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História Family Promises - Preciso dos seus serviços, Yorozuya!


Escrita por: Botatocupcake

Notas do Autor


Gente, devido a minha demora enorme pra att, vou postar dois capítulos de uma vez, de nada, de nada

Espero q gostem e boa leitura :)

Capítulo 9 - Preciso dos seus serviços, Yorozuya!


Pov. Kyoka

Eu andava apressadamente pelas ruas de Edo. Eu tinha combinado com o careca de nos encontrarmos numa lanchonete e eu tinha que dar um jeito de encontra-lo antes que ele destruísse o planeta.

Eu tenho certeza de que ele está furioso, pronto para matar todos os homens que lhe aparecessem na frente. Se bem que eu penso que a sua maior suspeita seja Gintoki. Pobre samurai, e melhor ele não aparecer na frente do meu tio nem pintado de ouro.

E como eu tinha previsto, ele estava soltando fogo pelas entranhas.  Ele estava tão furioso que a sua expressão chegava a ser engraçada. Emanava uma aura negra e assassina dele.

Assim que ele me viu, se levantou andando a passos pesados e estrondorosos até mim. As pessoas começaram a correr, achando que aquilo era um terremoto ou provavelmente com medo de meu tio.

- Quem foi o desgraçado?! QUEM FOI O MALDITO QUE ENGRAVIDOU A MINHA FILHA?! - Ele gritou tão alto que eu não duvidaria que toda a cidade tivesse escutado.

- Não precisa gritar, eu estou do seu lado. - Murmurei enquanto massageava meus ouvidos.

- Você só pode estar de brincadeira com a minha cara! - Exclamou furiosamente, rangendo os dentes e com um ódio nada saudável no olhar. Vi alí a chance perfeita de esclarecer o mau entendido que eu mesma tinha causado.

- Exatamente. - Concordei, o fazendo ficar confuso. - Kagura não está grávida e duvido que vá ficar pelos próximos dez anos, então não se preocupe

- Se ela não está grávida, POR QUE DIABOS VOCÊ ME MANDOU UMA CARTA DIZENDO QUE ESTAVA?! VOCÊ TEM IDEIA DO QUANTO EU FIQUEI DESESPERADO?! - Gritou novamente, mas eu pude notar o alívio em sua voz. Tampei os ouvidos, murmurando impropérios e torcendo para que ele não escutasse.

- Não seja dramático, tio. Eu te mandei a carta porque eu precisava falar urgentemente com você e aquela foi a única forma que eu encontrei de te fazer vir logo. - Expliquei, cruzando os braços.

Eu perdi a conta de quantas veias estava saltando da testa de meu tio. Eu poderia dizer com um certa facilidade que ele não estava muito contente comigo.

Eu vi suas mãos tremendo de raiva e imaginei que ele quisesse me estrangular, porém dei de ombros e me sentei em uma das mesas da lanchonete.

- Senta, vai ser uma longa conversa.

[...]

Depois de lhe explicar toda a situação, resolvi entregar o motivo de toda aquela conversa ao meu tio. A bendita foto.

Assim que bateu seus olhos nela, a expressão de meu tio se fechou.

- Não adianta me dizer que não conhece este homem, porque eu sei bem que conhece. Quem é? - Questionei num tom sério. Eu não me deixaria ser enganada de novo.

Meu tio permaneceu em silêncio por alguns segundos, mantendo seu olhar vidrado na foto. Aquilo me irritava. Da última vez, Kamui havia feito exatamente a mesma coisa. Esses dois são tão parecidos que chega a ser irritante.

- Não faz diferença você saber que é esta pessoa. - Meu tio falou por fim, me fazendo revirar os olhos.

- Mas é claro que faz! Se não, por que ele a estava a onde estava? - Questionei já perdendo a paciência.

Os homens dessa família tem um gosto impressionante por querer esconder as coisas de mim.

- Porque ele está morto, Kyoka. - Arregalei os olhos, sem acreditar no que meu tio havia dito. - Este homem, Ito Akihiko, era um amigo meu e de seu pai. - Meu tio continuou. - Pode nos considerar um trio. Sempre lutavámos juntos, mesmo ele não sendo um Yato. Ele era inteligente, esperto, uma mente brilhante. Se você conseguisse sair vivo de uma batalha contra ele, poderia se considerar uma pessoa realmente forte.

- Se ele era tão forte, por que ele morreu? Quem o matou? - Indaguei.

- Ele morreu junto de seus pais, na guerra no planeta Makuyo. - Eu fiquei sem fala.

Permaneci em silêncio por alguns minutos, tentando assimilar todas aquelas informações. Não fazia sentindo. Se aquele homem estava morto, o que diabos aquela fotografia estava fazendo naquele contêiner?

- Kyoka, não valhe a pena esquentar a sua cabeça com essas coisas. É melhor você esquecer, sim? Saber mais só vai te trazer mais dor. Ao menos uma vez na vida me escute e faça o que eu digo. - Suplicou num tom pesaroso que em nada combinava com ele.

