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História Family - Joon gostava de escrever em caixas de leite para Jin


Escrita por: JMINK

Notas do Autor


Oie, pudinzinhos! Como vai vocês? Espero que bem.

Ah, eu sei: os capítulos costumam ser curtinhos e tals, porém esse ficou um pouquinho maior e eu já peço desculpas. É que... é importante, eu gosto tanto dele e espero que vocês também gostem <3

Boa leiturinha!

Capítulo 5 - Joon gostava de escrever em caixas de leite para Jin


Capítulo 5: Joon gostava de escrever em caixas de leite para Jin

Com muito custo Seokjin conseguiu que Jungkook dormisse. Por alguma razão o pequeno estava estressado, agitado, se recusava a fechar os olhos ou deixar que Jin cantarolasse uma música de ninar qualquer para o fazer adormecer.

Hoseok dormia no sofá com Taehyung esparramado por cima de seu corpo. Jimin estava ao chão quase fechando os olhos, enquanto tentava acompanhar o ritmo de Yoongi assistindo maratonas de desenhos. Mas ele mal conseguia prestar atenção em uma única cena da animação, seus olhos pequenos estavam pesados e se fechando lentamente. Yoongi não desgrudou os olhos da televisão quando sentiu a cabeça de Jimin tombar em seu ombro, estava sentado no chão com as costas encostadas no sofá que seus outros irmãos dormiam.

O menino não estava com um pingo de sono, o desenho transmitido no canal de animações parecia muito mais empolgante do que dormir.

— Hora de ir para cama. — Namjoon anunciou entrando na sala, esperando encontrar todas as crianças dormindo. Estranhou ver que Yoongi era o único acordado, afinal ele era o mais dorminhoco de todos.

Não pediu permissão para desligar a televisão com o controle, ouvindo um resmungo inconformado do menino de pele leitosa em resposta.

— Você sabe que é proibido a televisão estar ligada depois das oito da noite. — Namjoon pegou Taehyung de cima de Hoseok, segurando-o com o braço já com o outro pegando Jimin.

Não demorou muito para deixar os gêmeos em seu respectivo quarto, voltando para tentar despertar Hoseok pouco tempo de agasalhar os menores. Tentou por um tempo até ver que seu filho mais velho estava demasiadamente cansado para criar força afim de andar sozinho até o quarto, acabou pegando-o no colo e o acomodando em sua cama quente, o cobrindo com o cobertor do Star Wars.

E só havia restado Yoongi e sua teimosia infinita na sala. Os bracinhos cruzados, o rosto emburrado, não acreditava que teria de deitar a cabeça no travesseiro sem saber o final do desenho justamente naquela noite, a que estava mais animado. Era muito decepcionante, assumia.

— Vamos, Yoonie. Você precisa dormir. — seu pai falou sereno, arrumando as almofadas do sofá. Estava sonolento e até mesmo seus olhos piscavam de maneira mais lenta, seu corpo era forçado a movimentar-se em uma velocidade irritamente maneirada.

Yoongi fez que não com a cabeça, não iria sair dali até que Namjoon ligasse a televisão novamente.

— Appa! Por que você desligou? Tava tão legal. — choramingou, tombando a cabeça ao fazer a pergunta, os olhinhos escuros semicerrados mirados no mais velho. O menor conseguia ser extremamente birrento quanto queria.

— Já passou da hora de criança estar dormindo, você pode assistir o desenho amanhã. — tentou pegar o menino, Yoongi se debateu mas por fim Namjoon conseguiu o segurar no colo, ninando-o enquanto andava até  o quarto onde o menino dividia com Jungkook.

Quando chegaram no pequeno ambiente com os papéis de parede decorando o ambiente com um verde alegre, encontraram Jungkook adormecido no berço; os olhos curiosos de Yoongi se firmaram nele, esquecendo sua chateação com o desenho em minutos.

— Ele não parece ser um garoto malvado quando tá dormindo. — Yoongi apontou para o bebê, um dos braços passando pelo pescoço de seu appa.

— Kookie não é malvado, filho. — uma risada abafada escapou de Namjoon, admirado pela observação do outro.

