Dada enfim a hora do almoço na empresa de engenharia, Agdar e Idun encontram-se no restaurante “Amor de Mãe”, de culinária caseira que fica na esquina da empresa. Eles conseguiram uma mesa grande para suportar, além dos dois, os companheiros de longa data: Elinor, Fergus, Arianna, Frederic, Stoico e Valka. Arianna deixou a empresa sob custódia de um membro leal à empresa e a ela, e assim pôde enfim ter um passeio e um almoço com a irmã caçula depois de todos os anos em que Idun esteve longe de casa. Elinor e Fergus deixam a sorveteria fechada durante a semana, sendo aberta aos fins de semana, e apenas no verão que eles abrem todos os dias.
Enquanto aguardavam o pedido ser feito, naquele momento de fraternidade entre a trupe a Arianna conta a irmã que não via essa reunião entre eles a muito tempo, e que isso pode significar novos sentimentos e incríveis emoções comparadas àqueles que viviam na infância e na adolescência.
-E então, Agdar e Idun, vocês estão juntos de novo?- Stoico perguntou de forma ingênua.
Contudo o ex-casal ficaram perplexos com a interrogação e ambos coraram e envergonhados demais para responder.
-É claro que não, Stoico…- Respondeu Elinor com o intuito de não deixá-los mais constrangidos. -...Eles apenas aceitaram a proposta de Ari e Fred. Eles ainda estão divorciados.
Stoico assentiu com a cabeça, parecendo entender o que ocorreu para ter trazido Idun e Agdar de volta a Minneapolis.
-E a Elsa e a Anna, como estão?- Arianna perguntou com um sorriso vibrante e olhos brilhantes. Não via as sobrinhas desde que eles saíram do estado.
-Estão ótimas!...- Agdar responder a velha amiga e “ex-cunhada”. -...Idun criou Anna muito bem. Uma jovem linda e saudável.
-E a Elsa está tão linda e inteligente.- Idun completou, relembrando do momento em que a encontrou semana passada. Não deixou de ficar ruborizada pelo elogio que o ex-marido fez.
-E como elas reagiram quando a irmã viu a outra irmã?- Fred fez a pergunta que Idun e Agdar não queriam responder.
Um encarou o outro, tentando entender se era melhor contar para eles, enquanto que Elinor e Fergus, já cientes da história, encararam-se também por ambos saberem do segredo.
Por fim, suspiraram e Idun deixou Agdar contar para eles.
-Elas não reagiram…- A resposta deixou os membros na mesa com expressões de dúvida e curiosidade. -...Porque elas não sabem.
-COMO?- Todos presentes exclamaram surpresos e curiosos.
-Estão nos dizendo que elas não sabem que são irmãs?- Valka perguntou, e os dois confirmaram com a cabeça, enquanto eles encaravam a mesa coberta com pano xadrez.
-Vocês nunca contaram a elas?- Stoico trouxe a questão que todos queriam fazer naquele momento.
-No passado…- Idun iniciou o relato. -... Tínhamos combinado de contar quando elas fizessem 18 anos, mas aí mudamos para cá sem nem saber da coincidência, e nem Arianna e nem o Fred sabiam quando nos chamaram. Acabou que tudo se coincidiu e viemos pra cá, e ainda por cima na mesma rua. E então Anna...
-Espere um pouco…- Elinor cortou o relato. -... Vocês estão morando na mesma rua?
-Na verdade, para ser bem mais específico, na casa ao lado.- Agdar respondeu, e todos presentes demonstraram ficar de queixo caído.
Os garçons chegaram trazendo a comida pedida à maior mesa formada naquele momento, feita pela trupe. Serviram também os pratos, os copos, os talheres e as bebidas, e em seguida se retiraram.
Em meio ao silêncio devido às chegada da comida, Fred logo o quebrou.
-Então vocês são vizinhos?
-Sim…- Idun respondeu, servindo-se de um prato de macarrão com queijo, sem prato favorito. -...E foi assim que Anna e Elsa se conheceram tão rápido. Formaram uma amizade logo ali, sem elas saberem dos laços fraternos.
-E quando vão contar a elas?- Arianna perguntou, enquanto servia-se de um prato de lasanha à bolonhesa.
