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História Fall - Enfrentando Dragões


Escrita por: cki

Notas do Autor


Oie!

Voltei com um capítulo um pouquinho maior! Espero que gostem.


*Esse cap. contém tentativa de abuso. Se for gatilho para você, recomendo que pule o final.

Capítulo 2 - Enfrentando Dragões


Fanfic / Fanfiction Fall - Enfrentando Dragões

07 DE NOVEMBRO DE 1998

Era Sábado e Draco acordou ofegante e assustado. Mais um pesadelo. Desta vez o cenário mudou, sonhava sempre que Narcisa era morta por Voldemort na sala da Mansão Malfoy, antes que ele pudesse salvá-la, mas nesta noite era ele próprio que a matava.

Tomou um banho longo e gelado tentando afastar os calafrios que a lembrança do pesadelo ainda causavam. Secou-se e olhou-se no grande espelho em seu quarto ao lado da porta, estava com a aparência cansada, emagrecera um pouco pela dificuldade que ainda tinha na cozinha. Narcisa era quem tinha tomado um grande apreço por cozinhar, mas com o passar dos dias, saía cada vez menos do quarto, os elfos já não trabalhavam para os Malfoy, o que obrigou Draco a tentar preparar a própria comida. Isso e o fato de que Narcisa, com um sorriso no rosto, dizia adorar a comida feita pelo filho. “Tudo para fazê-la sorrir”, ele pensou. Mas julgando pelo seu reflexo, se continuasse a cozinhar tão mal, logo restariam apenas seus ossos.

Draco vestiu roupas casuais, sua camiseta branca era o que destoava das paredes escuras da mansão. Passava das 8h30, e ele decidiu tentar mais uma vez.

- Mãe? Está acordada? – Draco bateu na porta e esperou alguns segundos para a resposta de Narcisa.

- Sim querido, entre!

Draco abriu a direita da grande porta dupla do quarto de seus pais. Ainda tinha muito de Lúcio naquele ambiente, o que fazia ele torcer o nariz inconscientemente.

- Oh, bom dia Draco. Está lindo! – Ela sorriu genuína. Mas os olhos denunciavam outra noite que passara acordada, e o rosto inchado com a ponta vermelha do nariz aristocrático, mostravam o choro recente. – Venha, sente-se aqui comigo.

Narcisa não havia levantado da cama. Os cabelos mistos em loiro e castanho estavam mau cuidados, bagunçados, a pele há muito já não via a luz do sol, perdera o brilho. Draco notou que ela estava com as mesmas vestes da última vez que fora permitido entrar em seu quarto, na manhã de quarta-feira passada.

- Mãe, o que houve? Por que estava chorando? – Havia preocupação em sua voz. Ele tocou a mão gélida da mulher que lhe pôs no mundo, e com cautela sentou-se na beirada da cama. Narcisa abaixou a cabeça, deixando algumas lágrimas teimosas tocarem o cobertor de veludo vermelho-sangue.

- Ora, não houve nada. São lágrimas de alegria por poder te ver tão cedo! – Ela escondeu, enxugando o rosto antes de levantá-lo novamente para admirar o filho. Percebeu que Draco estava tão pálido quanto ela.

- Quando foi... a última vez que se levantou desta cama? – Draco falou pausado, com receio de chateá-la mais uma vez, e ficar outros três dias sem vê-la.

- Bem, eu... logo agora estava... – titubeou, entrando na defensiva logo em seguida – Mas para que tantas perguntas?

- Eu gostaria que viesse comigo à mesa para tomarmos café da manhã, como fazíamos todos os finais de semana em que eu passava em casa, se lembra? – Draco apelou para memórias felizes. Quem sabe assim levaria forças o suficiente para que a mãe finalmente o acompanhasse em uma refeição.

- Ah, meu querido... Receio ter sido pega por uma indisposição. Acordei me sentindo febril, entende? Melhor que mantenha repouso.

Mais uma vez Narcisa esquivou-se de um novo convite do filho. Draco lhe deu um beijo carinhoso na bochecha direita, sentindo a pele fria. Não, não estava com febre.

- Entendo, mãe. Sendo assim melhor tomar um banho relaxante, não acha?

- Sim, em alguns instantes eu... – foi interrompida pela voz alta porém carinhosa do filho.

- Eu insisto em pelo menos ajudá-la a levantar-se da cama. Visto que está indisposta. – Draco sorriu triunfante.

