1. Spirit Fanfics >
  2. Falling in love for the last time. >
  3. Over the horizon.

História Falling in love for the last time. - Over the horizon.


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Boa noite, meus amores. Trezentos anos depois, eu voltei. UHSAUSAUHASUHASUHSA culpem a votação do VMA, ok? Bem, o capítulo está ai, enooorme. Espero que gostem. Tem de tudo um pouco e eu não tenho muito o que falar hoje. Qualquer erro, conserto depois quando perceber. Estava com saudades, amo vocês. <3

Capítulo 54 - Over the horizon.


Fanfic / Fanfiction Falling in love for the last time. - Over the horizon.

 

Camila POV.

: - Lo?

Eu chamei ainda sem abrir os olhos, ciente de que estava sozinha na cama. Aquela era a pior forma de acorda pela manhã, eu odiava não sentir o calor gostoso em minhas costas. Torci o nariz enquanto resmungava, rolando sobre o meu estômago e afundando a minha cabeça no travesseiro dela. Respirei fundo para capturar o seu cheiro, me deixando sorrir ao sentir meus músculos rígidos por conta da longa madrugada que tivemos. Enrolei mais um pouco antes de me levantar, me espreguiçando e gemendo baixinho quando meus ossos estalaram. Vesti um blusão de Lauren que estava jogado sobre a poltrona e nem mesmo me preocupei em colocar uma calcinha, o tecido branco cobria até o meio das minhas coxas.

: - Ai!

Ergui as sobrancelhas quando comecei a caminhar para fora do quarto, um incômodo ardente no meio das minhas pernas. Ri sozinha e neguei com a cabeça, diminuindo o ritmo dos meus passos. Era capaz de eu precisar de uma cadeira de rodas depois de uma maratona de sexo, Lauren ainda me deixaria incapaz de andar por uma semana. Bocejando eu tomei o corredor, praticamente me arrastando com os pés descalços. Meus pensamentos estavam voltados para a possibilidade da minha namorada estar na cozinha, mas os descartei quando passei em frente ao quarto de Dinah. A porta aberta me mostrou Lauren, Normani e Dinah, as três me olharam ao mesmo tempo quando eu parei na entrada.

: - Está tendo reuniãozinha e não fui convidada? – Bocejei de novo e levei a mão à boca, dando alguns passos para dentro do ambiente. Lauren tinha suas bochechas coradas, Dinah e Mani com expressões assustadas. Ergui as sobrancelhas intrigada, mas acabei ignorando quando me lembrei da ausência de calor em minhas costas ao acordar. – Você me deixou sozinha na cama, eu estou irritada. Odeio quando faz isso, vou passar o dia de mau humor.

Eu disse para Lauren ao parar na frente dela, piscando tão lentamente que poderia dormir de pé. Ela sorriu de canto e ergueu sua mão direita, esfregando o polegar em minha bochecha em uma pequena carícia.

: - Desculpe, Camz. – Curvando-se para frente, Lauren selou um beijo em minha testa, puxando-me para seus braços logo depois. Suspirei e acomodei meu rosto em seu pescoço. – Eu senti sede e resolvi descer para pegar um pouco de água, mas quando estava passando pelo quarto da Dinah...

: - Laur...

Mani pronunciou quase em um sussurro, sua inquietação me indicava que havia algo de errado.

: - O que aconteceu que estão com essas caras?

Perguntei envolvendo a cintura de Lauren com os braços.

: - Nada.

Dinah disse sorrindo amarelo, trocando um rápido olhar com Mani.

: - Claro que aconteceu, se Lauren está aqui uma hora dessas da manhã ao invés de ter voltado para a cama é porque aconteceu algo. – Me afastei do corpo quente que me acomodava e olhei para as três com uma expressão séria, apoiando as mãos em minha cintura. – Quem vai me contar que porra está havendo?

: - Eu também estou esperando uma resposta.

Lauren disse rindo baixo e coçou a nuca.

: - Comecem.

Insisti quase batendo o pé, odiava enrolação. Mani suspirou e abaixou os ombros, sentando-se na beirada da cama. Dinah rolou os olhos e fez o mesmo, Lauren continuava sua risada controlada.

: - Mani e eu ficamos de novo.

Dinah disse tão baixo que achei ter escutado errado. Pisquei encarando seu rosto, seus olhos fugiram dos meus e se fixaram no tapete.

: - Eu estava indo para a cozinha quando passei pelo quarto de Dinah e ouvi uma conversa das duas. Mas como a minha sorte é uma merda, eu me escorei na porta e a mesma estava aberta, acabei invadindo o quarto sem querer e quase presenciei uma cena de beijo.

Como eu não falei nada, Lauren contou como havia ido parar ali entre risadas, fazendo Mani e Dinah corarem intensamente. Eu não sabia se eu ria, se eu me sentava, se eu fazia piadas, ou se eu apenas descia para tomar café. Não que eu não imaginasse que aquilo acabaria acontecendo de novo, mas eu realmente fiquei sem reação.

: - Vocês estão tendo sexo selvagem?

Optei pela piadinha e abri um sorriso de canto.

: - Mila!

Mani exclamou completamente envergonhada.

: - Chancho, por favor.

Dinah riu sem graça e coçou a nuca, negando com a cabeça. Dinah Jane sem graça, dá para acreditar?

: - O quê? Fazer amor é gostoso, mas foder é melhor ainda, sabiam?

Mordi o lábio inferior e pisquei um dos olhos para Lauren.

: - Posso ver que sim, seu cabelo é uma prova viva disso.

Mani resmungou olhando para o lado, sacudindo as pernas para fora da cama. Eu ri da cena e neguei com a cabeça, caminhando para me sentar entre as duas. Lauren me encarou com um sorriso, cruzando os braços embaixo dos seios. Eu não sabia exatamente o que dizer para elas, mas eu precisava dizer alguma coisa. Por mais que a minha intenção a princípio fosse apenas ouvir. Eu queria entender a situação, ou apenas aconselhar da melhor forma que eu pudesse fazer.

: - O que está acontecendo entre vocês, afinal? - Perguntei olhando para uma, depois olhando para outra. Dinah suspirou, seus ombros subindo e descendo com o gesto. Mani me olhou com o canto dos olhos, erguendo a mão para coçar o queixo. – Passaram a noite juntas? Vocês sabem o que quero dizer... Vocês transaram?

: - Não. – Dinah negou ao me olhar, em seus olhos eu pude ver um brilho diferente, algo que não estava ali nos últimos meses. Como a conhecia bem, sabia que era sinal de euforia. Dinah sempre foi muito transparente para mim, por vezes conseguia saber o que ela estava pensando e sentindo com uma rápida troca de olhares, não estava sendo diferente naquele momento.  – Quer dizer, nós passamos a noite juntas, mas não transamos, apenas ficamos. Mani estava voltando para o quarto dela quando a sua namoradinha invadiu o meu.

: - Ei, foi sem querer.

Lauren resmungou fazendo uma careta.

: - Você não faz nada sem querer.

Dinah esbravejou, a fuzilando com os olhos.

: - Parem, vocês duas.

Eu disse para elas rolando os olhos, suspirando profundamente antes de encarar Mani.

