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História Fallmountain - Em vigilância


Escrita por: xnxruth

Notas do Autor


Boa leitura gente, e perdoem os erros que passam despercebidos.

Capítulo 3 - Em vigilância


Fanfic / Fanfiction Fallmountain - Em vigilância

Emma acordou com o som das aves que passavam pelo reino migrando para o Sul em busca de abrigo para fugirem do inverno que se aproximava.

As cortinas já estavam abertas, o fogo da lareira já havia se extinguido, restando apenas brasas, e os últimos e tímidos raios de sol da estação adentravam o quarto por as janelas abertas e por as portas da sacada que também estavam abertas.

Sem abrir os olhos, se espreguiçou se espalhando pela cama e sobre os lençóis, ao sentir a falta de algo, logo abriu os olhos procurando por Regina. Regina não costumava ficar por muito tempo na cama, mas Emma que normalmente acordava primeiro para checar a guarda do castelo.

Então se levantou, fez a sua higiene e em vez de vestir o vestido que as aias haviam separado, vestiu sua calça, camisa e botas de montaria, e os cabelos presos em um rabo de cavalo alto e desajeitado.

— Bom dia, majestade. — disse uma das criadas fazendo uma curta reverencia ao cruzar com uma das suas rainhas no corredor.

— Bom dia, Regina está no salão tomando café da manhã?

— Estava, mas já faz um certo tempo que a rainha se retirou, mas o príncipe está tomando o seu café, junto com a Princesa e a Rainha Mãe.

— Hum... Certo. Por acaso você viu para onde ela foi?

— A vi caminhando próximo às torres.

— E o meu tio?

— A Rainha Regina pediu que o café dele fosse servido em seu aposento e que ele não fosse deixado sozinho em hipótese alguma. A propósito, Granny que se encarregou disso.

— Obrigado. Vou procurar Regina.

Assim como a criada havia dito, Emma foi procurar Regina próximo às torres, não a encontrando, subiu em uma das torres na esperança de encontrá-la. Das janelas da torre podia se ver toda a extensão do reino, desde a praia até onde ele fazia fronteira com o reino vizinho, outra coisa que também se via eram algumas partes do castelo, e foi aí que Emma a viu. Ela olhava por entre as ameias da muralha do castelo.

Emma desceu as escadarias da torre num trote e subiu as que levavam até os parapeitos da muralha.

 Regina olhava distraída para os vilarejos, para os homens e mulheres que trabalhavam alheios a rainha que os olhava, e as crianças que tinham aula nos pátios.

— Dizem que quando você olha muito para baixo, o fosso te convida a pular. — Emma disse parando ao lado de Regina.

— Isso é lenda.

— Em Enchanted dizem que uma rainha de Fallmountain já se jogou daqui.

— O rei da época era um estúpido. — disse com um sorriso de lado. — Não corro o risco.

— Você levantou tão cedo.

— Athos estava inquieto.

— Athos ou você?

— Os dois.

— E onde ele está?

— Por aí. Deve estar dando rasantes nas montanhas ou voando baixo nas matas.

— Você está usando ele para fazer uma ronda no reino.

— Athos é sábio, conjurei ele porque talvez haja algo que está me escapando, algo que eu não consigo ver. Verdades ocultas.

— Não consigo imaginar você com outro animal de poder.

— Athos é muito mais que isso, ele é os meus olhos por todos os lugares, por todo o nosso reino.

— Assim como Alura são as minhas patas... Quero dizer pernas. Pernas! — falou rindo.

— Ah, amanhã será noite de lua cheia, a primeira do ciclo e última da estação.

— Acho que ela irá querer correr.

— Conhecendo vocês como conheço... Sem dúvidas.

— Nós esquecemos de falar com o meu tio ontem.

— Verdade, mas podemos fazer isso agora.

— Você não está pensando em considerar o que ele vai nos propor, não é?

— É óbvio que não Emma! A propósito, o Henry me perguntou sobre o seu tio, tio dele também, aliás. Ontem você não foi muito sutil quando mostrou o seu descontentamento por ele está aqui.

— Se ele fizer algo, Regina... Se ele ao menos pensar em atentar contra o Henry ou você como fez comigo e com o meu pai, eu não vou ser tão boa quanto o meu pai foi, mando ele para Abadom ou resolvo com as minhas próprias mãos.

— Não vale a pena sujar as mãos com esse homem. Vamos resolver isso com diplomacia, vamos descobrir o que ele quer e manda-lo embora.

— E se ele não for? E se ele se esconder nas montanhas ou nas florestas e estiver planejando algo? Um ataque! Ele atravessou West End, pode ter se aliado a inimigos nossos.

— Ele teme você, teme a sua magia.

— Teme mas arrisca o pescoço a vir aqui.

— Ele não tem escrúpulos. Mandei uma carta aos seus pais, falei brevemente sobre os meus receios e falei sobre James. Mandei por dois cavaleiros.

— Graham e August?

— August e Neal. Graham é o nosso chefe de guarda, prefiro mantê-lo no castelo.

Emma apenas assentiu.

Com um pio alto e provocando um vento que fustigou suas roupas e seus cabelos, Athos pousou no parapeito da ameia por onde Regina olhava anteriormente. Athos era uma coruja de igreja com quase dois metros de envergadura de asa e cinquenta centímetros de altura, muito maior do que o convencional.

