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História Fall In Love With JungKook - War of Hearts


Escrita por: KookiezZzZ e rubysc

Notas do Autor


PEÇO DESCULPA PELA DEMORA, MEU DEUS!!!

Para quem não me conhece, eu sou portuguesa. Com esta informação pretendo desresponsabilizar-me do facto de a escrita de Portugal ser diferente da escrita brasileira. Algumas palavras poderão ser escritas de forma diferente ou mal interpretadas, já que têm significados diferentes em cada país, por isso, qualquer dúvida podem perguntar-me. (Alguns exemplos: Raparigas = Garotas; Gozar = Zoar; Telemóvel = Celular; Faixa de pedestres = Passadeira).
Espero que gostem <3
Boa leitura ~

Capítulo 7 - War of Hearts


 

Flashback  JungKook

 

Pelo WhatsApp pedi à ByungRa que me dissesse a morada das duas para poder conversar seriamente com ela acerca da sua amiga. Com a condição de ir acompanhado por um dos membros, ela acabou por aceitar. Sendo assim, caminhava com o Jimin ao meu lado até à residência das duas amigas.

Não conseguia parar de pensar na Kim, queria saber mais sobre ela. Era-me impossível não ter qualquer tipo de curiosidade acerca da sua pessoa, tendo em conta as coisas que presenciava perto dela. Durante aquele dia, ver os reflexos estranhos da NaNa deixou-me pensativo. Será que eram simples sustos ou poderia haver alguma história por detrás daqueles movimentos exagerados? Essa era uma pergunta que eu e o professor Shin tínhamos nas nossas mentes.

Como a Kim trabalhava durante aquela hora, nada melhor do que dialogar com a sua amiga naquele momento.

Assim que eu e o Jimin chegámos ao local, eu bati à porta, que foi aberta por um miúdo cuja idade deveria rondar os sete anos, provavelmente sendo o rapaz que eu fiz com que todos espalhassem que era filho da Kim.

– Quem são vocês? – Perguntou o menino, encarando-nos com desconfiança.

Poucos segundos depois a ByungRa apareceu preocupada, olhando para o rapaz.

– MyungWoo, isso pergunta-se antes de abrires a porta! – Aconselhou-o. – Estes são os cantores que eu gosto muito, o JungKook e o...

Ela perdeu-se no olhar do meu amigo, sorrindo, enquanto falava.

– Jimin. – Completou o meu companheiro de grupo.

– Sim.

Um silêncio constrangedor instalou-se no meio de nós, mas rapidamente foi substituído pela voz da excêntrica ByungRa.

– Entrem, este é o irmão da NaNa, tem sete anos. – Disse ela. – Cumprimenta-os!

– Olá.

– Fofo. – Falei, sorrindo.

– MyungWoo, preciso conversar com estes senhores, podes ir para o quarto?

Sem responder, o rapaz correu até uma porta que dava para outra divisão, fechando-se lá dentro. Para não me demorar muito naquela casa, prossegui então ao início do que pretendia saber sobre a outra proprietária daquela casa.

– Quero falar sobre a Kim.

– Querem um café? – A ByungRa alterou o tema de conversa.

– Não é necessário, isto será muito rápido. Vamos ensaiar daqui a pouco tempo, então quero terminar isto rápido.

Ela assentiu com um aceno de cabeça, dando-me a vez para lhe perguntar o que tanto queria saber.

– A NaNa sempre teve reflexos exagerados quando alguém faz um movimento brusco perto dela?

– Ah... Se eu soubesse que esse era o assunto, JungKook, eu não teria aceitado falar sobre ela. – Respondeu a rapariga, ficando séria e nervosa. – Esse é um assunto muito privado e não sou eu quem deve responder.

– Eu prometo que não conto a ninguém.

Após muito refletir, ela fez um esforço para contar o mínimo possível, não me dando a justificação completa acerca do assunto.

– A adolescência da NaNa foi um pouco complicada. Ela sofreu algumas situações que envolviam agressões e certos traumas... Por isso ela tem reflexos de medo perante movimentos bruscos.

– Que traumas? – Deixei que a minha curiosidade invadisse o ambiente.

– Esse é um campo da privacidade dela que eu não vou invadir, desculpa. – Respondeu a ByungRa, suspirando de seguida. – Foram situações terríveis para a NaNa e, se realmente quiseres saber, espera que ela te conte.

– Mas é algo assim tão grave?

– É grave ao ponto de eu não saber tudo. O trauma dela envolve...