: - Eu espero que sejam sinceras comigo. Somos uma família e nunca mentimos uma para a outra. Eu sei que se Lauren não tivesse escutado a conversa de vocês, nós não saberíamos do que está rolando nem amanhã e nem depois. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer de novo, não é uma novidade. Mas eu realmente preciso saber de algumas coisas. Então... O que é que vocês têm?

: - Eu não sei. – Mani respondeu mordendo o lábio inferior. – Nós apenas ficamos. Aconteceu, entende? Não foi algo programado, apenas rolou.

: - E vai continuar rolando?

Lauren perguntou interessada, deslizando os dedos pelo cabelo de um jeito despreocupado. Eu também queria saber.

: - Eu não me importaria se continuasse.

Dinah disse mordendo o lábio inferior, virando para me olhar com um pequeno sorriso.

: - Então isso quer dizer que vocês estão abertas para o que vier?

Perguntei com um leve tom de divertimento, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

: - É isso.

: - É?

Mani se virou para encarar Dinah, as sobrancelhas erguidas e a respiração um pouco agitada. Será que seu coração estava acelerado?

: - É... Nós falamos sobre.

Dinah respondeu corando, fazendo com que eu soltasse uma risada.

: - Bem, parece que temos um “affair” rolando por aqui.

Eu disse enquanto me levantava, caminhando preguiçosamente na direção de Lauren quando ela abriu seus braços para mim. Eu não queria comentar nada sobre Siope, eu vi nos olhos de Dinah que ela não estava pronta para debater sobre esse ponto. Eu esperaria até que ela me procurasse para conversamos sobre isso. Como melhor amiga e irmã de alma, sabia muito bem que os sentimentos dela pelo namorado já não eram os mesmos, nem os sentimentos e nem o tesão. Mani era algo novo para ela, cheiro diferente, gosto e textura. Eu não queria ser uma melhor amiga chata e dizer o que eu achava errado na situação, se ela estava feliz se abrindo para uma nova experiência, logo eu estava feliz também. Contando que ela não se machucasse e nem machucasse Mani, eu acompanharia de perto para ver onde tudo aquilo iria dar.

: - Não contem para a Ally, por favor.

Mani pediu com seus olhos baixos, levantando-se da cama.

: - Não contaremos, quem tem que fazer isso são vocês e no tempo de vocês, não se preocupem.

Lauren a tranquilizou, esfregando as minhas costas com as palmas das mãos. Suspirei ainda me sentindo sonolenta.

: - Obrigada.

: - Vamos, isso não é o fim do mundo, não precisam agir como se Lauren e eu tivéssemos descoberto que estão com uma doença contagiosa.

Comentei rindo, observando Dinah se levantar com um sorriso discreto no rosto.

: - Já podem se beijar e selar o momento.

Lauren disse colocando a língua para fora, estreitando seus olhos de uma forma linda.

: - Saiam do meu quarto.

Dinah riu e pegou uma das almofadas presentes na poltrona ao lado, tacando em cima de nós.

: - Hmmm, querem ficar sozinhas, é? Não façam muito barulho.

Soltei uma gargalhada com a cara que Mani fez, agarrando a mão de Lauren e começando a puxá-la para fora.

: - Saiam daqui antes que eu bata nas duas.

Dinah estava vermelha, mas sua expressão divertida me deixava tranquila.

: - Meu Deus, Camila.

Normani esfregou o rosto com as mãos, sem resistir, acabou por rir conosco.

: - Me dá um beijo de bom dia, Cheechee.

Pedi ao parar na porta, Lauren ao lado de fora do quarto segurando a minha mão, esperando que eu a acompanhasse. Dinah estreitou seus olhos para mim e sorriu, andando na minha direção.

: - Você não está merecendo beijo de bom dia não. Pensa que não ouvi seus berros essa madrugada? Sinto-me como uma mãe traumatizada.

Senti minhas bochechas arderem de forma violenta, ouvindo a risadinha cínica de Lauren atrás de mim e o sorriso malicioso de Mani.

: - Eu tenho direito a uma vida sexual ativa. – Me defendi fazendo um pequeno beicinho, batendo com a ponta do dedo em minha bochecha. – Agora o meu beijo, anda.

: - Está rindo de que, Lauren? Se continuar rindo demais eu quebro os teus dentes e os teus dedos, assim você passa a pegar mais leve em cima daquela cama com o meu filhote. Ainda a quero andando.

Dinah resmungou carrancuda se curvando na minha direção, beijando minha bochecha direita e a minha testa enquanto eu ria.

: - Vou ficar calada, Dinah.

Lauren puxou minha mão, esticando o meu braço para trás.

: - É melhor, mesmo. – Colocando o olhar em meu rosto novamente, Dinah sorriu para mim, aquele sorriso cúmplice que ela jamais havia dedicado para outro alguém. – Obrigada pela compreensão.

Eu sabia muito bem a questão em jogo naquele momento, nós não falaríamos sobre o “assunto Siope” tão cedo, mas ela estava me agradecendo por compreender isso.

: - Eu te amo. – Me coloquei nas pontas dos pés e beijei sua bochecha. – Lauren e eu vamos preparar o café, acordem Ally para que possamos começar o dia juntas e aproveitar o sol na piscina. Está bem?

: - Tudo certo, Mila.

Mani sorriu, parecia aliviada.

: - Tranquem a porta dessa vez.

Lauren disse sob uma risada quando conseguiu me puxar para fora do quarto, me obrigando a correr pelo corredor quando senti Dinah indo atrás de nós.

: - EU VOU FAZER VOCÊ BEBER MUITO ÁGUA, JAUREGUI. AGUARDE.

: - ESTOU MORRENDO DE MEDO, HANSEN.

Nós gargalhamos quando começamos a descer as escadas de mãos dadas, perdendo o fôlego quando os degraus terminaram sob nossos pés. Eu me sentia estranha, mas não era ruim. Talvez um pouco curiosa para saber o que rolaria dali por diante, ansiosa para acompanhar de pertinho todos os passos que elas fossem dar. Algo me dizia que Dinah faria um trabalho muito melhor do que eu fiz com Lauren, no começo de tudo.

: - Você... Vem cá.

Lauren mordeu o lábio inferior e me puxou para ela pela cintura, colando nossos corpos. Envolvi meus braços em seu pescoço quando começamos a andar agarradas pela sala. O sol gostoso da manhã entrava pelas brechas das persianas negras, atravessando as paredes de vidro que rodeavam a mansão. Olhei em seus olhos, a coloração cinza presente me fez suspirar, suas pupilas estavam quase inexistentes.

Logo iniciamos um beijo, ficamos naquilo por um tempo, sem pressa, apenas provando, decorando. Quando separamos nossas bocas, olhei para ela com uma expressão repreensiva.

: - Nós precisamos falar sobre o fato de você escorregar para fora da cama antes de mim. Eu poderia estar dormindo ainda se você tivesse ficado lá.

Resmunguei deslizando as unhas por sua nuca, nossos pés descalços avançando pelo carpete que cobria o chão da sala. Esbarrei na borda do sofá, apoiei as mãos no encosto quando ela me imprensou contra ele.

: - Eu precisava beber água, repor o líquido que você me fez perder ontem seria muito bom.