— Mas ele já fez o Jiminie chorar muitas vezes, o Tae também. Kookie é malvado! — concluiu nada orgulhoso, não gostava de reconhecer que seu irmão caçula era tão arteiro com tão pouca idade.

Namjoon o acomodou em sua cama, cobrindo seu corpo pequeno, verificando se todas as janelas estavam fechadas para ter certeza que seus filhos não ficariam resfriados, mas como palpitou, Seokjin já havia feito a vistoria com antecedência, algum tempo mais cedo para esquentar o quarto. Ele era muito precavido com relação a tudo.

— Ele não faz por mal, não entende tanto das coisas sabe? — o adulto voltou a se aproximar da criança pensativa, bagunçando os seus cabelos. — Você vai ter que ensinar tudo o que sabe a ele.

Os olhinhos de Yoongi brilharam, um sorriso doce se formando nos lábios rosados com um fio sapeca o entrepondo.

— Eu posso, appa? — nunca teve a mente iluminada pela ideia de ensinar tudo o que sabia para Jungkook, ficou feliz ao reconhecer tal possibilidade.

— Claro, Yoonie. — beijou o topo de sua cabeça, se despedindo. — Tenha uma boa noite, sonhe com os anjinhos.

Yoongi assentiu ainda sorrindo, fechando os olhos e se concentrando em dormir.

Quando retornou ao quarto, Namjoon encontrou Jin sentado na cama com um abajur aceso, um álbum de recordações em mãos e um sorriso bobo brincando no rosto estupidamente bonito. O mais novo se aproximou sorrateiramente para poder espiar o que tanto roubava a atenção de seu companheiro, recebendo um tapa por ter o assustado com o súbito toque em seus ombros.

Seokjin estava absorto em lembranças, não notaria Namjoon caso o parceiro não houvesse tocado em seu ombro e o arrancado da nostalgia.

— Esse tapa doeu! — mentiu dramático, não havia feito nem cócegas. Esquecendo disso, passou seus olhos pelas fotos do álbum de Jin, sorrindo abertamente ao reconhecê-las. — Eu lembro que você sempre brigava comigo por esquecer a data do nosso aniversário de namoro. Quando casamos então isso se tornou ainda mais frequente.

O espaço da cama ao lado de Seokjin afundou quando recebeu o peso de Namjoon, o interesse de ver as fotos era bem nítido na maneira como se inclinava para poder vê-las.

— Nós saímos nesse dia justamente para comemorar o nosso aniversário de um ano. — apontou para uma das fotos, dando uma risada. — Você não tinha me contado na hora, mas depois confessou que não fazia ideia do porque tínhamos saído naquele dia. Você sabia que tinha mesmo um motivo em especial mas não se lembrava qual.

Datas eram imemoráveis para Namjoon, nunca conseguiu decorar outras que não fossem a de seu aniversário, o de Jin e o das crianças. O engraçado era que tudo - ou quase tudo - relacionado aos seus filhos era lembrado, mas coisas banais como o dia da consulta eram esquecidos em segundos. Seu forte realmente não estava em memorizar alguns pequenos detalhes.

— Foi nosso primeiro ano, mereço um desconto. — beijou a bochecha de seu marido. — Nós brigamos logo depois desse encontro.

— Mas voltamos a nos falar em minutos. Eu não teria voltado a falar com você caso soubesse que faria a mesma coisa nos próximos dois anos. — lembrou fazendo o mais novo rir, acabou o acompanhando. Passou a fotografia, corando ao encontrar outra recordação.

— Amil tirou essa foto assim que me declarei pra você. Olha essa caixa de leite com o bilhetinho, que vergonha! — bateu na própria face sem muita força, enrubescendo por sentir o constrangimento pelo ato o invadir após tantos anos do feito.

A verdade era que se pudesse voltar no tempo para mudar algo, mudaria a forma como resolveu se declarar para Seokjin. Namjoon era sem noção, ainda mais quando estava apaixonado.

