mas assim era o vício, você sabia e não parava. Seokjin olhou para o primo, e disse: 





 

— Tente outra vez, então. Eu não estou falando disso por saco  cheio, apesar de isso ser irritante, eu falo por que me preocupo com você, Taehyung, de verdade. — Seokjin era sim o rei das brincadeiras, mas às vezes algumas coisas seriam sérias. A família Kim não era muito grande, e ele sabia que Taehyung não tinha muito apoio familiar dos pais e isso no fundo deixava Seokjin partido. Talvez, se ele não tivesse ficado arrumando confusão e problema e pulando de colégio interno em colégio interno em sua adolescência, ele e Taehyung pudessem ter passado mais tempo juntos…..enfim, não era tempo de se martirizar pelo passado. Os primos Kim tinham o presente. 




 

Taehyung, que geralmente era todo provocações sarcásticas na relação dos dois, olhou para o primo e simplesmente disse: 




 

— Obrigada, Seokjin. Não só por isso, mas por me aguentar esse um mês e pouco que mora aqui. Você é um cara legal. Apesar de irritante. — Disse Taehyung, tomando o último gole de café e se levantando da mesa, pegando sua bolsa. Ele olhou as horas e disse exaltado — Merda! Eu tô atrasado. Alice e a policial chegam trinta minutos antes. Eu vou nessa, Seokjin. 





 

Seokjin sorriu. E mais uma vez, sem perder a piada, enquanto o pronto saíra apressado pela porta gritou da cozinha: 




 

— Tenha um bom encontro com sua namoradinha! — Disse Jin, e Taehyung so devolveu com um grito de “Ah, cala a porra da boca!” e tudo o que Jin pode ouvir depois foi o som da porta batendo. Olhou para o relógio de parede da cozinha: sete e meia. Só mesmo Shin Alice para fazer Kim Taehyung ir para a escola cedo de manhã com aquela cara de bobalhão. Por mais que Seokjin gostasse da ideia de ficar ali sorrindo consigo mesmo da cara do primo, ele também tinha de ir para a escola. Graças a Deus, a formatura estava próxima. Só mais cerca de dois meses e meio e estariam encerrados com a fase da escola. Ele poderia olhar para a mãe e dizer “ Rá! Consegui!” Entretanto, a escola de Sicheong o aguardava por enquanto. Colocou os pratos na pia e os deixou lá. Lavaria a louça quando voltasse. 




 

Pegou a mochila que tinha deixado no sofá e ficou olhando pela janela, esperando Sooyoung vir o buscar. Não levou mais já cinco minutos para o motorista dela buzinar com o carro na frente de sua casa. Não estava acostumado a trancar a porta, mas já que Taehyung fora antes naquela manhã, ele tomou a tarefa para si e rodou a chave na porta antes de ir em direção ao carro da amiga que ultimamente lhe levava para a escola. Antes que pudesse entrar, Sooyoung baixou o vidro de trás da janela onde estava e disse: 





 

— Entra no carro, otário. — Disse a garota, fazendo uma clara referência ao filme meninas malvadas. Com o tanto de referências (que não podia ser uma quantidade saudável) que Sooyoung jogava por aí, Jin estava rapidamente se tornando obcecado em referenciar o bendito filme também em toda a oportunidade que conseguia. Jimin já até tinha dito que os dois chegavam a ficar irritantes com o bate volta de frases pra lá e para cá. 



 

—…….vamos às compras? — Disse Jin, completando a frase dita por Regina George. Sooyoung riu. 




 

— Infelizmente, para a escola mesmo. Entra aí logo. 




 

Seokjin suspirou e logo abriu a porta do carro, Sooyoung afastou  para o lado e deixou com que ele entrasse e fechasse a porta. Eles já estavam indo juntos para a escola há cerca de uma semana, quando a garota descobriu que a casa dos primos Kim ficava em seu caminho, ofereceu-se para dar carona a Seokjin que reclamava todo santo dia de ter de pegar ônibus por conta de não querer se atrasar para esperar Taehyung. Sooyoung andava melancólica pois suas antigas amigas, Seulgi e Joohyun andavam dizendo que ela estava uma chata e se afastaram dela. Então, dar carona para Seokjin era legal. Além de os dois iam falando de todo mundo da escola durante a viagem, o que tornava tudo mais divertido. Sooyoung realmente no fim, apesar de abrir mão de certas coisas e privilégios, estava no geral contente com seus novos amigos e andava tendo uma vida bem mais tranquila. Apesar de que havia uma pulga atrás da orelha de ambos: o assunto Choi Minjae.




 

Desde que descobriram os podres do garoto em seu celular, não pensavam em outra coisa a não ser fazer com que ele pagasse por tudo o que fez. Seokjin não descansou até que fosse a polícia e denunciasse ou outro rapaz, alegando ter encontrado o celular do colega perdido no baile (já que apesar de causa nobre, não iria admitir que tecnicamente, havia o roubado) e desbloqueou já que “dois colegas” que seriam interpretados por Jimin e Sooyoung se fosse necessário, disseram serem os donos do celular. E para confirmar quem de fato era, Jin o desbloqueou e havia encontrado o conteúdo perturbador e o verdadeiro dono do celular: Choi Minjae, e por conta do que lera o reportaria na delegacia: e muitas partes disso eram verdade, só mudaram algumas circunstâncias para atingir o objetivo: colocar o Choi atrás das grades. E ele realmente foi preso e saiu algemado no meio da escola, mas…...nada mais depois disso. Era frustrante pois sabiam que esse silêncio só podia significar uma coisa: a família influente do garoto estava passando panos quentes em cima do caso e o impedindo de vir a público. 





 

Era um tanto frustrante para Jin não ter notícias do que fora feito com sua denúncia, mas uma hora, a resposta chegaria. Ela sempre chegava, afinal. Se você andasse fora da linha, a conta sempre chegava. Mas Kim Seokjin queria que a de Choi Minjae chegasse logo, afinal, não conseguia tirar as coisas que vira naquele celular da própria cabeça. 




 

— Então eu disse a ele que não tinha problema...Seokjin! — Sooyoung o chamou a atenção. O garoto estava olhando pela janela e rapidamente virou-se na direção dela, que o encarava. — Você não prestou atenção em nada do que eu disse, não foi? 



 

— É claro que eu prestei! — Disse o garoto rapidamente. 



 

— Então, sobre o que eu falei? — Sooyoung perguntou. Kim gestou por um momento, mas logo depois tratou de tentar adivinhar: 



 

— Sobre os sapatos feios de Joohyun? — Perguntou Jin, olhando para a garota. Ela revirou os olhos. 



 

— Falei sobre isso mais cedo, mas não Seokjin. Eu estava falando que nós vamos hoje depois da aula ficar um pouquinho mais tarde para ensinar biologia para  Jimin, pois a última prova está perto e ele está bombando muito muito nessa matéria. — Ela disse. Seokjin suspirou e disse: 



 

— Claro que podemos, eu não sou ruim em biologia, posso ajudar ele. — Disse Seokjin, disposto a ajudar o amigo. Jimin vinhera de um orfanato e de uma escola pública um tanto precária no ensino, então era fato que o garoto se sentia um tanto descolado de vez em quando em Sicheong e tinha mais dificuldade de absorver as matérias e a forma como elas eram ministradas, por conta de sua realidade anterior. Entre a academia de dança e seus ensaios puxados e a escola, e ele andava caindo para trás em algumas matérias. 




 

— Eu vou avisar para ele então, mas Jin…..você estava pensando no Minjae, não estava? — Perguntou a Park. Desde que Choi Minjae fora preso no pátio da escola na sexta feira da semana passada estavam sem notícias, o que era frustrante para todos os envolvidos, mas Sooyoung sabia que deveria ser ainda mais frustrante para Kim Seokjin, já que ele fora de fato quem fora na polícia o denunciar anonimamente. como os Choi eram uma família influente em Busan, essa falta de notícias só podia significar que eles estavam segurando a informação. Isso agoniava e deixava Jin inquieto, ela podia ver. 



 

— Seokjin-oppa, eles estão apenas adiando o máximo o possível. Não vão conseguir esconder para sempre. Estão só ganhando tempo enquanto eventualmente a informação vazar da polícia. As coisas das quais Minjae enfrenta as acusações são graves demais para serem acobertadas. Algumas coisas, não importa como você tente as esconder, são como um incêndio. Todos são capazes de, mesmo se não verem o fogo, testemunharem a fumaça que sobe dele. A verdade   uma hora aparecerá. Fique tranquilo. Ele não irá escapar disso.




 

— Como você sabe, Soo? Como pode ter certeza? — Seokjin diz, um tanto preocupado. Sooyoung sorri para ele, em busca de o tranquilizar. Seokjin tentava acreditar nela, mas no fundo, sempre havia aquela pintadinho de dúvida. E se a família dele, com seu poder e influência, conseguisse driblar isso? Nunca dava para saber. A justiça supostamente deveria ser cega, mas as vezes, não era assim que funcionava. Sooyoung olhou para ele, e declarou: 




 

— Sim, Jin. Eu tenho plena certeza de que ele não escapará. Eu sinto. Então acredite também. — Ela disse, pois falava a verdade e também queria tranquilizar o garoto. Os dois logo chegaram até a escola, e ambos desceram do carro de Sooyoung atraindo olhares, ambos já não se importavam mais com isso então entraram pelo portão conversando coisas aleatórias.