Lauren balançou as sobrancelhas para mim, enfiando seu rosto na curva do meu pescoço, cheirando para cima, para baixo. Arrepiei-me inteira enquanto ria de olhos fechados.

: - Adoro o seu bom humor matinal.

: - Já disse que é mérito seu. – Mordi o lábio inferior.

: - Eu sei.

Suspirei quando ela começou a beijar a minha garganta, suas mãos delicadas subindo pela parte detrás das minhas coxas. Eu podia ouvir o canto dos pássaros do lado de fora, o bater dos ponteiros no grande relógio em uma das paredes da sala e o palpitar intenso do meu coração quando ela tocou a minha bunda, erguendo a cabeça para me olhar. Sorri piscando sensualmente os cílios, mordendo o lábio inferior daquela forma nada inocente.

: - Você está vestindo a minha blusa e sem calcinha. – Suas unhas fizeram um caminho para cima em minhas nádegas nuas, enviando ondas de arrepios por todo o meu corpo. – Porra, Camila, essa é a melhor forma de me dizer “bom dia!”.

: - Nem pense nisso.

Eu sussurrei sob um ofego quando ela iniciou uma sequência de apertos por baixo do tecido da camisa, massageando a minha bunda de uma forma deliciosa. Cristo! Eu amava tanto aquele toque, bem ali, daquele jeito. Joguei a cabeça para trás para que ela voltasse a beijar a minha garganta.

: - Eu não estou pensando em nada, eu estou fazendo.

Sua risada saiu completamente rouca contra o meu pescoço, os meus mamilos duros salientes no tecido. Eu sabia que ela sentiu, pois começou a roçar nossos seios delicadamente enquanto traçava beijos em meu maxilar.

: - O café... Nós precisamos preparar o café. Pare!

Tentei empurrá-la pelos ombros, sorrindo e esfregando a minha bochecha na sua quando os beijos subiram para o meu rosto.

: - Eu amo a sua bunda. – Eu gemi baixinho quando ela cravou suas unhas na região, puxando o meu lábio inferior entre os dentes. – Vire-se de costas para mim, me deixe vê-la.

: - Lauren... Não. – Eu ri arrepiada naquela doce excitação, fixando as minhas palmas em seu abdômen para que pudesse empurrá-la para trás. – Me solte.

: - Vire e se curve sobre o sofá, me deixe vê-la, ou eu vou repetir o que fiz no Brasil. – Senti minhas bochechas arderem com a recordação. – Suponho que você não queira começar o dia levando uns tapas.

: - Você é uma... – Gemi baixo com o chupão que ganhei na curva do pescoço. – Tarada, rude e... M-muito autoritária.

: - Sou e você gosta. Agora faça o que mandei.

Sabendo que não teria para onde correr sem antes fazer o que ela queria, rugi baixinho e me virei de costas para ela, curvando o meu peito sobre o encosto do sofá em L que cortava a nossa sala. Meus cabelos caíram por cima dos meus ombros, a camisa que eu vestia se ergueu um pouco mais por conta da minha curvatura. Ouvi Lauren resfolegar atrás de mim, usando as pontas dos dedos para terminar de levantar a sua camisa que cobria o meu corpo, levando-a até acima da minha cintura, deixando-me nua dali para baixo. Eu ruborizei novamente, o medo de ser pega por uma das meninas me fez tremer sobre as pernas, sentia-me quente e excitada.

: - Porra! Você tinha que ver o que eu estou vendo, Camila. – Fechei os olhos quando suas mãos voltaram a tocar a minha bunda, subindo para apalpar a minha cintura, descendo para a protuberância novamente. – Será que você sabe o quanto me deixa excitada nessa posição? Nem mesmo parece que passamos a noite fodendo porque eu poderia voltar a te foder agora mesmo.

: - As meninas podem... – Tentei dizer em protesto, engolindo a saliva que se formou em minha garganta, sentindo aquele latejar familiar no meu sexo já úmido. – As meninas podem descer, Lauren. Deixe-me apenas ir para a cozinha.

: - Fique quieta. Elas estão ocupadas. – Lauren rosnou contra a minha pele quando se curvou sobre mim, beijando a minha nuca, apalpando os meus seios por dentro da blusa, descendo as mãos por minha barriga e os lábios pela minha coluna. – Eu vou adiantar o meu café da manhã, serei rápida. Seja uma boa garota e não faça barulho.

Eu iria reclamar, mas perdi a fala quando ela se ajoelhou atrás de mim, usando as mãos para afastar mais as minhas pernas. Minha bunda empinada estava na direção de seu rosto, eu apenas fechei os olhos e segurei um gemido na garganta quando senti seus lábios quentes tocaram o meu sexo. Cravei as unhas no sofá, meu corpo inteiro sacudiu e eu me deliciei no prazer que aquela língua ágil começou a me proporcionar. Lauren não era nada paciente, assim como eu tinha pressa em gozar, ela tinha pressa em me devorar. Seus movimentos de sucção eram rápidos, fortes, sugavam-me de forma alucinada, levando o meu corpo para trás e para frente a cada investida de sua língua dentro da minha entrada apertada. Eu tentava gemer o mais baixo possível para não chamar a atenção, choramingando e mordendo os lábios para impedir os pequenos gritos. As mãos de Lauren apertavam a minha bunda, afastavam as minhas nádegas para que pudesse ter mais acesso ao meu sexo, arranhavam a carne, maltratavam de um jeito delicioso. Eu podia ouvir seus gemidos baixinho enquanto ela me chupava, o que me fez fechar os olhos e parar de vigiar as escadas para me concentrar no orgasmo que se construía em meu ventre. Eu queria gemer tanto, tanto, queria pedir para que ela fosse mais bruta, para que me mordesse, para enfiasse aquela língua gostosa mais e mais, o perigo era tão excitante que eu mal podia conter a adrenalina acelerando os meus batimentos cardíacos.

: - Lauren... – Sussurrei gemendo quando meus músculos se apertaram. Rapidamente ela tocou o meu clitóris com os dedos, massageando sem parar de empurrar sua língua para dentro e para fora. – Porra, assim... Oh sim, Lauren!

Eu rebolei contra o seu rosto vezes seguidas, as vibrações violentas subindo por meus dedos dos pés para se tornarem insuportáveis no meio das minhas pernas. Abaixei a cabeça e mordi a borda do sofá com toda a minha força, gemendo de forma estrangulada e tremendo insanamente enquanto gozava pra ela. Lauren me lambia inteira, as mãos carinhosas apalpando as minhas coxas, os lábios grossos me causavam uma sensação tão delirante que eu rolei os olhos para trás. Havia gozado forte, um dos melhores orgasmos entre os que tive por toda a madrugada. Toda a ação não deve ter durado mais de sete minutos. Aquilo que eu chamava de rapidinha matinal.

Me deixe sorrir fraca quando ela se colocou de pé novamente, subindo beijos molhados pela parte descoberta das minhas costas, enrolando a mão em minhas mechas de cabelo para me puxar para trás. Sentia-me mole, mas me virei de frente para ela com o resto de energia que eu tinha. Seu sorriso era maravilhoso, meus olhos turvos se fixaram nele sem a intenção de sair. Seus lábios estavam avermelhados e inchados, eu podia sentir o cheiro forte do meu gozo na pouca distância que mantínhamos. Antes que ela falasse qualquer coisa, puxei-a para um beijo, sugando sua língua desesperada para sentir seu gosto e o meu gosto naquela boca que tanto me tirava do sério. Lauren retribuiu com a mesma paixão, massageando entre os meus cabelos e arrastando suas unhas em minha nuca.

