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História (fallen) angel - taeyoonseok - You need to calm down


Escrita por: staysope

Notas do Autor


And please remember
That I never lied
Oh and please remember
How I felt inside now, honey

Don't Cry - Guns n' roses

♪♫.ılılıll|̲̅̅●̲̅̅|̲̅̅=̲̅̅|̲̅̅●̲̅̅|llılılı.♫♪
#anjinhocaido

Capítulo 14 - You need to calm down


minutos antes...

Depois que Yoongi saiu da cozinha, me deixando com Jackson de companhia, me vi obrigado a manter uma conversa mais civilizada, embora o homem precisasse aprender a rever sobre conceitos.

Tanto o conceito de civilizado, quanto de festa só para os íntimos.

Taehyung e Jimin entram na cozinha e vejo minha saída, eles pegam mais garrafas de cerveja e me junto a eles, sequer precisei desvencilhar Jackson, ele mesmo saiu as pressas quando ouvir o barulho de algo quebrando.

- Vai ficar só nessa bebida mesmo?

- Vou evitar misturar. – Respondi à pergunta de Jimin. – Você enche o cu de cachaça, não dá pra confiar. Alguém precisa ajudar o Yoonie caso ele precise segurar cabelos e limpar vômito.

Desde o início fomos assim, nenhum soltava a mão do outro não importa o que estivesse acontecendo. Sempre fomos o alicerce um do outro. Nada menos que isso. Quando eu precisava, ele cuidava de mim, quando ele precisava eu cuidava dele. E quando um de nossos amigos precisava de nós, cuidávamos juntos.

- Podemos dançar, hyung? – eu não sei a quem ele se referia, mas Taehyung agarrou o meu pulso e o de Jimin e nos puxou animadamente para fora da cozinha.

O menino na maior parte do tempo tinha a maior cara de tímido, estava sempre calado e observando tudo a nossa volta. Até Min Yoongi conseguia ser mais falante que ele.

Mas agora ele estava animado. Talvez a cerveja tivesse desbloqueado a fala dele. Não sei, mas não sou eu quem vou reclamar. Tenho esse menino como amigo e que agora está entrando ainda mais na família.

- Aqui tá cheio, vão pra sala de lá. Eu só vou pegar as minhas coisas que eu deixei por ali. – Desnorteado apontou para um canto e começou a mover o braço na incerteza de onde havia deixado o sei lá o que. – E eu logo volto para dançar com vocês.

- Okay! – Taehyung deu de ombros e girou sobre os calcanhares erguendo a long neck de cerveja como se fosse um cumprimento a mim. Fiz o mesmo com meu copo de dose.

Passamos por mais algumas pessoas e finalmente chegamos na segunda sala. Um pouco mais vazia. A luz também era piscante, embora mais escura que a outra sala. Alguns casais aproveitavam para se beijar nas poltronas e escorados nas paredes.

Dei um último gole na bebida, largando meu copo em uma mesinha de madeira redonda perto de uma das poltronas onde um casal se beijava fogosamente.

- Eu adoro essa música! – olhei Taehyung, que imitou meu ato de soltar a bebida. A canção Need me dá Rihanna se iniciou.

- Ela é realmente boa. – Ele firmou os lábios em um único fio. Não iria deixar o clima estranho, só queria que as coisas melhorassem entre nós. Que ele pudesse confiar nos amigos ao redor dele. Segurei em seus pulsos e comecei a balançar seus braços como uma marionete.

- Vamos, se solte. Dança vem de dentro. Precisa expor o que você sente. – E assim, ao soltar as mãos dele, começo a mover meus braços em uma onda, remexendo meus ombros e passos lentos com os pés. – Vamos!

- O que eu sinto não pode ser demonstrado em dança.

- Tudo pode ser demonstrado com a dança. – Eu defendo minha enorme paixão.

- Então me diga hyung, como demonstrar a mais pura paixão de alguém que nunca será retribuída?!

- Oras garoto, quem quebrou seu coraçãozinho dessa maneira? – faço uma careta, falando até o então em um tom de brincadeira.

- Você e Min Yoongi Hyung.

- Como é que é? – eu paro bruscamente os movimentos que fazia. O olhando agora, esperava qualquer traço de humor em seu rosto que entregasse uma brincadeira.

- Você não entende, e talvez nunca vai entender. É diferente. É diferente agora que você não...

- Que eu não...? – incentivo ele a terminar, não só porque eu sou um curioso nato, mas, ele precisava falar e se expressar mais.