Agdar e Idun encararam, pensando numa possível resposta do outro. Visto que nenhum dos dois tinham uma legítima intenção de serem breves com a revelação, por medo da reação das meninas, calaram-se, e isto, de certo modo, respondeu a pergunta feita pela dona da empresa.
Pela pressão ocorrida pelo silêncio atormentador que reinava na mesa maior, Fergus decidiu levantar-se de sua cadeira e erguer uma taça de vinho tinto que pediram na ocasião, o que provocou certos olhares curiosos, não só da mesa maior, como também olhares vindos de outras mesas, pensando que o gigante ruivo estivesse louco. Contudo, o patriarca da família DunBroch ignorou os olhares estranhos sobre ele e fez a seguinte declaração:
-Um brinde à Trupe Maravilha, que está completa depois de anos!
Essa atitude causou certos olhares e risadas vindas tanto de fora da mesa quanto de dentro. Arianna e Frederic também levantaram-se e ergueram suas taças, em seguida Elinor, Valka e Stoico também fizeram a mesma ação. Por fim, Agdar e Idun também levantaram-se e ergueram as taças.
-À Trupe Maravilha!
Encostaram as taças umas nas outras, simbolizando o brinde, depois terminaram rindo da ação e começaram a comer. Os olhares vindos de fora demonstraram admiração, achando a amizade deles fascinante e inspirador.
…
Elsa e Anna correram até chegar à enfermaria do colégio, e notaram que estava sendo seguidas por Rapunzel e Merida. Quanto chegaram na porta da enfermaria, ainda fechada, decidiram esperar a outra dupla ruiva e loira aproximar delas.
-Achei que não iam ajudá-lo.- Anna disse, arqueando a sobrancelha.
-A princesa perfeita aqui não quer perder a nota do trabalho.- Merida disse, apontando para Rapunzel, que respondeu mostrando a língua.
-Eu poderia muito bem fazer o trabalho sozinha, mas eu combinei com a professora que será feito em grupo.
-Então por que não o faz, menina perfeita?...Merida questionou, sorrindo de forma arrogante para Rapunzel. Ela nunca gostou da presença de Rapunzel pois sempre acreditou tratar-se de uma patricinha que sempre quer ser a melhor da turma, o que, para a ruiva, significa falsidade. -...Depois coloca os nossos nomes na capa.
-Eu não sou obrigada a aturar gente irresponsável e preguiçosa para fazer o trabalho.
-MAS DEIXOU O BRANQUELO SAIR TRANQUILO COM AQUELA TURMA DESPREZÍVEL DE HÓQUEI, NÃO É MESMO?!- Aumentou o tom da voz, semelhante a um grito, e isto fez a Rapunzel também aumentar a voz dela.
-SE QUISER SAIR, VOCÊ PODE. FIQUEI NO GRUPO SOMENTE PELAS NOVATAS.
A discussão que iniciou em frente à enfermaria, o que deixou Elsa e Anna frustradas, que tentaram chamar atenção das meninas, porém sem sucesso. De repente, a porta da enfermaria é aberta e de lá sai o menino Soluço, que se surpreendeu com a discussão na porta. Ele carregava uma folha na mão esquerda.
-O que 'tá acontecendo aqui?- Perguntou alto, e acabou cessando a discussão de Merida e Rapunzel.
-Soluço, viemos aqui te ajudar.- Elsa falou, demonstrando preocupação pelo olhar.
-Com o quê? E o que houve com vocês?- Perguntou apontando para Rapunzel e Merida.
-Nós ajudaremos com a situação do uniforme desse tal de Hans.- Anna respondeu a questão.
-Mas por que a gritaria?
-Isso não importa…- Elsa o cortou. -...Podemos juntar dinheiro para você. Ele não pode te machucar por isso, então faremos questão de ajudar.
Soluço ficou quieto, realmente chocado e um pouco sensibilizado. Não acreditou que finalmente recebeu ajuda, e o mais incrível foi que o auxílio veio de pessoas que ele nunca viu na vida. Nunca teve ajuda para nada. Seus pais são, então sempre se esforçou para conseguir por mérito nos estudos, e ainda assim é desprezado. Bolsista, atrapalhado, nerd, e, diferente do que gostaria, fraco fisicamente, sendo assim Hans e a equipe de Hóquei sempre zombam dele. Tentou pegar um esporte de luta como atividade extracurricular, com o intuito de fortalecer o corpo, contudo não foi efetivo. Obteve vários hematomas e ossos quebrados, sem dizer que não conseguia derrubar o oponente. Então saiu da luta e foi para o xadrez. Tenta ser o mais invisível possível: Se esconde, não conversa com ninguém a não ser com objetivo acadêmico, almoça geralmente sozinho no chão próximo à parede. Pensava várias vezes em sair do colégio, mas não podia decepcionar os pais, especificamente Stoico, por sua fraqueza. Não queria envergonhá-lo por ser um homem incrivelmente forte com um filho absurdamente fraco.