: - Eu poderia te ter como prato principal, sobremesa e complementos por todas as refeições do meu dia. – Sua voz saiu rouca contra os meus lábios, as mãos quentes descendo por minhas costas. – Você, com toda a certeza, é a coisa mais gostosa que eu coloco na boca.

E não podia existir no mundo nenhuma maneira de continuar aquele dia de mau humor, não mesmo, não tendo Lauren como namorada.

: - Merda! Eu amo tanto o jeito que suas palavras me fazem ficar molhada. – Beijei seus lábios outra vez e envolvi seu pescoço com os braços. – Você é uma profissional.

: - Eu sou tua.

 Sorri me perdendo na delícia que era aquela certeza.

: - Só minha.

Não restava dúvida disso, não é mesmo? Onde no mundo que Lauren Jauregui poderia ser de outro alguém? Não, nunca, aquela garota era minha, era à mim que ela secava em cima do palco e em todos os lugares, era à mim que ela desejava, era à mim que ela amava, era pra mim que ela fazia promessas e cumpria. Você jamais irá ver um encaixe mais perfeito que esse, mais certo que nós duas.

 

Depois de tomar um farto café da manhã preparado por Lauren e eu, já que Maria chegaria mais tarde aquele dia, nós nos reunimos na piscina para aproveitar o sol de Los Angeles. Dinah esticou a rede para que Lauren e ela pudessem jogar uma partida de vôlei, Ally sentou-se ao meu lado com um copo de suco de laranja na mão, óculos escuros gigante no rosto e o note, onde conversava com Troy por webcam. Mani deitou-se na esteira do outro lado em seu lindo e pequeno biquíni branco, de bunda para cima e cabeça sobre os braços. Lauren estava, por Cristo Jesus, fodidamente sexy em um maiô vermelho com as alças trançadas sobre sua clavícula, o que deixava seus seios espremidos no pequeno decote oferecido. A parte detrás era completamente desprovida de tecido, deixando suas costas nuas. O maiô moldava de uma forma tão elegante as suas curvas que quando ela andava na borda da piscina para ajudar Dinah com a rede, era como se eu pudesse vê-la sobre a passarela da semana de moda em Paris. Suspirei.

: - Fecha a boca, Mila.

Ally comentou risonha enquanto bebia seu suco, esperando que Troy voltasse para a chamada de vídeo.

: - Oi?

Tirei os meus olhos de Lauren e olhei para Ally, dobrando os joelhos sobre a esteira na qual estava sentada.

: - Eu disse para fechar a boca, ou a baba vai escorrer pelo teu pescoço.

Senti minhas bochechas corarem, o que me rendeu uma risada.

: - Ela é perfeita, não é? – Perguntei para Ally quando olhei para Lauren novamente, que curvada para frente, entregava uma corda para Dinah que já se encontrava dentro d’água. – Ou eu sou apaixonada demais?

: - Não, ela é maravilhosa mesmo. – Ally riu bebendo mais de seu suco. – Sempre foi, mas de uns tempos pra cá está com cara de mulher, sabe? Parecendo até mesmo mais velha do que eu. Vinte e três, vinte e quatro anos. Acho que um relacionamento intenso acaba proporcionando um amadurecimento para a pessoa, tanto na aparência como no espiritual.

: - É verdade. – Puxei as mechas de cabelo para cima e dei um nó, o suor começava a se formar em minha nuca por conta do calor. – Eu digo isso por mim também, me sinto dessa forma. Amadurecimento é a palavra certa.

: - Algumas pessoas não sabem aproveitar o lado bom de um namoro, Mila. Não é só diversão. Existem pontos que precisam de uma ligação, questões que precisam de uma discussão. Amadurecemos porque passamos a fazer algo com outra pessoa, que antes, nem mesmo fazíamos sozinhas. O egoísmo é algo que realmente não se deve existir dentro de um relacionamento, a pessoa precisa ser madura o bastante para entender que quando se ama, se divide, se abre mão, se deixa de comer uma coisa para dar a outra, se erradica o orgulho, a covardia. É desse jeito que funciona. O amor cresce e a alma se satisfaz.

Era tão bom conversar com Ally, ela era sempre a voz da razão, era ela quem sempre colocava os nossos pés no chão. Ela sempre tinha o conselho certo para lhe dar em qualquer situação.

: - E há quem diga que não vale a pena lutar por isso.

Comentei distraída, observando o sorriso lindo que se abriu nos lábios de Lauren quando Dinah gritou algo para ela. O sol batia em seu rosto, fazendo seus olhos brilharem úmidos por conta do grau de sensibilidade, daquela forma, em um verde água de tirar o fôlego.

: - Vale a pena lutar pelo amor de qualquer jeito, Mila.

Ally se curvou para o lado e beijou a minha bochecha, fazendo-me sorrir antes de retribuir. Troy voltou para a web, acenei para ele animada, era engraçada a forma com que ele e Ally se paqueravam via internet.

: - Ei, Chancho, caia na água com a gente.

Dinah gritou com a bola de vôlei em mãos, a água abaixo de seus seios. Nossa piscina era funda, onde ia ficando mais funda ainda conforme a descida. A parte em que Dinah estava era a mais rasa.

: - Não, Cheeche, estou bem aqui. Vocês sabem que sou péssima em esportes e tudo o que farei é atrapalhar.

: - Eu te coloco sobre os ombros, Chan.  Vem, não é possível que até assim você erre a bola.

Eu ri da cara de desgosto que ela fez e neguei com a cabeça, observando Lauren se aproximando de mim.

: - Eu vou depois, eu prometo.

: - Cadê o seu suco?

Levantei meus olhos e encontrei Lauren parada na minha frente, curvando-se para pegar o protetor solar que eu havia colocado na mesinha entre a minha esteira e a de Ally.

: - Vou pedir para Maria fazer mais tarde.

 Informei com um sorriso de canto, sabia muito bem onde aquilo iria parar.

: - Você está sentindo o quão quente está aqui fora? Já estamos perto do meio dia, Camz, o sol está forte. – Lauren despejou certa quantidade de protetor nas mãos. – Vou lhe trazer um copo de suco e você vai beber, não vai ficar torrando aqui sem se hidratar.

: - Amor...

Resmunguei fazendo charminho, a risada de Ally ecoando ao nosso lado, perdida em uma conversa animada com Troy.

: - Não começa. – Seus olhos se estreitaram. – Vem cá, me deixe passar protetor em você. Suas bochechas estão vermelhas.

: - Tudo bem.

Não tinha chances de começar uma briga com Lauren quando ela exalava preocupação, eu sabia que ela nunca perderia aquela superproteção comigo e era adorável. Eu me sentia protegida como se estivesse nos braços da minha mãe.

Sentei-me melhor na esteira e ela se sentou na minha frente, uma perna de cada lado.

: - Anda logo, Lauren. – Dinah gritou da piscina.