- Se lembra. É difícil... eu não posso só chegar em você e dizer: eu quero estar com você e te amo. – Ih o doidão enlouqueceu, assim, do nada?

- Você precisa rever melhor essas coisas, taetae. Nós nos conhecemos a pouco tempo, estamos sendo ótimos amigos, não quero que confunda a minha gentileza com dar em cima. Nunca. Eu estou noivo e eu amo o Yoongi com todas as minhas forças.

- Eu sei disso... e eu o amo também. – Ele abaixa um pouco a cabeça e depois alcança a bebida novamente. Termina de beber todo o líquido presente da garrafinha. – Me desculpa estar dizendo tudo.

- Você precisa dizer mesmo e por para fora. Mesmo que não seja recíproco... dessa maneira que eu imagino que você está falando...

Apoio minhas mãos dentro dos bolsos da calça. O menino era jovem e parecia inocente demais. Algo nele... algo nele me dizia que ele não se envolvia com muitas pessoas. Então por isso, tentei ser o mais compreensível possível. Não queria o ver machucado.

- Não, você não entende. – E ele continuou dizendo. O que me deixava confuso era o fato dele dizer sempre que eu não me lembrava, não me lembrava de que afinal?! – Nada disso deveria ter acontecido, era pra ser diferente. Mas... droga já está tudo fodido mesmo.

E assim que ele finaliza o que tem a dizer, eu até tento começar a dizer, mas para alguém bêbado ele é muito rápido e se aproxima colando nossos lábios em um beijo. Ele aperta minha cintura e esfrega os lábios contra os meus.

Um flash passa por minha mente, milhares de vezes o rosto de Taehyung se repete. Em diversas ocasiões e lugares. De uma maneira divertidamente estranha como se já nos conhecêssemos a tempos.

- Ei. Ei... – afasto meu rosto, mas ele segura meu maxilar outra vez selando minha pele. Seguro firme seus braços até me desvencilhar. E assim que ele parece cair na real, me olha assustado.

- Me perdoa. – Ele pede, a lagrima se acumula no olho e não demora para cair. Desliza pela bochecha e pinga no peito.

- Está tudo bem, você está fora de si, saiba que não pode fazer essas coisas e... – Ele sequer fica para ouvir o restante do meu discurso de Hyung responsável. E lá se vai ele na aglomeração de pessoas, fugindo de mim.

Esfrego meus olhos na tentativa de melhorar minha visão, as luzes piscantes não são meu forte. Caminho na mesma direção que ele saiu e não demoro para encontrar ele cara a cara com Yoongi. Jungkook com uma expressão congelada, olhando com os olhos saltados.

- VOCÊ O QUE? – e esse é Yoongi gritando, o que me dá a certeza que ele já contou.

Claro que eu não tinha a menor intenção de esconder isso do meu noivo. Mas, precisava eu mesmo dizer a ele. Tínhamos confiança um ao outro, mesmo que não fosse um evento que já havia sido repetido antes.

Me aproximei dos três ali, Taehyung em choro, Jungkook estático e Yoongi nervoso.

- Amor, não é assim, você explicou direito Taehyung? – eu me meto na conversa dos dois.

- Você se vê no direito de surgir dizendo tais coisas como se eu fosse aceitar quietinho tal fato, e no mesmo dia, depois de dizer declarações sem pé nem cabeça, você beija o meu noivo e vem me pedir perdão? Taehyung, você nunca realmente viveu nesse mundo. Não é assim que as coisas funcionam. – Eu gostaria de entender a colocação de Yoongi nessa frase. Mas não consigo. Apenas piscando lento, podendo ver mais uma vez os flashes com imagens do encaracolado na minha cabeça.

- Eu te expliquei... eu expliquei a ele. Eu só... não justifica eu te dizer que era a única coisa que eu precisava pra desistir, eu não quero desistir de vocês. – Taehyung diz, Jungkook abre ainda mais a boca e eu olho para ele totalmente alheio do acontecido. Yoongi sabia da declaração?

- Não. Não justifica porra nenhuma. Não é assim que as coisas funcionam, você não ganha as coisas se metendo em relacionamentos, você não beija forçadamente a pessoa que você quer pelo simples motivo de não conseguir conter a sua vontadezinha de ter alguém que... mal conhece. – E esse era Yoongi estressado a um passo de estar fora de si. – Você ao menos sabe se alguém está disposto a aguentar você com essa sua “falta de vontade de desistência”? você diz querer um de nós dois e sequer caí na real.

