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História Fallen Angels - Jeon Jungkook - Se apaixonou por uma humana.


Escrita por: Kakau14

Notas do Autor


Oie!!!!

Atualização para animar a quarentena de vcs!

Espero que todos estejam bem, de quarentena para ajudar a combater o coronavírus e que ainda não tenham enlouquecido de tédio ou alguma coisa assim.

Confesso que já estou morrendo de tédio, mas seguimos firme.

Fiquem com o capítulo:

Capítulo 9 - Se apaixonou por uma humana.


Fanfic / Fanfiction Fallen Angels - Jeon Jungkook - Se apaixonou por uma humana.

- Você acordou - ouço alguém falar. Uma luz branca quase me cega assim que abro os olhos me fazendo fechá-lós no mesmo instante. - Tudo bem? 

Me impulsiono para conseguir levantar, mas acabo vacilando. Uma mão agarra meu braço e me ajuda. Essa pessoa acaba por ser a SooYoung. Ela está sentada em uma cadeira ao lado da cama em que estou.

 - Onde eu estou? - pergunto olhando em volta. Não parece um lugar que eu já tenha visto na escola.

 - Na enfermaria - responde com o cenho franzido. Agora eu entendi a luz forte e o porquê de tudo ser tão branco. - Está melhor?

Me viro para ela, confusa.

 - Melhor? - Ela assente. - Mas o que aconteceu?

 - Você saiu da floresta e então... - ela aperta os lábios um no outro. - E então desmaiou.

Fragmentos começam a voltar. Lembro de ouvir a Yoona com a voz e então descobrir a quem a voz pertence. Jeon JungKook. 

 - Quem me trouxe pra cá? - Tenho a vaga lembrança do JungKook me segurar antes de eu desabar, mas pode ter sido apenas a minha imaginação, assim como aquela conversa.

 - JungKook - SooYoung sussurra. Aperto os olhos e tento controlar a dor de cabeça horrível que ameaça tomar conta de mim. - Ele estava do outro lado do jardim e então você estava nos braços dele. 

Balanço a cabeça e deixo meu corpo cair para trás. Respiro fundo e fecho os olhos, ainda tentando entender todas as informações que me foram dadas nas últimas horas.

Jeon JungKook é a pessoa que fala comigo na minha cabeça. Eu sei que é ele, não apenas por ser a voz dele, mas porque ele confirmou isso para a Yoona.

A Yoona sabe que ele pode fazer isso, o que é uma surpresa. Ela tentou me manter longe dele e do Taehyung a qualquer custo, mas parece ser bem próxima dos dois. Por quê?

Os meus sonhos. As lembranças da minha vida passada. Eles sabem sobre isso e não gostaram nem um pouco de eu ter visto essas lembranças. JungKook não conseguiu impedir, mas quem pode ter colocado isso na minha cabeça?

 - Você acha que consegue voltar para as aulas? - a enfermeira pergunta sem nem olhar para mim. Ela continua anotando alguma coisa na prancheta dela e, considerando que não tem mais ninguém aqui além de mim, não faço a mínima ideia do que possa ser. - Ou prefere que te dispense para o seu quarto?

Ela finalmente levantas a cabeça e me encara. Uma bola de chiclete é formada em sua boca para ser estourada logo em seguida. Um pequeno fragmento da explosão da praça, que eu vi duas vezes, passa pelo meus olhos.

 - Eu consigo voltar. - Forço um sorriso para ela e aceito a ajuda do SooYoung para levantar.

 - Você está bem mesmo? - a menina ao meu lado sussurra enquanto eu pego minhas coisas. Penso em tudo o que descobri, em todas as informações que ainda estão sendo processadas em meu cérebro. - A próxima aula é de religião, não é tão importante assim.

 - Eu estou ótima. - Sorrio.



~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~




Sinto os olhos de vários alunos sobre mim enquanto sigo para a aula de religião. Vou chegar atrasada, mas a enfermeira me deu um papel que vai justificar o porquê.

SooYoung continua ao meu lado, ainda me olhando de canto de olho quando acha que eu não estou prestando atenção. Ela parece preocupada, achando que eu vou cair no chão a qualquer momento novamente, mas confesso que eu também estou.

Esse desmaio... foi a primeira vez que isso aconteceu desde aquela noite. E aquele foi realmente a primeira vez. Sempre tive uma saúde impecável, nunca fiquei doente por mais do que um dia e sempre era algo insignificante, o que me causava uma certa raiva por não poder fingir estar doente para faltar a aula. Mas esses dois incidentes foram únicos e o primeiro resultou em consequências  enormes.

O que será a consequência desse?

 - Então, como todos sabem... - a professora para assim que eu entro na sala. Seus olhos passam por todo o meu corpo e posso ver uma preocupação genuína em seus olhos. - Senhorita Bae, tudo bem?

