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História Família do Sul - Capítulo 02


Escrita por: choninn

Notas do Autor


Rellou.

Capítulo 2 - Capítulo 02


POV. Toni Topaz 

Acordei com o meu celular vibrando feito louco embaixo do meu travesseiro, Cheryl estava na mesma posição que havia dormido, mas agora sua mão se agarrava com força a minha camiseta. Apanhei meu celular e o nome de Ryan saltava na tela do mesmo, o atendi tentando me levantar da melhor forma possível para não acordar a ruiva. 

– O que você quer, Ryan? – falei quase que sussurrando ainda tentando sair da cama. 

– Estou atrapalhando algo? Porque está sussurrando? 

– Cheryl ainda está dormindo. 

– Ainda não largou da ruivinhaz, an. – Riu debochado do outro lado. 

– Diga logo o que você quer. – Falei fechando a porta do quarto atrás de mim.

– Calma, esquentadinha. – Riu novamente. – Só estou ligando pra avisar que as vinte duas horas vai ter reunião dos serpentes, as margens do sweetwater. 

– Aconteceu alguma coisa? 

– Estamos entrando em uma batalha por território, Toni. – A tensão em suas palavras era perceptível. – Não posso falar mais nada além disso, F.P explicará tudo. 

– Tudo bem, eu estarei lá. – Afirmei.

Dito isso ele desligou o contato. Eu me joguei no sofá ainda com as palavras de Ryan em minha cabeça. Batalha por território? Que merda estava acontecendo, eu não ouvi nada sobre isso, digo, nada além do que sempre acontecia da rincha que tínhamos com os outros bandos da região. Porém, tudo parecia tranquilo nos últimos tempos. Dessa vez o assunto parecia um pouco mais sério, enfim, esperaria para saber mais durante a reunião. 

A porta do quarto rangeu como sempre que alguém a mexia, dando a visão de uma Cheryl sonolenta e com uma cara amassada, vestida apenas em uma  camiseta. 

– Acordou? – Falei sorrindo ao ver ela vir em minha direção. A ruiva se acomodou no meio das minhas pernas e se encolheu contra o meu corpo, descansando sua cabeça sobre meu peito. Meus braços logo estavam a sua volta.  – Como se sente? 

– Como se eu fosse morrer. – Eu ri. – Para de rir, idiota! – Resmungou. 

– Eu acho é pouco para você, eu avisei que estava exagerando. – Beijei o topo de sua cabeça, vendo ela se encolher mais. – Está com fome?

– Não fala de comida, por favor. – Parei o cafuné em seus cabelos quando meu celular começou a vibrar. – Não para. – roronou. 

– Che, para de manha. – falei rindo antes de atender o telefone. – Pode falar, Jughead. 

– Já sabe sobre a reunião de hoje, certo? – Perguntou do outro lado da linha. 

– Sim, Ryan me ligou mais cedo. O que está acontecendo, Jug? – Cheryl levantou a cabeça me encarando enquanto eu falava ao telefone. 

– Algum problema com uma gangue nova, parece que a cada dia que passa as merdas nesse lado da cidade aumentam. – Ele esbravejou do outro lado.

– Eu sei como se sente, eu também estou desse lado do muro, Jug. 

– Só precisamos nos manter juntos, esse é o nosso lado da cidade. Vamos protegê-lo. 

– Conte comigo, Jug. Os Serpentes são minha família, estarei aqui pro que der e vier. – A expressão de Cheryl quando me ouviu falar essas palavras não foi das melhores, a garota se desvencilhou dos meus braços e levantou indo pra outro cômodo do cubículo que eu chamava de lar

Passei mais alguns minutos com Jug ao telefone, mas logo desliguei. Cheryl não voltou ou deu nenhum "Piu" desde que saiu da sala, ouvi o som de saltos e então segui até a quarto. Quando cheguei lá ela estava ajeitando os cabelos na frente do espelho, vestida na roupa do dia anterior. 

– Achei que estava se sentindo mal. – Falei a observando, mas  ela pareceu não dar a minima. – Onde você vai? 

– Tenho coisas para fazer. -  Falou sem me olhar. – E você também pelo visto.  - Seus olhos encontraram os meus e foram cortantes, ela estava puta comigo. 

– Sim, mas não agora. – Tentei me aproximar. 

– Não chega perto de mim, eu estou irritada. – Ralhou. 

Eu parei onde estava. Eu sinceramente não entendia a Cheryl, ela bebia da bebida dos serpentes, se divertia em nosso bar, curtia as nossas festas, mas ainda sim sempre fazia cenas como essa quando eu recebia esse tipo de chamado. 