 

Sooyoung e Seokjin estavam na metade do caminho da escola quando ouviram uns cochichos de outros alunos. Ambos puderam ver que o assunto do momento das duas semanas que se passaram na escola Sicheong (mesmo com a prisão de Minjae no pátio) permaneceria sendo Shin Alice. A garota loira estava parada no pátio e ao lado dela estava ninguém mais ninguém menos do que seu primo. Sooyoung olhou para eles, que estavam mais à frente e portanto de costas para si e o garoto, que haviam acabado de chegar. Algumas pessoas que chegavam ou que entravam no hall principal e passavam pelo dois ou lançavam um olhar curioso ou julgador. Seokjin sempre soube que aconteceria, afinal as pessoas não pareciam entender que a vida de Shin Alice era dela própria. Todos os dias pessoas cochichavam em suas costas e apontavam entre si coisas e mais coisas sobre a menina. A aparição de Taehyung ao seu lado parecia ter provocado ainda mais isso, podia ouvir murmúrios das pessoas chocadas e descrentes que o garoto que discursava em todos os seus memoriais ao seu lado. 




 

Obviamente, Seokjin percebeu que ambos não estavam lidando muito bem com a atenção. A garota mais baixa mexia nas duas alças da mochila e seus pés pareciam inquietos, o que portava a tornozeleira eletrônica ainda mais, ela se apoiava numa perna e na outra. Já seu primo, conduzia a conversa gesticulando para a garota e estava claramente se esforçando para tirar a atenção dela dos intrometidos, mas ao mesmo tempo se ocupava em olhar feio para quem passava e ficava encarando os dois tempo demais. Taehyung também visivelmente estava tendo, provavelmente não por estar falando com a garota (já que Seokjin foi testemunha do quão feliz ele andava esses dias) mas com o julgamento inevitável das pessoas ao redor deles. Ele e Sooyoung ficaram olhando a cena um pouco: 




 

— O pessoal deveria deixar ela viver um pouco. Sim, ela forjou a própria morte, e? Vocês vão ficar martelando coisas na cabeça dela o tempo inteiro? No fim, ela vai se resolver e nenhum dos intrometidos tem nada haver com isso. — Disse Seokjin. Sooyoung concordou com a cabeça, apesar de culpada, já que ela já foi aquele tipo de pessoa. Entretanto, estava na busca da melhor e até tinha conversado com Shin Alice na semana anterior. — Esse pessoal não sabe quando parar. Eu vou dar um ajudinha ali para Taehyung e ela, quem sabe distrair com alguma piada sem graça. Se você não quiser ir, pode me esperar lá na sala. 




 

— Não, tudo bem Seokjin. Nos podemos falar com eles, se quiser. — Ainda era um conceito distinto para Sooyoung ver Kim Taehyung e Shin Alice andando juntos novamente, ainda mais envolvendo todo o passado deles dois. As brigas com Taehyung, as piadinhas jogadas contra Shin Alice ao longo dos anos atrás que estudaram juntos. Era hora de enfrentar, pelo visto, e por um ponto final naquela tido. Por isso, Park Sooyoung andou ao lado de Seokjin, que ia em direção ao primo. 




 

Eles chegaram por trás, então Seokjin colocou um mão no ombro de Taehyung e disse animadamente: 



 

— E aí, como vai por aí? — Disse o garoto, fazendo Taehyung se sobressaltar. Seokjin riu da cara do primo. Olhou para Shin Alice, que deu um pequeno sorrisinho. — Bom dia, Shin. 



 

— Bom dia. — A garota loira o cumprimentou de volta. Taehyung retirou suas mãos de seus ombros. Entretanto, Seokjin continuou a falar, enquanto Sooyoung balançava a cabeça ao seu lado,depois de ter cumprimentado os dois com um breve acendo de cabeça: 




 

— Bem, estou vendo que estão se divertindo. Aliás, Alice, Taehyung passou o fim de semana inteiro querendo te encontrar de novo. Você operou um milagre: fazer ele querer vir para a escola. — Seokjin acusou, fazendo Taehyung virar-se imediatamente na direção dele com uma expressão de raiva e olhos arregalados para o pronto mais velho. — Viu? Quem cala, consente. 




 

— Você não tinha mais nada de importante para fazer por aí, a não ser encher o meu saco? — Perguntou o garoto de cabelos azuis. Seokjin sorriu. 





 

— Não, não tinha não. — Respondeu o mais velho. Taehyung revirou os olhos. As pessoas no pátio já começavam a se dispersar, já que o horário de classe estava chegando. Alice vira Samuel e Jimin entrando há algum tempo, Eunha provavelmente já estaria cedo na que chegava extremamente cedo todos dos suas por conta de sair cedo por pegar dois ônibus. 




 

Taehyung e Jin continuavam se provocando, então Alice voltou seus olhos para a outra pessoa quieta da cena: Park Sooyoung olhou para ela também. A garota sorriu de leve ao ver que a outra realmente usou o batom que ela havia indicado. Alice sorriu de volta. As coisas pareciam ter mudado realmente entre elas. Não eram amigas, longe disso, mas também pareciam ter conseguido virar a página de uma forma agradável. Alice ficava contente com isso, já que ela estava cheia de pendências para resolver.  Omitidos, consigo mesma, com a justiça. Mesmo em meio a conversa birrenta e divertida entre os dois primos, se perdeu em meio a estes pensamentos. Se preocupava constantemente no fundo de sua cabeça sobre seu próprio futuro. O que seria dela? Faltava dois meses para se graduarem, e talvez nesse mesmo tempo ou um pouco mais à frente ela enfrentaria o tribunal. Poderia ser presa. Provavelmente seria. Sua mente começou a ansiosamente criar mil e um cenários possíveis até ouvir a voz de Seokjin: 




 

— Não é, Shin? — Ele a chamou pelo seu sobrenome, e ela olhou para ele confusa. 



 

— Perdão…..o que foi que você disse? — Alice perguntou ao primo de Taehyung. O garoto sorriu e disse: 



 

— É só que o que quero dizer é que quando tudo se resolver, você pode ir visitar nossa casa, quero dizer, você já foi, mas aquela vez…….— Começou Seokjin. As lembranças vinheram batendo forte em si, daquela última vez que esteve na casa de Taehyung. E quando Seokjin….meio que interrompeu os dois no meio de uma coisa. 




 

Ela ainda podia se lembrar do quarto  de Taehyung na penumbra, da forma como ela é a ficou e das tatuagens e desenhos encantadores por toda a extensão de sua pele e os beijos e carícias que trocaram naquela noite. Era uma coisa que ela tentava esquecer, mas simplesmente não conseguia. Continuava pensando naqueles momentos, aqueles que tiveram certa coisa a mais. Os beijos, os olhares, os toques. Olhou de canto de olho para Taehyung, não conseguia olhar diretamente para ele por estar corada  e por seu coração bater forte com as lembranças. E se acontecesse de novo? E se? Era melhor não. Ele havia acabado de a perdoar, e ela não queria atropelar as coisas entre os dois.




 

Taehyung já estava olhando para ela. A raiva e a vergonha de Seokjin ficaram para trás quando Alice olhou para si. Apesar de terem feito as pazes, e Taehyung descobrir que havia sido a melhor escolha que ele poderia ter tomado, apesar de tudo é do que os outros pudessem dizer de sua decisão, ainda tinha uma grande coisa não dita: a permanência de seus sentimentos por ela. Lembrou-se de quando conversaram e ela fizera a alusão de que também teria se apaixonado por ele. Será? Ainda existia um sentimentos antecipação no ar entre os dois, como se estivessem à espera de algo, mas Taehyung não queria atropelar e apressar as coisas. Enquanto ela estivesse ao seu lado, isso podia esperar. Entretanto, juntas melosas (das que fariam Seokjin rir descontrolado caso ouvisse) e palavras  que significavam muito mas ao mesmo tempo nem um terço flutuavam em seus pensamentos. E se ele apenas e se ele apenas falasse? Hesitação. Pensava e pensava, e no fim hesitava, entretanto, as palavras ali estavam: 



 

“ Por que eu sonho com você, assim como sonho com as estrelas desde garoto. Eu sonho com você, ao meu lado, numa noite qualquer de sábado enquanto escutamos canções de amor e nosso amor vem fácil. Eu e você. Somos como uma supernova. Um evento único em um vasto universo. Não é assim o amor? Teu amor, meu amor. Um dia quem sabe, eu te beijarei, você me beijara de volta e tudo ficará bem. Nada de antecipação, ou hesitação. Tão natural quanto o anoitecer e o amanhecer de um novo dia: tudo isso, seria nosso. Eu te faria minha, finalmente. E eu igualmente poderia ser seu.”