Me limito a entregar o papel em minha mão para ela e caminho para o meu lugar. Vejo as pessoas me encarando, mas retribuo apenas uma. Jeon JungKook.

Seus olhos parecem mais negros, maiores e mais frios. Ele parece tentar esconder algum sentimento por baixo de toda essa frieza e sei qual é. Ele está aliviado e, ao mesmo tempo, frustrado. Aliviado por eu estar bem, mas frustrado por não poder pular da cadeira e me abraçar apertado.

Quase consigo sentir seus braços em volta de mim. Quase pulo eu mesma a sua carteira e me jogo em seus braços, porque, por algum motivo, sei que tudo irá ficar melhor se eu estiver neles. Mas me controlo.

Sento no meu lugar, ao lado da Yoona que não tira os olhos de mim também, e encaro a professora. Evito olhar para qualquer pessoa que não seja a professora, porque sei que posso acabar explodindo e jogando na cara deles o que eu ouvi.

 - Como eu estava dizendo - a professora continua depois de alguns segundos de desconforto. - Vocês já sabem sobre a guerra que ouve entre o céu e o inferno. Vocês também sabem como isso começou, certo?

A professora lança um olhar questionador na minha direção ao passo que eu apenas nego. Eu sei por cima, bem por cima, sobre qualquer história que tenha a ver com religião. E então seu olhar passa para outra pessoa, mas me recuso a seguir ela, apenas espero enquanto ela resolve se vai falar ou não.

 Ela finalmente suspira e decide continuar.

 - Lúcifer era o anjo preferido de Deus, o mais bonito e mais poderoso. - Ouço alguns múrmuros baixos e não entendo o motivo, mas não tenho tempo de pensar sobre isso. - Porém, como muitas vezes na história, o poder lhe subiu a cabeça. Ele acreditava que merecia um trono, assim como seu criador, e que deveria ser mais poderoso que ele. Assim, ele foi o primeiro anjo a cair, porém conseguiu convencer muitos de que ele estava certo.

Não sei o motivo, mas a história me prende, talvez seja o jeito da professora de contar, como se estivesse falando de uma lembrança. Como se ela estivesse lá quando tudo aconteceu, ou talvez seja por causa dessa sensação no peito que me é familiar.

 - Então uma guerra foi travada. Lúcifer liderando o lado do inferno e Miguel liderando o lado do céu. O céu ganhou, óbvio. - Noto um desdém na voz dela e sorrio. Yoona ao meu lado faz o mesmo, mas vejo algumas caretas em alguns alunos. - Os perdedores foram condenados ao inferno, considerados anjos caídos. 

Vejo pelo canto do olho Taehyung, Irene e alguns outros meninos se empertigarem, olhando para a professora com um fogo nos olhos que poderia queimar qualquer coisa. A professora se limita a sorrir.

 - Porém, há os que não escolheram - ela continua. Fico surpresa por ter uma continuação, nunca soube que tinha mais. - Há anjos que decidiram que a Terra era um lugar melhor. Eles ficaram aqui, com os humanos, por um tempo e quando quiserem escolher um lado, não puderam.

Sinto a pergunta se formar em minha língua. Me seguro para não fazê-la, certa de que ela não vai acabar com a história desse jeito e que irá continuar, mas tempo demais se passa. Quando estou no limite da minha curiosidade, outra pessoa manifesta as minhas palavras por mim.

 - Por que? - Vejo um menino magro com óculos e cabelo bagunçado perguntar. Ele está ao lado da SooYoung e do JungKook.

A professora o encara com um sorriso encantador e majestoso. Seu olhar, porém, é direcionado ao menino ao seu lado segundos depois e então sua expressão se endurece.

 - Um anjo, em particular, se apaixonou por uma humana. - Seus olhos encontram os meus e uma faísca me faz lembrar. Eu sou um anjo, meu amor. - Ele se recusou a escolher um lado, então ambos os lados decidiram interferir. Os anjos que não tinham escolhido um lado foram mandados para conseguir convencer esse anjo a escolher. Sendo ele considerado o anjo mais belo e poderoso, eles não poderiam voltar até ele escolher. 

 - E o que aconteceu? - De novo o menino. Noto o desconforto das pessoas que fazem parte do grupo que está sempre junto. Noto o desconforto da menina ao meu lado, encarando a mesa como se visse além dela; do Taehyung, encarando o JungKook como se pudesse voar em seu pescoço a qualquer segundo; e do próprio JungKook, que encara a professora com uma raiva que emana pela sala.

 - Falam que ele ainda não escolheu. - Meus olhos pousam no JungKook. No modo como ele olha para a professora como se falasse com ela. - E que os anjos ainda vagam pela Terra, entre os humanos, tentando fazer com que ele decida. Presos pelo egoísmo de um anjo.


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~



Presos pelo egoísmo de um anjo.