– Eu só quero o motivo. – Falei firme. 

– Você tentar se matar por conta de uma gangue para mim parece um bom motivo. – Eu não aguentei segurar o riso, na verdade eu gargalhei. 

– Já conversamos sobre isso, Cheryl. 

– Que se foda, Toni. – Ela falou e tentou passar por mim, mas eu segurei seu braço a parando no mesmo momento. – Me solta. 

– Não. – Seu olhar era ameaçador e eu não ousei desviar. Cheryl poderia parecer com uma patricinha futiu que usa frases como "Você vai tremer na base, porque eu sou um arraso" e ela era mesmo, mas assim como eu ela já tinha passado por muita coisa e sabia sim ser durona quando necessário. – Cheryl, por favor… eu não quero brigar de novo, já conversamos sobre isso. 

– É exatamente por não querer brigar que eu estou indo embora agora. – Puxou seu braço com certa força se soltando do meu toque. 

– Deixa eu te levar então. – Praticamente implorei. 

– Não precisa, eu já chamei um Uber. – Falou saindo e me deixando ali parada olhando o seu rastro. 

– Inferno de garota! – Resmunguei me jogando na cama. 

(…..)

– Já está enchendo a cara e ainda nem são seis da tarde? – Sweet Pea sentou ao meu lado no bar. 

– Vai se foder. – Sinalizei para que Wall enchesse o copo novamente. 

– Me deixe tentar adivinhar… – Tamboritou os dedos no balcão. – Cheryl novamente? – Nem olhei na cara dele, não queria conversar só queria beber um pouco e então chutar algumas latas de lixo. 

Cheryl, não me atendia e não respondia minhas mensagens desde que saiu da minha casa essa manhã. 

– Quer me ajudar? – Falei com a voz carregada de ironia, me virei para ele que apenas sorriu de lado. – Bebi uma comigo e cala essa bosta de boca. – Ele riu e pediu um drink. 

Jogamos um pouco de sinuca e ouvimos algumas músicas antigas entre uma bebida e outra, alguns Serpentes se juntaram a nós e então me fizeram esquecer um pouco toda a bagunça que a minha ruiva havia deixado. 


– Ei, Toni! – Ouvi Fangs me chamar. – Vem com a gente, antes de irmos para a reunião vamos zoar um pouco de moto, tá dentro? – Engoli o resto do líquido do meu copo e levantei. 

– Com certeza! 

Acelerei aquela moto o máximo que eu pude, até sentir os nós dos meus dedos doerem pela força que eu fazia no acelerador, a alguns quilômetros de Riverdale estacionamos as motos e então ficamos simplesmente adimirando a paisagem, era um penhasco alto, uma queda fatal. 

– Planejando se jogar? – Sweet perguntou bem  humorado. 

– Não privaria o mundo da minha existência, querido. – Rimos. 

– Já está quase na hora da reunião, melhor voltarmos para Riverdale, caras! – Todos apenas confirmaram com a cabeça e subiram nas motos. 

Antes de partir eu tirei uma foto, eu amava tirar fotos, e postei em meu Instagram com a legenda: "Uma queda daqui séria quase tão dolorosa quanto a que eu tenho por você." 

(….) 

– Porcos do Sul? Isso é realmente sério? – Dracon riu sendo seguido por os demais Serpentes. 

– Sim, isso é sério. Eu também achei ridículo, mas esses caras estão traficando pesado e estão traficando em território Serpente. – F.P falou. –  Já temos má fama, somos mal falados, mas não somos traficantes. Esse caras estão trazendo uma má visibilidade que em breve se estenderá para nós e ter a polícia no nosso pé não é boa coisa. 

Todos nós concordamos. Esses caras estavam afundando ainda mais o lado sul e isso não poderia continuar acontecendo, pelo menos não em território serpente. 

– O que vamos fazer é…

Quando a reunião acabou, o que seria feito já estava decidido. Cabia a cada Serpente cumprir a sua parte. Depois que a guerra fosse declarada não existiria volta. 

Eu não estava assustada, estava ansiosa, ansiosa para que essa merda toda fosse logo resolvida. Ser serpente implicava em alguns problemas, mas nem sempre era assim. Tinham dias tranquilos, e tinham dias de luta.

 E quando os dias de luta chegam, tudo que temos que fazer é lutar para vencer... Ou morrer tentando. 


Notas Finais


E aí, o que me dizem?


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