Narcisa soltou um suspiro derrotado e assentiu com a cabeça. Draco apoiou as mãos da mãe, fazendo força para que ela se mantivesse em pé, acompanhando-a até a porta do banheiro.

- Vou separar uma roupa confortável para que possa descansar, tudo bem? – Draco perguntou, receoso.

- Claro, filho. – Narcisa sorriu cansada. Entrou no banheiro e trancou-se.

Draco apenas saiu da porta a sua frente quando ouviu o chuveiro sendo ligado. Passou pelos vestidos no armário da mãe, lembrando-se das grandes festas e jantares que haviam feito com o mais alto escalão da sociedade bruxa. Sua mãe estava sempre com figurino impecável. Ele, ainda um menino, a admirava segurando sua mão ao descer as escadas. Todos, em qualquer ocasião, paravam um momento para dirigir o olhar à Senhora Malfoy quando esta fazia sua entrada. Lúcio, no entanto, pouco dava o valor merecido a sua esposa.

Foi buscando por um vestido de cor neutra que Draco encontrou um pequeno baú em madeira, sem nenhuma inscrição ou pista do que poderia ser. Não saberia explicar o que o interessou tanto em uma peça tão simples. Era como se o objeto brilhasse, chamando a atenção mesmo quase camuflado em um ambiente tão escuro como dentro de um armário. O segurou com cuidado e curiosidade, analisando-o por breves segundos. Tentou abri-lo, mas estava trancado. Com um feitiço simples na varinha, tentou mais uma vez sem sucesso. Olhou para a porta do banheiro, certificando-se de que estava sozinho, e com um punhal que sempre mantinha escondido rente à canela, forçou a tampa do objeto. Não sabe quanto tempo gastou, mas foi desperto de suas tentativas ao ouvir o trinco da porta. Rapidamente colocou o baú onde havia achado, escondendo o punhal no cós da calça, junto de sua varinha.

- Então, onde está minha roupa? – perguntou Narcisa envolta em um roupão negro de algodão.

- Eu... não encontrei nada que fosse confortável, e... – Draco tentou disfarçar o nervosismo.

- Homens... – riu Narcisa verdadeiramente.

Draco também deu um sorriso aberto, contente por ver a mãe reagindo.

- Bem, vou deixa-la a vontade, mãe. Quer que traga seu café?

- Deixe na porta, querido. Obrigada.

Draco assentiu, e partiu em direção a porta. Olhou novamente para a mãe, dando um sorriso calmo. Não a veria novamente naquele dia.

*

Hermione terminou de colocar a última caixa de mudança na sala e olhou em volta. Sorriu com o pensamento de que finalmente teria paz, depois dos anos conturbados desde que fora para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a qual voltaria para finalizar os estudos no ano seguinte. Harry e Rony aceitaram os cargos como aurores, mas para ela a formação deveria vir primeiro. Foi uma dessas diferenças que a fizeram dar um fim no relacionamento com Rony. O ruivo demonstrou ter tanta pressa para que a vida acontecesse, quanto tinha para comer um bom prato cheio de coxas de frango. Hermione era o oposto. Depois da Guerra, procurou leveza, tranquilidade, e Rony a pesava.

Lembrar de Rony e dos recentes acontecimentos faziam um frio desconfortável correr pela espinha. Barulhos de passos a tiraram de seus devaneios, e Hermione voltou-se para o arco francês que dividia o ambiente da sala de estar e hall de entrada.

- Bom, acho que acabamos. – Gina soltou um suspiro, colocando as mãos nos bolsos traseiros da calça jeans clara e um pouco suja pela poeira. O rosto sardento estava vermelho pelo esforço de subir e descer as escadas, ajudando com as caixas dos quartos no andar superior.

- Sim, acabamos. – Hermione se aproximou da amiga com um sorriso carinhoso nos lábios – Obrigada por me ajudar, Ginny. Com tudo.

- Não precisa me agradecer, Mione. Você é minha melhor amiga, e quanto a você e Rony... – Ginny a puxou para um abraço apertado, fechando os olhos com força – Por favor, tome cuidado. Por mais que esteja precavida. E pode confiar a mim o seu segredo, você estará sozinha nessa casa.

- Não se preocupe. – Hermione se soltou do abraço com cautela – Nada de mal irá acontecer.