– A morte do pai dela? – Perguntei, adivinhando pelo que já tinha ouvido antes.

– Sim. Ela não me contou o que aconteceu para que tivesse um trauma tão grande. Eu só sei que a sua vida ficou completamente afetada após o ocorrido, ela evita algumas coisas desde essa altura precisamente por causa disso.

 

Flashback Off

***

 

As pessoas não se cansavam de comentar sobre a minha proximidade com o Jeon. Os comentários aumentavam a cada dia. Entretanto, eu já me permitia rir com ele, tentando ter uma amizade segura. Porém, não depositando total confiança na sua pessoa. Com tanta “intimidade”, passaram a existir alguns comentários cheios de maldade na Internet, que me eram mostrados pela minha melhor amiga.

A Byung sempre referia que eu fui rápida a dar uma oportunidade ao cantor. No entanto, apesar de ter negado que o faria, optei por fazê-lo porque senti que não podia julgar alguém que eu não me tinha dado ao trabalho de conhecer. Devido à sua indignação, as nossas conversas sempre se baseavam nesse mesmo assunto.

– Ainda não consegui compreender. – Disse ela, apontando com os hashi para mim.

Eu, impaciente, pousei os meus sobre o prato e passei a encará-la com a maior cara de tacho, já que era a centésima vez que esta dizia a mesma frase.

– Tu odiava-lo...

A cada coisa que esta dizia, eu acenava afirmativamente com a cabeça.

– Como podes ser amiga dele após tão pouco tempo? – Perguntou. – E não digas que decidiste dar a chance somente porque consideraste que estavas a ser injusta, porque isso nunca aconteceria.

Eu não lhe havia dito que desabara nos braços do seu ídolo. Porém, como a turma toda sabia que eu e ele nos havíamos abraçado, provavelmente ela ficara a saber e por isso me interrogava incansavelmente.

– O que raios de disseram que te deixou indignada, Na?

– A mim? – Questionou ela, com a voz mais fina do que o normal. – Não me disseram nada. Por quê? Há alguma coisa que eu, Na ByungRa, a tua melhor amiga, deva saber!?

– Não, porque tu já sabes. – Respondi, voltando a comer. – Deixa de ser idiota e sê direta. Sim, eu e o teu ídolo abraçámo-nos, mas não com as intenções que vocês todos têm em mente.

– Já não confio nas tuas palavras, NaNa. Tu não disseste logo a verdade quando te perguntei!

– Cala a boca, Byung. Tu sabes perfeitamente que eu não confio nesse teu amado cantor. Apenas acabei por deixar o desespero possuir o meu corpo e isso fez com que eu chorasse perto dele, por isso é que ele me abraçou.

– Foi ele que te abraçou!? – Perguntou, encarando-me de olhos arregalados.

– Sim, achavas mesmo que eu o faria?

– Deus, dai-me essa sorte, por favor!

– Sim, Byung, queres mesmo deixar que o teu desespero te deixe inconsolável para que apareça o herói Jeon JungKook?

– Jimin. – Corrigiu-me. – Já não quero o Jeon, vocês ficam lindos juntos.

Após um longo suspiro, levantei-me da mesa, colocando o prato na pia.

– Eu desisto de tentar trazer algum bom senso para ti. – Respondi-lhe, abandonando-a na divisão.

Caminhei até ao quarto, onde estava o meu casaco e vesti-o para ir trabalhar. Enquanto eu trabalhava, a Byung ficava em casa a tomar conta do meu irmão, já que esta só tinha de ir para o seu trabalho aos fins-de-semana.

Assim que me despachei, despedi-me deles os dois e fui para o bar onde trabalhava. Durante o caminho, encontrei o professor Shin, que ria sozinho como se fosse um completo maluco.

Escolhi observar o homem e não me aproximar do mesmo. Só depois de um certo tempo a olhar para as suas ações, percebi que ele ria e gritava para uma mulher que estava à sua frente, a caminhar enfurecida.

– Volta aqui! – Dizia ele, ainda gargalhando.

– Não me voltes a falar, filho da puta!

Após ser insultado, o homem agachou-se rindo mais e mais, como se fosse a melhor piada dita no Mundo. Eu não sabia se fingia que não o conhecia ou se tentava ajudá-lo durante aquele momento perturbador da sua vida.

– Miúda, viste aquilo? – Perguntou ele ao notar a minha presença, limpando as lágrimas do riso exagerado que dera anteriormente.

– Vi, não tem graça.