 

Sooyoung e Seokjin se entreolharam, percebendo que alguma coisa estava acontecendo ali. A Park ergueu uma sobrancelha para Jin, que apenas sorriu de canto e deu de ombros para a amiga, que ainda lhe olhava com ares de desconfiança. Por fim, Sooyoung limpou a garganta e disse: 



 

— Bem, vamos entrando Jin, eu e você ainda temos que e se com Jimin para combinar aquilo de vocês estudarem para a última prova de biologia na minha casa. Vamos logo que o sinal vai bater. — Disse Sooyoung. Seokjin, com um sorrisinho de quem cumprira a missão que se propôs ao vir falar com os outros dois, e se deixou ser puxado por uma Sooyoung risonha pelo ombro que gostava de se entreter com as gracinhas do amigo. Logo, o Kim e a Park sumiram ao entrar na escola, deixando Taehyung e Alice mais uma vez sozinhos na porta. 





 

— Falta três minutos para bater. — Comentou Alice desviando seu olhar do de Taehyung, para puxar um assunto e se distrair dos pensamentos que lhe inundavam a mente sobre o garoto do seu lado. Ainda estava corada, e ao ver sua timidez, ela deu uma pequena risada antes de dizer: 



 

— É, nós deveríamos entrar. —  Taehyung declarou, mas ainda não se moveu para de fato entrar na escola de Sicheong. Os dois ficaram parados na porta.




 

O sinal tocou estridente. Ainda era uma sensação estranha e nostálgica de ambos estarem juntos na porta da escola a qual atravessaram tantas vezes na juventude. Às vezes, nos piores dias, Alice se lembrava de não querer entrar, de não suportar mais aquele local e aquelas pessoas, de que ela não ia conseguir. Sempre achou que não ia conseguir, era parte da natureza dela. Quando depois que forjou a piropos morte teve de frequentar a escola sozinha, sempre pensava nos momentos em que parados na porta da escola ele era a pessoa que a puxava pela mão e s dizia para ir. Quando se sentiu sozinha na nova ideações em Icheon, lembrou-se de fechar os olhos e imaginar a voz de Taehyung dizendo “ Vamos  Alice, já está na hora!” E ele a puxaria pela mão. Pensou que nunca mais viveria isso, por conta da escolhas que fez. Olhou para Taehyung. Ele sorriu, parecia também saber exatamente o que ela pensava, de como eles entravam na escola juntos antigamente, mas lembranças dos passado. Das coisas que já foram e do que ainda podiam ser, agora que haviam se resolvido. 




 

Como se confirmasse isso, mesmo sem ela ter banalizado uma única palavra, Taehyung estendeu a mão para o lado em sua direção, como ele sempre fazia antigamente quando iriam entrar na escola. Ela colocou a mão sobre a dele, como sempre fizera. A diferença era que agora ele não teria que arrastá-la para a entrada, apesar dos últimos dias não terem sido os melhores naquele lugar. Ela entraria, pois apesar de tudo tinha pessoas ali dentro que gostavam de si: Samuel, Eunha, Jimin……...e Taehyung. Ele entrelaçou os dedos com o seu, e disse: 




 

— Vamos entrar? — Ele perguntou, com um pequeno sorriso. Ela deu um de volta e disse: 



 

— Vamos. — E entraram. Os corredores já estavam vazios, então eram apenas os dois de mãos dadas indo até a sala onde teriam aulas. Teve paz, ali com Taehyung pelos corredores vazios da escola, enquanto ele segurava sua mão. Ainda tinha muita a se resolver, muitas coisas nas quais perduram em sua cabeça, entretanto, sempre tinha aquele alguém que apesar de tudo, conseguia deixar as coisas melhores. 




 

E para ela, essa pessoa era Taehyung. Sempre foi. 
 

 


Os dois andavam tão distraídos de mais dadas que não notaram Choi  Hwasa os observando no fim do corredor, os olhos fumegando em raiva e as mãos aoertando as alças da mochila. Aquilo não podia ficar assim. Como ele ainda pode perdoar a garota depois de tudo o que ela fez? Estava com tanta raiva. Não podia se meter em confusão agora, não enquanto toda sua família estava se mobilizando para livrar Minjae, seu primo, de uma grande enrascada que ele havia se metido. Mas também não podia ficar de braços cruzados. 
 

 

Seria o mesmo que aceitar a derrota. Coisa que ela não pretendia deixar. 

 

Odiava perdoar. E odiaria ainda mais se perdesse para Shin Alice. 





 

 ••••••••••••




 

Mais tarde, naquele mesmo dia. 




 

Jeon Jungkook não era muito de afastar as obrigações e se distrair, ele sempre foi uma pessoa focada e diligente. Afinal, foi por isso que apesar de Namjoon ser o primeiro da classe em notas eles optaram por concorrer com Jungkook como o presidente e o amigo como vice. Ele era melhor em lidar com as coisas diplomáticas, como lançar sorrisos e lidar cima parte de conversar e conduzir o Grêmio estudantil para as melhores decisões. Namjoon também era bom nisso, mas não era uma responsabilidade que ele queria ter. 



 

Entretanto, naqueles dias o presidente do conselho estudantil andava distraído e andava em seu próprio mundo. Junghyun já contara  da audição há três dias atrás, dizendo que o resultado logo chegaria se Jungkook tinha passado para a etapa presencial em Seul ou não. Era uma loucura, deveriam ter tantas pessoas concorrendo. Baixistas, Guitarristas, vocalistas…….era uma empresa muito grande que estava resolvendo investir nesse projeto. Talvez fosse muito otimista e ao mesmo tempo pretensioso de Jungkook achar que seu vídeo caseiro lhe garantiria uma vaga na concorrida audição. Mesmo assim, não conseguia deixar de checar o próprio email a cada cinco minutos a procura de uma notícia sobre se havia passado ou não. O deixava ansioso, inquieto, mas de uma maneira boa. Era um alívio ter certo otimismo no momento que vivia. 





 

Junghyun piorava exponencialmente, desde o fim de semana sua saúde andava cada vez mais em declínio. O milagre que Jungkook gostaria de acreditar, simplesmente parecia não vir. Seu irmão estava morrendo. Então, Jungkook se agarrava na única coisa na sua vida no momento que lhe dava uma pontinha de esperança. Jungkook não queria ficar assim mas se ele não passasse ao menos para a segunda fase, com certeza ficaria de coração partido. Seu irmão mais velho mesmo debilitado estava igualmente eufórico, disse que não via a hora de ele conseguir ser cantor de sucesso como sempre sonhou. Jungkook ainda tinha seus receios, mas estava prestes a terminar a escola, e não tinha hora melhor para se arriscar num sonho. Ele só esperava que as coisas dessem certo. 



 

Ele e Namjoon tiveram que se enganchar no Grêmio naquela hora de almoço para resolver algumas pendências iniciais do baile de formatura daquele ano. Aquilo iria ocupar e assombrar com toneladas de coisas para serem organizadas e resolvidas pelos alunos do conselho estudantil, mas como todo o baile assim que estivesse feito pagaria o esforço. Namjoon organizava em fichas alguns fornecedores atos que as meninas do Grêmio pesquisavam por aí, enquanto Jungkook ligava para eles para fazer alguns orçamentos. Na terceira ligação para um DJ onde encontraram outro orçamento caro, Namjoon virou-se para Jungkook e disse: 




 

— Nesse ritmo, vamos colocar uma caixa de som e conectar o celular de alguém mesmo. Desde quando se cobra tão caro para tocar por três horas? — Reclamou Namjoon em voz alta. Jungkook riu, e riscou o nome do último que ligaram da lista. Já estavam olhando as bandas, e eram mais caras ainda. Por um momento, Jungkook se distraiu, ao pensar na própria audição. Ele repetia a si mesmo para não criar tantas expectativas, mas ele já estava criando e não conseguia evitar isso. 




 

Ele começou a devanear sobre palcos cheios de luzes e milhares de pessoas num oceano de luzes apontando para ele. Jeon Jungkook nunca fora exatamente ambicioso, mas por algum motivo, ele está a gostando de no seu íntimo o ser. Sonhos sem ambição e paixão afinal não eram sonhador de fato, muito menos se realizariam. A primeira pessoa que tinha de fato wue acreditar era ele, mesmo que o risco não fosse pago no final. Estranhamente, mesmo que falhasse ou não fosse tão bom assim para entrar nessa grande agência e sua banda, estava contente consigo mesmo por estar tentando. Era incrível a sensação de estar realmente perseguindo um sonho. Libertadora até, apesar das incertezas que vinham junto. Ele voltou a rabiscar empolgado em seu velho caderno letras de canções e ideias para outras melodias, empolgado como nunca antes com a mente voando entre seus sentimentos e a caneta nos dedos. Naquele caderno, Jungkook tinha controle sobre tudo: suas palavras, seus sentimentos, e podia dar vida também ao ritmo quando bem entendesse. Era seu mundinho, sua expressão mais gratificante se devia através daquilo. Em vez de ser um segredo, no entanto, ele estava disposto a, quem sabe, deixá-la fluir por aí. 





 

— Jungkook-ah! — Namjoon chamou a sua atenção. Jungkook virou-se para o mais velho, sobressaltado. 




 

— Sim, Namjoon-hyung? — Jungkook perguntou, e Namjoon balançou a cabeça para o outro garoto, rindo. 



 

— Pensando na audição de novo? — É claro que como todo bom melhor amigo, depois que descobriu que seu irmão tinha inscrito na audição, Jungkook ligou para Namjoon e hiperventilou por três horas sobre a informação. 