Ambas sorriram sinceras em despedida. Hermione acompanhou a amiga até o muro baixo de pedras que marcava o perímetro do chalé em Hogsmeade. Era uma tarde gelada de Outono, embora alguns raios de sol ainda aqueciam a grama alta. “Preciso dar um jeito nesse jardim”, pensou Hermione antes de alcançar a varinha escondida em sua cintura e proferir feitiços de ilusão e proteção em volta de seu novo lar.

Ao entrar, olhou preguiçosa para as caixas empilhadas em cada cômodo. Decidiu tomar um banho relaxante na banheira do andar de cima antes de começar a organização. Por mais que tentasse distrair sua mente e buscar 5 minutos de tranquilidade, Hermione sempre voltava aos últimos 3 meses.

12 de agosto 1998

- Ron, eu sinto muito. – Hermione disse cautelosa, observando um namorado atordoado, apoiando-se no tronco grosso da grande árvore no campo que rodeia A Toca. O sol quente dos últimos dias de verão deixavam os cabelos ruivos do homem a sua frente mais brilhosos.

- Sente muito? SENTE MUITO? Hermione, eu quero construir tudo com você. Eu te trouxe aqui imaginando que voltaríamos noivos para casa, e ao invés disso está terminando comigo? – Os olhos marejados e uma feição de dor e desgosto foram visíveis em Rony.

- Somos incompatíveis demais, Ron. Eu o amo como sempre amei, mas não acredito que formamos um casal que daria certo se não acertamos as diferenças.

- Como você sabe disso se não quer ao menos tentar?

- Exatamente! Temos que tentar primeiro, Ron! Estamos oficialmente juntos a quatro meses, e você já está esperando que nos casemos! – Ela exclamou, aumentando ligeiramente o tom de voz, analisando a resposta silenciosa do outro. Acalmou-se. – Ron, me escute. Quero terminar os estudos em Hogwarts, quero viajar o mundo, descobrir coisas e lugares novos, viver. Intensamente e sem pressa. Mas por você, nos casaríamos amanhã, e anunciaríamos uma gravidez no mês seguinte. – Ela disse entre pequenos risos incrédulos.

- Eu só não quero perder a chance. – Ele disse escondendo lágrimas. Desde a morte de Fred na Segunda Grande Guerra, Rony mostrava um certo desespero para que tudo e todos estivessem próximos demais, rápido demais, controlados demais.

Hermione se aproximou, tocando o braço de Rony em um gesto fraternal.

- Você não vai perder mais nada, Ron... Por favor, não consegue... Esperar um pouco mais?

Rony a olhou em silêncio, analisando o rosto contorcido em expectativa e... Pena.

- Não posso. É agora ou nunca, Hermione. – Disse decidido.

- Então isso é um adeus. – Com lágrimas nos olhos, Hermione se afastou lentamente. Sabia que se olhasse para trás, aceitaria o casamento sem realmente querer. Se recusou a fazer isso consigo mesma.

*

19 de setembro 1998

- SURPRESA!

Hermione estava com a sua melhor cara de choque! Estavam todos n’A Toca para celebrar seu aniversário. 19 anos passaram rápido. Fleur, George, Ginny, Molly, Arthur, Percy, Audrey, Gui, Carlinhos, Luna e Neville! Harry foi quem a levou até o local, inventando uma desculpa de que Gina precisaria de ajuda com a roupa que usaria na “discreta” comemoração que fariam mais tarde. Como não percebeu que era uma desculpa esfarrapada? Rony também estava lá, é claro. O clima entre os dois se tornou pesado após o término. Hermione estava morando de favor com Harry em Godrc’s Hollow, dormindo em seu quarto de hóspedes enquanto não encontrava um lugar para chamar de seu. Hermione havia se mudado d’A Toca há poucas semanas, pois ficou insustentável a tentativa de vida pacífica entre os dois ex-namorados morando sob o mesmo teto.

- Por Merlin! Vocês me assustaram! – Ela riu sincera, e todos acompanharam a mesma risada. – Obrigada, pessoal. Vocês são a melhor família.

Hermione recebeu abraços apertados de todos. E diversos presentes, tinha que admitir.

- Me desculpe por mentir para você, mas não teria graça se soubesse nossos planos. – Harry disse entre os cachos bem arrumados de Hermione em um caloroso abraço – Feliz aniversário, Mione!