– Hilariante! – Exclamou.

Mantive-me parada e distante, a encará-lo com atenção. Alguma coisa aconteceu com este homem. Estava chocada com o seu comportamento, tentando compreender o que havia acontecido entre eles para ele ser insultado e ele reagir de forma tão diferente do que estava acostumada a ver dele.

– Drogou-se?

– Não, mas podia!

– O que se passa consigo!?

Questionei, um tanto preocupada com a sua atitude. Definitivamente não era normal.

– Ela viu-me com outra e ficou chateada. – Riu ele. – Podíamos ter feito a três?

– É sua namorada?

– Acho que agora já não. – Respondeu, rindo mais e mais. – Mas também não me importa, arranjo outra com facilidade e com mais sentido de humor.

– Sentido de humor... – Deixei escapar, num suspiro.

– Exato, compreendes?

– Compreendo que você é realmente aqui que ela o chamou. – Respondi, revoltada com o que ele disse. – Recomponha-se, uma coisa destas poderia ser evitada. Se não gostava dela, podia ter sido logo sincero com a senhora!

O homem não estava em si. Estava completamente bêbado e não dizia coisa com coisa. A minha ficha caía aos poucos sobre a pessoa que ele era, um desonesto infeliz. No entanto, não conseguia deixá-lo sozinho, telefonando para o meu local de trabalho dizendo que atrasar-me-ia devido a um imprevisto. Assim, acompanhá-lo-ia até sua casa de forma a garantir a sua segurança.

O homem mal falava mas, ao pensar que eu era uma mulher qualquer que o queria levar para a cama, disse-me logo a sua morada e deu-me as chaves. Chamei um táxi, que não demorou muito para chegar e dei-lhe o endereço.

– Beleza, és tão linda. – Disse ele, acariciando o meu rosto com aquela mão nojenta a tresandar a álcool.

– Não me toque! – Gritei no táxi, assustando o motorista. – Por favor, apresse-se lá com isso!

O homem que conduzia ouviu o meu pedido e colocou o pé no acelerador como se fosse o fim do mundo, diminuindo o tempo de chegada até ao local. Ao pagar, agradeci e pedi desculpas pelo inconveniente.

Não aguentava mais aquele homem de dois metros e meio a colocar todo o seu peso em cima de mim, tentando ainda tocar-me no corpo. Vou dar-lhe um soco.

Abri a porta com alguma dificuldade e entrei com ele apoiado no meu ombro, quase caindo. O homem ainda estava meio acordado, falando coisas sem nexo. Atirei-o para o seu sofá, que se encontrava um tanto longe da porta devido ao tamanho enorme daquela casa, e ajeitei-o de forma a que ficasse deitado.

– E vai outro shot! – Gritou ele, colocando o braço para cima e rindo. – Estás a deitar-me para me chupar, linda? – Disse, puxando-me pelo braço para perto de si e aproximando os nossos rostos.

– O-O que raios está a fazer, homem! Eu não vou fazer porra nenhuma.

Afastei-me rapidamente dele e fui à procura da cozinha para beber um copo de água e deixar na mesa de centro à frente do sofá. Ele estava completamente fora de si e eu não conseguia julgar as suas atitudes precisamente por causa disso. Eu conhecia-o, sabia que ele não era assim de propósito.

Aquela proximidade tinha feito com que o meu coração batesse mais rápido, apesar das palavras feias que ele disse. O homem tinha alguma coisa que me atraía e eu não conseguia explicar o sentimento que tive ao poder ajudá-lo e tentar compreendê-lo. Aproximei-me da mesa de centro e pousei o copo, olhando para umas fotografias que estavam expostas na parede bem em frente, onde também se encontrava a lareira.

Nas fotografias aparecia o professor, uma senhora e um ser que não se conseguia perceber a face porque estava tapada com fita adesiva preta. Quem seria aquela pessoa?

– A minha mãe era linda. – Disse ele, chamando a minha atenção para si.

Não conseguia responder, apenas olhava para o seu semblante triste e podia ver que o começo daquilo tudo vinha do que eu estava a ver. Aquela fita adesiva estava a tapar o rosto de uma pessoa que ele só podia querer evitar relembrar.

– Esse filho da puta tirou-lhe a beleza. – Completou ele. – Esse filho da puta fez um monte de merda na minha vida e, depois destes anos todos, como é que eu não consigo superar a porcaria da culpa!?