 

Se lembra do seu Hyung rindo e dizendo “ Tenho certeza de que se saíra bem. Você é talentoso, Jungkook, desde aquela época que me convenceu quando éramos garotos a ir num cursinho de música escondido. Você já ganhou!” Enquanto o Jeon continuava a encher o saco de Namjoon, o mais velho perguntou o que ele podia fazer para ajudar o outro a ficar mais tranquilo. Isso resultou de depois de mais uma visita a Junghyun no hospital em Jungkook indo apressado até a casa de Namjoon, onde os dois recuperaram o antigo talento perdido de Namjoon desde que ele ajudou Jungkook a frequentar um cursinho de música escondido no centro da cidade e fazer qualquer instrumental só para que ele ganhasse coragem de ir com o amigo lá, Namjoon recuperou suas habilidades de baixo do cursinho e os dois enviaram o que Namjoon intitulou “ o pior cover da história” onde o Kim tocou Welcome to the jungle no baixo, uma das músicas que mais aprendera não época que praticou o instrumento. Enviaram às pressas no último dia de aceitação de vídeos, só para que Jungkook ficasse mais tranquilo, assim como quando Namjoon o levou escondido ao curso. Por sua causa, seu Hyung se inscreveu também. 





 

— Sabe, você pareceria legal numa banda, Namjoon-hyung. Vai que você passa também! — Disse Jungkook cheio de humor. Seu amigo revirou os olhos. 




 

— Diga isso para a antiga professora de baixo do complexo de música e canto que formos depois de eu sem querer ter quebrado um dos baixos. — Lembrou o outro da história, enquanto fechava as fichas e as organizava nas prateleiras. Era uma história hilária a de como Namjoon nunca voltou ao curso de música apesar de ir bem no baixo, foi quando ela teve um acidente ao derrubar um baixo da escola…..e todos os outros que estavam apoiados perto dele em suportes. O pai de Namjoon pagou todos os danos é claro, mas a bronca da professora em frente a uma classe desestabilizou o rapaz, que naquela época, ainda era bastante inseguro. Não teve quem o convencesse a voltar. Mesmo enferrujado, Namjoon mandou muito bem na música do Guns and Roses que enviaram para a audição, e mesmo o Kim negasse veemente, Jungkook acreditava que Namjoon tinha real chance de ir a segunda fase. O outro já não pensava o mesmo. 




 

— Quando você ganhar uma desculpa para viajar comigo para Seoul para fazer a audição, me agradeça! — Disse Jungkook. Namjoon iria refutar, mas foram interrompidos pela professora de matemática, a senhora Choi entrar no recinto acompanhada de uma pessoa. Shin Alice. A professora parecia contente em ver Jungkook por ali. Era ele era um aluno bem quisto entre o corpo docente, e todos os professores ficaram muito tristes coma notícia sobre seu irmão mais velho. A pergunta real era: o que Shin Alice estava fazendo ali? Jungkook fechou o caderno que estava usando para anotar e limpou a garganta. Namjoon também parou de ajeitar as estantes, claramente curioso. Alice se contentava em só seguir a professora. 




 

A professora de matemática deles cumprimentou Jungkook com um sorriso gentil. Ela particularmente gostava dele, além de um garoto dedicado era excelente em sua matéria. Ele igualmente lançou um sorriso para a mulher, mas não podia negar que estava um pouco nervoso. Desde que tudo aconteceu, não havia falado com Shin Alice. A garota olhou de soslaio para ela e a acenou com a cabeça para Namjoon, seu meio irmão. Namjoon retribuiu. A mulher de meia idade sentiu-se na cadeira disponível, e Alice ficou de pé atrás dela olhando em volta do Grêmio estudantil. Logo, a senhora Choi começou a falar: 




 

— Jungkook, é bom ver você por aqui de volta. Como está seu irmão, se não faz mal perguntar? — A professora disse delicadamente. O garoto respondeu com a a verdade: Junghyun ainda estava hospitalizado e estavam esperando mais notícias. A mulher assentiu  e desejou melhoras ao irmão do rapaz. Logo, a senhora Choi realmente começou a falar o que tinha para dizer. — Eu queria saber como vocês estão de monitores, Jungkook, e como podemos arranjar um horário diferenciado. Alice aqui está muito mal na matéria, e eu queria saber se do quadro de monitores, alguém poderia estar disponível para dar um horário que sabe uma ou duas vezes pela semana no horário do almoço, já que ela não pode permanecer na escola. 





 

Jungkook olhou para o lado, eles tinham se organizado tanto quanto os do Grêmio que faziam parte do quadro de monitores e alguns alunos voluntários que faziam parte do quadro também. Ele e Namjoon eram um dos alunos que davam as matérias de exatas, mas Jungkook sabia que Namjoon como primeiro da classe já estava com os horários de monitoria lotados de alunos com as provas finais já próximas, e que os outros dois monitores da área não deveriam estar diferentes. A senhora Choi olhava para ele diretamente, pois Jungkook já tinha consciência de que ela deveria saber que por conta da doença de seu irmão ele era provavelmente o único candidato a monitor com os horários vagos e que provavelmente aceitaria encaixar Alice. Jungkook sorriu para a professora: 




 

— Eu estive pegando menos pesado com a monitoria por conta de sempre estar no hospital após o turno da escola, mas eu não vejo problema. Poderíamos combinar em dias como terça e quinta, ou segunda e quarta na biblioteca. Assim Alice teria algumas boas aulas antes da prova final e poderíamos tirar todas as dúvidas. — Jungkook disse. Estava bem com isso, não iria sobrecarregar ninguém já que os outros e Namjoon já estavam completamente lotados a tarde. Ele era o que tinha mais vagas, e para si era até mais vantajoso que fosse nos horários de almoço, já que gostaria de estar com Junghyun na maioria das tardes depois da escola. A senhora Choi sorriu contente, Alice parecia confusa e Namjoon o olhava com ares de preocupação. 





 

Ele falou mais um pouco com a professora, que animada explicou mais um pouco sobre o declínio no rendimento escolar da garota ao seu lado, que somente falava o necessário ou quando era perguntada. Logo, quando faltava cerca de vinte minutos para o fim do intervalo, a senhora Choi virou-se e disse gentilmente para Alice que esperava que as aulas extras pudessem a ajudar em seus exames finais. A garota assentiu e com um pequeno sorriso agradeceu. Ela então pediu que Namjoon a ajudasse com alguma outra coisa de sua sala, a carregar um livros que ela havia pré selecionado na biblioteca. Namjoon olhou para Jungkook por um momento, mas o amigo mais novo acenou para ele, indicando que ele deveria ir. Assim, Namjoon foi embora junto da professora, e reataram só Alice e Jungkook no Grêmio estudantil vazio.




 

Houve alguns instantes de silêncio constrangedor entre os dois, afinal apesar de Jungkook já ter superado a maior parte da história, ainda havia certa estranheza em estar sozinho com Shin Alice em uma sala. Para quebrar o silêncio, ele resolveu voltar ao assunto das  aulas extras: 




 

— Bem, você prefere terça e quinta ou segunda e quarta? Aí podemos começar vinte minutos depois do horário, para dar tempo de cada um comer, e os quarenta minutos restantes a gente recusa o conteúdo e você tira suas dúvidas. — Começou Jungkook a explicar, enquanto abria de novo seu caderno onde anotava as coisas que deveria fazer para conselho ou a escola como o presidente do conselho estudantil. 




 

— Qualquer dia está bom, pode ser terça e quinta então. — Ela disse, ainda meio sem graça. Jungkook então começou a anotar no caderno para não se esquecer. — Se você não quiser, olha, não precisa, eu explico para senhora Choi. 




 

— Não tenho nenhum real problema, Alice. Sério mesmo. Mas se você tem, eu posso pegar um dos alunos de Namjoon e ele pode te dar a aula em vez de mim, se isso te deixar desconfortável. — Jungkook começou a dizer. Haviam ainda coisas não muito bem ditas ali entre os dois. A garota pareceu ficar pensativa, e então, ao Namjoon ser mencionado, lembrou-se do que ele dissera em relação ao que Jungkook pensava sobre toda a situação. Em que ele havia incentivado Namjoon a tentar construir uma relação consigo. 




 

— Por que você aconselhou Namjoon a tentar ter uma boa relação comigo depois de tudo? Quero dizer, você não precisava…….eu fico me perguntando por que. Eu achei que você tinha o direito de ficar magoado comigo. E agora, você também está querendo me ajudar. O que quis dizer mais cedo foi que, se foi só por conta de ser um pedido da senhora Choi, você também não precisa fazer isso. — Começou Alice. Já não se sentia confortável desde que a senhora Choi a chamará no fim da aula para a aconselhar fortemente pegar monitoria para melhorar suas notas, e quase hiperventilou quando vira que a professora veio pedir pessoalmente a Jungkook, entre todas as pessoas para a ajudar. Não queria que ele fizesse isso se sentindo obrigado, ela podia se virar. 





 

— Não não tem nada haver. eu estou fazendo por que quero, eu não me sinto obrigado. Olhe…..vamos conversar sobre isso logo, se quisermos fazer isso daqui funcionar. — Começou Jungkook, colocando os cotovelos sobre a mesa. O garoto deu um suspiro. Ainda havia coisas que o magoavam um pouco, apesar de a maior parte da história já ter sido feita em paz dentro de si. Às vezes, tinha coisas que realmente precisavam ser ditas, Jungkook percebeu naquele momento. Bem, e não havia melhor momento como o agora. — No início eu realmente fiquei magoado. E não foi só com você, foi com Taehyung também. 