Essas palavras ficam martelando na minha cabeça enquanto estamos no jardim na hora do almoço. Um dos poucos dias de sol desse lugar, por isso todo mundo aproveita para sair um pouco de dentro dos prédios.

Se apaixonou por uma humana.

Os olhos dele enquanto aquelas palavras eram ditas. Enquanto a professora me encarava como se eu fosse a culpada pelos pecados de pessoas a muito tempo mortas.

Mas aquela sensação de que a história me era familiar, de que o sentimento que ele sentia enquanto era contado tudo aquilo me era familiar, não me deixa parar de pensar.

A conversa dos dois. Os fragmentos da minha vida passada. O fato de quererem impedir isso. Ele falando comigo dentro da minha cabeça, o jeito que ele me olha, como ele fala comigo, como ele falou de mim. 

Tudo isso faz minha cabeça começar a doer novamente. Não pode ser real, nada disso pode ser real, mas... Quem eu quero enganar?

Saio de cima da mesa de piquenique em que eu estou sentada junto com a SooYoung e a Yoona e marcho em direção ao outro lado do gramado a onde o grupinho está sentando.

Taehyung, sentando no banco com os braços apoiados atrás dele na mesa, é o primeiro a me ver. Ele abre o seu melhor sorriso e me acompanha com os olhos enquanto eu me aproximo. Os outros me notam aos poucos, mas a pessoa que eu quero não levanta os olhos para mim.

Sei que ele me notou, posse ver pelo jeito que seu corpo parece enrijecer, por isso continuo me aproximando com confiança. Não deixo que eles notem meu pulso acelerado, apenas minha expressão de que pode matar alguém, porque é isso que eu vou fazer se não conseguir respostas.

 - Suzy, a que devo o prazer? - Taehyung brinca quando chego perto o bastante para ouvir.

 - Agora não, Taehyung - rebato. Não dou tempo dele dizer mais alguma coisa, agarro o pulso do JungKook e o arrasto pelo jardim.

JungKook sai de cima da mesa onde ele estava sentando, no centro do grupinho como sempre, e me deixa arrasta-lo para dentro da floresta com toda a escola nos encarando. Paro em algum lugar longe das pessoas, mas perto o bastante para que eu possa voltar sozinha, e me viro para o encarar.

 - Fale - mando sem nem pensar. JungKook continua me encarando sem abrir a boca. Aperto os punhos e me aproximo dele. - Eu já sei que é você. Já sei que você entra na minha mente, já sei que te conheci na minha vida passada, que nos apaixonamos e que eu morri. Então, fale!

Grito a última palavra, brava demais para apenas falar. Brava demais para apenas esperar que ele resolva falar alguma coisa e me contar a verdade. Respiro fundo e tento me acalmar.

 - Fale - peço uma última vez. Dessa vez meu tom é de súplica. Se ele não falar, se ele não confirmar que tudo isso, todas essas coisas que estão acontecendo são reais e não apenas coisas da minha cabeça, então eu irei enlouquecer.

JungKook parece notar isso e suspira. Sua expressão se suaviza e meu peito é invadido com aquele sentimento forte que chega a ser insuportável. Amor. É esse o sentimento.

 - Suzy - ele pronuncia meu nome pela primeira vez. Mais fragmentos daquela noite, à noite em que eu morri em seus braços, passam pelos meus olhos. O jeito que ele chorou e pediu aos céus para que não me levassem. - O que eu posso fazer?

 - Me conte a verdade - peço de imediato. Ele se aproxima e, por algum motivo, não recuo. Deixo ele se aproximar até estarmos tão perto um do outro que eu não consigo olhar para nada além dele.

 - Você sabe qual é - ele fala sorrindo. Não o sorriso que eu já conheço, mas um sorriso triste que faz meu coração apertar. - Apenas pronuncie.

Balanço a cabeça. Me recuso que ele me faça falar, que me torne mais louca. Quando eu pronunciar as palavras que estão na ponta da minha língua, não terá mais volta. E JungKook sabe disso.

 - Eu estou aqui. - Seus braços me envolvem em um abraço protetor e sinto meus medos começarem a desaparecer. - Apenas fale, meu amor.

Eu sou um anjo, meu amor.

 - Anjos - pronuncio finalmente. - Anjos.


Notas Finais


E então? Gostaram, amaram ou odiaram?

Uma coisa que o Spirit resolveu fazer é colocar uma forma de atualizar as histórias pelo app do IOS ao invés de me fazer entrar no site apenas para atualizar. Graças a Deus!!!

Espero que eu tenha animado um pouco a quarta-feira de vcs e tirado vcs um pouco do tédio dessa quarentena.

Pelo amor de Deus, continuem em casa. É super importante nos mantermos afastados um dos outros, melhor ficar um pouco afastado do que nunca mais podermos ver quem amamos!

Até o próximo capítulo...


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