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História Família Solo - XX- Uma Nova Preocupação


Escrita por: PadawanWriter

Capítulo 20 - XX- Uma Nova Preocupação


Fanfic / Fanfiction Família Solo - XX- Uma Nova Preocupação

Jane adentrou a grande sala de guerra do destróier, agradando-se com o som dos seus saltos batendo no chão e assumindo uma postura altiva.

— Bom dia minha filha, conseguiu descansar?

— Muito bem meu pai, obrigada.

— Sou eu quem deveria agradecer, não deve ter sido fácil passar quase a vida toda naquele lugar, vivendo uma vida dupla.

— Tudo valerá a pena quando retomarmos nosso poder.

— Essa é a mentalidade. Aprenda isso, Thrawn, você precisa pensar superiormente.

— Sim, mas... Não deveríamos já estar agindo? Agora que temos vantagem o mais provável seria...

— Paciência, meu aprendiz. Deve aprender paciência. — Karlsen falou, interrompendo o jovem, que assentiu, submisso. — Ouvimos boatos de que Luke Skywalker está treinando a irmã... Talvez isso possa ser uma coisa boa para nós.

— Como assim? — indagou Thrawn, sendo acompanhado pelo olhar curioso de Jane.

— Nossa aliança com os cavaleiros de Ren ainda está muito no início, onde a troca de favores é muito bem vinda. Podemos dar um presente a eles, talvez uma jovem guerreira para trazerem ao tal "lado sombrio" que tanto veneram. Eles podem se tornar os cães de guarda do Império.

— Muito bem pensado. O senhor é um gênio. — congratulou a filha.

— Mas Leia Organa não seria facilmente manipulada.

— Todos tem fraquezas, meu aprendiz. Devemos saber como e quando explorá-las. Me faça um favor, sim? Mande o encarregado dos lideres Storm vir até aqui, acho que os próximos passos dos rebeldes serão bem óbvios e quero estar preparado.

O adolescente assentiu, rapidamente se retirando da sala. Quando a porta se fechou, Karlsen virou-se para a filha, aproveitando o momento de privacidade.

— Como está seu irmão?

— Snoke está bem. Ele está terminando de formar sua equipe. O último cavaleiro está a caminho da ilha nesse exato momento.

— Ótimo. Avise que vamos precisar deles mais rápido do que eu imaginava. É bom que ele não me decepcione...

 

(...)

Han, Luke e Leia entraram na sala de reuniões, observando a conversa quase caótica que acontecia no recinto, onde até o Wookie discutia.

— Acalmem-se. Silêncio! — bradou Mon Mothma, ganhando a atenção de todos. — Sim, precisamos resgatar os membros do conselho, e sim, isso vai ser uma armadilha. Mas que outra solução temos?! Deixá-los lá?!

— Podemos atrair a atenção do Império para outra coisa, enquanto mandamos uma equipe pequena em busca deles, em cada planeta.

— E o que sugere como distração, Vossa Alteza? — indagou Han, virando o olhar para a esposa.

— Podemos deixar alguma comunicação nossa vazar, algo despretensioso que os faça pensar que vamos em um planeta específico. Mandamos duas equipes de cada vez, uma em cada local.

— Isso diminui os ataques pela metade. — concordou Luke.

— Sim, mas ainda terão ataques. — argumentou Riekan.

— Aceito sugestões. — rebateu Organa Solo.

Um breve silêncio de seguiu e Mon Mothma lançou no holoprojetor as imagens dos 8 planetas escolhidos para abrigar os membros do conselho durante a crise em Yavin. Todos olharam atentamente, complacentes, mesmo sabendo do risco e da urgência aquilo parecia ser a única saída.

— Certo. Preciso de quatro equipes, duas missões cada.

Kes Dameron e Shara Bey foram os primeiros a se voluntariar, mesmo sabendo que teriam de deixar seu bebê, Poe, na base. Em seguida Wedge e alguns outros pilotos do esquadrão Rogue o seguiram.

Vamos, Han. Precisam de você! — sussurrou Leia, cutucando ele.

Você tem certeza? — disse ele hesitante.

Claro! Vou contigo. — ela encarou seus olhos esverdeados, contra dizentes. — Não me olhe assim, eu vou! Han, sou quase uma Jedi, você não pode me impedir! E não me venha com essa conversa de que eu preciso descansar, estou ótima! — disse ela, antecipando qualquer coisa que ele pudesse pensar para impedi-la.