 

Shin Alice não disse nada. Jungkook então deu um pequeno suspiro antes de retomar sua fala anterior. Agora que ele começou, tinha de terminar. 




 

— Eu apenas senti…..que eu não era importante. Eu não fiquei magoado nem com você….gostar de Taehyung. É algo normal. Ninguém controla os sentimentos. O que eu senti foi que houve muitas omissões entre nós. Eu disse isso para Taehyung quando conversamos, eu cheguei a perguntar para ele se ele gostava de você, antes de nos envolvermos, elas  disse que não….então depois eu encontrei vocês se beijando naquela noite do baile perto do estacionamento. Eu tinha vindo para ver você. Eu não senti nem tanta raiva, eu só…..me senti magoado. O que eu senti foi que…..vocês não me levaram muito em consideração. Sim, eu estava gostando de você na época, mas tudo o que precisaria ser feito era vocês serem sinceros comigo. Era tudo. Essa foi a minha maior mágoa  quanto a nossa situação. Eu não….fiquei com muita raiva propriamente, e o que disse para Namjoon foi de coração. Você não é má pessoa, nos tínhamos uma relação muito amigável e agradável, e apesar de tudo, eu realmente acredito que foram as circunstâncias pessoais que nos levaram a ter aqueles problemas. Eu realmente gostaria que tivesse sido diferente, mas eu gosto de vocês dois como pessoas e desejo felicidade. Eu não sou uma pessoa de ter mágoas, ainda mais de duas pessoas que eu particularmente gosto. Sim, eu me senti mal, claro, mas depois que esse tempinho passou, percebi que não adianta. O que aconteceu entre nós, aconteceu. Nos três podemos seguir em frente desse impasse. Por mim, eu não tenho problema nenhum em colocar isso para trás. 




 

Jungkook pensou que seria mais difícil, afinal ele não era uma pessoa de falar muito de sentimentos, mas foi um processo natural. Não percebeu que aquilo precisava ser dito até que o fizesse. Já havia conversado sobre com Taehyung, agora estava o fazendo com Alice. Aquele era realmente o virar da página, e agora sentia-se leve. Alice olhou para ele e disse: 




 

— Tive tempo para pensar em muitas coisas, e essa foi um delas. Eu sinto que eu omiti muitas, como você e todos já sabem muito bem agora que a verdade é conhecida, mas meus sentimentos não deveriam ter sido uma delas. Eu sinto muito. Você é uma pessoa incrível e não merecia ter se se tido dessa maneira. Eu…..nunca fui muito boa com sentimentos. Eu só quero que saiba que eu gostei de você, por vários anos, antes mesmo de tudo. Para mim, você sempre foi bonito, legal e tudo o mais. Você continua sendo, e eu tenho um grande carinho por você pois independente do tempo, ou do meu nome, você sempre me tratou bem. Mas………




 

Ela parecia buscar as palavras certas, ainda com medo de magoar Jungkook de alguma forma. O garoto sorriu levemente, e completou para ela, as palavras pesadas e definitivas não combinavam com a expressão leviana do garoto. 




 

— Mas eu não sou o garoto que você realmente ama. E está tudo bem, Alice. Algumas pessoas, nós apenas gostamos. Outras, amamos em maior intensidade. — Ele disse. Jungkook já sabia que haviam atingido um fim naquilo que apenas chegou a começar entre os dois, e estava em paz com isso. Encerramentos eram de certa forma importantes. Estavam colocando os pingos nos is. — Eu gostava de você, é verdade, mas agora posso perceber que também não era amor da minha parte. Era simplesmente gostar. E está tudo bem com isso. Fico feliz que estamos finalmente na mesma página. 




 

Ficou um silêncio ainda de certa forma pesado, mas ainda assim mais agradável do que se fizera presente antes daquela conversa se iniciar. Jungkook piamente acreditava em sua fala anterior: os dois gostavam um do outro, mas para uma verdadeira paixão tomar lugar, ela precisava igual com uma flor, de certas condições favoráveis e de terreno para florescer. Entre eles, nunca tiveram isso. Esse espaço para construir alguma coisa. Era algo que ele referia ao olhar a situação para trás, e no fim, chegava nessa conclusão: gostaram um do outro, mas sinceramente, não foram feitos para realmente se apaixonarem. E não tinha nada de errado nisso. 




 

— Você tem razão. Eu também sinto que confundi muitas coisas em relação a você, e isso que também gerou toda essa situação. Mas é como eu disse, eu realmente gosto de você como pessoa, Jungkook. Isso nunca vai mudar. — Disse Alice, e tentou sorrir para o garoto. Jungkook sorriu de volta, gentilmente. Era verdade: amo os gostavam das pessoas que eram, mas não funcionavam romanticamente. E não tinha nenhum problema naquilo. Podiam recomeçar, e talvez quem sabe, serem bons amigos. 




 

— Quanto a você e Taehyung, sabia que eu desejo toda a felicidade do mundo. Eu na realidade acho que vocês simplesmente combinam e ficam legais juntos. —  Jungkook desejou. Era verdade, desde que estudaram juntos desde a quarta série, o Jeon nunca  levou muito disso paixonite antiga de fundamental por Alice para a frente simplesmente por simplesmente achar que ela e Taehyung eram algo fadado a acontecer, com a forma que os dois eram naturalmente próximos. Pelo visto, pensou certo. 




 

O sinal tocou de novo, indicando que o horário de almoço já hacia acabado e que os estudantes deveram se dirigir as suas salas. Alice, mais uma vez, olhou para Jungkook e disse: 



 

— Está tudo bem, mesmo? — Ela perguntou. Jungkokk assentiu coma cabeça. 




 

— Em relação a eu e você. Não se preocupe mais. Nos falamos agora sobre isso já, e chegamos no mesmo ponto. Está tudo bem agora. — O Jeon reafirmou, e depois. Levantou-se também. Ela fez o mesmo, afinal o Grêmio tinha de ficar fechado durante as aulas. Alice se dirigiu a porta primeiro, enquanto ele ainda ajeitava uma pequena bagunça que ele e Namjoon haviam deixado por ali por cima da mesa. Antes que a garota pudesse virar a maçaneta, Jungkook lembrou-se de uma coisa. — Ah, Alice? Diga para o Taehyung que se ele quiser participar das aulas, ele também pode. Todos os anos tenho de livrar a bunda dele da reprovação, e odiaria que isso acontecesse no nosso último ano. Ele é horrível com números. 




 

Alice sorriu. 




 

— Eu irei perguntar para ele se ele quer, mas você sabe como ele é. Obrigada, Jungkook. Tenha um bom dia. — Desejou a garota, antes de virar-se e sair pela porta. A fechando depois. Jungkook sorriu para si mesmo. Havia tirado um peso de seus ombros e sentia-se mais leve. 




 

— Tenha um bom dia, também. — Declarou, apesar de ela não estar mais ali. antes de ir embora, decidiu olhar mais uma vez seu celular. Ainda não havia nenhum e-mail. Tinham começado a enviar os resultados hoje, mas Jungkook já estava ansioso. Queria muito ter uma chance de ir a Seul e participar da segunda fase. 





 

Afinal, quem não gostaria de estar mais próximo de realizar um grande sonho? Jeon Jungkook sempre foi comportado e sempre andou fora da linha. Nunca esperou muito além das coisas que eram impostas para si, mas tinha vontade de ser ambicioso. Tinha vontade de se aventurar mais um pouco, se livrou de muitas amarras, resolveu suas pendências. Aprendeu muito durante esse ano. Não tinha hora melhor. 




 

Não havia nenhuma hora melhor para uma mudança do que agora. 




 

E não era somente Jungkook que se sentia aliviado, Alice também saiu daquela sala com um peso a menos nos ombros. Foi tão bom conversar com Jungkook e constatar que finalmente os dois estavam na mesma página, e se sentir perdoada por suas omissões e no lugar que ele fora colocado por elas. Agora, era outra página que se virava. Algumas pequenas coisas parecem finalmente estar dando certo para si, e apesar de o todo continuar uma completa bagunça. Ela conseguiu o perdão e o apoio de muitas que realmente importavam: Yoongi e Hoseok, sua mãe, sejas amigos, Taehyung e agora até mesmo Jungkook apesar de tudo não tinha mais ressentimentos em relação a si. Lembrou-se do exercício passado sobre sua psicóloga, sobre a listinha diária de coisas positivas, e a conversa com Jungkook com certeza entraria na se hoje, pois causou um alívio enorme em seu coração. 




 

De resto, o dia continuou normalmente, tiveram mais alguns períodos depois do almoço, até que deu o horário de saírem. Ela junto de Samuel e Eunha saiu da escola, se despedirá de Taehyung mais cedo já que ele tinha arranjado uma detenção e teria de ficar mais tarde na escola. Os dois contavam para ela as novidades levianas, ambas dos próprios namoros ou de suas vidas diárias, e a outra garota estava uma pilha de nervos com as provas finais. Samuel estava naturalmente relaxado, dizendo que estudariam o suficiente, já Alice estava preocupada demais com o enfrentamento de um tribunal, mas se esforcaria para ao menos completar aquela etapa. Seus amigos já se dirigiam até a porta de enterrada, onde Alice procurava pela policial Kang, que realizava sua escolta todos os dias da escola para casa. Avistou a mulher de uniforme que acenou para ela do fundo da porta. 




