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História Famous. - Zayn Malik. - (Concluída). - Trampoline.


Escrita por: loveeszayn e whoiszaddy

Notas do Autor


Boa leitura, xoxo

Capítulo 16 - Trampoline.


A R I A

 Estava a mais de duas horas sentada na cama, tentando que alguma coisa saísse da minha mente pro papel. Eu estava com uma melodia presa a dias, mas precisava de uma letra que se encaixasse nela. Na verdade... Era como se a letra também estivesse formada, mas eu ainda não tivesse achado a palavra certa, a frase certa, que seria o gatilho inicial de tudo. Estava faltando isso. 

 O balanço constante do ônibus e o barulho de fundo da serie que eu tinha deixado rolando na televisão também estava me distraindo um pouco... Ou eu estava apenas inventando desculpas, porque parecia ser algo que não iria para frente. 

  Desisto. Apenas desisto.

Coloco o caderno com as folhas todas rabiscadas - de desenhos, não de letras - para longe e deito, sentindo o ônibus andar e cada pequena elevação subir ou descer. Estava começando a ficar um pouco enjoada também, era como se ali eu tivesse começado a sentir mais conscientemente as ações do meu corpo. O barulho do sangue circulando na minha cabeça estava mais alto, por exemplo.  

"I've been havin' dreams" (Eu estive tendo sonhos) 
 
Como se eu tivesse levado um choque, levanto do colchão, prestando atenção em volta ainda mais atentamente, querendo ver se iria conseguir continuar escutado após essa primeira frase cantada.

"Jumpin' on a trampoline" (Pulando em um trampolim)

 A voz ecoa pelo ônibus e surpreendentemente, estava no ritmo que eu estava na cabeça, mesmo que parecesse meio sonolenta. Ele não continua, mas ainda assim, eu saio do quarto porque eu já sabia até que linha continuar. 

 Eu sabia que a voz era de Zayn. Reconheci no primeiro som que tocou na sua boca e eu não sei quem se assusta mais quando eu abro a porta, eu ou ele. 

 - Desculpa, desculpa! - Peço, já fechando os olhos e virando. 

 Ele estava sem camisa e eu podia jurar ter visto bem mais parte das suas pernas do que deveria. 

 - Eu não estou pelado, Aria, está tudo bem. - Ele me garante, ainda não soando como ele mesmo normalmente, mas também parecendo mais composto do susto. 

 - Desculpa. - Eu peço de novo e quando lhe olho, ele ainda está sem camisa, mas o lençol está cobrindo as suas pernas. Na sua mão tem um cigarro que eu tinha certeza que não era de nicotina e sim de maconha, mas tudo bem. O cheiro do quarto, surpreendentemente, no entanto, não estava tão forte. Deve ser a ventilação, o ar- condicionado ou não sei. 

 - Como eu posso te ajudar? - Ele não estranha eu estar acordada de madrugada, apenas me pergunta isso da forma mais natural possível, enquanto leva o cigarro novamente aos lábios. A ponta acende e o papel em volta queima, se encolhendo, enquanto ele inala a fumaça branca e espessa. 

 Eu preciso de um minuto para organizar as ideias na mente, porque Zayn Malik fumando era algo a ser admirado, mas eu não podia, então tento falar algo compreensível. 

 - Você estava cantando... - Ele sorri de canto, como se soubesse a onde isso iria parar e solta a fumaça que estava presa em seus pulmões. 

- Sim. Combina com a melodia que você está murmurando o dia inteiro. É algo como la, la, la, la, la... - Duas coisas me impressionam. O quão preciso ele acerta isso e o quão melódico e certo fica na sua voz. Ah, e sim, também o fato de eu não saber que estava murmurando ela muito menos que ele tenha escutado e prestado atenção. 

 - Sim, ela. - Concordo, sentindo as palavras escaparem da minha mente enquanto ele novamente faz o movimento de levar o cigarro aos lábios e seu peito se enche, dando uma certa visibilidade para aquele lugar que ostentava algumas das minhas tatuagens preferidas dele. - Era o que eu precisava. Fica aqui. - Eu peço, sem saber muito bem o que diabos estava fazendo, apenas que era aquilo ali e eu vou pro meu quarto, quase caindo enquanto tentava me equilibrar com o ônibus em movimento. 

 Pego o meu caderno abandonado e a caneta que estava ali, voltando novamente e quase caindo na sua cama com outra curva do ônibus, mas antes de perder completamente minha dignidade, eu me recupero a tempo. 

 - Vamos escrever essa música. - Seus olhos, levemente avermelhados, se levantam para olhar os meus, perdido. 

 - Que? - Indico com a cabeça um lugar na cama e ele concorda, me dando "permissão" para sentar ali. Faço e abro o caderno na página que tinha rabiscado não apenas desenhos, mas como estava imaginando a melodia tomando forma, os instrumentos e agora eu tinha o principal, o início da letra. 

  - A música, Zayn. Vamos escrever. - Sua mão levanta na altura dos olhos e ele parece verificar a erva, como se perguntasse se o que ele estava fumando estava certo ou o quê. 

 - A música? - Ele estava muito lerdo para isso, pelo amor de Deus. 