- Eu conheço vocês.

- Mas eu não te conheço. Tu fizeste a merda toda do hospital, valeu cara, mas eu não conheço você. Eu não sei porra nenhuma sobre você, eu não tenho a menor noção das coisas que você gosta. Você conhece Hoseok, mas esquece da merda toda.

Será que eles sabem que eu tô aqui?

- Ninguém vai me explicar o que tá acontecendo?

- Na hora certa. – Taehyung alega, encarando meu noivo. Yoongi treme por inteiro. Jungkook segura o ombro dele, mas ainda tenta entender tanto quanto eu o que se passa aqui.

- Hora certa? Vida o que está acontecendo? – eu toco o braço de Yoongi, mas ele se afasta. Desliza os dedos pela mão de Jeon se livrando do toque dele também.

- Não venham atrás de mim, preciso ficar sozinho. – é tudo o que ele diz, ainda me encarando.

Eu sei que no fundo ele sabe que eu não tenho culpa, estou alheio de toda essa conversa sinistra e eu nunca quis beijar Taehyung – nem qualquer outro. E eu jamais faria isso. Eu sei que ele sabe. Mas ele precisa esfriar a cabeça.

- E-eu... – gaguejando, Jeon aponta sobre os ombros, procurando uma saída, apenas concordo com a cabeça e volto o olhar a Taehyung que agora está agachado com as mãos nos joelhos encarando o chão de madeira.

- Tae... – aproximo minha mão de seu cabelo, mas não o toco, me contenho e apenas me abaixo com ele. – Vai ficar tudo bem.

Baixinho o garoto sussurrava que havia estragado tudo. As lagrimas grossas saiam dos olhos e rolavam em uma trilha salgada até o queixo.

Aprendi a não julgar uma atitude de alguém até saber do real motivo de tudo. Yoongi parecia sim duro nas palavras escolhidas, mas eu estava alheio da conversa. E eu o entendia por estar nervoso. Não diria que ele errou até me sentar com ele e descobrir o que havia acontecido.

Um furacão conhecido como Park Jimin se aproximou, chamando pelo meu nome. Ergui meu rosto em sua direção e recebi um tapa na bochecha, antes que eu pudesse reagir de qualquer maneira, ele já havia saído pisando alto.

Jungkook deu de ombros me olhando. Eu entendia. Também era uma maneira de proteger Yoongi, mas ele também não sabia de um terço da história, não guardaria magoas sobre esse acontecido.

- Tae, vem, se levanta. – Eu toco seu braço e sinto um choque. Meus pelos se arrepiam e o estalo poderia até ter sido ouvido se não fosse pela música absurdamente alta.

Outra vez, ao fechar meus olhos, flashes vieram na minha cabeça, dessa vez Taehyung acompanhava a mim e Yoongi.

O engraçado é que essas coisas sequer aconteceram. Em uma dessas imagens jurei poder ver Taehyung no pedido de casamento, sorrindo orgulhoso na mesa.

Com toda certeza eu ia acabar interrogando Jackson sobre alguém ter batizado minha bebida. Eu estava era ficando maluco de pedra. E tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo não era a coisa que ia me ajudar.

- Vem Taehyung, se levanta. – outra vez eu o chamo, dessa vez usando mais força para erguê-lo para cima.

Ele vem, se apoia sobre meus ombros. Parece muito mais bêbado do que antes. Aceno com a cabeça para JK para que ele pudesse me ajudar a levar o garoto escada acima.

- Eu preciso ir atrás do Yoongi. – Estou incomodado, sinto que preciso estar com ele. Mas não posso deixar o mais novo dessa maneira.

Jeon me ajuda e juntos, colocamos Taehyung deitado na cama de solteiro no canto do quarto. Tiramos seus sapatos, ajeitamos suas pernas. Do jeito que ele cai na cama, ele fecha os olhos e dorme subitamente.

O choro e o álcool, os capazes de derrubar qualquer um em um bom sono. Espero que ele fique bem.

- Eu não tenho certeza se deveria fazer isso, mas... vai lá eu fico aqui olhando ele. Vai falar com o Yoongi. Quando achei o Jimin com ele, ele estava com um papo de querer ir embora.

As últimas palavras foram as necessárias para que eu pegasse um casaco e saísse do quarto às pressas deixando Taehyung e Jungkook sozinhos.

Pela primeira vez os convidados pareceram concordar em sair do caminho me deixando andar mais rápido. Primeiro chequei o deck. Nenhum sinal de Yoongi e nem de Jimin. Uma roda enorme se fazia diante de um galão de cerveja enquanto Jackson tentava beber o líquido de cabeça para baixo.

