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História Falling for you - Único.


Escrita por: Sanykin

Notas do Autor


Amém Yusol <3
Escrevi escutando The 1975 (recomendo muitoooo)

Espero que gostem!

Perdoem os erros e não desistam de mim.

Capítulo 1 - Único.


Na primeira semana sentei-me ao seu lado na esperança de finalmente ser notado, mas nada aconteceu. Na segunda semana coloquei como bloqueio de tela do meu celular uma foto de sua banda favorita, você nem ao menos olhou. Na terceira e quarta semanas sumi, esperei que sentisse minha falta, você continuou lendo seu livro.

Afinal de contas, você sabe quem sou eu? Descobri há algumas semanas através do maior fofoqueiro e – quase - namorado do meu melhor amigo, Jung Jaehyun, que moramos perto. Com isso passei a acordar mais cedo para encontrar-te, o assento ao seu lado está sempre vazio e me questiono o motivo. Será que, mesmo fora da escola, as pessoas tem medo de você? Digo, os boatos sobre ser um esquisitão fascinado por cultos e coisas macabras são apenas mentiras... Certo?

 Deixo de pensar em tais coisas quando vejo, ao final da rua, o ônibus azul de aproximar. Faço sinal e subo no mesmo com o coração acelerado, tento não parecer óbvio enquanto desesperado procuro pelo lugar já bem conhecido. No entanto, hoje, há um menino diferente ali e o mais estranho e incômodo disso é que Ji Hansol está sorrindo para ele.

Tento não manter um semblante assustado e abaixo a cabeça me direcionando ao banco atrás dos dois. Definitivamente eu adoro sofrer por amor, pois durante todo o trajeto, Hansol-Hyung e o tal desconhecido mantiveram uma conversa harmoniosa com direito a risadas e tapinhas no ombro. É, eu vi tudo. E na hora de descermos algo mais surpreendente ainda ocorreu: Hansol-Hyung distraído pisou em falso, com isso caiu nos braços do estranho que sorriu até demais ao ver meu Hyung corar.

E do Ji Hansol nunca cora, pelo menos não para mim.

 Entraram ainda conversando e passo por Doyoung o ignorando completamente, em sala me sento ao fundo e estou esperando a aula começar, mas, através do vidro acabo de ver meu Hyung e o estranho se despedindo, meu coração está a mil e sinto meu pulso arder. Eles acabam de conversar e se despedem com um simples aceno, viro o rosto espiando de soslaio Hansol-Hyung sentar-se ao outro lado da sala, abrindo a mochila e tirando de lá seu famoso livro de capa preta.

De repente ele vira em minha direção e sinto uma falta de ar me atingir, o que não esperava é que fosse se levantar e caminhar até mim.

 — Está tudo bem? - Pergunta sentando em minha frente, as mãos sobre as pernas e o olhar fixado em mim.

 Encaro seu rosto pálido e minhas mãos começam a suar; meu peito se aperta, a garganta fica seca. Oh deus.

 — E-está. Por quê? - Ele sorri singelo e seus olhos se direcionam à minha camisa, fazendo seus olhos já grandes ficarem ainda mais abertos. - Oh! Você gosta de The 1975? - questiona surpreso e sorrio diante interesse.

 — Gosto sim. - respondo e vejo seu sorriso diminuir e um "0" se formado em seus lindos lábios.

— Eu também!

"Eu sei" penso.

 A parti daí algo que nunca pensei ser possível aconteceu: Ji Hansol e eu ficamos conversando até o professor de história chegar, e gente, foi doido! Descobri que além do gosto musical partilhamos do mesmo gosto para filmes e séries, além de que Hansol-Hyung compõe, dança e faz rap! Agora, adivinhem? Eu também!

 Encaixamos-nos em pequenos detalhes, e por mais que seja brega, eu gosto disso; De poder desfrutar um pouco do mundo em que Ji Hansol pertence, ver que ele na verdade não é nada daquilo que falam e que é sim uma pessoa maravilhosa, a pessoa por quem me apaixonei.