 - Sim. Vamos, se concentre na música. - Peço e, ainda perdido, ele me obedece, então escrevo, ao mesmo tempo que canto o que ele tinha feito mais cedo, ali. 

 "I've been havin' dreams"
            "Jumpin' on a trampoline"

 Batuco no meu caderno, tentando ver o que poderia vir em seguir e apenas falo, sem pensar muito no que iria combinar ou rimar no momento. 

Consigo alguma reação mais sóbria dele ao cantar o que poderia ser a próxima parte. Sua postura muda para uma empolgada de repente e eu tenho apenas o tempo de escrever essa linha no papel antes dele me mandar a próxima. 

"Flippin' in the air" (Girando no ar)
"I never land, just float there" (Eu nunca aterrizo, apenas flutuo)

 Começo a próxima e era como se estivéssemos conversando ou em perfeita harmonia, já que ele faz uma segunda voz que combinou tanto com o verso que eu sabia que ninguém mais iria conseguir fazer igual. 

"As I'm looking up" (Enquanto eu olho para cima)
"Suddenly the sky erupts" (De repente, o céu entra em erupção).

 Era como se estivéssemos crescendo a letra. Juntos. Como se a música estivesse nos usando para ser feita, não nós escrevendo a música. Como... Como se ela já estivesse escrita, apenas esperando que alguém a cantasse para tomar vida e era exatamente o que estávamos fazendo agora. Conseguia sentir isso. Realmente sentir. 

 "Flames alight the trees" (Chamas iluminam as árvores)
 "Spread to fallin' leaves" (Espalhando as folhas caídas)
"Now they're right upon me" (Agora elas estão sob mim)

 Ele olha para mim e nos encaramos, ambos sentindo isso, sentindo o que estava por vim, que era o refrão. Acho que uma música nunca tinha fluído tanto de mim igual essa. Coloco meu celular para gravar, porque eu desisto de tentar escrever. Não era como se o papel fosse o suficiente para abrigar ela. 

"Wait if I'm on fire" (Espere... Se eu estou pegando fogo)
"How am I so deep in love?'' (Como eu posso estar tão profundamente apaixonado?)
"When I dream of dying" (Quando eu sonho em morrer)
"I never feel so loved" (Eu nunca me sinto tão amado)

 A minha voz estava mais alta nessa parte, enquanto a dele estava mais rouca, quase conversando comigo no lugar de cantar, eu estava sendo responsável para trazer a parte mais melódica enquanto ele a dramática, por assim dizer. 

"I've been having dreams" (Eu estive tendo sonhos)
"Splashin' in a summer stream" (Respingado por um fluxo de verão)

 O deixo continuar, sentia que ele estava realmente perdido nisso, apenas harmonizo no fundo, para quando fosse colocar isso num estúdio, saber exatamente como eu queria. 

"Trip and I fall in" (Viajando e caindo)
"I wanted it to happen" (Eu quero que isso aconteça)

 Eu canto e a música não era um dueto propriamente dito. Não estávamos conseguindo separar um do outro por muito tempo. Era realmente como se estivéssemos completando, fazendo, a letra juntos. Não funcionaria de outro jeito.

My body turns to ice (Meu corpo se transforma em gelo)
Crushin' weight of paradise (Esmagando o peso do paraíso)
Solid block of gold (Sólido bloco de ouro)
Lying in the cold (Deitado no frio)
I feel right at home (Eu me sinto em casa)

 Era como se não soubéssemos onde ele começava e eu terminava. Era continuo. Não precisamos de nenhum sinal. Ele sabia o que acrescentar e quando começar e eu sabia o que colocar para continuar. Não tivemos pausa. Nem dúvida. A música apenas veio. Ela estava ali. Pronta. 

"Wait if I'm on fire" (Espere... Se eu estou pegando fogo)
"How am I so deep in love?' (Como eu posso estar tão profundamente apaixonado?)
"When I dream of dying" (Quando eu sonho em morrer)
"I never feel so loved" (Eu nunca me sinto tão amado)

 Terminamos o último verso da música e eu estou sorrindo muito, ainda me sentindo meio fora de mim. Como se não soubesse o que tinha acontecido. A música era perfeita. Tudo era perfeito. 

 - Isso ficou do caralho. - Zayn ri, parecendo tão impressionado quanto eu, enquanto escutamos a gravação. 

 Escutar ela ainda era mais... mais. Não parecia que a gente tinha inventado aquilo ali. Nós sabíamos exatamente que nota subir, que nota deixar, qual segurar, quem cantava aquilo, quem fazia o fundo... Eu nunca tinha escrito uma música de forma tão rápida em toda a minha vida. 

 - Do caralho. - Concordo para dar ênfase a sua risada segue acompanhada por uma onde de fumaça branca, que ele tinha deixado de lado desde que começamos com isso. 

 Para finalizar, eu escrevo no topo, no espaço que tinha destinado para o título: "Trampoline". Zayn espia o papel e o sorriso de aprovação e contentamento é tudo o que eu preciso. 

 


Notas Finais


Esse foi um dos meus caps favoritos de escrever depois de muito tempo :3, espero que tenham gostado também e nos vemos depois de amanhã ou ai embaixo <3, xoxo


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