— Eu gostei... foi tão bonito, por que você parou de fazer essas coisas? — franziu o cenho, fingindo chateação. — Escrever em comida sempre foi sua especialidade.

— Amil que deu a ideia, eu deveria a matar. — suspirou. — Pelo menos consegui te conquistar.

Não era bem um orgulho para Namjoon lembrar como tinha conquistado Seokjin, sempre dava risada quando contava para as crianças, porém, de qualquer maneira, aquilo havia se tornado uma boa memória.

— Você pediu conselhos para uma criança, Namjoon. E o pior é que ela era muito boa nisso.

A forma como se conheceram fora bem inusitada: em uma loja minúscula de conveniência onde Jin trabalhou na adolescência, ela se localizava próxima a escola de Namjoon então essa fora uma ótima desculpa para frequentar o lugar todos os dias. Fosse para comprar um pacote de bolacha, desde ir até lá para ver Jin vestido em um avental azul ridículo, e organizando prateleiras. Ele ia todos os dias, isso se alastrando por alguns meses.

Na época, Namjoon não sabia bem o porquê gostava tanto de olhar o menino. Para ele era absolutamente normal ir todos os dias em um certo lugar para ver uma determinada pessoa sem nenhum motivo em especial.

O sentimento foi surgindo conforme os dias passavam.

Em uma dessas idas até a loja de conveniência, Namjoon decidiu que iria se declarar. Respirou bem fundo, estufou o peito e resolveu marchar até onde Jin estava, porém tendo uma pequena surpresa ao encontrá-lo. Jin estava com uma menina, eles estavam conversando tão animadamente que terminou por exterminar toda a coragem – e vontade – do mais novo com relação a se confessar.

Namjoon chorou muito quando chegou em casa e parou para pensar que aquela maldita menina poderia ser a namorada de Jin ou do pseudo garoto da conveniência - como Namjoon havia o apelidado por não saber seu nome realmente. Era difícil aceitar que estava se iludindo durante todo o tempo quando na verdade o garoto da conveniência já tinha uma namorada.  

A menina era sim algo a mais para Jin, eles ficavam algumas vezes porque ela realmente gostava do garoto. E ele estava decidido a pedi-la em namoro para dar nome a aquela relação, mas Jin nunca quis isso na realidade.

Ele não gostava dela mas achava errado ficar enrolando-a, seria melhor assumir um compromisso ou encerrar aquele assunto de uma vez.

A cena fora tão decepcionante para Namjoon, que o garoto passou dias sem ir à loja do lado da escola e não demorou para Amil notar esse seu comportamento estranho. Obrigou o melhor amigo a contar toda a verdade sobre o que realmente estava acontecendo se dizendo ser sua única e/ou melhor confidente para o momento.

Amil, astuta como era, se aproximou de Jin na mesma semana, se tornaram amigos. Sua intenção era fazer o menino notar seu melhor amigo dono de uma paixão platônica por si. Bem, ela não conseguiu fazer com que Jin percebesse mas fez ambos os garotos trocarem algumas palavras: eles passaram a conversar, pouco, mas pelo menos duas vezes por semana.

Namjoon estava cansado, queria mesmo que Seokjin soubesse de seus sentimentos. Amil conhecia Jin o suficiente para saber que o menino era um romancista clássico, não teve dificuldades em encontrar ideias para dar ao amigo sobre como deveria se declarar a seu amor platônico, ela tinha uma mente incrivelmente criativa para apenas uma criança.

Amil tinha fortes semelhanças com Yoongi quando o assunto era ser perspicaz.

O plano era simples: Namjoon devia escrever o verso mais doce do mundo em um papel rosa de um bloquinho de notas - Memorex - e o colar na caixa de leite que ele compraria na loja de conveniência. Assim que Jin fosse passar a compra consequentemente iria notar o post-it e saberia de todos os sentimentos do menino alguns anos mais novo.

Namjoon ainda não estava confiante sobre aquela ideia mirabolante. No dia anterior ouviu de seu pai que o menino lhe daria um belo soco caso soubesse dos verdadeiros sentimentos do primeiro e isto terminou por o fazer hesitar, tremular enquanto Jin lia o post-it rosado. Mas ele tomou coragem, esqueceu do medo.

