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História Fale agora, ou cale-se para sempre! - Puro Engano!


Escrita por: yasan-

Notas do Autor


Não se lê muitas fanfics com esse casal no spirit, então resolvi escrever uma, até porque também shippo ZoNami. ♡ Espero que gostem da história. ^^

Capítulo 1 - Puro Engano!


Fanfic / Fanfiction Fale agora, ou cale-se para sempre! - Puro Engano!

Quatro semanas antes...

 

— Mãe, pai e irmão – Sanji fez um suspense, querendo aumentar a espectativa –, eu tenho uma noticia maravilhosa para dar à vocês.

— Amo noticias maravilhosas! – a mãe bateu palminhas.

— Você já decidiu onde vai montar seu restaurante, filho? – o pai perguntou animado. Tinha muitas espectativas para Sanji, o menino de ouro da família.

Zoro é a ovelha negra que ama a adrenalina de passar horas em cima de sua moto.

"Vagabundagem não é uma profissão reconhecida ainda", Sr. Zeff enchia toda vez que o filho dizia que não seguiria os passos do pai e do irmão. A família Roronoa já tinha chefs demais. A única vocação que o rapaz possuía era viver seguindo o "fluxo", sem dar a mínima pro que pensavam dele em ser mal humorado a maior parte do tempo.

Sanji quase desanimou diante do sorriso empolgado do pai, porém, respirou fundo e anunciou alegremente:

— Ainda não, pai. Eu vou me casar. Vou pedir Nico Robin em casamento!

O pai engasgou com o bife. A mãe, que chama-se Rihana (não, ela não tem nenhum parentesco com a cantora, embora Zoro queria que tivesse, pois a Rihanna é "uma gostosa e poderiam ser primos que se pegavam de vez em quando"), correu para socorrê-lo.

Depois de constatar que o Sr. Zeff não morreria engasgado, a mãe fez uma festa perante a notícia. "Finalmente eu terei um netinho!", foi sua real empolgação. Sonhava com o dia em que veria mini-cópias de seus filhos correndo e fazendo bagunça pela casa inteira. A alegria dela não morreu nem mesmo quando Sanji deixou bem claro que os netinhos ainda não estavam programados.

Zoro passou uns minutinhos decidindo se o melhor que poderia fazer era rir da cara do retardado do seu irmão. Sanji só tem vinte e cinco anos e acha que nunca vai encontrar ninguém igual a senhorita perfeita Nico Robin. Como se o mundo inteiro não estivesse cheio de mulher.

— Casar é radical demais. Não vejo um sentido.

— As pessoas casam-se porque se apaixonam, Zoro. Não apenas por isso e sim porquê encontram em alguém tudo o que faltava em si mesma – Sanji falou, mesmo sabendo que era perda de tempo fazê-lo entender que amassos no banco traseiro do carro não eram a melhor coisa do mundo. – Você já devia estar pensando em sossegar o facho com uma garota decente, não?

Zoro bateu na madeira três vezes.

— Só tenho 22 anos, comecei a viver agora.

— Casamento é um passo muito importante, filho. Fico orgulhoso por vê-lo assumindo suas próprias responsabilidades. Espero que Robin o faça feliz.

— Obrigado, pai.

Zoro detestava casamentos, já tinha ido a tantos que perdera as contas. O que mais odiava, era as tias que viviam arrumando pretendentes à ele.

Particularmente, não entendia a pressa obstinada que as pessoas tem de colocar uma algema no dedo alheio, trocar juras de amor eterno, ter uma casa, filhos, um papagaio e um cachorro. Vivia muito bem sem uma garota buzinando no pé do seu ouvido. Já bastava a insolente e irritante Nami Sullivan. Isso mesmo, a irmã mais nova da futura esposa de seu irmão. A garota que acabou com a paz de sua vida desde que entrou nela. Parecia uma fanfic clichê da porra.

 

Dias atuais... Mas precisamente o dia do casamento.

 

Sanji estava nervoso. Agoniado, alegre e desesperado. Nem Nico Robin o superaria no nervosismo.

— Você tem alguma noção do que está prestes a fazer? – Zoro repetiu a pergunta pela terceira vez, ajeitando a própria gravata.

— Ao contrário de você, sei muito bem o que quero. Estou tão certo disso como jamais estive na vida. Então para de encher o saco que hoje é o dia do meu casamento.

— Cinco meses, Sanji. Só faz cinco meses que vocês se conhecem. Não dá nem pra saber a cor preferida da pessoa!

— Azul. A cor preferida dela é azul.

"Argh...", Zoro bufou.

— Podia ser pior – Sanji riu. Abotoou os botões da camisa social branca com uma lerdosidade irritante, de frente para o espelho.

— O que pode ser pior do que estar apaixonado? E se casar? E... e... Meu Deus!