— Certo. Eu e Leia vamos. E Chewie também! — completou Solo, antes que o Wookie lançasse algo mais do que um olhar imperativo.

— Skywalker vem comigo! Ele pode se achar com esse sabre de luz, mas ainda não consegui achar um piloto melhor... — Han Solo limpou a garganta...— Bem, fora o Capitão Solo...

— Está certo, Wedge. — assentiu Luke, sorrindo para o amigo.

— Partimos em sete horas. Enviem as transmissões e preparem-se. Que a Força esteja com vocês.

 

(...)

— Sinto sua angústia, Jacen. — a voz amedrontadora confirmou, causando arrepios no garoto. Era impressionante que Snoke fosse apenas nove anos mais velho que ele e ainda sim já tão poderoso. Seus olhos azuis o encaravam, escrutinando cada pensamento seu. Não era um Sith, muito menos um Jedi. Acreditava que havia regras totalitárias em ambas as doutrinas e preferiu dominar a Força à sua maneira, treinando os Cavaleiros de Ren.

Desde criança, a Força parecia dominá-lo, guiá-lo, mas contradizia-se com o comportamento violento que herdou de seu pai, causando conflito em si. E Snoke aprendeu a amar esse conflito, não controlando, mas sim usando para aumentar seus poderes. Sua raiva e seu desejo foram combustíveis para que seu potencial aumentasse. Idolatrou  Darth Vader a vida toda, tentando aprender de seus métodos sempre que possível, tendo breves encontros com ele quando jovem, o que o fez descontrolado com sua morte, à ponto de invadir Endor e secretamente roubar seus restos mortais, especialmente seu capacete. O único defeito que via em Vader era sua devoção às leis, coisa que  aprendeu do Imperador. Se não fosse isso, talvez ele tivesse sido o líder supremo que a galáxia precisava... Mas ele estava disposto a isso.

Tempos atrás, seu pai percebeu que aquilo seria uma forma interessante de usá-lo, quase como uma linha especial de defesa do Império. Fez isso buscando jovens, crianças que nascessem sensitivas à Força, moldando-as à sua maneira.

O Imperador não teve tempo de aprovar a ideia, pois foi morto assim que o programa secreto começou. Agora, era a hora de agir. Erros não seriam mais tolerados.

— Não tenho conflito, mestre, apenas tristeza. — disse Jacen, evitando olhar para o belo rosto do homem. Seus cabelos loiros sutilmente caíam sobre os olhos, o que lhe dava uma aparência levemente humana, que não combinava com seu modo de agir.

— Eu diria que está mais para arrependimento... De ter matado sua irmã. — Snoke se virou, fazendo sua longa túnica negra balançar com o movimento.

— Não, não, mestre! Eu sei que fiz o que deveria ser feito. Ela estava... Tirando meu foco.

— Vá, vá se vestir! Os outros já começaram a treinar. Suma da minha frente.

Snoke observou o garoto correr, e andou para mais perto do balaústre, encostando-se e observando a estátua de Lorde Vader. Depois voltou o olhar para seus guerreiros, que lutavam entre si, vorazes, vigorosos, dispostos a matar e a morrer. Ele apreciou suas feições raivosas, seu descontrole bem direcionado, sua raiva. Mas algo faltava... Ele sentia sede de maior poder, precisava de algo mais, alguém mais. Queria um novo Vader, mas duvidava que qualquer um fosse capaz de alcançar seus altos padrões sem ao menos um traço de sangue do lendário Sith.

(...)

— Não vamos demorar, meu amor. — disse Shara, pegando carinhosamente seu filho de um ano no colo.

— Você nem vai perceber que saímos. — Kes completou, bagunçando os cabelos negros de Poe, fazendo seus cachos se movimentarem graciosamente. Ele sorriu, estendendo os braços para sua nave de brinquedo que estava em cima da estante.

— Você não larga desde X-Wing, hein, garoto? — Shara riu, observando a feição do filho. — Na próxima vamos te levar, eu prometo!

— Siiimm! — gritou Poe, fazendo os pais rirem. 

Uma leve batida na porta tomou sua atenção, Shara abriu, ainda com o filho no colo, encontrando o sorriso de Leia do outro lado, quase imediatamente estendendo as mãos em direção ao bebê.