Pensou na oferta, enquanto encarava o papel amassado em sua mão fechada. Queria ser um homem forte. Ele não quer ajuda, ele quer tempo.
-Eu agradeço a oferta, mas eu me resolvo. Com licença!
Empurrou de leve as meninas com o intuito de passar e seguir pelo corredor, mas alguém segurou a sua mão, e ele virou o rosto de olhou de relance para ver quem era.
-Nem pensar…- Merida puxou Soluço para perto das meninas, e as encarou de frente. -...Viemos pra cá e vamos ajudar. E precisamos resolver o trabalho também, porque não quero ser reprovada.
-Olha, eu realmente fico feliz, mas…
-Sem “mas”...- Puxou o menino na direção contrária a saída, a qual ele queria seguir. -...Vem, meninas!
Responderam à ordem da ruiva rebelde e foram seguindo pelos corredores do colégio, contudo não sabiam por onde.
-Onde nós vamos?- Elsa perguntou.
-Vocês vão ver.
Caminharam de corredor a corredor. No final do corredor da cantina, viraram para a esquerda e foram de encontro a um casal que estavam trocando beijos. Os colegas reconheceram uma das pessoas e ficaram perplexos, porém a Merida demonstrou indiferente com tal cena.
-Frost!- Chamou.
O casal parou e virou para o quinteto próximo à eles. Jack logo afastou da menina, sussurrou alho no ouvido dela e foi aproximando dos colegas, enquanto que a companheira dele foi saindo do local.
-Você não tinha dito que iria ficar com a sua equipe de Hóquei no almoço?- Rapunzel foi a primeira a falar, completamente indignada pela mentira.
Jack não respondeu, apenas deu de ombros.
-Você é muito inocente, Rapunzel!- Merida comentou, o que deixou a loira brava com ironia da DunBroch.
-O que vocês querem?- Jack perguntou, cruzando os braços na frente do tronco de seu corpo. Estava com expressão levemente irritado, pois atrapalharam a ocasião dele.
-Sabe aquele nosso segredo, Jack?...- Merida perguntou, e Jack assentiu com a cabeça. -...Se você não ajudar o Soluço, vai deixar de ser segredo.
Demonstrou expressão de bravo pela ameaça da ruiva, mas não podia deixar o segredo dele ser descoberto.
-O que eu tenho que fazer?
-Arranjar dinheiro para o Soluço pagar uniforme novo para o chato do seu amigo, o Hans. Ou um uniforme novo mesmo, mas é para amanhã.- Merida respondeu, e trouxe o Soluço para perto dele.
-Hans não é meu amigo, mas eu trago o uniforme amanhã mesmo e entrego a ele em seu nome, tudo bem?...- Propôs, contudo Soluço não respondeu pois isso não demonstrava força, mas não conseguia recusar pois se salvaria. Visto que estava demorando para responder, Jack lhe perguntou novamente: -...Tudo bem?
Ainda não sabia o que responder, pois ficou no dilema de demonstrar força e independência ou se salvar do Hans. Não muito paciente, Merida mesmo se pôs a responder no lugar dele.
-Ele aceita.
-Ok. Mas o que aconteceu desta vez?
-Ele sujou a roupa de Hans no almoço…- Anna respondeu. -...E aí ameaçou o coitado do Soluço.
-Olha, não precisa me chamar de “coitado”...- Soluço contrariou a fala da Corona, levemente emburrado. -...Eu sei cuidar de mim.
-É melhor não se arriscar, Soluço…- Elsa disse colocando a mão no ombro do moreno. -...Pode piorar.
-Sim. O Hans é horrível e covarde…- Rapunzel falou, completando a fala da albina. -...Sempre ele quer se dá bem e prejudica os outros.
-E não queremos que ele te machuque mais. -Anna sorriu para ele.