E aconteceu, o Kim usou de toda sua inteligência para recitar um verso minúsculo de um poema com o final "eu gosto muito de você... ", passou com a maior cara lavada do mundo no caixa e teve o prazer de ter o olhar surpreso de Jin sobre si quando leu o papel rosa do bloco de notas.

Eles saíram no dia seguinte, depois Seokjin dispensou a garota a qual planejava pedir em namoro porque para um romântico antigo como ele namorar uma pessoa que não se ama não tinha valor algum. Ele queria amar e ser amado com intensidade, conquistar alguém e ser conquistado, receber uma declaração mirabolante e bem criativa.

Jin nunca tinha recebido recadinhos em caixas de leite mas quando passou a sair com Namjoon recebia um quase todos os dias coladas nas embalagens das compras que o mais novo fazia na loja. E todos os versos, apesar de curtos, eram profundos.

Namjoon o amava desde o dia em que decidiu que iria fazer visitas diárias a loja de conveniência.

— Namjoon... — Jin fechou o álbum, estava feliz, se lembrar de como tudo começou com Namjoon deixava-o feliz. — Obrigado por comprar leite.

A referência era clara, mas Namjoon era lento com relação a algumas coisas.

— Nós estávamos vendo nossas fotos e você para do nada para me agradecer por ter comprado leite?— franziu o cenho, recebendo uma gargalhada do outro, estava confuso.

— Sim! — exclamou. — Se você não tivesse comprado aquele leite nós não teríamos saído. Foi muito criativo da sua parte. — tudo pareceu clarear para o Kim mais novo, um sorriso preencheu seus lábios carnudos e os seus braços puxaram Jin para mais perto, abraçando-o de lado.

— Eu amo você e não me arrependo por ter levado a ideia retardada de Amil a sério. — recebeu um beijo de Jin, fora bem rápido mas quente, recheado de sentimentos.

— Era leite desnatado, você errou na compra. — Jin tinha uma memória fotográfica, conseguia lembrar de tudo inclusive um mero detalhe que não tinha tanta importância no momento. Namjoon revirou os olhos, não se assustaria se Jin lhe dissesse a marca do leite. — Eu amo você, Joonie.

Uma caixa de leite pode ser um ótimo porta voz, ao menos servira para Namjoon conquistar Seokjin.

A verdade era que Jin, apesar do quesito qualidades ser o que menos faltava em si, nunca seria tão criativo quanto Namjoon assim como o próprio Namjoon nunca seria responsável para se recordar de datas, porém, ele sempre se lembraria do sorriso de Jin naquele dia, do outro lado do balcão da loja de conveniência enquanto lia e relia o verso no papel rosa.  

 


Notas Finais


Ah, as memórias... eu gosto tanto de ficar sentada, olhando fotos antigas e me recordando de tempo que não vai mais voltar. Parece deprimente, eu sei, mas não é, ok? Jin é um amante de memórias, assim como o próprio Nam, mas ele é igual eu e não tem uma memória lá muito boa.

Bem, vocês lembram da Amil? A mãe do menino Jungkook que foi citada no capítulo anterior? Então, ela também foi o pivô desses dois papais corujas. Eu disse que muita coisa na história irá se ligar ao decorrer dos capítulos, fiquem ligados.

E aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa o que acharam dessa maneira nada tradicional de se declarar pro crush da lojinha? Quem ia imaginar que memorex coloridos e caixas de leite iria resultar nessa linda família? Me digam aí embaixo, framboezinhas.

Ou, sei lá, dá um "oi" ou me diz se você gosta de... hm, cenouras? Vamos lá, não deixe de comentar, por favor <3

Antes que eu me esqueça de falar: esse é o final das "apresentações" (já que cada capítulo até aqui foi focado em um único personagem ou no máximo dois, como aconteceu com os gêmeos e nesse aqui) e a partir daqui se iniciara novas historinhas oaoaoaoao me animem, me digam o que acham disso, fica a vontade aí embaixo.


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