Dizendo ele que não queria desastres na festa e é o cabeça oca que faz a merda.

Por fim, no lado de fora, bem na frente da casa, mais próximo a área onde os carros estavam estacionados, lá estava os dois. Sentados em um tronco de arvore caído. Jimin falava e gesticulava com as mãos, parecia era estar espantando moscas. Yoongi continuava encolhido, provavelmente pelo frio.

- Sai daqui. – Jimin se pronunciou, se levantando, e quase caindo. – Eu não vou deixar você chegar perto do meu amigo.

- Jimin. Por favor, não se mete nisso. – Eu peço e ele cruza os braços, negando com a cabeça como uma criança birrenta.

- Ji... tá tudo bem. – Yoongi profere baixo e aperta os dedos de maneira ansiosa contra o próprio antebraço.

- Eu vou ficar ali na janela, se acontecer alguma coisa eu vou meter o chute, Jung Hoseok. – Ele faz um sinal aproximando os dedos dos olhos e em seguida apontando-os para mim. E sai.

Ainda em silencio, parado na frente de Yoongi, pego o casaco que havia levado e jogo por cima dos seus ombros, observando-o se aconchegar no mesmo instante. Tal ato me fez morder o lábio forte o suficiente para sentir o gosto férrico na boca.

- Vida... – quebro o silencio, me abaixando na frente dele, apoiando os joelhos na grama banhada pelo sereno. Passo minhas mãos por meus braços. – Quer me ouvir?

Ele hesita um pouco antes de concordar apenas com a cabeça, continua sem dizer muita coisa. Eu podia sentir que ele estava mal, ver em seus olhos a raiva misturada com tristeza e em suas bochechas rastros de lagrimas secas.

- A primeira coisa que eu espero que você saiba é que eu não o beijei. – Eu disse e ele concordou com a cabeça. Novamente nenhuma palavra foi dita. – Jimin iria dançar com a gente, mas nunca voltou. Taehyung começou a me dizer várias coisas sobre amar a mim, e a você. – Meus dedos deslizam até sua mão, virando as palmas para cima, começo a acariciar com os dígitos. – Eu o afastei no mesmo momento. Ele está bêbado e fora de si.

Ele manteve contato visual com as nossas mãos juntas. Apenas isso. Eu não o pressionei para dizer algo de imediato, mas alego que comecei a ficar apreensivo.

- Ele disse a mesma coisa para mim quando você estava no banho. Eu tentei entender o ponto dele, como você sempre faz, entender o lado das pessoas. Eu tentei fazer com que nossa comunicação fosse tranquila, que não ficasse um clima estranho. – Ele pausa, suspira forte, posso ver o sinal do frio saindo por seus lábios como uma fumaça esbranquiçada. – Estou chateado, estou nervoso. E pretendo conversar com ele quando o dia clarear. Existem coisas que precisam ser ditas.

Ele segurou minha mão e ergueu o olhar para mim, um sorriso surgiu, por mais fraco que parecesse, mas ele sorriu para mim. Isso me causou mais tranquilidade.

- Eu confio em você, Hobi. Por isso eu não gritei com você, por isso eu deixei que se aproximasse, nossa relação sempre foi repleta de conversa para que tudo isso desse certo. Sem segredos e mentiras. As coisas saíram do controle. – Ele beija meus dedos, e eu continuo apenas em silencio o olhando. – Eu só quero que nós dois tenhamos uma vida inteira juntos.

- E nós teremos, vida. – Acaricio o dorso de sua mão antes de trazer até meus lábios dando um beijinho. – Pera aí que eu tô velho pra ficar abaixado.

Me levanto, limpo um pouco da calça e me sento no tronco junto a ele, o abraçando de lado deixando mais um beijo na lateral de sua cabeça.

- Vou conversar com Taehyung amanhã, quando ele estiver inteiramente sóbrio... – eu concordo com o que ele diz e continuo passando meus dedos por seus fios de cabelo. – Quer pedir outro quarto pro Jackson?

Ele nega.

- Podemos continuar naquele quarto. Eu não vou sufocar ele com o travesseiro, não ainda.

- Ai que horror amor, estamos no meio do mato e você ainda me fala isso, eu Ein. – Um tremor percorre todo meu corpo e ele ri, deitando-se com a cabeça em meu ombro.