- Tudo bem, esta eu posso perdoar. Obrigada, Harry! – Ela disse brincalhona.

O Trio de Ouro nunca mais foi o mesmo após o término entre Hermione e Rony. Eles tentavam, mas sempre que estavam juntos Rony agia de forma possessiva com a castanha. Chegou a insinuar que ela e Harry estavam tendo um romance, e que por isso ela não havia aceitado seu pedido de casamento e havia se mudado para a casa dele. Mas logo desculpou-se com o amigo e Ginny, que estavam juntos desde o fim da Guerra.

Rony observava à distância Hermione recebendo as felicitações. Iria reconquistá-la esta noite, e trazer de volta o equilíbrio que faltava em sua vida.

Comeram um delicioso Bouilabaisse como prato principal, cortesia de Fleur, tortinhas de abóbora, chocobolas, e um lindo bolo de massa branca decorado com morangos dos mais doces em toda Inglaterra. Estavam todos muito satisfeitos, conversando animadamente na sala de estar sempre aconchegante. George, embora mais quieto e com a feição triste, contava dos planos da Gemialidades Weasley.

- Tive um movimento muito bom neste início de mês, na verdade. – Ele contava sério – Apesar de Hogwarts ainda não ter se recuperado totalmente da destruição da Guerra, muitos alunos voltaram aos estudos, deixando a loja abarrotada. Quase não consegui atender a todos.

- Fico feliz em saber, George. – Hermione respondeu sincera.

- Na verdade, se me permite Hermione, gostaria de fazer um anúncio, se não se importar de ceder uns minutinhos da sua festa. – ele brincou, piscando para a castanha.

- De maneira nenhuma. – respondeu cordial e brincalhona – Por favor, prossiga.

George levantou-se da ponta do sofá em que estava sentado, olhou cuidadoso para todos que o fitavam surpresos pela iniciativa.

- Família e queridos amigos! – Esperou o silêncio de todos – Desde os trágicos acontecimentos envolvendo um membro querido da família Weasley, tenho me fechado muito a vocês. – sua voz embargou por um momento, e ele puxou fundo o ar que faltava. A matriarca da família Weasley já permitia algumas lágrimas se soltarem em meio sorriso ao lembrar-se de Fred. George recusava-se a dizer o nome dele, doía demais. Molly fora amparada pelo braço do marido envolvendo seus ombros. – É difícil para mim. Mas a constante ajuda de todos vocês, mesmo que eu seja grosseiro às vezes, tem me ajudado muito. Tanto que consegui reabrir a Gemialidades Weasley. – Aplausos calorosos se seguiram e George corou com um sorriso envergonhado, mas logo continuou – Mas é complicado seguir com a loja sozinho, então pedi licença à Hermione para fazer um anúncio hoje, na verdade um pedido.

Um silêncio de expectativa se seguiu, George procurou com os olhos o irmão mais novo da família, erguendo a caneca de cerveja amanteigada em direção à Rony, que estava encostado próximo da lareira.

- Ronald Bilius Weasley – todos se voltaram para Ron, que olhava em expectativa para o irmão, endireitando a postura. George se aproximou, apoiando-se no joelho direito, continuou – você aceita ser meu sócio?

A expressão geral na sala foi de surpresa. Hermione ficara imensamente feliz por Rony, mesmo com toda a situação difícil que vinham passando. Afinal, ainda nutria algum sentimento pelo amigo.

- Você está falando sério, George? – Rony sorria, mas mostrava um misto de confusão e alegria em seus olhos.

- Ora, mas é claro, irmão. Todos da família já tem pelo menos mais de uma função a desempenhar, você sobrou. – riu divertido - Brincadeiras à parte, Rony. Eu e... Fred... sempre conversamos sobre o quanto você se daria bem trabalhando conosco na loja. Estou apenas iniciando uma vontade antiga.

Lágrimas presas surgiram nos olhos de ambos. Ao passo que Rony aceitou ser sócio do irmão, todos aplaudiram e se levantaram rapidamente, partindo para um grande abraço.

Após os calorosos cumprimentos, aos poucos os convidados foram partindo, restando apenas Harry, Ginny, Hermione, Rony e George. Molly e Arthur se retiraram para o quarto, deixando algumas tarefas para os mais novos. “Menos você, Hermione, querida, é seu aniversário” disse Molly antes de subir as escadas.