No intervalo o vi com o estranho de antes, mas agora Hansol-Hyung parece ainda mais sério. Questiono-me o por que, mas acabo deixando isso de lado e passo a lembrar da cena na sala. Ele me perguntou se estou bem, será que notou que não sentei ao seu lado por algumas semanas? Será que sentiu minha falta?

Deito a cabeça na mesa e resmungo ao sentir o gélido da mesma em meu rosto.

— Que depressivo.

Ah Doyoung, me esquece vai

-- Oi Padeiro - respondo ainda deitado.

— Fala logo o que aconteceu vai.

 Por que ele tem que me conhecer tanto?

 — Porque sou seu primo e melhor amigo. – diz sentando-se à mesa e acariciando meu cabelo.

— Dá pra parar de ler meus pensamentos? - levanto da mesa e o olho desconfiado. — Você sabe quem é esse ali? - aponto para onde Hansol-Hyung está, acompanhado do estranho.

— Bom, o com a cara do tinhoso é o amor da sua vida. – provoca e o encaro com desdém - Já o loiro...  É Oh Sehun, o primo dele.

Primo? Oi?

 —'Tá falando sério? - questiono e Doyoung me olha confuso.

 — E ele tem namorado. – responde já entendendo minha dúvida.

— Ótimo - respondo sorrindo.

— Você tá pegando a estranheza do Hansol – diz debochado e me seguro para não batê-lo.

— Não fala assim dele! – digo irritado - Você nem ao menos o conhece.

Levanto-me e vou até o pátio, me sento perto de uma árvore que há por ali. Aconchego-me em seu tronco e ligo meu celular colocando Falling for you do The 1975 para tocar, fecho os olhos e deixo me levar pela melodia.

Você não me vê agora?


Eu... Eu acho que estou me apaixonando, estou me apaixonando por você
Você não precisa de mim?


Eu.. Eu acho que estou me apaixonando, estou me apaixonando por você
E nesta noite e nesta luz acho que estou me apaixonando, estou me apaixonando por você


Talvez você mude de ideia


Acho que estou me apaixonando, acho que estou me apaixonando.

 

É tão estranho estar apaixonado, digo, o que acarretou todo esse sentimento foi apenas o fato de dividirmos o banco do ônibus em algumas manhãs, e então reparei em seu sorriso que raramente são mostrados ao mundo. Depois passei a admirar suas habilidades; em fazer rap, compor, escrever e até mesmo atuar. E porra! Ji Hansol é tão autossuficiente que às vezes me questiono se quero mesmo que ele reconheça meus sentimentos, afinal ele é tão completo... Pra quê precisaria de mim? Dos meus sentimentos?

 O sinal toca e me levanto desanimado, entro em sala e encontro Doyoung conversando com Hansol... Espera. Conversando o que? Direciono-me até minha mesa tentando não olhar na direção dos dois, mas sinto um clima tenso se instalar entre nós. Felizmente a sala começa a encher deito a cabeça sobre a mesa com intenção de dormir até as aulas acabarem, contudo, ao professor entrar na sala e todos voltarem aos seus lugares, sinto o Padeiro – que infelizmente senta atrás de mim - me cutucar e a medida que o ignoro ele persiste ainda mais. Viro-me irritado e ele sorri me estendendo um papel amarelo, abro curioso e me deparo com uma caligrafia estranha.

"Hansol está tão a fim de você quanto você dele.

 – Padeiro Gostosão"

 Escuto risos vindo detrás de mim e o xingo mentalmente. Que brincadeira sem graça...

Na saída espero Doyoung acabar de flertar com Jaehyun e assim que se aproxima bato em seu braço.

 — Que agressividade! Que foi não gostou da notícia? - questiona enquanto passa a mão sobre o braço avermelhado.

 — Noticia? - rio sem graça - Você tá brincando comigo!

Ele parece entender e me olha... Chateado?

 — Não brincaria com isso - diz pegando a mochila - Mas, já que não acredita em mim 'tá aí a prova - dito isso me entregou um embrulho dourado e saiu.

Abro apressado e retiro de lá um livro já bem conhecido: o Livro de Ji Hansol.