- Incrível como o meu sol continua a brilhar mesmo nas noites mais escuras. – Sussurra antes de beijar o canto dos meus lábios e se levanta esticando a mão. – Vem, vamos deitar-nos. Temos um dia longo amanhã.

Eu só não esperava que a noite fosse tão longa quanto.

Nos meus sonhos, eu estava no meu quarto, Taehyung sentado na poltrona ao lado da cama, ria e conversava comigo sobre algo relacionado com a faculdade. Enquanto isso eu saboreava os muffins que havia comprado depois do serviço. Em um apelido incomum, eu proferia Teteco e o garoto se levantava, vinha até mim e dizia:

“Eu trocaria muitas chances para poder comer apenas uma única vez.”

E então eu respondia:

“Se um dia, nem que seja em outra vida, nós nos conhecermos, eu prometo, te fazer comer todos os muffins existentes.”

Era um sonho bastante fantasioso. Me lembra até o dia da cafeteria no qual ele disse que nunca havia comido e por isso saboreou o bolinho da melhor forma possível. Mas algo nesse sonho me parecia muito real. A mente pregava peças. Eu estava ciente disso. Então, pela terceira vez, ignorei qualquer lapso de imaginação com o rosto de Taehyung.

O sol entrava pela janela do banheiro e iluminava o quarto inteiro. Me sento na cama, observando o corpo encolhido de Yoongi, com a bochecha amassada no travesseiro e um biquinho extremamente fofo.

Nenhum sinal de Taehyung.

Minha primeira busca é no banheiro, e minha intuição estava certa. Ele dormia em uma posição extremamente desconfortável agarrado com o vaso sanitário.

Ignorando, ou pelo menos tentando ignorar, a minha vontade imensa de fazer xixi, volto para o quarto, vendo os olhinhos miúdos e assustados. Frequentemente, Yoongi acordava assustado e quando me via, chorava amedrontado.

- Outro sonho ruim?

Ele negou dessa vez, mas só ergueu os braços em minha direção. Fui até ele o abraçando forte e dando um beijo em sua testa.

- Bom dia, meu bebê.

- Bom dia, meu amor.

O som das nossas barrigas roncando em sincronia nos fez rir, rir alto o bastante para que minutos depois, Taehyung e sua ressaca, saíssem de mãos dadas do banheiro.

O riso de Yoongi morreu ao relembrar da noite anterior e soltou-se do meu abraço. Kim sequer olhou em nossa direção, só se deitou na cama virado para a parede. Eu continuei fitando suas costas. Sua respiração se tornou tranquila e suponho que ele havia pegado no sono.

Depois da higiene matinal, descemos para procurar qualquer vestígio de comida e café.

A mesa enorme da sala de jantar, era composta por algumas pessoas que riam. E como uma boa casa pós festa, muito café. Mas muito mesmo.

Yoongi e eu fizemos a festa na cozinha pegando bastante comida.

- Tive um sonho estranho essa noite. Na verdade. Me vem umas coisas na cabeça como imaginação. Estão ligados ao Taehyung.

O copo de Yoongi quase caí da mão.

- É como vocês se conhecessem antes? – ele pergunta e eu concordo com a cabeça.

- Sabe de algo que eu não sei?

- Quarto. Agora!

Ele sai, levando claro, o sanduiche que montou e o copo grande de café cheio até a tampa. Vou atrás abraçando uns bolinhos que consegui capturar antes que acabassem. No quarto, Yoongi já entra chutando a porta.

- ACORDA OU EU VOU JOGAR CAFÉ QUENTE NA SUA CABEÇA, KIM TAEHYUNG. – Solto os bolinhos na cama e pego o copo de café das mãos do meu noivo, saindo de lado para deixar o copo em uma distância segura.

O susto que o mais novo leva, se senta na cama, parece sentir tudo rodar, já que apoia as mãos na cabeça e fecha os olhos.

- Era isso que você queria? Era mais um plano para fazer Hoseok se lembrar de você? – novamente essa história de Hoseok se lembrar dele. Será que eles ainda sabem que eu tô aqui?

Eu mordo um pedaço do muffin, parado olhando os dois. Taehyung arregala os olhos.

- N-não. Eu... Yoongi hyung, eu te pedi desculpas, desculpas não. Perdão.

- Eu disse para você se divertir e criar vínculos antigos, não se atirar na boca dele.

E agora a mão dele vai de encontro com o travesseiro. Misericórdia, é agora que ele sufoca Taehyung até a decima geração. Para tentar barrar isso, seguro o travesseiro e fazendo a mesma coisa que fiz com o copo, deixo em uma distância segura.