Ele gritou assustando-me e deixando-se cair num choro incessante que eu não conseguia fazer nada para ajudar, apenas comecei a chorar junto. Ele estava em desespero e percebia-se o porquê. Tudo se iniciara nas duas pessoas presentes nas fotografias.

– Ele decide morrer sem antes eu poder reagir!? – Revoltou-se. – Eu não vou deixar que ele morra, pois ele tem de sofrer!

As suas palavras eram cruéis e doíam até em mim, que não estava a perceber nada. Ele calou-se para chorar mais e eu só consegui chegar perto dele e abraçá-lo naquele momento difícil.

– Pai, não morras...

Não tardou para que o senhor caísse no sono. Eu não sabia se ele tinha adormecido ou desmaiado de tanto chorar, mas a verdade é que estava desacordado.

Deixei as suas chaves na porta e saí, garantindo que a porta estava bem fechada. Chamei outro táxi e fui para o trabalho, continuando sempre a pensar no que havia presenciado e em como era inesperado que aquele homem, que sempre se mostrou tão descontraído, guardasse tanta tristeza em si.

Ao chegar, fiz tudo o que tinha a fazer, sempre com a mente cheia de pensamentos, que me atormentavam o tempo todo. Porém, prossegui com o meu trabalho como se nada se passasse.

Ao ir atender um grupo de mulheres que estavam numa mesa, sorri e fui recebida com expressões pouco amigáveis.

– Não queremos ser atendidas por ti.

Além de mal-educadas, falaram comigo como se me conhecessem de algum lado, o que me irritou logo de primeira.

– Desculpe? – Perguntei, indignada.

– Não ouviste? És surda? Nós não te queremos aqui. – Respondeu outra, num tom ainda mais rude e convencido.

Esta gaja só pode estar a brincar com a minha cara.

– Pois, mas se eu não atender as senhoras, ninguém irá. A não ser que se levantem e se encaminhem ao balcão para terem os vossos pedidos atendidos. – Retorqui.

Uma delas levantou-se e veio até mim, apontando o dedo ao meu peito. A sorte delas é que estávamos no bar e eu não queria perder o meu emprego, porque aquela ameaça corporal eu nunca mais aceitaria na minha vida.

– Deves achar-te muito importante só porque o JungKook anda contigo. – Falou ela. – Querida, ele pode estar contigo mas nunca terão nada sério para ele. Sabes por quê? Porque tu és somente uma menina qualquer que está no curso dele, com quem ele apenas se está a divertir até acabar a universidade.

Para não criar confusão, escolhi fingir que a pessoa que elas pensavam que era próxima do Jeon era apenas alguém muito semelhante a mim. Por isso, passei a mentir.

– Realmente sou uma qualquer, mas eu não ando com nenhum JungKook.

– Nós vimos fotografias vossas, vais mentir-nos?

– Eu não estou na universidade. Pode ser alguém extremamente parecido comigo, eu não conheço nenhum JungKook.

Devido à cara de inocente que fiz, elas entreolharam-se e calaram-se, dando-me uma sensação de vitória.

– Pedimos desculpa, nós vamos querer...

– Kim! – Ouvi uma voz conhecida.

– Kookie! – Uma delas exclamou.

Belo timing, idiota. A minha vontade era de voltar para o útero, pois ali eu não queria estar após ter mentido e falhado completamente na mentira. O Jeon nunca havia aparecido no meu local de trabalho e logo naquele dia, naquele preciso momento, decidira aparecer como um idiota.

– Olá, meninas. – Disse ele, estranhando. – Tu não me cumprimentas? – Perguntou-me, recebendo um olhar de morte.

– Ela mentiu! Eles conhecem-se. – Disse uma. – Boa atuação.

– Mentiu?

– Sim, eu menti, fofas. Querem saber o por quê? Porque mesmo que vocês estejam certas e ele só se queira divertir comigo enquanto está na universidade, pelo menos serão uns quantos anos em que eu, não vocês, vou estar a ter a atenção do vosso querido cantor.

Decidi colocar uma postura de superioridade para sair dali com uma cara menos infeliz do que eu me sentia. Saí de perto delas, sendo acompanhada por ele, que me seguiu até ao balcão. A minha cara de cu era percetível a quilómetros de distância, o que fez com que o rapaz se começasse a rir da vergonha que eu sentia devido ao momento constrangedor.

Ele tentou falar algumas coisas que me foram distraindo do que se passara anteriormente. Naquela hora, lembrei-me do que aconteceu na casa do professor e a minha mente voltou a encher-se de preocupação.

– O que se passa?