 

— Bem, eu vou ver vocês dois amanhã. — Disse Alice, se preparando para ir embora. Samuel e Eunha sorriram de volta. 




 

— Pode crer! Amanhã, conta pra gente mais sobre você e o de cabelo azul, quero saber tudo do casal que eu juntei! Até penso no terno para o futuro casamento, onde eu obviamente serei o padrinho. — Samuel exclamou animado. Alice revirou os olhos. 




 

— Sam, a gente não é um casal. — Então, foi a vez de Samuel rir. Eunha também riu, o que fez ela olhar para os dois fazendo uma careta. — Mas é verdade. A gente não é um casal. 




 

— Daqui a pouco vocês provavelmente serão. Quer dizer, é perceptível que ambos se consideram mais que amigos a essa altura.  — Eunha disse com convicção. Samuel assentiu, e o coração da garota realmente acelerou ao pensar na possibilidade, assim como fizera todos os outros dias desde que os dois voltaram a conviver junto e seus sentimentos pareciam não se conterem dentro de si. Ainda assim, hesitava. Talvez fosse cedo demais, já que ele havia acabado de a perdoar. Talvez para ele tivesse mudado depois de tudo. Dúvidas consumiam sua cabeça, como sempre faziam. 




 

Ela apenas respondeu os dois amigos com um simples “talvez” e por fim se despediu deles. Foi ao encontro da policial Kang e as duas começaram a ir em direção ao carro que usariam, não era uma viatura mas sim o carro da policial na que não tinha necessidade do carro oficial naquele caso e não queria criar-se um alarde. Entretanto, quando já estavam quase alcançando o veículo estacionado, ela teve de parar ao ouvir alguém a chamar: 




 

— Espere, espere! Alice! — A loira se virou e deparou-se com Song Haneul, sua antiga amiga de Icheon. Ela estava ali, no meio da rua, parecendo um pouco perdida. Suas roupas eram o mesmo desleixo de sempre, mas a outra a conhecia o suficiente para saber que Hana simplesmente não se importava com essas superficialidades. Parecia fazer séculos que não se viam, já que a última conversa das suas antraz de Alice vinhera para Busan (ainda como Yuri)  foi uma discussão, quando a outra teve raiva de si por conta de seu segredo. Onde disse que ela era falsa, hipocritamente e tantas outras coisas. Talvez Alice as tivesse sido, em algum momento. Nunca esteve totalmente certa, afinal. Errou muito, mas de vez em quando, conseguia ver recentemente que apesar de sua bagunça fez bons amigos e em meio a tanta tempestade, ainda colhia coisas boas aqui e acolá, coisas que a faziam pensar que sim, valia a pena. 





 

Haneul estava ofegante, pois correra desde o outro lado da rua, quando avistou a cabeleira loira. Ela podia ter ligado para o amigo de Alice, Taehyung, mas algo havia acontecido consigo naquele dia e agora precisava de ajuda. Era irônico, queria muitíssimas coisas juntas: um perdão e uma ajuda. Ela odiava a posição que estava, mas ainda assim, não importava o nome, aquela era sua amiga. Isso e seus verdadeiros arrependimentos de sejam bastar. Ela caminhou até Alice, ainda com sua pesada mochila de costas e no meio da calçada mesmo, deu um abraço na garota. 




 

Haneul sempre fora mais alta, mas carrancuda e era a que afastava qualquer pessoa que ousasse se meter com ela na época do orfanato, então Alice observou em choque o corpo da garota mais alta treme e ela soluçar, enquanto dizia “ Eu sinto muito, eu sinto muito…..” aqui foi tão incomum vindo da Hana que conhecia, que Alice até ficou meio sem graça no abraço, mas começou a dar tapinhas nas costas da outra para que ela se acalmasse. Alice logo entendeu, e tão sussurrou para a mais alta: 




 

— Está tudo bem, está tudo bem. Taehyung tinha me contado que você já estava aqui em Busan. É bom ver você de novo, Haneul. — Disse a loira, com um pequeno sorriso. A amiga finalmente a soltou e sorriu também. 




 

— É bom ver você também…...Alice. — Ainda era estranho chamar a outra assim para Haneul, mas esse era seu nome. Ficou até mesmo meio que orgulhosa quando ela própria entregou-se. — Eu sei que faz muito tempo…….mas eu…...vim aqui pelo seu perdão. E sei que é pretensioso, mas eu tenho outra coisa também a pedir. 




 

— Quanto ao perdão, não tem o que pedir perdão. Nunca fiquei com raiva de você ou das suas palavras daquela última vez, eu enredo de onde elas vinham. E seja o que for, me peça. 




 

Haneul olhou para ela envergonhada. Mas Alice era sua única opção, já que apesar de conhecer os dois primos, eles ainda eram só conhecidos. Naquele liberto, mesmo parecendo existia, queria ser ajudada por aquela que era a amiga. Haneul entaou tomou coragem e disse: 




 

— É que fui demitida do meu emprego, num hostel no qual eu também morava e agora…......eu não tenho onde morar. 



 

•••••••••••••







 

Alguns dias depois, no fim daquela semana. 





 

Desde segunda feira, dia onde se reencontrou com Haneul, foram dias muito movimentados. Para Shin Alice andavam sendo. 




 

Sooyoung tinha razão no que para Jin, a notícia sobre Minjae não demorou muito para ser vazada na quarta feira daquela semaba, e provocou um rebuliço na escola de Sicheong que até mesmo tirou o foco de Alice por aqueles dias, coisa que ela até estava apreciando. Entretanto, era difícil ver todas as denúncias que cada vez mais chegavam contra o rapaz e pensar naquele momento na festa  onde oe quase conseguiu concretizar o que fizera com outras garotas com ela. Pensar em Choi Minjae doía, e por isso, em meio aos seus problemas todos, propositalmente tentava o esquecer e de suas tramoias. E pelo visto, o que vinhera a tona parecia ser apenas a ponta do iceberg. Ela se desligou das notícias sobre as investigações dele, pois a fazia mal assistir. 




 

Na última semana, assim que soube que Haneul tinha perdido o emprego no hostel chinfrim que trabalhava, ela chegou com a amiga na sua casa e apresentou para a mãe, explicando a história dela com a garota e a situação atual, perguntando se Haneul poderia usar o quarto vago da casa por enquanto. Sua mãe prontamente aceitou e instalou a menina que constrangida repetia a todo instante que seria apenas por alguns dias. Entretanto, Alice e sua mãe não quiseram saber, e disseram que ela haveria de ficar quanto tempo precisasse. 




 

A garota ajudava sua mãe com a casa e até mesmo estava começando a se envolver nos projetos voluntários de Shin Minhee para a igreja, e quanto em paralelo procurava um novo  emprego. Mãe e filha riram da história de Haneul, que disse que surrupiou por algumas horas a guitarra que ficava por ali no palco do restaurante para submeter um vídeo para uma popular audição musical que andava sendo divulgada, e ela sempre achou a ideia de ser uma música legal quando teve contato com um projeto musical do orfanato onde aprenderam instrumentos, e Haneul foi a única de lá que orgulhosamente no fim do curso conseguia tocar a guitarra elétrica. Ela de fato fez o vídeo o submeteu de uma lan house ali perto, e depois colocou a guitarra de volta no palanque, mas uma funcionária viu a garota a pegando, e o dono turrão que não admitia nenhum erro a mandou para fora com uma mão na frente e outra atrás. 





 

O resultado da tal empreitada a qual Haneul perdera o emprego ainda não tinha chegado, a empresa até chegará a avisar pelas televisão e as redes sociais que os resultados seriam mais lentos por conta da grande demanda. A outra já havia desanimado, tanto por conta do grande número de candidatos quanto pelo fato de afirmar que mesmo se passasse para a segunda fase dos testes para a tal  banda, não tinha dinheiro para ir até a empresa em Seoul para participar. Alice não a contou que ela é sua mãe pretendiam a presentear com a passagem para Seoul  caso Haneul passasse para a segunda fase. 




 

No mais sua vida andava mais tranquila do que poderia ser. Teve sua segunda consulta com a psicóloga Wheein, onde se abriu um pouco mais e a mulher se mostrou confiante no tratamento com o empenho de Alice no seu pequeno diário de coisas positivas e com as conversas que se tornavam cada vez mais abertas. Outra coisa que a deixava muito feliz também era sua relação com Taehyung. As coisas andavam muito boas entre eles, e o garoto de cabelo azul andava mesmo que timidamente se integrando ao seu grupo de amigos, com o apoio total de Jimin que já era conhecido de Taehyung, agora ele sentava na mesa do almoço do grupo. 