- Só pra avisar que eu ainda estou aqui e eu acho que vocês sabem de alguma coisa que eu não sei. Só tô me fazendo de otário pra ver até onde o teatro vai chegar.

Eu sequer me exaltei. Mas queria que soubessem.

- Primeiro, você chega falando coisa pro Yoongi. Segundo, fala coisas para mim e me beija. E em terceiro parecem cumplices.

Taehyung parece se incomodar com a altura das nossas vozes, claramente um sinal de ressaca, mas sequer pede para dar uma pausa. Apenas ajeita os cabelos ondulados e continua nos olhando de pé.

- Eu conheço você de antes, Hoseok. Eu te conheci há um tempo. Éramos...

- Amigos, bem amigos. Mas você subitamente o esqueceu. – Yoongi completa a fala quando Taehyung parece falhar.

- como eu esqueceria de um amigo?

- É... nós... nós não sabemos.

Agora sou eu a passear pelo quarto e passar os dedos pelos meus fios de cabelo. Yoongi dessa vez come tranquilamente apenas me olhando. A porta se abre de uma vez.

- BOM DIA MEUS LINDOS. – é Jackson.

- AGORA NÃO! – nós três falamos em uníssono.

- Pelo visto não rolou suruba. – Fecha a porta e saí.

- Nós estamos tentando entender o que aconteceu, não era pra te deixar confuso e nem te dizer assim dessa maneira. – Taehyung alega.

- As coisas deveriam acontecer no tempo certo...

- E você conhece Taehyung desde quando? – por fim, pergunto, apontando para Yoongi. Se me lembro bem, e não esteja ficando maluco, Taehyung era exatamente o nome que meu noivo chamava.

- Na noite do acidente.

- E como eu não me lembro de absolutamente nada?

- Pela mesma razão pela qual agora eu o conheço.

E agora que eu fiquei foi confuso. Muito confuso. Viemos aqui para contestar Taehyung sobre o beijo e do nada tudo virou de cabeça para baixo e viramos integrantes dos ursinhos carinhosos, amigos felizes rodando e cantando de mãos dadas.

- Sim, eu errei em beijar você. Eu errei em querer me meter dessa maneira entre vocês, eu entendo que vocês estão juntos e não há espaço para mim no meio disso. Que se precisa de confiança e dessa maneira eu não estou conseguindo nada.

Eu e Yoongi nos entreolhamos.

- É, desse jeito não vai conseguir muita confiança. – Eu confirmo o final do que ele tem a dizer.

- Mas não se afaste de nós. Nós estamos aqui e não vamos te deixar de lado pelo que aconteceu. Mas se beijar meu noivo outra vez, garoto eu te arrebento na porrada. – Yoongi comenta e termina de comer o restante do sanduiche.

- Estamos aqui, eu nunca vi conversa mais sinistra, e espero que tudo se explique uma hora, mas eu sei que nós não vamos te deixar de lado. Não é porque não sentimos as mesmas coisas por você que vamos o ignorar. – Beijo a testa dele e me sento ao seu lado. – Mas se me beijar de novo eu vou deixar o Yoongi te jogar café quente. 


Notas Finais


♪♫.ılılıll|̲̅̅●̲̅̅|̲̅̅=̲̅̅|̲̅̅●̲̅̅|llılılı.♫♪

You gotta make it your own way
But you'll be alright now, sugar
You'll feel better tomorrow
Come the morning light now, baby

Don't Cry - Guns n' roses
#anjinhocaido Voltei com outra att, esse capítulo ficou meio chatinho, assumo que não é um dos meus preferidos. Eu prefiro brigas intensas, mas os Sope realmente tem uma conexão muito forte um com o outro. Vai ser até trabalhoso fazer com que Taehyung entre no meio desses dois, viu?!

Ultimamente eu ando com uma ideia de plot na cabeça, eu realmente pensei em escrever uma obra Jikook. Ainda estou elaborando as ideias melhor, para tentar ver se encaixo tudo bonitinho, de toda maneira eu venho aqui nas notas finais, ou no twitter ou no mural de avisos para dizer o que eu decidi ou não sobre essa segunda obra.

Dois dias seguidos de atualização, to muito boazinha, vocês não acham?!

Na verdade hoje não tenho muita coisa para falar, então vou deixar um espacinho aqui para vocês dizerem o que estão achando, se algo vem incomodando vocês, algum conselho ou enfim.

Não esqueçam do votinho <3


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