Eu segui sem lhe responder nada. Eu não sabia o que responder. Eu estava confusa. Se aquele homem tinha morrido junto de meus pais, então por quê? Por que aquela foto estava a onde estava?

Não fazia sentindo. Alguma coisa me cheirava mal naquele meio. Eu não sabia ao certo o que, mas sabia que tinha coisa alí.

Engoli o seco, balançando a cabeça positivamente, "concordando" com o meu tio havia me dito. Ele pareceu mais aliviado e deu um tapinha em minhas costas.

- Certo, vamos logo! Estou louco para ver a minha filha!

[...]

O dinheiro do meu tio tinha virado grama para Kagura e eu de quebra estava a ajudando a torra-lo. Tinhamos feito o velho nos comprar roupas novas e bastante comida. Ele tinha sofrido um desfalque, mas não parecia se importar. Ela parecia feliz simplesmente pelo fato de ver que tanto eu quanto Kagura estávamos sorrindo.

Kagura tinha insistido, pedindo para que meu tio ficasse ao menos mais um dia, só que como sempre ele foi embora tão rápido quanto apareceu.

Nós estávamos juntos esperando a chamada para o seu vôo no terminal. Kagura estava emburrada enquanto que eu permenecia neutra.

O que Umibozu disse mais cedo não saiu da minha cabeça. Eu não conseguia entender o que diabos aquela foto estava fazendo naquele maldito contêiner e alguma coisa me dizia que apesar de tudo o que meu tio me disse, ele não havia dito toda a verdade.

Olhei de canto para o mesmo que agora estava tentando fazer com que Kagura sorrisse, sem ter muito sucesso nisso.

Ele percebeu que eu o encarava e se virou para mim, com uma sombrancelha erguida.

- O que foi? - Perguntou meio carrancudo como o de costume.

- Nada. Eu estava apenas pensando no quanto a falta de cabelo deixa um homem decadente. - Falei dando de ombros enquanto que meu tio me encarava com os olhos em chamas.

Ele começou o seu velho e chato discurso sobre como ele não era careca e sim calvo, mas infelizmente aquelas palavras já não tinham muito sentido já que a cabeça dele estava tão lisa que chegava a brilhar.

Enquanto ele direcionava suas palavras de auto apoio a carecas para mim, eu acabei tomando uma decisão. Se ele pretendia agir como Kamui e não me contar nada, eu descobriria sozinha.

- Ei, careca. - O interrompi, o deixando ainda mais furioso. - Me dá dinheiro. - Falei simples, o calando na hora.

- Já não bastou o tanto que você e Kagura tiraram de mim hoje?

- Eu vi um novo modelo de celular a venda e eu quero muito. Por favor meu titio lindo que não é careca... - Fiz os meus típicos olhos de cachorro pidão, enquanto que meu tio suspirava cansado.

O vi pegar sua carteira, me fazendo dar um sorriso satisfeito. Kagura também sorriu, puxando a capa do meu tio.

- Eu também quero! - Meu tio olhou para nós duas completamente assustado, nos entregando tudo que havia restado em sua carteira.

Bem nessa hora ouvimos a chamada do vôo do careca. Me levantei imediatamente, com um sorriso inocente, me despedindo do velho e vendo Kagura fazer o mesmo. Saímos do terminal na velocidade da luz e só paramos quando estávamos do lado de fora.

Kagura me parou, com um meio sorriso sapeca.

- O que você vai fazer com esse dinheiro? - Sorri da canto, olhando na direção do Distrito Kabuki.

Essa pirralha tá ficando cada dia mais esperta.

[...]

Abri a porta do Yorozuya num rompante, assustando tanto Gintoki quanto Sinpachi que estavam assistindo alguma porcaria na televisão.

Sadaharu veio correndo na minha direção, pulando em cima de mim a procura de carinho. Abracei o cachorro rindo, enquanto tentava desviar da língua dele que pretendia me dar um banho indesejado.

Gintoki murmurou alguma coisa sobre o fato de que eu poderia acabar matando alguém do coração, mas eu apenas ignorei e andei até o samurai a passos largos.

Me coloquei em frente a TV, atraindo a atenção do mesmo que fechou a cara na hora. Ketsuno Ana vai ter que esperar.

- Minha queria Kyoka, você é branca, mas ainda não atingiu a transparência. Sai da frente! - Gritou antes de atirar uma almofada na minha cara.

Me desviei com uma facilidade absurda enquanto dava um sorriso.

Kagura se colocou ao meu lado, o que apenas contribuiu para que a irritação de Gintoki aumentasse. Ele estava prestes a nos xingar de todos os nomes possíveis, porém eu fui mais rápida e peguei todo o dinheiro que meu tio havia dado para nós, o jogando na cara do samurai.

- Eu preciso dos seus serviços, Yorozuya.



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