– Nada. – Respondi. – Apenas estou preocupada.

– Estás envergonhada pela mentira ter corrido mal? – Perguntou ele, rindo. – Como podes mentir assim e achar que as pessoas não vão descobrir?

– Era suposto o cantorzinho não aparecer na hora em que o fiz! – Resmunguei. – Mas tu só fazes merda.

Ele ria-se das minhas caretas em resposta às coisas idiotas que ele me dizia, fazendo com que eu acabasse por rir também.

– Eu estou a falar a sério, idiota! Só apareces para fazer bosta. – Assegurei, rindo.

– Ficas fofa quando reclamas.

– Realmente fica. – Ouvimos outra voz perto de nós.

Eu não sabia se me assustava com a pessoa que nos ouvia ou com a mudança repentina do Jeon, que me elogiava sem mais nem menos e num tom mais sério do que o normal.

A voz vinha de um rapaz cuja face não me era desconhecida. Ao voltar a encarar o Jeon para perceber que reação deveria ter, percebi que o seu corpo estava tenso e a sua expressão facial denotava raiva, aparecendo algumas veias do pescoço. Logo me veio à mente a noite de confusão no motel em que eu antes trabalhava.

– Boa noite, JungKook. – Disse o rapaz, sorrindo e passando a olhar para mim. – E o teu nome é?

Antes que eu pudesse responder, o Jeon reagiu apressadamente, colocando o seu braço à minha frente como se me protegesse.

– Não tens de saber o nome dela.

– Tem calma, parceiro. – Riu o outro. – Perguntei por educação, pois a placa na sua t-shirt diz “Kim NaNa”.

O meu colega bufou de raiva, parecendo tentar conter-se para não agredir o homem que aparentava querer irritar o cantor.

– O que estás a fazer aqui? – Perguntou o Jeon, insatisfeito com a sua presença.

– Sou o Kwang DaeHyun. – Falou o outro, ignorando a pergunta do cantor. – Mas podes chamar-me Hyun.

– Ela não vai sequer falar contigo, muito menos tratar-te por Hyun.

– És dono dela? Adotaste-a como um animal, foi?

Repentinamente, o Jeon agarrou-o pelo colarinho e puxou-o para fora do estabelecimento. Senti-me obrigada a segui-los para parar o conflito. O Jeon encostou-o à parede, pronto para diferir um soco no rosto do inimigo.

– Atreve-te a referir-te a ela com tal irresponsabilidade! Acabo com a tua raça aqui.

– Que medo do menino famoso! – Riu o outro.

– Isso é tudo inveja. – Disse o Jeon. – Tentas sempre roubar-me tudo o que tenho, mas esta aqui não vais conseguir juntar à tua coleção de troféus, esta é rara e pertence-me.

Eu não sabia como reagir ao que ele dizia. De certa forma eu gostava mas ao mesmo tempo não gostava de me sentir como um objeto que ele se orgulhava de ter por perto.

Em resposta, o outro riu-se, provocando mais raiva no Jeon, que estava prestes a agredi-lo. Nessa hora decidi intervir, puxando o meu amigo para perto de mim. Ele passou a encarar-me com a mesma raiva que encarava o homem, relembrando-me de quando os seus olhos haviam ficado cinzentos antes de decidir ser meu amigo.

– A defender-me? Obrigado, miúda. – Disse o tal DaeHyun.

– Na verdade, não. – Respondi-lhe, num tom rude, enquanto ajeitava a roupa do Jeon para me ajudar a acalmar enquanto falava. – Acho um desperdício o Jeon incomodar-se com alguém tão desprezível como o senhor. – Completei.

O cantor olhava para mim com atenção, parecendo observar o que eu diria ou faria a seguir. De seguida, olhei para o cantor e assegurei:

– Não preciso que me protejas dele. Nunca falaria com alguém tão nojento como ele, já me bastas tu. – Falei, sorrindo e puxando-o pelo braço para dentro do estabelecimento.

Naquele momento senti que era meu dever defender o Jeon. Era visível o que o outro lhe havia feito e que era grave, então não podia deixar que o meu mais novo amigo ficasse afetado por algo tão triste e ridículo.


Notas Finais


Li algures que os Hashi coreanos têm como nome Jeotgarak. No entanto, coloquei hashi porque muitas pessoas podem não saber o nome que se dá em coreano.

Espero que tenham gostado <3
Obrigada por terem lido :3
Qualquer erro ou dúvida não hesitem em perguntar-me!! ~ beijos ~<3


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