Soluço encarou todo o grupo, vendo todos os que estão o ajudando. Sentiu-se acolhido pela primeira vez desde que entrou no colégio e sorriu para todos.
-Obrigado!
Sorriram de volta para ele por um tempo, até que as baladas do colégio tocaram. Era o fim do almoço e início das próximas aulas.
-Não deu tempo de conversar sobre o trabalho.- Anna comentou, virando o rosto para Rapunzel.
Era esperado que a loira iria ficar brava, pois sempre se preocupar com as notas. Mas a representante reagiu de uma forma que surpreendeu os membros mais antigos do colégio.
Sorriu e deu de ombros.
-Tudo bem. Fizemos a coisa certa.
Todos voltaram para as salas de suas próximas aulas.
…
Depois de passado as aulas, chegou o período das atividades extracurriculares, e cada qual faz sua atividade diferente: Anna entrou na equipe de vôlei, que ocorre na quadra de vôlei; Soluço faz xadrez na sala de artes; Rapunzel pertence à equipe das líderes de torcida, sendo ela a capitã, e comumente treina nos tatames da sala de luta; Merida participa da equipe de basquete feminino na quadra de basquete; Jack é capitão da equipe de Hóquei; e Elsa iniciou na equipe de patinação no gelo, como contou para o seu pai.
Como as aulas de de Hóquei e patinação no gelo ocorrem na mesma quadra, as duas não ocorrem simultaneamente, tendo que esperar o primeiro acabar para começar o segundo. Patinação foi a primeira aula.
Os membros, composto majoritariamente por mulheres, estavam prontos na pista de gelo, enquanto que os jogadores de Hóquei esperavam na arquibancada para o término da aula de patinação.
Os meninos do Hóquei ficaram fascinados pela nova aluna de patinação: Elsa. Não só pelo talento demonstrado na pista, como também pela beleza, dentre eles Jack.
Hans pareceu estar atraído pela beleza da Arendelle, e percebeu como Jack encarava a nova aluna.
-Estou vendo que terá mais uma nova vítima da lista.- Falou para todos do time, e eles começaram a provocar o Jack pois eles sabiam do que se tratava.
Jack bufou. Não gostou da entonação da conversa
-Não enche!
-Ela é bem bonita!...- Comentou enquanto encarava Elsa na pista com um sorriso. -...Deve beijar bem.
Jack deu uma risada debochada.
-Quero ver se consegue!
Hans encarou Jack sem tirar o sorriso do rosto, o que deixou o albino curioso.
-Então, o que acha de uma aposta?...- Propôs, e deixou a equipe surpresa. -...Vamos ver quem consegue conquistá-la primeiro.
Jack voltou a encarar a pista, desinteressado com a proposta.
-Eu não quero conquistá-la.
-Mentira. Eu sei que quer...- Hans voltou a encarar a pista, sem deixar seu sorriso esnobe sair de seu rosto. -...Eu conheço você muito bem. E além do mais, se conseguir, pode fazer qualquer coisa comigo. Qualquer coisa.- Disse as últimas palavras lentamente, de forma que ficasse impregnado na mente do albino.
Jack apenas ficou quieto, e embora seus olhos morassem na pista, sua mente estava longe, pensando na aposta e talvez seria a chance de fazer o South-Island calar a boca de uma vez. Eram colegas e grandes jogadores de Hóquei a dois anos, e nestes anos o Hans não parava de provocar o albino e sua família. E a família dele não é um assunto que devia entrar nas conversas das outras pessoas.
Jack levantou o punho para Hans, que virou e ficou assustado, crendo que iria receber um soco do colega, mas logo depois vou o porquê daquele punho. Era um cumprimento de fechamento da aposta.
-Aceito a sua proposta, Hans.
Hans sorriu de forma maquiavélica, fechando seu punho e bateu-o no de Jack, simbolizando a oficialização da aposta.
-Mas se você perder, terá que fazer uma coisa que eu mandar.- Hans ordenou.
Jack pensou nas consequências que viriam, mas ainda assim, aceitou a proposta.
-Ok.- Disse.
Os caras do Hóquei não paravam de gritar entusiasmados com a aposta. Só tinha apenas uma pessoa que ouvia aquelas história e não ficou nem um pouco contente: Um loiro grande que trabalha na sorveteria aos fins de semana.