Com o dorso da mão Regina acariciou a pelagem da coruja, que fechou os olhos e roçou a cabeça em sua mão, estava em casa. Não existia Athos e Regina, ou Regina e Athos, ele era uma extensão dela, uma extensão de seus poderes, da sua magia, da sua pele, da sua personalidade.

Desde os primórdios místico, as corujas foram consideradas como símbolos da sabedoria antiga, sempre em alerta vigilância, e detentora de habilidades ocultas, capazes de descobrir verdades ocultas, mistérios, e de intuição profunda.

— Oi Athos. — Emma disse também fazendo carinho no animal.

Como resposta ele piou baixo e com o bico deu uma leve beliscada em sua mão. Ele também dizia oi.

— Ele está revigorado. — Regina falou com um longo suspiro.

— E você também. Ele viu algo? Encontrou alguma coisa?

— Não.

— Talvez não passe de um pressentimento.

Regina não respondeu, esperava que Emma estivesse certa, mas não conseguia ignorar o que sentia.

— Vamos falar com o meu tio.

Regina apenas assentiu.

Antes de saírem, ela acariciou Athos mais uma vez, uniu a sua testa com a dele, as penas dele causavam uma agradável sensação em sua pele. Regina sussurrou “obrigado”, e a coruja se esvaiu no ar.

 

— Bom dia, achei que não as veria mais, pensei que fossem me fazer prisioneiro aqui já que disseram que nos encontraríamos após o jantar de ontem.

— Não seria tão má ideia prendê-lo, a não ser é claro pelo horrível inquilino que teríamos. — Emma falou encarando o tio.

— Estivemos ocupadas, James. Mas agora nos diga, que negócios tem para tratar conosco?

— Majestade, é de seu conhecimento a importância de casamentos para as famílias reais. Vocês mesmas já eram prometidas antes de nascerem, até irem contra o que já estava planejado.

— O que você está querendo? — Emma rosnou.

— A Rainha Regina possui uma irmã mais nova que já está passando da idade de casar, imagino que Vossa Alteza deva receber muitos pedidos pela mão dela, mas nenhum vindo de um príncipe de linhagem direta.

— O que? Você está me propondo mesmo o que eu estou achando que está? — Emma perguntou rindo de escárnio.

— Pense bem, melhor do que casar com um príncipe, só casando com um rei, e com essa idade, acredito que ela não consiga mais.

— Você não... Você está pedindo a mim a mão da minha irmã em casamento? — Regina perguntou incrédula.

— Sim! Dessa forma ela ganha mais um título, Princesa de Enchanted.

— E você seria Príncipe de Fallmountain. — ela concluiu.

— Uma via de mão de dupla.

— Você nem sabe o nome dela! Você não... — Emma falou avançando para cima de James.

— Emma! — Regina a repreendeu. — James, você é um príncipe exilado por atentar contra a vida de um rei e de uma princesa futura rainha, seu irmão e a sua sobrinha, sua própria família. Você está no chão e está tão desesperado em busca de algo a ponto de vir aqui. Escute-me bem, você é uma pessoa podre, tem quase o dobro da idade da minha irmã e poderia muito em ser o pai dela, o nosso pai! Fallmountain não está interessado em acordos matrimoniais e nunca estará. Zelena se casará com quem ela quiser e se quiser, a minha família não é um joguete em minhas mãos. Guardas! — chamou os que estavam na porta — Acompanhem o Príncipe James à Sbórnia, por o caminho mais rápido e seguro para vocês, e a qualquer tentativa de juga, tracem a rota mais curta para Abadom.

— O que? — James perguntou atordoado — Não preciso de sua guarda. Me soltem! Eu sou um príncipe. — gritou para os guardas que o pegaram pelos braços.

 

— Ruby, sei que você é mais amiga de Regina do que minha — Emma falava com Ruby sob a sombra da macieira encantada minutos após o cortejo do Príncipe James ter partido. — Mas eu preciso da sua ajuda, preciso que acompanhe os guardas. Você é mais forte do que dez dos nossos melhores homens, principalmente quando está transmorfa em lobo.

— Acha que algo pode acontecer no meio do caminho?

— Regina tem tido maus pressentimentos e eu não confio no meu tio. Os próximos sete dias serão de lua cheia, você estará mais poderosa, mais forte.

— Sim, e você e Regina também, Alura e Athos... Mas eu irei, Emma, a Regina não gosta, mas me sinto parte da guarda do reino.

— Para ela você faz parte da família, e não da guarda. Agradeço muito que vá, mas por favor, volte antes do inverno começar, Regina não me perdoará se o inverno nos alcançar e você não estiver no reio.

— Sbórnia é uma terra distante, mas voltarei com a primeira neve. — dito isso, Ruby começou a se curvar para fazer uma reverencia a rainha, mas antes que ela dobrasse o seu corpo, Emma a deteu segurando em seus ombros.

— Não Ruby, não há necessidade. — apesar de não conhecer Ruby tanto quando Regina, Emma sentia empatia por ela, por compartilharem seus traços lupinos. — Que o seu caminho seja tranquilo e que as fadas possam lhe guiar.

Ruby sorriu, se transformou em loba diante dos olhos de Emma e seguiu pelo mesmo caminho que os guardas.

 

Do alto de uma das torres, Regina observava a tudo.

 


Notas Finais


Aia: Dama de companhia, empregada de quarto, camareira.
Ameias: Abertura, no parapeito das muralhas de um castelo ou fortaleza, por onde os defensores visavam o inimigo.

Nos próximos capítulos será explicado melhor o significado de Animal de Poder e será falado mais sobre Alura.
Bjus e até o próximo.


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