Vou para casa a pé, correndo entre as ruas passo pela casa de meu Hyung. Admiro o vasto jardim com diversas flores, sorriu e vejo a porta abrir. Escondo-me entre arbustos e vejo Hansol-Hyung saindo de casa parecendo buscar algo, seu rosto está serio e um bico molda seus lábios o deixando sexy e ao mesmo tempo fofo. Assim que o vejo indo para o a fundos aproveito para sair dali, correndo como se minha vida dependesse disso.

Chego em casa e vou diretamente para meu quarto, tiro os sapatos jogando em algum canto. Pego minha mochila e tiro de lá o livro, encaro sua capa incerto e decido folhea-lo.

 Nas primeiras páginas há o nome de Hansol escrito com uma caligrafia esbelta em várias cores e então percebo que tal livro não se trata de algo comum e sim de um diário. Nas páginas seguintes tem algumas frases soltas, rabisco e mais rabisco, músicas e algumas partituras, poemas e até textos poéticos. Muitos falando sobre a solidão, alguns sobre as estrelas, outros sobre - aparentemente - um garoto.

 O garoto em questão é mencionado como o centro, centro de alguém, como se quem escreve dependesse do outro e mesmo que indiretamente o garoto o fizesse feliz. Quem quer que fosse já tem minha inveja e admiração, uma vez que Hansol o detalhou com tanta emoção que uma frase fez com meus olhos transbordassem.

 "E mesmo que não me visse, assim que sua presença era sentida por mim, sinto que estou de volta. De volta à vida”.

Passo a procurar por mais textos e ao fim do diário encontro algo que faz meu coração parar por alguns segundos.

 “Nakamoto Yuta é como uma música do The 1975. Autentico e poético, embora sua melodia pareça confusa a obra ao todo só será apreciada por quem não tem medo do novo. Ele é diferente do normal, e eu gosto tanto disso. Gosto do jeito que seu corpo balança enquanto dança, como se a música se impregnasse em si. E mesmo que não saiba quem sou eu gostaria que dividíssemos o fone enquanto vamos para casa, gostaria de compor sobre nós e eu nunca quis isso: ser metade de outro alguém, deixar-me completar, mas, você muda todos meus conceitos e eu amo isso. Amo você como uma música, pois somos parecidos: Somos duas melodias sem letra”.

Na manhã seguinte acordo ainda mais cedo, me arrumo, tomo café e preparo minha mochila colocando lá o tão precioso diário. Inquieto espero o ônibus aparecer na esquina e começo a rezar para que o tão significante banco esteja vazio.

Faço sinal e subo no veículo procurando o lugar, sinto minhas costas relaxarem ao ver o assento vazio e me direciono até lá. Sento-me ao lado de Hansol-Hyung que está olhando para fora, retiro então de minha mochila o caderno, colocando-o sobre suas pernas e vejo seu rosto expressar surpresa.

Ele cora. Ji Hansol finalmente corou para mim!

 Pego meu celular e fone, desenrolo e ponho um lado em seu ouvido, pondo o outro em mim deixo a música tocar. Assim que a instrumental de Love me do The 1975 começa ele me olha envergonhado e sorri verdadeiramente, estou fascinado por seus olhinhos brilhosos e sorriso lindo que quase não me dou conta quando o fone cai e nossos rostos se aproximam.

Fecho meus olhos ansioso e sinto a respiração fresca de meu Hyung bater em meu rosto, sorrio ainda mais e sinto seus lábios juntando-se aos meus. Um toque singelo, mas significativo.

 Assim que nos separamos pude ver Hansol abrir os olhos como se saísse de um transe, suas bochechas estão rosadas e não resisto ao beijá-las.

 — Podemos voltar a escutar música? - pergunta ainda envergonhado.

 Acho graça de si e pego os fones recolocando em nossos respectivos ouvidos.

 

E me ame (yeah)

Se é isso que você quer fazer (oh, yeah)

E me ame (yeah)

Se é isso que você quer fazer (oh, yeah)


Notas Finais


E então?


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