: - Eu já estou indo. – Lauren gritou de volta, melando o dedo indicador no protetor na palma de sua mão e o deslizando pelo meu nariz. Sorri para ela, minha língua ficando presa entre os meus dentes. - O que foi?

: - Nada. – Respondi fechando os meus olhos para que ela passasse ao redor deles, em minha testa, minhas bochechas. – Eu te amo.

: - Eu também te amo, Camz. – Com calma ela desceu as mãos por meu pescoço, esfregando o protetor em meus ombros e braços. – Adoro quando diz isso do nada, sabia?

Abri meus olhos para encará-la de novo, onde me curvei para frente e selei seus lábios quentes por conta do sol. Seus olhos estavam tão verdes, me rendia suspiros.

: - Eu sei tudo o que você gosta, Lo. – Sorrimos uma para a outra e nos beijamos de novo, apenas selinhos. – Deixa eu passar protetor em você também, não quero ninguém ardida ao meu lado na cama.

Lauren negou com a cabeça e fechou os olhos, esperando minhas mãos em seu rosto. Despejei um pouco da mistura, espalhei por suas bochechas e em todos os lugares que ela passou em mim.

: - Pronto, agora vá antes que Dinah venha lhe buscar.

Lauren soltou aquela risada rouca e olhou por cima dos ombros antes de se levantar.

: - Se for se deitar de costas, peça para Ally passar o protetor em você. – Concordei com a cabeça. – Vou jogar uma partida e depois pegar o teu suco.

: - Sim senhora.

Bati continência para ela e ganhei uma piscadela. Eu amava demais aquela garota. Pisquei e ela estava dentro da água, a pele brilhando sob a luz do sol. Logo elas começaram a partida de vôlei, respingando água em Mani que xingou o Diabo ao ser acordada daquela forma. Sim, ela dormia na esteira na beirada da piscina, comecei a me perguntar se a noite havia sido longa. Sorri maliciosamente.

: - Ei, Mani, venha pra cá.

Gritei para ela, a chamando com a mão. Bufando muito a vi se levantar, ajeitando os ósculos no rosto antes de caminhar na minha direção.

: - Eu só queria dormir um pouco.

: - Deixa para dormir a noite, não seja anti social.

Ela riu preguiçosa e se esticou ao meu lado, exibindo aquele corpo invejável.

: - Ai, Mila, minha vida deu um giro de 360 graus. Me sinto atordoada.

: - Eu sei. – Comentei baixo para o caso de Ally estar ouvindo. Eu podia imaginar como Normani se sentia, aquilo era novo para ela. – Você tem medo de algo sair errado?

: - Tenho. – Ela suspirou frustrada, colocando os braços atrás da cabeça. – Mas a vontade de querer que continue é maior que o medo, entende?

: - Completamente. – Eu ri em total acordo. – Passei por isso com Lauren por muito tempo.

: - Então... Não sei onde isso vai parar, Mila, mas eu espero que sejamos adultas o bastante para lidar com a situação.

: - Você gosta dela?

Perguntei querendo mesmo saber, ainda não havia tido a chance de fazer aquela pergunta. Era obvio que Normani e Dinah se gostavam, mas eu queria saber até que ponto ia aquele gostar.

: - Gosto... Recentemente descobri que gosto também de outro jeito. – Suspirei concordando com a cabeça, olhando para as meninas na piscina. – Não é paixão, sabe Mila? É apenas gostar, eu gosto do que ela me causa, gosto do que sinto quando estamos juntas. Atração, encaixe. Descobri que também gosto dela como mulher.

: - Você sabe que isso pode virar paixão, não sabe? – Alertei olhando para ela novamente. – Conheço Dinah mais do que me conheço e sei que ela também gosta de você dessa forma, que ela está encantada e sentindo algo que não sentia mais no relacionamento que ela ainda tem. Vocês estão se curtindo e isso é normal, mas eu espero que estejam preparadas se isso terminar em paixão.

: - Eu também espero.

Normani disse quase em um sussurro, respirando fundo antes de ficar em silêncio. Percebi que nosso assunto havia sido encerrado, o que era bom, não queria que ela se sentisse incomodada.

: - DINAH! VOCÊ NÃO ESTÁ ACERTANDO UMA, PELO AMOR DE DEUS. – Lauren gritou do outro lado da rede, batendo as mãos na água com impaciência. – SE CONCENTRE.

Lauren era muito competitiva, quando ela entrava em um jogo era pra ganhar e fazer bonito. Sua falta de tolerância para erros era nítida e suas expressões se transformavam em caretas.

: - O SOL ESTÁ BATENDO NA MINHA CARA, FICA DIFÍCIL ENXERGAR A BOLA, PORRA.

Dinah gritou de volta, se preparando para fazer o saque. Eu ri deslizando o dedo entre as minhas sobrancelhas.

: - VOCÊ NÃO SABE JOGAR.

: - VOCÊ ESTÁ ME SUBESTIMANDO?

Eu levantei quando vi Dinah avançar na água, me dando a certeza de que iria ultrapassar a rede para tirar satisfações com Lauren do outro lado.

: - Vai lá, Mila.

Mani pediu rindo, sentando-se na esteira.

: - DINAH! – Eu gritei quando vi Lauren debochar, um sorrisinho presunçoso nos lábios. Ela provocava. – Pode ficando quietinha do lado de cá da rede.

Eu disse na borda da piscina, apontando com o dedo indicador.

: - Eu só ia fazê-la engolir um pouco de água, Chancho.

Ela riu divertida e jogou a bola para cima, agarrando de volta.

: - Você não vai afogar ninguém. – Olhei para Lauren. – E você para de ser chata, errar é humano. Saiba aceitar que nem tudo pode ser do seu jeito. Joguem sem brigar, ou eu pego a bola e acabo com a brincadeira.

: - Toma essa, Jauregui.

Dinah encarou Lauren de frente, na sua vez de vestir o deboche. A expressão da minha namorada me indicava que logo eu teria que ouvir suas reclamações, mas ela não falou mais nada e apenas fez um gesto com as mãos para que Dinah fizesse a jogada. Sorri com a obediência e virei de costas.

: - Eu tive uma ideia. Vamos fazer uma Twitcam e deixar que os Harmonizers assistam vocês jogando, no final vamos pedir para que digam qual das duas foi a melhor.

Mani disse animada ao bater algumas palmas, levantando-se e andando até Ally.

: - É ASSIM QUE SE FALA, MANI.

Lauren comemorou ao rebater a bola, jogando para longe das mãos de Dinah.

: - Isso vai dar merda.

Eu avisei entre risadas. E assim foi, nós fizemos uma twitcam durante toda as inúmeras partidas de vôlei que Dinah e Lauren jogaram. Nossos fãs ficaram enlouquecidos, aquela hora de manhã sendo presenteados por um momento nosso na piscina. Para nós era normal, mas para eles era como ganhar na loteria. É claro que eles não poderiam perder a chance de implicar com Lauren, por isso elegeram Dinah como a melhor. Lauren ficou enfurecida, xingou Deus e o mundo, para a nossa diversão e a dos Harmonizers. Nesse meio tempo de estresse, perdi as contas de quantos copos de suco ela me fez beber, só faltou me colocar de castigo quando neguei o quinto ou sexto.