— Ah, Zoro, não é o fim do mundo. O amor é magnífico, é um sentimento indescritível e assustadoramente bom. Se bem que, às vezes, parece uma batida de trem, mas, alguns machucados são necessários.

— Motivador – Zoro disse com uma ponta de sarcasmo.

— Não vejo a hora de casar com a Robin – Sanji estava numa bolha de felicidade enfezante, enquanto terminava de pentear os cabelos úmidos com a ponta dos dedos.

— Vamos, demônio! – Zoro concentrou-se de olhos fechados. – Exorcizamus te, omnis immundus spiritus. Omnis... Esqueci o resto – abriu os olhos, frustrado por não lembrar da fala que os Winchesters usavam para exorcizar o mal.

Sanji virou-se rindo. 

— Tô tentando resgatar meu irmão de dentro de você.

— Você é muito engraçado, marimo – Sanji colocou o terno azul marinho feito sob medida e se olhou, uma última vez, no espelho. A família Roronoa tinha uma genética abençoada, disso ninguém discordava. – O próximo será você, irmão.

— Vai sonhando!

— Na moral, você ainda vai casar com a Nami. Pode anotar aí! – Sanji só podia estar tirando sarro. Zoro teve uma crise de tosse.

— Tá querendo me matar? Eu não casaria com aquela bruxa nem se ela fosse a última garota viva na face da terra!

Zoro chegou à igreja mais nervoso que o noivo.

 

***

 

Enquanto isso, quatro quarteirões adiante...

 

Luffy invadiu o quarto da irmã.

— Ande logo com esse troço aí, Nami – apontou impaciente para o rímel que ela aplicava com cuidado nos cílios. – Vamos chegar no casamento quando toda comida tiver acabado. E não queremos lidar com um Luffy sem comida!

— Se você borrar a minha maquiagem, te arranco os dentes – ameaçou quando ele chegou perto.

Luffy não gostava quando Nami se produzia demais. A menina que um dia fora magrela ganhara curvas depois dos dezoito e estava cada vez mais bonita. Preferia que ainda fosse magrela, assim não teria que lidar com as testosteronas abusadas de seus amigos e de outros idiotas que viviam de olho na sua irmã. Principalmente aquele vermimoso do Roronoa Zoro.

— Bora, Nami! Nossa irmã vai surtar se você atrasar. Você é a madrinha mais desnaturada do mundo – Luffy, aos resmungos, foi até a porta. Era seu jeito de sinalizar que se Nami não levantasse a bunda da cadeira, ficaria sem carona.

Bellemere, única médica da família Sullivan, mãe de três filhos e amante da natureza, surgiu como um raio na sala, toda produzida em seu vestido caro de gala assim que Luffy e Nami desceram as escadas.

— Diga "x"!

Um flash de câmera atingiu o rosto de Nami.

— Mãe, pelo amor de Deus! – Nami deu um gritinho horroroso, com a certeza que ficou cega. Tapou o rosto com as mãos, estragando os próximos cliques.

— Vamos lá, Nami, me dê aquele sorriso de quem vai encontrar o grande amor da sua vida no casamento da sua irmã!

— Que mané futuro amor o quê!

— Eu estou me referindo à ceeeeertas pessoas... – Bellemere sibilou mostrando todos os dentes em um sorrisinho malicioso. – Não seria lindo, Genzo querido, nossa filhinha casando com Zoro? Eles nasceram para ficar juntos!

Genzo concordou dando um beijinho na testa da esposa. O mesmo amor que sentiu a primeira vez que a olhou continuava mais forte mesmo após vinte e três anos de um casamento bem sucedido.

A madrinha da noiva – que por sinal estava DESASTROSAMENTE ATRASADA – quase engasgou.

— Nami odiar certas pessoas. Certas pessoas ser o motivo de Nami não arrumar um namorado decente nos últimos cinco meses. Nami não casar com certas pessoas nem se ele fosse o último cara vivo na face da terra! – explodiu.

— Por que tá falando igual a um índio? – Luffy franziu a testa.

— É a sua irmã. Ela fica nervosa quando fala de ceeeertas pessoas – Genzo, o patriarca da família sussurrou no ouvindo do filho, imitando a voz de sua esposa que gostava de aumentar as palavras.

Nami saiu feito um raio porta a fora.

 

 ***

 

 — Se alguém tem algo coisa contra essa união, fale agora ou cale-se para sempre – o padre anunciou.

Nami estava aos prantos, fungando feito uma criança desmamada. Zoro, que dividia o altar com os outros padrinhos do outro lado, temia explodir em gargalhadas a qualquer instante.

"Esse estúpido e desgraçado Zoro. Como ele consegue manter este corpo tão, assim... Arghh. GOSTOSO! Que injustiça!"