— Como você cresceu! — disse ela carinhosamente ajeitando-o em seus braços, sendo observada por Shara e Kes Dameron, que encostou a cabeça no ombro da esposa.

— Obrigada por emprestar o C-3PO, ficamos mais tranquilos assim...

— Claro! É melhor ele já ir treinando... — sussurrou Leia, desencadeando um olhar sobressaltado na piloto.

Não espalhe! — riu a jovem princesa.

Longe de mim! — Shara disse quando retribuiu seu riso. Depois beijou o rosto do filho, retirou seu colar e colocou em volta de seu pescoço. — Espere por mim, Poe. E se comporte. — Kes apertou a pequena mão do filho com gentileza, depois abraçou Shara.

— Logo estaremos no hangar. E, obrigado, Princesa!

— Não tem porquê agradecer! — disse ela, acenando para Kes ao encorajar Poe que fizesse o mesmo. O pequeno garoto estendeu a mão, fazendo com que as mangas ligeiramente largas de seu macacão laranja se agitassem. Leia achava a coisa mais fofa do mundo que Poe Dameron quisesse usar uma roupa igualzinha a de seu pai... Talvez seu filho também insistiria em imitar Han. Sorriu entre seus pensamentos, ao colocar cuidadosamente o garoto nos braços metálicos de C-3PO.

— Cuide bem dele. E tire essa expressão preocupada de seu rosto, 3PO, vai dar tudo certo!

— Sim, Alteza.

 

O hangar era preenchido com pilotos e mecânicos, ajustando os dróides nas naves e fazendo os últimos reparos necessários. Eles formaram um semicírculo, apertando-se na tentativa de conseguir uma boa visão. A princesa parecia mais uma general, com sua voz forte que dominava o lugar, e todos os rostos atentos encarando o seu. Ela inclinava a cabeça para cima, esforçadamente mantendo contato visual com os pilotos de um metro e oitenta de altura, enquanto orientava-os do alto de seus trinta centímetros a menos. Chewie sempre achou aquilo engraçado, mas reconhecia que tamanho não poderia ser pretexto para julgar aquela força da natureza que todos conheciam pelo nome de Leia Organa. O Wookie sorriu detrás da pequena multidão que se formava em volta dela, e se esforçou para tentar ouvir pelo menos as últimas orientações.

— A qualquer sinal de problema, ajudem seus companheiros, mas cuidado, o Império não pode desconfiar de nosso plano até que seja tarde demais. Fiquem juntos, e protejam os homens que vamos resgatar. Vai dar tudo certo. Que a Força nos ajude nessa missão. — disse essa última era frase em voz baixa, olhando para Luke. Ele sabia que ela se sentia culpada pelo que havia acontecido, e ainda estava abalada com o que aconteceu na floresta.

O Jedi fez seu caminho, oposto aos pilotos, tentando se aproximar de Leia. Silencioso, apenas abraçou-a. Recebeu um olhar mais calmo em troca, à medida que seguiu para seu X-Wing.

Leia entrou na Falcon, Han a olhou nos olhos, notando seu rosto tremendamente pálido. Ele voltou sua atenção, mantendo os olhos nos controles da nave, que já deixava o hangar.

— Chewie, amigão. Preciso ficar aqui, cuide de Leia pra mim. — ele assentiu, segurando um dos ombros dela.

— Estou b-... — ela se calou ao sentir uma onda de náusea. Agarrando o braço de Chewbacca ao vomitar no cockpit da nave.

— Ughhhhrrr! — o Wookie reclamou, fazendo com que Solo tentasse dividir seu olhar. Percebendo isso, Chewbacca tranquilizou o amigo, dizendo que iria limpar tudo, colocando as mãos nos ombros de Leia e gentilmente  guiando-a para a pequena cama na área comum da nave.

— Isso vai ser uma bela aventura. — disse Han Solo para o vento, ainda impressionado com a notícia e desacostumado com o que viria pela frente. A missão? Os tiros? Traições? Isso ele dominava! A preocupação era por outra coisa...

 


Notas Finais


Leu? Gostou? Me diz! Não seja um leitor ou leitora silenciosa! Sou movida pelos seus comentários e amo saber o que estão gostando na história.
P.s.: (Se pegou a referência, me avise <3)


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