Depois de muito esbravejar por ter perdido o posto de melhor jogadora, ela apareceu sorridente na frente do note para pedir desculpas pelo descontrole, mas alegando no final que sabia que nossos fãs faziam aquilo para implicar com ela, e que os amava mesmo assim. Eles derreteram no Twitter, surtaram pela forma doce que Lauren falou com eles. Eram raras as interações no passado, só tínhamos que agradecer por elas terem ficado frequentes. Toda aquela grande brincadeira terminou com nós cinco na piscina, felizes e estranhamente completas, compartilhando com as pessoas que mais amávamos uma manhã maravilhosa. Definitivamente, nossos fãs eram a nossa alegria.

 

Quando o finalzinho da tarde chegou, deitei a minha cabeça na barriga de Dinah, no chão da varanda. Ally e Mani dormiam, estávamos cansadas da farra de mais cedo. Eu fechei os meus olhos para ouvir melhor o canto, o cheiro gostoso das flores do jardim mais forte do que nunca. Dinah cantarolava “Chandelier” acima da minha cabeça, acariciando o meu cabelo. Eu poderia dormir se ela continuasse.

: - Camz?

Ouvi a voz de Lauren ao meu lado, o que me fez abrir os olhos para encontrá-la curvada para frente, as mãos nos joelhos e um sorriso doce nos lábios.

: - O que foi, amor?

Perguntei a observando melhor. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, vestia uma regata branca bem apertada, um shortinho curto e preto. Nos pés um par de tênis.

: - Eu vou correr um pouco, está bem? – Ela avisou pincelando o meu nariz com o dedo. Concordei com a cabeça, bocejando. – Quer ir comigo?

: - Eu? Correr? Você não é boa com piadas.

Lauren riu da careta que eu fiz e Dinah e acompanhou.

: - Não mesmo. – Com calma ela se ajoelhou e me deu um selinho, mais um e outro. Estava cheirosa, a pele fresca. Senti vontade de abraçá-la. – Eu não demoro. Qualquer coisa, estou com o celular.

: - Tá bom. – A beijei mais uma vez. – Leve uma garrafinha de água.

: - Vou levar.

: - Vai correr na pista do condomínio, Laur?

Dinah perguntou quando Lauren se levantou, ajeitando a regata no abdômen.

: - Sim, se eu sair não vou conseguir ficar em paz. Nunca se sabe quando pode brotar um paparazzi do bueiro ou algo assim.

Ela riu fraco e me piscou um dos olhos. Sorri apaixonada e me virei de lado, me encolhendo um pouco.

: - Verdade. Vai lá, boa corrida. Corra por mim também.

: - Com certeza, Hansen.

Nem preciso repetir o quanto aquelas duas eram estranhas, né? Lauren me mandou um beijinho antes de virar de costas e sair da varanda, entrando em casa novamente.

: - Era uma vez Lauren Jauregui preguiçosa.

Dinah comentou rindo, penteando meu cabelo para trás.

: - Bem-vinda seja Lauren Jauregui cada vez mais gostosa.

Respondi com uma risada, segurando na mão que Dinah havia deixado sobre sua barriga.

: - Queria folga pelo resto da semana, Chancho, nada como passar o dia todo sem fazer nada.

: - Não temos tanta sorte assim. Vamos aproveitar porque daqui a pouco acaba. – Avisei fechando os meus olhos, suspirando sonolenta. – Eu poderia dormir, está tão fresquinho e confortável aqui.

Beijei as costas de sua mão, onde ela logo entrelaçou os nossos dedos.

: - Durma, eu não vou a lugar algum. – Com certeza ela não iria. – Te acordo quando Lauren voltar.

: - Uhumm...

Murmurei me deixando levar, tendo total consciência de que Dinah me serviria de travesseiro o tempo que eu ficasse ali dormindo.

 

Lauren POV.

O suor escorria por meu pescoço, sumindo no meio dos meus seios. Eu já estava correndo há um bom tempo, graças a Deus, nem mesmo precisava sair do condomínio para isso. Parei embaixo de uma árvore pera tomar um pouco de ar, empurrando a água gelada que saia da minha garrafinha prateada garganta abaixo. Meus músculos estavam doloridos, mas era uma sensação gostosa. Limpei o suor da minha testa com as costas da mão direita e fixei meus olhos em um banquinho de madeira, onde uma senhora com os cabelos banquinhos estava sentada. Eu adorava o estilo antigo daquela praça, o que entrava em um contraste perfeito com a arquitetura moderna das mansões ali presentes. Resolvi me sentar para descansar um pouco.

: - Com licença. – Chamei a atenção de senhora, sorrindo. – Posso me sentar aqui?

Perguntei apontando para o espaço livre.

: - Claro, filha. – Muito gentil, ela chegou mais um pouco para o canto, batendo com a mão ao seu lado. – Sente-se.

Retribui o sorriso e me sentei, colocando a garrafinha no chão, entre os meus pés.

: - Está muito quente hoje. – Sua voz cansada me fez suspirar, seu sorriso era gentil, mas seus olhos azuis estavam tão tristes que senti um incômodo. – Não se esforce muito, pode acabar passando mal por conta do calor.

: - Eu vou parar por hoje, já corri o bastante.

Informei, olhando para frente quando ela fez o mesmo. Pelos traços de seu rosto, ela deveria ter um pouco mais de setenta anos.

: - Faz muito bem. – Com a mão levemente trêmula, a velha senhora tocou o meu joelho, acariciando. – Qual é o seu nome?

: - Lauren.

Eu disse sorrindo, me sentindo feliz pelo fato dela não ter me reconhecido. Adorava quando eu podia apenas conversar como uma pessoa normal, sem os laços da fama me sufocando.

: - Lauren. – Ela sorriu para mim, aquele brilho fosco em suas bilhas azuis me deixou curiosa. – Me chamo Laura.

: - Isso é interessante. – Nós rimos juntas por nossos nomes serem parecidos, a minha risada fácil, a dela difícil e aparentemente casada. – A senhora mora aqui? Eu quase nunca estou em casa, mas o pouco que estou, não me lembro de tê-la visto.

: - Não, não, estou de passagem pela casa do meu filho mais velho. – Ela respondeu observando as folhas que caíam da árvore. – Faz algum tempo desde a última vez que estive aqui.

Fiz um breve sinal de positivo com a cabeça, olhando para frente. Eu não sei o que diabos me deu, mas antes que pudesse segurar a minha língua, já estava fazendo a pergunta.

: - Dona Laura, a senhora está bem?

Toquei seu ombro com a mão direita, iniciando uma pequena carícia. Ela ficou em silêncio por um tempo, apenas respirava de forma calma, as mãos trêmulas sobre seu colo. Meu coração estava apertado e eu não sabia o motivo, sempre tive muita facilidade em ler as pessoas, o que me causava reações aos seus sentimentos sem elas terem me dito nada.

: - Esse não é um dia bom para mim, filha, mas não se preocupe.

Suspirei preocupada.  

: - O que a senhora está sentindo?

: - Tristeza.