…
Depois da aula das meninas e o expediente dos adultos terminarem, eles se encontraram na casa Corona para jantar, por insistência de Anna, que queria que as famílias jantassem juntas e aproveitar para contar para eles sobre os acontecimentos no colégio.
-O menino quase voltou para casa, mas aí a Merida elaborou uma ideia que o salvaria e que não precisasse perder as aulas dele.- Anna contava enquanto cortava o bife acebolado que sua mãe fez.
-Ainda bem!- Idun exclamou, mostrando contente com o final na história.
-Como se chama esse menino?- Agdar perguntou, enquanto pegava uma taça de vinho e a tomava.
-Soluço Haddock, se não me engano.- Elsa respondeu, e isto deixou os pais chocados com a revelação.
Encararam-se com olhos arregalados, e chamou atenção de Anna e Elsa. Isso deixou as meninas preocupada.
-Desculpe, meninas…- Idun falou, enquanto limpava a boca com uma toalhinha que localizava ao lado de seu prato. -... É que esse sobrenome é o mesmo de uns amigos nossos, e ele nos contou que tinha um filho com esse nome na St. Mary.
-Então deve ser o mesmo.- Anna concluiu a suposição. -...Mas cremos que os pais dele não sabem disso.
O ex-casal encarou-se, e pensaram na possibilidade de contar para os amigos sobre o fato de que o filho sofre bullying no colégio. E então o assunto foi encerrado.
O jantar servido na mesa era de bife acebolado com legumes ao vapor, e as meninas estavam servidas de suco de uva, enquanto que os adultos estava tomando vinho tinto, guardado à 16 por Idun. Elsa e Anna não paravam de elogiar a comida feita pela matriarca Corona, sendo que a cada palavra dita pelos membros da mesa, o cão Olaf latia, como se fosse uma resposta de cada comentário feito dentro da sala de jantar. Anna levantou, pegou o seu cão e o levou até a casa do cachorro para deixá-lo mais calmo, imaginando que ele apenas estava perturbado, e depois retornou. Elsa havia trazido seu gato Marshmallow para não deixá-lo sozinho, e apresentou estar bem acomodado deitado no meio da escada que leva aos quartos daquele imóvel.
-É incrível o fato de que, em tão pouco tempo, nos tornamos muito próximos!- Anna finalmente falou, e todos concordaram com isso.
Os quatro aparentavam estar felizes em conviver tão bem.
Agdar e Idun pegaram a taça ao mesmo tempo, o que gerou dúvida mais uma vez nas meninas, e, pelo momento cômico, os pais riram e fizeram um brinde por eles mesmo, para disfarçar a coincidência, demonstrando que foi proposital. Contudo, não esperavam pelo comentário que a ruiva iria fazer.
-Até parece que somos uma família completa!
Esse comentário fez com o que o ex-casal cuspirem o vinho que tinham tomado, tornando a cena como a mais engraçada do dia para as meninas, que não paravam de rir, enquanto que os pais tentaram repreendê-las, mas também começaram a rir. A cena ficou assim até Idun decidir pegar um pano de mesa e tirar o excesso de vinho na mesa e na própria roupa, e depois ofereceu para Agdar se limpar, que o aceitou e o limpou.
Terminado isso, os quatro finalizaram a janta e os Arendelle se prepararam para voltar para a casa deles. Elsa segurava Marshmallow no colo e Anna abriu a porta para eles.
-Adeus!...- Anna despediu-se de Elsa com um abraço. -... Até amanhã. E espero que possamos ter mais sorte com o grupo.
-Sim. Espero.- Elsa concordou.
Contudo, Agdar e Idun não entendiam a conversa e decidiram perguntar, e Elsa prontamente respondeu:
-O nosso grupo do trabalho de Biologia não parece que são amigos. Fico imaginando se realmente pode acontecer de eles se darem bem. Parece improvável!
-Elsa…- Idun a chamou, e a loura a encarou. -...Quando se trata de amizade, a palavra “improvável” não existe. Amizade vê coisas além de brigas. Ela vê os momentos em que os amigos se dão bem e voltam a relação.
-E, por improvável que pareça essa situação, ela não é impossível…- Agdar completou a fala da matriarca. -...Existem várias “amizades improváveis”.
Essa fala deixou as meninas mais confiantes, e puderam despedir em paz.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.