 

Entretanto, nos dias que pegava tutoria com Jungkook, os dois iam até a biblioteca onde o moreno estava. Na primeira vez, na terça, Taehyung relutou para ir dizendo que iria tornar tudo estranho, mas no fim cedeu ao convite que fora feito pelo próprio Jeon e participou das aulas também. Mesmo com o receio dos dois, Jungkook parecia não se incomodar e isso foi um alívio. Agora, duas vezes por semana tinham encontro marcado com o Jeon para estudar para a prova final de matemática, e os encontros vinham sendo surpreendentemente agradáveis. Talvez de fato tudo pudesse ficar vem os três e pudessem ser amigos apesar de tudo, no fim das contas. Apesar de que as vezes Taehyung irritasse Jungkook em suas tutorias por sua preguiça, fora disso estava sendo muito proveitoso as aulas. Distraiam Alice das coisas que ela não queria pensar. 





 

Agora, não tinha escola. Era sábado, fim de tarde, e Samuel e Eunha tinham vindo almoçar mais cedo. Depois que saíram, já no fim da tarde, a casa ficou queira enquanto sua mãe lava as louças com a ajuda de Haneul e Alice lia sentada no sofá mais um livro que sua mãe havia comprado, e estava bem imersa nos dramas do jovem casal apaixonado e alheia a sua volta até o telefone fixo tocar. Fez menção de se levantar para atender, mas sua mãe veio da cozinha tão rápido que Alice mal se levantou quando ela já estava lá, atendendo o telefone. 





 

— Alô? Ah…..doutor Ahn. — Disse sua mãe. Alice rapidamente se interessou, já que pelo visto era uma ligação do advogado responsável pelo seu caso. Sua mãe pareceu ouvir por um tempo, até dizer. — Ah, sim. Entendi. Estaremos preparadas. O senhor pode vir manhã para nos orientar melhor e discutirmos mais um pouco sobre? Certo. Amanhã às três da tarde então. Tenha uma boa noite. 




 

Sua mãe colocou o telefone de volta em seu lugar, e virou-se para Alice. Sorriu um pouco triste. A garota já sabia o que era, afinal, se o advogado ligou para elas, era por que a notícia que estavam esperando chegará: a data de seu julgamento. Mesmo transtornada  tanto quanto a sua mãe, a garota simplesmente olhou para ela e perguntou: 



 

— Para quando? — Disse, mostrando a sua mãe que entendia. A mulher disse, tentando passar tranquilidade para filha no tom de voz. 



 

— Daqui há dois meses. Você já terá se formado na escola até lá. —  Disse Minhee. Alice assentiu. Haneul chegou na sala e logo foi comunicada. Olhou para a amiga apreensiva por Alice, mas a garota apenas sorriu para as dias e reafirmou que estava bem.
 

 

 

As três seguiram com sua noite, as outras suas procuraram distrair Alice o máximo que podiam, até mesmo sua mãe desenterrou de algum lugar um jogo de dominó onde as três jogaram até cerca de meia noite, quando finalmente foram dormir. Depois de jurar a haneul que estava bem, ela trancou-se em seu quarto depois de ter tomado banho e deitou-se em sua cama. 




 

Sem surpresa nenhuma, ela não conseguiu dormir. Ficou se revirando por cerca de uma hora, agora que estava sozinha com seus próprios pensamentos sem ninguém por perto, eram as horas que mais caia em certos hábitos e que mais se sentia ansiosa e menos otimista. Shin Alice era uma auto sabotadora  por natureza, e os pensamentos mais cruéis e melancólicos que tinha sobre si mesma costumavam vir assim, no silêncio da madrugada onde sua mente agitada nunca parava. Pensou sobre seu futuro: daqui dois meses provavelmente estaria mofando na cadeia, por alguns anos. Seis? Sete? quem sabe oito. Talvez essa fosse a forma do destino lhe dar o que realmente quis quando forjou a própria morte: ela apodreceria na cadeia por alguns amos enquanto todos seguiam suas vidas aqui fora. Talvez esse fosse o real propósito de tudo, afinal. 




 

Pensou tanto que não aguentava mais, precisava falar com alguém, mas não queria incomodar sua mãe e Haneul. Talvez se tivesse seu celular…..pudesse ligar para um de seus amigos. Abriu levemente a porta para não acordar ninguém e foi nas ponta dos pés até a sala de estar. Procurou nas gavetas da cômoda, sabia que tinha visto sua mãe o guardar por la, e achou seu celular escondido numa gaveta do fundo, junto com o carregador e seu notebook. Rapidamente pegou seu celular e o carregador e os levou para o seu quarto. Carregou-o brevemente e assim que conseguiu acessar, reiniciou o aparelho até ele ligar completamente. Viu que seu Kakao Talk estava lotado, mas não se atreveu a abrir as mensagens, e foi direto para lista telefônica. Passou pelos nomes: 




 

Jimin

 

Samuel

 

Eunha



 

Deveria realmente ligar, deveria realmente incomodar algum deles com seus medos em relação a notícia que recebera…...seus dedos estavam trêmulos. Ela queria falar com alguém mais ao mesmo tempo, não queria incomodar ninguém naquela madrugada. Ela nervosamente olhou para a sua lista telefônica, até que seu olhar parou no contato de Taehyung. Seus dedos se movem em direção ao contato, querendo ligar, querendo falar com ele, ouvir a voz dele naquele momento. Hesitava. Sentia-se sempre incomodando. Entretanto, uma voz dizia no fundo de sua mente “ Você quer ligar? Ligue para ele então.” Movida por esse pensamento, apertou rapidamente e a chamada começou. Se arrependeu no mesmo instante, pensando se deveria a encerrar ou não, mas pelo visto pensou tempo demais, já que ele atendeu: 




 

Alice? — Taehyung disse do outro lado da linha, a voz meio rouca e confusa por provavelmente estar dormindo antes da ligação. Eram uma da manhã afinal.




 

— Eu…..esqueça. Eu queria falar com você mas foi idiota. Eu devo ter te acordado. — Ela falou, já pronta para pedir desculpas. Taehyung a interrompeu. 




 

— O que você quer falar? Eu estou ouvindo. — Ele disse, já acordado. Ela suspirou do outro lado da linha. 



 

— Eles marcaram meu julgamento. Recebi a notícia no início da noite. Eu só estive pensando, sabe? E se tudo der errado? — Ela confidenciou, afinal era de madrugada e aquilo podia ser considerado uma coragem noturna. 



 

— Vai dar tudo certo. O advogado vai te orientar e você vai sair dessa, Allie. Você vai ver, seus amigos e seus pais e sua mãe vão estar lá o tempo todo. Vai dar tudo certo. — Taehyung tentou a tranquilizar. Ela ainda não estava convencida. 




 

— E…...você vai estar lá, não é? No meu julgamento. 




 

— É claro que eu vou estar lá, Alice. Eu estarei lá o tempo inteiro. E independente do resultado, eu continuarei lá. Você sempre pode contar comigo. Afinal, quem mais aguentou a tortura de assistir com você a saga crepúsculo mais de três vezes quando éramos jovens? Depois daquela tortura gratuita, ir pro tribunal com você vai ser fichinha. — Afirmou o garoto. Ela sorriu com a piadinha, mas é claro que ela não podia ver isso do telefone. Limpou seus olhos lacrimejando e disse: 




 

— Você é realmente o melhor, Tae. — Ela disse. Só Taehyung para soltar piadinhas sobre uma saga velha para lhe animar em plena uma da manhã enquanto ela ligou para ele totalmente fora de um horário apropriado, preocupada com o rumo que  sua vida tomava. 




 

— Ah, isso já me disseram. — Ele declarou do outro lado da linha fazendo referência a todas as vezes que a animava daquela forma e ela sempre dizia que ele era o melhor, era nostálgico, até. Ela deu uma pequena risada, e continuou a dizer uma coisa sem nem mesmo pensar muito em suas próprias palavras: 




 

— Não, sério! Você é o melhor, só você para falar da saga crepúsculo num momento como esses e me fazer rir com isso, céus Taehyung, eu amo você. — Ela disse, com um sorriso no rosto. Somente percebeu o teor que suas palavras tomaram quando ela viu o silêncio mortal que tinha ficado só do outro lado da linha. Foi um instante inteiro de pausa. Ela já estava pronta para se desculpar, até que Taehyung disse do lado da linha. 





 

— E eu te amo pra caralho, Shin Alice. — O coração da garota errou algumas batidas. Ouvir Taehyung dizer aquilo fez ela praticamente prender a respiração em euforia, em….algum tipo de êxtase estranho ao tom da voz do garoto do outro lado do telefone. Ele continuou. — Mas você me ama como amigo, Rosa? ou você me ama sabe......de outro jeito? Eu acho que preciso saber. 




 

Ela não soube dizer o que havia dado em si, talvez fosse a coragem por estar falando ao telefone, ou o fato de serem uma da manhã e haver uma certa sensação que a noite trazia de que se podia dizer coisas que você não diria no dia seguinte, sob a luz do sol. Confissões sussurradas, ainda hesitantes, porém que se fizeram presentes. 