Sua resposta deixou-me calada, não que eu não quisesse dizer algo, mas sim pela intensidade que aquilo bateu em mim. Um ventinho fresco soprou contra nós, arrepiando a minha nuca suada. O sol ia se pondo e o céu se encontrava naquele bonito tão alaranjado do final de tarde. Abaixei os meus olhos para suas velhas mãos, descansando a minha direita bem em cima. Eu odiava ver as pessoas tristes, era algo que fazia com que eu sentisse necessidade de ajudar a mudar, a conseguir um sorriso, a colocar a pessoa alegre nem que fosse por um instante.

: - O que está deixando a senhora triste desse jeito? – Perguntei encarando seu rosto. – Desculpe se estou sendo intrometida, não é minha intenção.

: - Não está sendo, querida. Você é a primeira pessoa que se preocupa o bastante comigo essa semana. – Ela sorriu triste e olhou-me, deixando a minha mão no meio das suas. Ficamos em silêncio um tempo, talvez ela estivesse procurando em sua mente o que me dizer. Eu não queria forçá-la a nada, apenas fazer com que ela se sentisse melhor de alguma forma. – Hoje faz cinco anos que a minha filha mais nova morreu.

Seus olhos brilharam e eu enxerguei a presença de lágrimas, mas aquele mesmo sorriso não saia de seus lábios. Suspirei e abaixei os meus ombros, acariciando suas mãos.

: - Eu... Sinto muito, dona Laura. – Eu disse da forma mais sincera que consegui, mal podia imaginar a dor que aquela senhora deveria estar sentindo. – Eu sinto muito mesmo.

: - Todos sentem, filha. – Ela abaixou a cabeça e respirou profundamente, seus cabelos brancos voando contra o seu rosto faziam com que ela me lembrasse a minha avó. Fiquei mais emocionada ainda. – Cinco anos depois e eu ainda sinto como se fosse o mesmo dia, a mesma hora. Enterrar um filho é a pior coisa que uma mãe pode enfrentar na vida. É como viver com uma vontade imensa de não acordar mais. Já estou velha, Lauren e se não fosse por meus outros filhos, com toda a certeza já não estaria mais aqui.

: - Não diga isso. – Apertei suas mãos, esfregando o meu polegar na pele enrugada. – Não perca a vontade de viver, não deixe que essa escuridão abrace a senhora.

: - Minha filha perdeu a vontade de viver. – Com as lágrimas sambando nas bordas de seus olhos, ela ergueu o seu olhar para mim, me encarando fixamente como se pudesse enxergar a minha alma. – Ela tirou a própria vida sem me dar a chance de tentar mais uma vez, de fazer com que ela saísse daquele buraco.

Meu peito encheu-se de uma sensação de impotência, saber que a filha daquela triste mulher havia cometido o suicídio me deixou sufocada. Eu tentava imaginar o que levava as pessoas a tirarem a própria vida, a destruir o que Deus, graciosamente, nos deus de presente. Nunca consegui entender os motivos e nem mesmo procurei me aprofundar, sempre achei o suicídio um dos maiores atos de covardia existentes. Mas ali, naquele momento, eu queria ouvir, eu queria entender o porquê, eu queria saber os motivos que levaram aquela pessoa a acabar com tudo de uma forma tão trágica. Meus olhos estavam molhados, eu não sabia que estava prestes a chorar até piscar e enxergar tudo embaçado.

: - Por quê? – Perguntei com a voz um pouco rouca. – Por que ela fez isso?

: - Lauren, minha filha era homossexual. – Fiquei parada a encarando, tomei um susto com suas palavras e acho que ela entendeu de uma forma errada a minha reação. – Eu não sei o que você pensa sobre isso, não sei como você foi educada ou como lida com esse mundo moderno. Mas a minha filha, ela não se aceitava. Nem ela, nem o pai e nem os irmãos, a única pessoa que apoiava sua sexualidade era eu, mais ninguém. O preconceito que ela nutria por ela mesma era horrível, ela não vivia, ela apenas se anulava e sofria, sofria um pouco mais todos os dias. Foi difícil para mim no início entender o que estava acontecendo, sou de uma época em que a homossexualidade nem mesmo era tolerada. Mas eu disse para mim mesma que era a minha filha ali, que nada mudaria, que o meu amor continuaria o mesmo. Mas não era assim que Spencer pensava sobre ela. Desde quando ela era pequena eu percebia os sinais, seus gostos, seus olhares. Meu marido era um homem muito rude, fechado, chegou a dizer que não a reconheceria mais como filha se ela resolvesse levar essa história para frente. Sofri com ela, vendo sua alma morrer por exaustão aos poucos. Ela mentia para ela o tempo todo, tentava relacionamentos com homens e todos eles não davam em nada. Ela queria ser o que ela não era, ela queria viver a vida de outra pessoa.

Eu estava chorando, por ironia do destino ou por vontade de Deus, aquela senhora estava sentada na minha frente, contando-me a história de sua filha, que por coincidência ou não, se encaixava com a minha. Eu vi naquela garota os meus medos e as minhas inseguranças. Parecia que eu estava ouvindo os meus pensamentos mais antigos através da boca de uma outra pessoa. Olhei para baixo e funguei, segurando a mão daquela senhora com mais força enquanto o vento soprava em meu rosto. Ela fez uma pausa, respirou fundo e continuou.

: - Eu tentei, Lauren, tentei por muitas vezes fazê-la entender que ela não estava doente, que ser gay era como ser branco ou negro. E condenei a educação rigorosa que meu marido deu à ela e seus irmãos. – Levantei meus olhos para Laura, meu coração acelerado carregado de mágoa, mas não era mágoa dela ou mágoa da vida, era mágoa de mim. – Spencer tinha medo de viver sua homossexualidade porque achava que não iria conseguir lidar com a pressão que, com certeza, iria sofrer. Ela se perdeu na escuridão que criou, para ela, ela era a errada. Ficou doente, chegou uma época que a menção da palavra “gay” fazia com que ela esbravejasse e chorasse, o que resultava em dias trancada no quarto, comendo pouco, emagrecendo. A vida da minha filha virou um inferno e eu não consegui fazer com que ela saísse dele. Ela se corroeu no autopreconceito e se entregou para a negatividade exterior. Até que ela fez o pior que poderia fazer, destruiu a vida dela e a minha. Ela se matou e eu nem mesmo pude abraçá-la. Nunca me senti tão inútil na vida, uma mãe que não conseguiu salvar sua filha da escuridão, como deveria fazer. Pode passar o tempo que for, eu nunca vou conseguir aceitar o fato de não tê-la mais em meus braços.

: - A culpa não foi da senhora. – Eu disse erguendo a mão para limpar um dos olhos, respirando fundo para controlar o choro que queria sair forte e impiedoso. Eu sabia exatamente o que estava falando, porque me condenava pelo mesmo. – A culpa foi apenas dos medos dela, do preconceito nojento que a cegou e a impediu de enxergar que a vida é boa demais para se anular. A senhora tentou.