Pediu perdão à Deus por pensar coisas indevidas diante do altar sagrado.

Olhou para a irmã Nico Robin, tão linda, com a maquiagem perfeita, o vestido perfeito, o marido perfeito, a festa e tudo irritantemente perfeito e se imaginou alí, não como a madrinha, e sim, como a noiva. Mas, foi só pensar no que a mãe falara sobre a probabilidade estatística de "ceeeeerta pessoa" ser o provável noivo, seus planos – aqueles onde se via numa praia em Caribe, desfrutando a lua de mel perfeita, com o marido perfeito, com uma mega aliança brilhante no dedo perfeita – murcharam feito uma bexiga que acabou de explodir.

— Sendo assim, eu vos declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Foi o suficiente para Nami cair no choro novamente.

"Que beleza, Nami! A madrinha solteirona, tendo uma crise de choro diante de Deus, o padre, os noivos, todos os amigos e convidados. E pra fechar com chave de ouro, Roronoa Zoro, seu pior inimigo, rindo de seu rosto inchado e maquiagem borrada."

Nami desejou tacar o salto na cara dele.

 

 

***

 

 

— Você só pode estar brincando comigo!

— Qual o problema, senhorita Sullivan?

Aquelas crianças que mais pareciam uns diabinhos enrustidos ela poderia aguentar. Sem problemas. Era ele que Nami não poderia suportar!

Fechou os olhos por uns bons dez segundos. Rezou para toda espécie de santo que conhecia pra perguntar que pecado ela tinha cometido pra ganhar aquele castigo. Experientou abrir um olho.

Zoro acenou.

Decidiu tentar fechá-lo novamente.

— Podemos fazer isso a noite toda, Nami Sullivan – ele declarou com um sorriso divertido.

Nami girou nos calcanhares com a plena intenção de esganar o pescoço de quem havia trocado os cartões da mesa.

— Isso é um erro. Um erro horripilante.

— Hã, eu temo que não – disse a coordenadora dois minutos depois. Esta deu um passo para trás quando a madrinha maluca deu a entender que ia partir pra cima.

Zoro agarrou a cintura de Nami sem esforço algum pedindo desculpas à mulher.

— É claro que temos um erro aqui. Eu estou com o Roronoa Zoro, na mesa das crianças! – Nami xiou.

— Olha a sorte que você tem, mulher – Zoro deu uma risada e ganhou uma cotovelada nas costelas.

— O Sr. Sanji e Sra. Robin foram bastante categóricos quando exigiram que queriam que você e o Sr. Zoro sentassem à mesa nove. Juntos.

— Você vai resolver isso agora! – Nami insistiu.

— Por favor, senhora, você está fazendo uma cena.

— Uma cena? Isto não é nem remotamente uma cena. Quando Zoro queimou minhas calcinhas na casa de praia da Robin, que foi uma cena. Quando ele disse à minha mãe que eu estava grávida do filho dele, na festa de aniversário do meu pai, que foi uma cena. Quando ele furou um pneu do meu carro para eu não me encontrar com o Trafalgar é que foi uma cena!

— Você esqueceu aquela vez que eu mandei o garçom trocar o caranguejo por lagostas só porquê você é alérgica – a voz profunda de Zoro teve a ousadia de parecer divertida.

Nami sentiu o aumento da pressão sanguínea. Não precisava virar pra saber que o idiota estaria sorrindo feito um mental.

— Ó lá, o casal feliz! – a julgar pelas risadas nada exageradas, só podia ser a mãe de Nami e... de Zoro.

Ele desgrudou da cintura de Nami mais rápido que um raio.

— Nós vimos isso – Bellemere riu apontando pro movimento de Zoro.

— Eu estava matando uma mosca que pousou nas costas dela – o rapaz deu a desculpa mais tosca do mundo.

— Mãe, temos um problema. Me colocaram junto com ele na mesa das crianças.

Bellemere e Rihana riram, com elegância, feito duas colegiais.

— Ah, isso. Estamos punindo os dois. Vocês querem agir como crianças, pois vão ser tratadas como elas. Francamente, estamos cansados de ter nossos eventos familiares arruinados por suas brigas constantes e brincadeiras. Especialmente você, Zoro.

— Que tem eu?

— Tortura a pobre Nami à cinco meses. A coitada não arruma um namorado por sua causa – a mamãe Sullivan disse tristinha.

Nami desejou que uma bigorna caisse em cima dela.

— Mamãe!

— E, sinceramente, Zoro, ou caga ou sai da moita – a mamãe Roronoa proclamou sucinta.

— Agora voltem para aquela mesa, façam seus brindes e tentem se controlar. É o casamento de seus irmãos – Bellemere ordenou.

"Oh my God..."

Nami não podia acreditar na mãe que tinha. Muito menos Zoro.



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