 

— De todas as formas. Eu amo você de todas formas. Essa é a verdade. Como amigo….e como garoto. — Ela confidenciou praticamente em um sussurro, por que era verdade. Taehyung era praticamente uma síntese de todas as formas de amor mais lindas, ao menos em seus olhos. Ela o amou e ainda o amava incondicionalmente como seu amigo, e por tantos anos fora simplesmente assim. A segunda forma de amor veio mais lenta, e ela demorou a perceber. Mas depois de tudo o que passaram…..ela não podia mais a  negar. E naquele momento, apesar de geralmente ser alguém terrivelmente medrosa por dentro, não teve medos, ou incertezas. Houve apenas uma constatação que esperou até tempo demais para ser verbalizada. Amava Taehyung. Qualquer que fosse o sentido que se desse a palavra. Ela o amava. 





 

— Eu…...espera um pouquinho aí. — Disse o garoto, e simplesmente desligou o telefone. A menina ficou extremamente confusa. Essa foi a resposta dele a sua declaração imprudente em meio a madrugada? E como assim espera aí ? 




 

Ficou confusa por alguns minutos e sua mente começou a de novo trabalhar mil e uma possibilidades. Não foi o momento certo? Fora muito cedo? Seus pensamentos foram interrompidos com uma forte batida na janela de seu quarto, que sobressaltou a garota e a pegou desprevenida. Abriu as cortinas para ver o que havia lá fora, e como seu quarto era no térreo, Kim Taehyung estava lá de pé do lado de fora da sua janela. Ela olhou para ele alguns segundos, enquanto ele apontava para a tranca embaixo, para que ela abrisse a janela. Ela o fez, e num minuto ele tinha pulado e estava dentro do seu quarto. Ele olhou para ela um momento e disse: 



 

— Oi. 





 

— Oi. — Ela respondeu. Tinha acabado de confessar a Taehyung (e reconhecer novamente consigo mesma) que de fato o amava e agora, ele estava ali no seu quarto em plena  madrugada. Precisava puxar um assunto. —…... Então você quer sentar? 




 

O garoto sentou-se na sua cama, e ela sentou-se ao lado dele. Bem…..era mais difícil pessoalmente. A coragem que teve no telefone se esvaia aos poucos. Suas inseguranças tomavam conta novamente. Taehyung olhou para ela e disse: 




 

— Sabe porque eu vim? — Começou Taehyung. Alice fez que não com a cabeça. O garoto sorriu ao olhar para ela. Alice ainda estava uma pilha de nervos. — Bem, você se declarou para mim pelo telefone. Você disse que me ama





 

— Eu…...disse. Se não for o momento certo, eu...peço desculpas….. — Ela já começou a desculpar-se, era um ato e hábito mais forte que ela. Taehyung a interrompeu imediatamente. 



 

— Nem ouse se desculpar. Eu amo você também. Eu também estive hesitando….pensei que com todas as coisas acontecendo agora na sua vida e com as que já aconteceram talvez eu devesse esperar mais. Hesitei um pouco. Tínhamos acabado de nos voltar a falar. Mas já fazem alguns dias, e meus sentimentos são os mesmos. Aliás, eles nunca mudaram. Nem quando você foi embora, e nem quando eu descobri a verdade. E agora…..você me ama de volta. Esperou mesmo que eu ficasse lá na minha casa, quando a única vontade que eu tenho é de te beijar? Eu já disse muitas palavras sobre isso, palavras o suficiente. Eu queria demonstrar o que sinto por você de outra forma. 



 

Se antes no telefone quando Taehyung disse que a amava Alice tinha praticamente parado de respirar, agora com certeza isso tinha acontecido. Simplesmente não soube mais o que dizer, mas de uma coisa Taehyung podia estar certo: talvez eles dois falassem demais. Talvez ambos hesitassem demais. Seu julgamento estava marcado, era verdade. Não saberia o dia de amanhã e o passado já não era mais, apenas tinha a certeza proporcionada pelo presente, pelo agora. Coragem noturna, aparentemente era algo verdadeiro, pois de algum jeito, sim dizer uma única palavra, arrastou-se um pouco mais para a direção de Taehyung. Ele permaneceu onde estava. As mãos dela estavam frias desde que abriu a janela, por conta do vento frio que vinha lá de fora, mas mesmo assim, tocou um lado do rosto do garoto com a mão direita. Ele continuou olhando para ela. Ela levou sua mão para a outra bochecha dele. 





 

— Antes mesmo que eu soubesse, que eu pudesse compreender, era você. — Ela disse. Hesitou por um momento, mas iria começar o que terminou. — E não importa o que aconteça, sempre vai ser você, Taehyung. Meu melhor amigo…..e meu amor. Me desculpe se demorei muito tempo para chegar nessa conclusão. 



 

Ele sorriu. 




 

— Não. É o tempo perfeito. Apesar de tudo.....estamos juntos agora, não estamos? — Disse o garoto de cabelos azuis. 



 

— Sim. Estamos. — Ela respondeu. O silêncio se fez outras vez. Era uma mistura de hesitação e antecipação no ar em volta dos dois. As mãos de Alice ainda continuavam no rosto de Taehyung, e ele continuava olhando para ela. Ao mesmo tempo que todos os sentimentos dele pareciam transbordar para fora, Alice sempre notava algo de imprevisível, indecifrável em Taehyung. Seu olhar se abaixou para os lábios dele, tão ansiosos quanto os seus. O piercing metálico ao qual já sentirá o gosto antes na outra vez que o beijo ainda estava ali, assim como a respiração quente dele que vinha ao seu encontro por conta da proximidade dos dois. Foi algo tão natural quando respirar, por um momento estavam apenas ali, antecipando o que viria na mesma sintonia, e em outro ela tentou trazer o rosto de Taehyung com as suas mãos ao mesmo tempo em que ele se inclinou em sua direção para a beijar. Quando se encontraram ali no meio, foi uma sensação indescritível. 




 

As duas mãos de Alice do seu rosto caíram para os ombros do garotos, que tateou na penumbra que estava quarto até que encontrou melhor a cintura da garota. A puxou para mais perto. Continuou a beijá-la como se tudo dependesse daquilo, daquele momento. O gosto metálico  do piercing do lábio inferior dele ainda era presente, e ela gostava da forma como podia sentir esse gosto durante o beijo. Também gostava da forma como os dedos dele se enroscavam na sua cintura, a puxando para mais perto dele. Uma vez, ela já fora embora, mas daqui em diante, teve a certeza de que nunca mais queria estar em outro lugar. Não enquanto Taehyung a segurasse ali, não enquanto ele a beijasse daquele jeito e o encaixe dos dois fosse tão bom, tão intenso, tão perfeito. Esqueceu por que hesitou em primeiro lugar. Esqueceu o julgamento. Esqueceu todos os seus erros, todos os percalços de seu preciso que passava horas a repensar. A única coisa que existia, era Kim Taehyung, e a forma invejando como ele explorava sua boa e vez ou outra lírica e sugava levemente seu lábio inferior. Ou a forma como ele a beijava de novo, e mais uma vez, tirando todo o seu fôlego e se tornando seu único pensamento, seu único desejo. 




 

E naquele momento único e  singular, ele era  finalmente seu. Ele sempre gostou de recitar sobre as estrelas, e um dia até perguntou para Alice no passado com qual constelação ele se parecia. Ela não source responder, mas agora sabia: ele não era uma constelação. Ele era uma supernova. E ela estava se perdendo nele. O amava. 




 

Demorou um tempo para chegar naquele ponto, mas não tinha mais volta. E ela nem queria que tivesse. Aquilo era perfeito. 



 

E não importava o que vinhesse dali para frente, não mais, se Taehyung a segurasse e a beijasse mais outra vez  daquele jeito como fizera na madrugada, no fim tudo ficaria bem. Ela podia se esquecer e perder-se nele. 




 

Ela poderia ser sua, se ele quisesse. Não lutaria  mais contra esse sentimento. Por que ela falharia, e tinha a certeza disso. 



 

Não há como lugar contra o amor. Você aoenas deve entregar-se a ele. E assim, ela o fez, fez por que amava. 




 

Amava Kim Taehyung. 






 



 


Notas Finais


A boiolagem da última sequência KKKKKKKKKK E sim, teve o clichê de bater na janela da garota, por que eu quis. Amo que amo.



Beeeeeem, foi isso kkkkkkkkk eu estou muito aliviada de estar postando isso aqui, esse capítulo foi feito por mim em meio à crise existências nesse fim de mês. Sabe como é, a gente na pandemia. Surto atrás de surto, rapaz.


Sem contar que mudei de estado por conta do trabalho do meu pai ano passado, e o fato muitos dos meus amigos terem se afastado e de não conhecer ninguém na faculdade que faço EAD (traduz: Estresse a distância) me torna ainda mais ansiosa e socialmente, estranha kkkkkkkkkk pandemia problems.



Nesses tempos fkd é um refúgio, pois aqui eu sentindo que é algo que de alguma forma eu sou querida por vocês e tenho controle sobre meus pensamentos e palavras. É algo gratificante no meio desse período louco que vivemos, espero que estejam se cuidando ao máximo que podem também e que estejam saudáveis <3333 é estressante, mas podemos acabar a caminhada se já chegamos aqui. Vamos só nos cuidar e consequentemente, cuidar do outro!


No mais, desejo que tenha gostado desee capítulo! Se quiserem mais conteúdo, podem ir no meu perfil que tem one e duas shortfics postadas também! A gente se vê na próxima att de fkd, até e se cuidem! Amo todos vocês e responderei todos os feedbacks e comentários com o maior carinho do mundo <333333


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