Enquanto Harry e Ginny trocavam olhares e carinhos retirando os pratos da mesa, George guardava as sobras de comida. Hermione tentou ajudar, mas logo foi impedida por Rony.

- Você ouviu minha mãe, Mione. E ela está certa, no seu aniversário deve apenas descansar. – Ele disse colocando as mãos nos ombros da castanha, de frente para ela.

- Mas Ron... – ela tentou iniciar um argumento.

- Nada de “mas”! Além disso, eu queria falar com você por um minuto... – olhou para trás, certificando-se de que ninguém estava atento ao que estavam conversando – A sós.

Ambos saíram pela porta da frente, seguindo em direção à árvore que presenciou o término do casal. Rony parecia nervoso, e Hermione notou, tentando entrar em uma conversa casual para cortar o silêncio desconfortável.

- O tempo está bom hoje, não acha? Sinto o vento do outono, mas também o... – foi interrompida bruscamente por lábios frios e apressados colados nos seus. Com os olhos arregalados em surpresa, tentou soltar-se dos braços de Ron, com ambas as mãos empurrando seu peito, até afastá-lo. – O que está fazendo, Ron? Você ficou louco? – Ela vociferou.

- Sim, louco, Hermione! Estou enlouquecendo sem você, não posso viver longe do seu cheiro, dos seus braços. Volta pra mim! – Ele disse desesperado e rápido demais.

- Ron, nós já conversamos, não daria certo! E você realmente acha que me beijar à força me faria voltar com você? – Hermione respondeu incrédula, olhando-o fundo nos olhos.

- Por favor, eu vi a forma como você me olhou hoje, está na cara que está sofrendo tanto quanto eu! – ele tentou se aproximar mais uma vez, mas Hermione deu dois passos para trás.

- Do que você está falando, Ron? – ofendeu-se – Não te olhei de forma nenhuma, por Merlin!

- Não sou estúpido! Sei que você me quer de volta. – Ele pausou por um segundo, antes de continuar - E eu vou te dar o que você quer.

Rony deu passos largos em direção a Hermione que tentou correr, mas foi pega de surpresa pelas costas, virada de frente para o ruivo e empurrada até suas costas baterem no tronco da grande árvore. O corpo de Rony prensava o dela. Tentou gritar, mas ele tapou sua boca com a mão esquerda, enquanto seus lábios beijavam o pescoço de Hermione, e a mão livre tentava subir a barra do vestido vermelho-grifinória que a castanha usava.

- Não tente fugir Hermione. – Ele disse ofegante.

Ela conseguiu morder forte a mão do homem que tapava sua boca, sentindo o gosto de sangue em seus lábios. Em um reflexo ele puxou a mão com rapidez reclamando de dor, se afastando alguns centímetros do corpo miúdo e trêmulo de Hermione. Com a distância, ela conseguiu escapar correndo em direção A Toca gritando por ajuda.

- Você não vai escapar assim.

Rony a alcançou novamente, segurando seus braços com força, deixando marcas dos seus dedos e seu sangue na pele clara de Hermione.

- Você vai voltar a ser minha! Tem que voltar! – Ele sacudia o corpo da mulher, que entre lágrimas, respondeu:

- Eu jamais serei sua novamente.

A feição de Rony endureceu, os olhos que rápidos escaneavam o rosto de Hermione se encheram de fúria, e sua mão esquerda subiu rapidamente ao pescoço da mulher, sufocando-a.

- Você está se encontrando com alguém? Por isso não me quer mais? Se não era Harry, quem é? Você não pode ser de mais ninguém. – A palavras saíram carregadas de insanidade. Os olhos arregalados e molhados de Hermione, imploravam silenciosamente por piedade, enquanto as mãos pequenas se enrolaram no pulso firme de Rony, em uma tentativa fracassada de fazê-lo parar. – De mais... Ninguém. – Rony falou pausadamente, apertando com mais força, olhando fixo nos olhos semicerrados de Hermione, quase perdendo a consciência.

- RON, PARE! – era a voz de Ginny, num tom suplicante e embargado.

- Estupefaça! – Foi a última palavra que Hermione ouviu, na voz distante de Harry, antes de ser livrada da pressão em seu pescoço, e cair profunda no escuro. 


Notas Finais


Odiamos o Rony, sim ou claro?

O próximo capítulo vem mais rápido, prometo!
Beijos.


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