: - E falhei. – Dona Laura ergueu minhas mãos e beijou cada uma, seus olhos azuis molhados expressavam uma dor que eu sentia em mim. – Anular-se é o pior erro de um ser humano, querida. Não viver o que foi destinado a viver pode fazer com que você perca a vontade de continuar. Eu vi isso dentro da minha casa, eu vi isso com a minha filha. O medo de arriscar pode ser grande, mas o arrependimento por não ter tentado no final pode vir maior ainda e tarde demais. Eu digo para as minhas netas, eu digo para as minhas sobrinhas, eu peço para que elas vivam, Lauren, que se libertem, que gritem para o mundo que não sentem vergonha de ser o que são, seja gay ou qualquer outra coisa. Que vivam porque a vida passa e ninguém vai vivê-la por você. Você tem as rédeas da sua vida e cabe somente a ti segurá-la, o que as pessoas pensam não importa. Eu queria muito que a minha filha tivesse entendido isso.

: - Eu também, dona Laura, eu também. – Sem pensar duas vezes eu cheguei para frente e a abracei, ela podia não ter noção, mas havia dado um tapa de forma generosa na minha consciência. Eu percebi o quão egoísta estava sendo comigo, o quão covarde me deixei ser por todo aquele tempo. Seu abraço era quente e acolhedor, abraçou-me como se pudesse me segurar ali para sempre. – A senhora foi uma mãe maravilhosa para ela e eu não tenho duvidas, não tenha também. As vezes a história de uma pessoa precisa acontecer de certa forma para servir de exemplo para outras, para que não se caia no mesmo erro. Sua filha foi uma guerreira, ela ficou de pé até onde pode. A senhora precisa sorrir e confiar em Deus porque eu sei que ela está com ele agora. Ele sabe de todas as coisas, eu tenho escutado isso desde pequenininha.

: - Você é uma menina inteligente e está coberta de razão. – Com calma ela me afastou pelos ombros para me olhar nos olhos, secando o meu rosto com as mãos trêmulas. – Deus sabe de todas as coisas, por mais que certos caminhos nos façam sofrer, ele sabe o que é melhor para nós. Lembre-se disso, Lauren, jamais esqueça.

: - Nunca.

Respondi fungando, observando o crepúsculo no horizonte.

: - Obrigada por me deixar desabafar, eu precisava tanto.

: - Eu quem tenho que agradecer. – Dona Laura olhou-me com intensidade, eu sabia que a minha vida não seria mais a mesma quando eu levantasse daquele banco e voltasse para casa. - Eu gostei muito da senhora.

: - Também gostei muito de você, filha, espero lhe ver outra vez.

Eu sorri secando os meus olhos, passando a mão pelas mechas de cabelo que voavam.

: - Eu moro na primeira casa, quase não estou aqui, mas sempre que a senhora vier visitar o seu filho, por favor, me procure. Caso eu esteja presente, podemos nos sentar nesse mesmo banco e rir de alguma coisa.

: - Isso é uma proposta para me sentir jovem outra vez em sua companhia? – Ela sorriu pela primeira vez de um jeito animado, um sorriso bonito e vivido. Senti-me feliz, havia conseguido o que queria desde o momento em que soube que ela estava triste. Balancei a cabeça em positivo. – Então eu aceito.

: - Vou esperar.

Curvei-me para frente e beijei seu rosto.

: - Você me lembra a minha menina. Prometa-me que vai viver e ser quem é, Lauren, independente de quem seja. Prometa para essa velha cansada.

Eu a encarei com uma estranha sensação de déjà vu, parecia que já havia escutado aquilo algumas outras vezes. Eu não sabia dizer se ela tinha consciência do que se passava na minha cabeça, mas o olhar profundo que ela me lançou arrepiou-me inteira.

: - Eu prometo. – Pela primeira vez na minha vida eu não menti sobre aquela questão. – Eu prometo de verdade.

: - Vou dormir tranquila. – Com uma última carícia em meu rosto ela se levantou devagar, olhando-me de cima. – Agora eu vou para casa, sinto-me cansada.

: - A senhora quer que eu lhe acompanhe até lá?

Perguntei colocando-me de pé ao seu lado, depois de pegar minha garrafinha.

: - Não precisa, eu posso ir sozinha. – Concordei com a cabeça, olhando para aquela pequena senhora que parecia doce demais para ser real. – E a propósito, filha, acho que tem alguém lhe esperando.

Acompanhei os olhos de dona Laura e olhei por cima dos meus ombros, vendo Camz parada do outro lado da praça, as mãos no bolso do short jeans que usava e o cabelo voando contra o seu rosto curioso, linda demais sob o cair da noite. Sorri para ela, deveria estar preocupada com a minha demora e saiu para me procurar.

: - Como ela se chama?

Voltei o meu olhar para frente. Suspirei.

: - Camila.

Eu disse o nome com um sorriso, olhando-a novamente por cima do ombro. Ela não saiu do lugar, continuava parada nos observando, seu corpo pequeno e gracioso me fazendo sentir saudades dele em meus braços. Eu queria que ela conhecesse aquela senhora, eu iria chamá-la quando ouvi a velha voz novamente.

: - Bonita menina. – Quando olhei para dona Laura, ela já havia se virado de costas, andando devagar e com cuidado para longe de mim. – Até breve, filha. Mande um beijo para a sua Camila.

E naquele momento, apenas uma coisa se passou pela minha cabeça: Ela sabia. Eu não tenho noção do ponto daquela conversa em que ela soube que as minhas lágrimas não eram só por causa da filha dela, mas também por causa de mim. Mas ela soube e me pediu que fizesse uma promessa, e eu fiz. Ali, a vendo caminhar lentamente na direção da casa de seu filho, eu percebi que tudo aquilo não era apenas uma coincidência, que dona Laura e toda a sua tristeza havia atravessado o meu caminho com um propósito, e foi embora me deixando a certeza de que eu iria começar de novo, aos poucos, mas iria. Já podia enxergar além do horizonte.

: - Quem era?

Ouvi a voz baixa de Camila soar atrás de mim, dedos quentes e pequenos tocando os meus dedos. Não virei a minha cabeça para olhá-la, apenas continuei observando, ao longe, dona Laura ganhar o jardim da grande mansão no final do condomínio.

: - Um anjo. – Eu respondi com sinceridade, sorrindo ao me sentir leve. – Seu nome é Laura.

: - Ela parece ser tão doce.

Camz estava sorrindo quando a olhei, seus olhos brilhavam.

: - Ela é. – Mal ela sabia o quão doce e sábia aquela senhora era e o que havia feito para mim. – Vamos para casa, está ficando frio aqui fora.

Beijei sua testa e segurei em sua mão com firmeza, dando uma última olhada na direção da mansão antes de me virar de costas, puxando uma Camila satisfeita por ter me encontrado, junto comigo.

Enquanto caminhava de volta para casa com Camz agarrada em mim, percebi que a vida é muito mais do que pequenas escolhas, decisões erradas. A vida é feita de momentos como esses, pessoas que você, talvez, nunca mais verá outra vez, passam por ela para lhe deixar um aprendizado, um aviso. Eu tinha muitas coisas no meu interior para colocar no lugar, mas no fundo da minha alma... No fundo da minha alma eu sabia que havia me encontrado depois de um longo tempo caminhando perdida. Eu tinha a resposta para as minhas duvidas, eu sabia o que eu era, e a partir do momento que eu parasse para colar todas as peças quebradas que tentavam inutilmente montar o meu ser, não havia nada naquele mundo que me fizesse temer outra vez. 


Notas Finais


Twitter: @gilylas


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...